“Havendo Deus outrora falado muitas vezes e de muitas maneiras a nossos pais pelos profetas, nestes últimos dias falou-nos pelo Filho.” (Heb 1,1-2) Jesus deixou-nos histórias e contos muito simples. Todos podiam entendê-los desde os pescadores da Galileia aos escribas de Jerusalém. Os seus discípulos transmitiram o testemunho da vida de Jesus no Evangelho. Desde o séc. II que a tradição da Igreja atribui os evangelhos respectivamente a São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João. Os primeiros três evangelhos chamam-se sinópticos porque lendo-os em conjunto descobre-se quanto são semelhantes.Mateus, publicano e um dos doze apóstolos, escreveu para cristãos convertidos do Judaísmo. A sua obra, composta talvez em aramaico foi traduzida em grego. A tradição fala de Marcos como acompanhante e tradutor de Pedro na comunidade de Roma.“Foi um narrador formidável porque com tintas de um claro-escuro fortíssimo pinta o ambiente de Jesus. Trabalha com o tema da via do Senhor. Um escritor estranho mas simpático.”De acordo com a tradição, Lucas, autor do terceiro evangelho, era um médico de origem pagã. A obra de Lucas (Evangelho e Actos dos Apóstolos) está escrita num grego erudito e mais refinado. No terceiro evangelho Jesus apresenta-nos Deus como um pai capaz de perdoar.“O evangelho de João é o mais histórico e mais teológico. Todas as informações arqueológicas mencionadas no Evangelho de João demonstram ser correctas.”Nos outros livros do Novo Testamento a doutrina de Jesus toma forma: são as cartas de São Paulo e cartas de outros autores sagrados e o Apocalipse. Estes escritos contêm a reflexão dos primeiros cristãos sobre a vida e mensagem de Jesus. O Apostolo Paulo, com as suas cartas e sobretudo com a sua vida, alarga os confins da Igreja a todos os povos.
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