Marcuse como filósofo da Revolução
Herbert Marcuse, filósofo alemão naturalizado americano, é considerado um dos principais ideólogos da revolulção da Sorbonne de 1968. Marxista, defendeu vários princípios filosóficos que orientaram a ação políticia dos "estudantes" de 68. Em 1941 Marcuse escreveu: "Não sou pessoa de deixar mensagens em garrafas . O que temos a dizer não é apenas para um futuro mítico". Esta frase traduz de maneira exemplar o programa de Marcuse, o único filósofo da Escola de Frankfurt a levar adiante o projeto da teoria crítica dos anos 30 – manter unidas filosofia, teoria social e política radical. Donde suas divergências com Adorno no tocante ao tema das relações entre teoria e prática no contexto das rebeliões estudantis de 68. Para Marcuse a teoria crítica tinha a obrigação de politizar-se, sob pena de tornar-se anódina. Isso significava para ele, naquele momento, apoio inequívoco aos estudantes rebeldes, assim como o combate ao imperialismo americano, sobretudo no Vietnã. Tendo participado na juventude de um conselho de soldados na Berlim revolucionária de 1918, evento que o marcou profundamente, Marcuse daí em diante aplica suas energias intelectuais a entender por que "todas as revoluções foram também revoluções traídas" (Eros e civilização) e onde estariam as brechas que poderiam levar a ruptura do capitalismo.
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