A agência AsiaNews divulga que a população de Israel é de 7.337 mil habitantes, onde 75% são de pura origem judaica e 20,1% de descendência árabe. Deste total, apenas 34,6% dos judeus são de origem do estado israelita, enquanto 38,5% são de origem européia, 15% da África e 11,9% da Ásia.
Consta de um “Petit Guide de Terre Sainte”, escrito em 1964 pelo padre franciscano Paulin Lamaire, as seguintes observações: “No momento em que extinguiu o Mandato Britânico sobre a Palestina (1947), ali existia uma população de 2.260.000 habitantes, dos quais 1.140.000 eram muçulmanos, vivendo ao lado de cerca de 775.000 judeus, 145.000 cristãos e 15.000 outros. Atualmente, segundo o recenseamento de 1960, existem em Israel 2.140.000 habitantes, dos quais apenas 240.000 não são judeus. Os cristãos são agora perto de 45.000, os muçulmanos, próximo de 135.000 e os druzos, 17.000”.
Em 1948, o Estado de Israel tinha 12.000 km2, aumentando para 21.000 km2 a partir de 1967. Inicialmente, escolheram como capital a cidade Tel Aviv, mas a partir de 1980 o parlamento israelense (Knesset) proclamou Jerusalém como capital, embora houvesse resolução da ONU em contrário.
O papel da ONU no conflito palestino
De 1948 até nossos dias o Estado de Israel não teve um só dia de paz. Depois da guerra de 1948, veio a de 1956 (em 29 de outubro, a “campanha do Sinai), apoiados por forças anglo-francesas, e a grande guerra dos seis dias em 1967. A ONU tem procurado sempre ser favorável a Israel, e nunca suas resoluções foram cumpridas, porque aquela organização tem se mostrado inteiramente incapaz de solucionar os conflitos internacionais. Vejamos como as coisas, no âmbito da ONU, ocorreram até os dias atuais:
- Em data de 29 de novembro de 1947 (apenas dois anos depois da formal criação da ONU), foi aprovada a resolução n. 181, que decide pela divisão do território palestino em dois Estados, um judeu e outro composto pelos atuais ocupantes da região. O Estado judeu foi criado logo no ano seguinte, por decisão e imposição dos mesmos, mas o palestino nunca o foi até nossos dias;
- Resolução n. 303, de 9 de dezembro de 1949, determina que a cidade de Jerusalém tenha “status” internacional e seja administrada pela ONU. Hoje, os judeus mandam na cidade, embora ainda tolerem algumas áreas cristãs e muçulmanas;
- Após a guerra dos seis dias, a 22 de novembro de 1967, resolução n. 242 do Conselho de Segurança da ONU determina que Israel se retire dos territórios ocupados naquela guerra. Nada se cumpriu até o momento;
- Resolução n. 3379, de 10.11.75, qualifica o sionismo como uma forma de racismo e de discriminação racial. Mas tudo no papel, nada na prática, pois nenhum país ousou pôr em uso contra o sionismo as leis que eles criaram contra o nazismo e outras formas de racismo;
- Em março de 1978 são aprovadas duas resoluções, de n. 425 e 426, exigindo o fim das ações bélicas de Israel contra o Líbano e decide criar uma força internacional da ONU na região. Em parte, isto foi cumprido, mas após terrível massacre dos judeus contra palestinos em Sabra e Chatilla;
- Em 14 de dezembro de 1978, a resolução 33/71 da Assembléia Geral da ONU proíbe seus integrantes de cooperação bélica com Israel e de lhe fornecer qualquer equipamento militar. Sabe-se que os Estados Unidos até hoje mantêm forte cooperação e ajuda militar a Israel, sem qualquer censura do inócuo organismo da ONU;
- Mais uma resolução é feita, em 30 de junho de 1980, a de n. 476, determinando que Israel se retire dos territórios ocupados na guerra de 1967. Tal resolução, como as demais, foi ignorada por Israel;
- Com violência inaudita, o exército de Israel lança tanques de guerra contra loucos atiradores de pedras, forçando mais uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, em 07 de outubro de 2000, a de n. 1322, que condena tais ações bélicas. Israel continua surdo ao que determina o máximo organismo internacional de paz entre as nações.
A impressão que se tem é que o judaísmo, infiltrado e poderoso em vários setores chaves dos postos de mando (ONU, Estados Unidos, etc), consegue “abafar” normas que possam impedir o crescimento do Estado judaico. Mas de outro lado, quanto mais este Estado cresce, mais aumenta o ódio de seus vizinhos contra ele. Assim, aquilo que poderia ser tido como um desafio ao próprio Deus, que lhes amaldiçoou com a dispersão pelo mundo por causa do deicídio praticado em Jesus Cristo, trouxe aos judeus amargos frutos, uma convivência difícil com vizinhos inconformados e justamente revoltados, a ponto talvez de provocar, ou melhor suscitar, um sentimento de repúdio entre eles para com o Ocidente Cristão e a deflagração de uma Revolução islâmica universal. Pior ainda, suscitou entre eles a formação de redes terroristas capazes de horríveis ataques suicidas, com bombas atadas ao próprio corpo do atacante, e com a morte de inúmeras vítimas civis inocentes.
