8 de Janeiro: Na universidade de Nanterre, arredores de Paris, o ministro da Juventude e Desportos, François Missoffe, é vaiado pelos estudantes.
20 de Março: É atacada por manifestantes em Paris uma agência do American Express, como protesto contra a guerra do Vietnã.
22 de Março: Nanterre: estudantes ocupam um edifício administrativo e é criado o movimento "22 de Março", encabeçado por Daniel Cohn-Bendit que viria a ser um dos mais ativos da revolta.
2 de Maio: Novos incidentes entre os estudantes e a polícia em Nanterre, sendo encerrada a Faculdade de Letras.
3 de Maio: No pátio da Sorbonne há uma reunião de estudantes e estes exigem o acesso aos anfiteatros. O reitor, quebrando uma regra secular, chama a polícia para entrar nas instalações universitárias. A polícia acaba por entrar nas instalações e são detidos vários alunos. Muitos outros jovens são detidos nessa noite em manifestações no Quartier Latin. A Universidade é ocupada pela polícia.
4 de Maio: Daniel Cohn-Bendit, Jacques Sauvegeot (vice-presidente da União Nacional dos Estudantes Franceses) e Alain Geismar (secretário do Sindicato do Ensino Superior) tornam-se os rostos mais conhecidos da contestação dos estudantes.
6 de Maio: Realizam-se novas manifestações no Quartier Latin e são erguidas barricadas. Confrontos entre a polícia e manifestantes. Há 400 detenções e cerca de 500 feridos.
7 de Maio: Uma manifestação que reúne milhares de estudantes acaba em novos confrontos com a polícia.
8 de Maio: O Ministro da Educação, Alain Peyrefitte, anuncia no Parlamento que a Sorbonne e a Universidade de Nanterre poderão reabrir. Realizam-se novas manifestações estudantis.
10 de Maio: Manifestações diante da prisão de La Santé. A polícia bloqueia as pontes do rio Sena. Os estudantes ocupam o Quartier Latin e fazem barricadas. Seguem-se os confrontos que se prolongam pela madrugada e seriam os mais violentos desde o início desta crise. Os estudantes tiram as pedras da calçada para atacar as forças policiais.
11 de Maio: As principais confederações sindicais convocam uma greve geral para o dia seguinte.
13 de Maio. O primeiro-ministro, Georges Pompidou, interrompe a visita que estava a fazer ao Afeganistão e no regresso anunciou a reabertura da Sorbonne no dia 13.
13 de Maio: A Sorbonne é reaberta e ocupada pelos estudantes. Há manifestações por toda a França. A greve geral afeta todo o país.
15 de Maio: Os operários da Renault decretam uma greve e ocupam as instalações da fábrica em Cléon.
16 de Maio: O movimento grevista alastrou a mais de 50 empresas. A sede da Academia Francesa é ocupada.
19 de Maio: A emissão da ORTF (televisão) passa a ser controlada pelos jornalistas e técnicos.
20 de Maio: Ocupação do porto de Marselha pelos trabalhadores. As centrais eléctricas e de telefones estão bloqueadas.
21 de Maio: A greve envolve já cerca de 7 milhões de trabalhadores. O filósofo e escritor Jean-Paul Sartre (que recusara o Nobel da Literatura em 1964) fala aos estudantes na Sorbonne. Os teatros de Paris estão ocupados.
22 de Maio: Na Assembleia Nacional é derrotada uma moção de censura apresentada contra o Governo. As autoridades retiram a Daniel Cohn-Bendit, que tem nacionalidade alemã, a licença de permanência em França. Quer dizer, expulsam o agitador estrangeiro.
27 de Maio: Governo, sindicatos e patrões assinam um acordo que prevê o aumento do salário mínimo, redução do horário de trabalho e diminuição da idade da reforma.
A partir daí tudo volta à normalidade. Como por um encanto, a revolução adormece... Parece até que os problemas tão violentamente defendidos pelos amotinados se acabam de uma hora para outra. É claro que (enfim!) houve uma manifestação de forças do Governo, embora ainda um tanto pusilânime. De Gaulle conferenciou em Baden-Baden com o General Massu, comandante das forças francesas na Alemanha, que ordenou aos tanques do exército o cerco de Paris. O presidente francês dirigiu um apelo à nação, a qual foi respondida por uma grandiosa manifestação pública, segundo alguns com mais de 500 mil pessoas, segundo o governo com mais de 1 milhão de manifestantes. Mas a maior prova da rejeição popular à Revolução foi dada nas próximas eleições, realizadas no ano seguinte, quando então foram eleitos elementos de centro-direita e eliminados os de esquerda.
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