Os darwinistas manifestavam vãs esperanças de que a Igreja “canonizasse” Darwin e seu evolucionismo radical. Recentemente, a Reuters, agência de notícias laica pró-darwin como quase todas as outras, divulgou uma notícia com a seguinte manchete: “Vaticano aceita evolução, mas não se desculpa com Darwin”. Faziam referência às declarações feitas por D. Gianfranco Ravasi, espécie de ministro da Cultura do Vaticano, ao anunciar para o próximo ano uma conferência de cientistas, teólogos e filósofos para tratar do problema do evolucionismo e da obra de Darwin, “A Origem das Espécies”. Para alimentar a esperança de que a Igreja viesse a aprovar o evolucionismo darwinista lembravam o pronunciamento de importante membro da igreja anglicana, Malcom Brown, dizendo que a igreja dele deveria pedir desculpas a Darwin pela maneira como suas idéias foram recebidas na Inglaterra. Não seria surpresa os anglicanos assim procederem, haja vista que, ultimamente, têm ordenado mulheres como sacerdotes e homossexuais como bispos. Pedir desculpas a Darwin seria, para eles, uma “heresia” de pequeno calibre.
Agora, vem a resposta oficial da Igreja. Num categórico “não” ao evolucionismo radical de Darwin, o Papa se dirigiu aos membros da Pontifícia Academa para as Ciências e definiu que Deus é o fundamento de toda a Criação. A propósito do tema, “Olhada científica à evolução do Universo e à Vida”, o Santo Padre deixou bem claro que o princípio da criação não se opõe à idéia de uma evolução, mas a evolução seria “um movimento”, “uma mutação”, de seres anteriormente criados: “Para desenvolver e evoluir, o mundo necessitava primeiro “ser”, quer dizer, sair do nada para o ser. Tinha que estar criado: em outras palavras, pelo primeiro Ser que é tal por essência”. Se este pensamento estivesse contido na obra de Darwin até que sua evolução seria uma idéia aceitável, pois a Igreja já o admitia anteriormente. Como, por exemplo, o que reza a teologia sobre o Gênesis, conforme citamos em nossa postagem anterior “Não há incompatibilidade entre Darwin e a Bíblia?” Repetimos abaixo o texto de São Boaventura:
"O princípio da Criação de forma gradual (ou evolutiva), porém não espontânea: a) Deus poderia ter criado o mundo num só ato; b) Preferiu, porém, fazê-lo de forma sucessiva: 1º. ) Para manifestar a distinção de sua Sabedoria e Bondade; 2º.) Por motivo da conveniente correspondência entre os dias os tempos e as operações; 3º. ) – Porque desde o princípio deveria se produzir as sementes das obras que haviam de se produzir, prefigurando os tempos futuros. 4º.) – Naqueles sete dias se antecipou, como semente, a distinção de todos os tempos que vão surgindo no decurso das sete idades. c) Também se pode dizer “de certo modo” que fez o mundo de uma só vez – então os sete dias há que se referir à consideração angélica, quer dizer, à maneira como foi comunicado aos anjos a Criação. Contudo, a primeira maneira de falar é mais conforme a Escritura e à autoridade dos santos".(Obras de San Buenaventura – BAC - vol. I, págs. 242/247)
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