A guerra de Israel gera o ódio muçulmano contra o Ocidente
O problema da Palestina é tão importante para a revolução islâmica que todos os terroristas e dirigentes muçulmanos em geral o alegam como principal ódio que mantêm contra a América do Norte. Quando Israel os guerreia, os combate com seu exército, com seus tanques e bombas “legais”, está diretamente lhes açulando o ódio contra os Estados Unidos e contra todo o Ocidente cristão. Pesquisa publicada pelo jornal “Al Watan” (em abril de 2002), da família real da Arábia Saudita, constatou que 60% dos sauditas odeiam os EUA. Perante a pergunta “Você odeia o Ocidente em geral?”, 49% responderam que sim, 30% não, e o restante se manteve indiferente. Perguntados qual a razão deste ódio, 75% responderam que era por causa do apoio logístico que os americanos davam aos judeus no conflito israelo-palestino.
E assim, tanto Israel quanto o Próprio EUA e a ONU ficam num impasse: precisam acalmar os beligerantes palestinos islâmicos e lhes prometem criar um Estado, um País onde possam viver; mas como manter este povo na fronteira de Israel com perigo constante para seu território? Mais cedo ou mais tarde, estando a Palestina estruturada como País e com assento na ONU, o Estado de Israel correria perigo. Da mesma forma os judeus não abrem mão de seu território, conquistado a ferro e fogo. Como sair do impasse? Aparentemente como as coisas andam no momento, não há saída. O impasse continua, as guerras continuam e Israel terá que conviver sem paz...
A solução para o problema encontra-se por enquanto nas elucubrações teóricas utópicas: todos os judeus se tornarem muçulmanos ou então todos muçulmanos tornarem-se judeus, ou, mais difícil ainda, quase impossível, muçulmanos e judeus tornarem-se cristãos. Lembrem-se, entretanto, que foi o Cristianismo que conseguiu harmonizar a Europa e as Américas. Provavelmente, será a única solução para a Palestina, embora hoje pareça utópica e irrealizável.
Origem da diáspora
Desde o ano 70 de nossa Era, quando Jerusalém foi destruída pelos romanos, os judeus ficaram dispersos pelo mundo. Esta dispersão e destruição de Jerusalém estão previstas em várias profecias, inclusive do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. É a famosa diáspora judaica que perdura até os dias atuais. No decorrer de quase 2 mil anos os judeus ficaram dispersos pelo mundo sem terra onde pudessem se estabelecer politicamente no concerto das nações. Da mesma forma, nunca conseguiram reconstruir o seu antigo templo, restando apenas o “Muro das Lamentações” onde fazem suas preces.
Foi o judeu Theodor Herzl que lançou o “movimento sionista”, o qual pretendia fundar o Estado de Israel. Em 1904, Herzl obteve uma audiência com o Papa São Pio X, do qual obteve a seguinte resposta ao pedido de apoio ao seu movimento: “De duas uma: ou os judeus guardarão sua antiga fé e continuarão a esperar pelo Messias, que nós cristãos cremos já ter vindo à terra, - e nesse caso negarão a divindade de Cristo, e não poderemos ajudá-los; ou então irão para a Palestina não professando nenhuma religião, e nesse caso nada teremos a ver com eles”.
Mais adiante, São Pio X acrescenta: “A fé judaica foi o fundamento de nossa própria fé, mas foi ultrapassada pelo ensinamento de Cristo e não podemos admitir que ela tenha qualquer validade hoje em dia. Os judeus, que deviam ser os primeiros a reconhecer Jesus Cristo, não o fizeram ainda”.
Herzl argumentou que o povo judeu vivia errante e precisava de uma terra, ao que o Papa retrucou: “Tem que ser Jerusalém?”. O judeu respondeu que não estava pedindo Jerusalém, mas a Palestina. Mesmo assim o Papa não concordou: “Não nos podemos declarar a favor desse projeto”.
No decorrer do século XX, de uma forma misteriosa (principalmente durante o Nazismo), começou a haver uma ignominiosa perseguição aos judeus dispersos pelo mundo e alguns milhões deles foram mortos. Isto causou nas Nações Unidas um sentimento de pena (um tanto artificial) deste povo, fazendo com que após a Segunda Guerra a ONU reunida tivesse aprovado a concessão de um território para ele. Escolheram a Palestina, região onde surgiram os judeus mas ocupada há séculos por muçulmanos, árabes ou não. Para que os judeus ocupassem o terreno doado arbitrariamente pela ONU teriam que expulsar os atuais ocupantes, e para isto tiveram que mover uma guerra, a primeira de uma série delas... É bem verdade que, logo após a proclamação de seu Estado, Israel foi implacavelmente atacado por países árabes, alguns com regimes muçulmanos (Egito, Líbano, Síria, Iraque, etc.), os quais não reconheciam o novo país naquela área, pois temiam o que veio ocorrer depois: a expulsão dos palestinos. Dentro de poucos dias, Israel (auxiliado inclusive por tropas francesas e inglesas) já era dono de área superior àquela preceituada pela ONU, expulsando inapelavelmente a população civil de suas propriedades para serem ocupadas pelos judeus imigrantes.
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