segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Virgem de Guadalupe é entronizada no santuário do Santo Sudário de Turim

As duas imagens consideradas as maiores relíquias da Cristandade são o Santo Sudário de Turim, imagem de Cristo, e a de Nossa Senhora de Guadalupe, a da Virgem Maria. Agora poderemos prestar veneração às duas imagens no mesmo local, pois em Turim foi entronizada a de Nossa Senhora de Guadalupe ao lado do Santo Sudário. Veja a notícia divulgada pela ACI Prensa.

MEXICO D.F., 22 Dez. 10 / 03:33 pm (ACI).- O Centro Mexicano de Sindonologia informou que no dia 12 de dezembro foi entronizada na igreja do Santíssimo Sudário em Turim, Itália, uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, fiel ao original que se encontra na basílica mexicana.

Em 12 de dezembro "passará à história como a data em que se irmanam as devoções a Jesus em sua imagem do Santo Sudário e a sua Bendita Mãe em seu advocação do Guadalupe na humilde manta de São João Diego", afirmou Adolfo Orozco Torres, presidente do Centro Mexicano de Sindonologia.

"Graças a Guillermo Ferrer, membro da ‘União de Vontades’ e por iniciativa do Centro Mexicano de Sindonologia", informou Orozco, entregou-se no dia 5 de maio a réplica da imagem guadalupana à Comissão Diocesana de Turim. "O então Arcebispo de Turim, Cardeal Severino Poletto decidiu que fosse colocada na Igreja do Santíssimo Sudário", relatou.

Graças a esta iniciativa, indicou, estão juntas no mesmo templo "as duas imagens mais importantes e representativas em nível espiritual de nossa salvação".

No Santo Sudário "temos os rastros do imenso sacrifício com que Jesus nos resgatou do pecado" e na imagem Mariana se materializa o presente da maternidade de Maria que Cristo deu aos homens na Cruz. "Agora –afirmou-, o Filho a recebe em sua casa de Turim".


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Súplica junto ao presépio


Plínio Corrêa de Oliveira
Comemoramos mais uma vez, Senhor, a festa de vosso Santo Natal. Mais uma vez a Cristandade se apresta a Vos venerar na manjedoura de Belém, sob as cintilações da estrela, ou sob a luz ainda mais clara e fulgente dos olhos maternais e doces de Maria.
A vosso lado está São José, tão absorto em Vos contemplar que parece nem sequer perceber os animais que Vos rodeiam, os coros dos Anjos que rasgaram as nuvens e cantam, bem visíveis, no mais alto dos Céus.
Daqui a pouco se ouvirá o tropel dos Magos que chegam, trazendo no dorso de extensas caravanas presentes de ouro, incenso e mirra, guardados por famulagem sem conta. No decurso dos séculos, outros virão venerar vosso presépio: da Índia, da Núbia, da Macedônia, de Roma, de Cartago, da Espanha, gauleses, iberos, germanos, saxões, normandos e seus descendentes. Aí estão os peregrinos e os Cruzados que vieram do Ocidente para beijar o solo da gruta em que nasceste.
E no meio de tantos, eis-nos aqui também. Estamos de joelhos e Vos olhamos. Vêde-nos, Senhor, e considerai-nos com compaixão. Estamos aqui e vos queremos falar.
• * * *
Nós? Quem somos nós?
Os que não dobram os dois joelhos, e nem sequer um só, diante de Baal. Os que temos a vossa Lei escrita no bronze de nossa alma e não permitimos que as doutrinas do século atual gravem seus erros sobre este bronze, que sagrado vossa Redenção tornou. Os que amamos como o mais precioso dos tesouros a pureza imaculada da ortodoxia e que recusamos qualquer pacto com a heresia, suas obras e infiltrações. Os que temos misericórdia para com o pecador arrependido, e que para nós mesmos, tantas vezes indignos e infiéis, imploramos vossa misericórdia, mas não poupamos a impiedade insolente e orgulhosa de si mesma, o vício que se estadeia e escarnece da virtude. Os que temos pena de todos os homens, mas particularmente dos bem-aventurados que sofrem perseguição por amor à vossa verdadeira Igreja, que são oprimidos em toda a Terra por sua fome e sede de virtude, que são abandonados, escarnecidos, traídos e vilipendiados porque se conservam fiéis á vossa Lei.
Aqueles que sofrem sem que a literatura contemporânea se lembre de exaltar a beleza de seus sofrimentos – a mãe cristã que reza hoje sozinha diante do presépio, no lar abandonado pelos filhos que profanam em orgias o dia de vosso Natal; - o esposo austero e forte que pela fidelidade a vosso Espírito se tornou incompreendido e antipático aos seus; - a esposa que suporta as agruras da solidão da alma e do coração, enquanto a leviandade dos costumes arrastou ao adultério aquele que deveria ser para ela a coluna de seu lar, a metade de sua alma; - o filho ou a filha piedosa, que durante o Natal, enquanto os lares cristãos estão em festa, sente mais do que nunca o gelo com que o egoísmo, a sede dos prazeres, o mundanismo, paralisaram e mataram em seu próprio lar a vida de família; - o aluno abandonado e vilipendiado por seus colegas, porque permanece fiel a Vós; - o mestre detestado por seus discípulos, porque não pactua com seus erros; - o sacerdote que sente erguer-se em torno de si a muralha sombria de incompreensão ou da indiferença, porque se recusa a consentir na deterioração do depósito da Fé que lhe foi confiado; - o católico fiel, asfixiado pela “fumaça de Satanás” que penetrou no Templo de Deus, e que é tratado como um estranho na casa de sua mãe, a Igreja; - o homem honesto que ficou reduzido à penúria porque não roubou.
Estes são, Senhor, os que no momento presente, dispersos, isolados, ignorando-se uns aos outros, entretanto, agora, se acercam de Vós para oferecer o seu dom e apresentar a sua prece.
Prece, antes de tudo, por aquilo que mais amam no mundo, que é vossa Igreja santa e imaculada. Que vossa igreja triunfe por fim deste século de pecado e plasme para vossa maior glória uma nova civilização. Pelos santos, para que sejam mais santos. Pelos bons, para que se santifiquem. Pelos pecadores, para que se tornem bons; pelos ímpios, para que se convertam. Que os impenitentes, refratários à vossa graça e nocivos às almas, sejam dispersados, humilhados e aniquilados por vossa punição.
Prece, depois, por si mesmos. Que os façais mais exigentes na ortodoxia, mais severos na pureza, mais fiéis nas adversidades, mais altivos nas humilhações, mais terríveis para com os ímpios, mais compassivos para com os que, envergonhando-se de seus pecados, louvam de público a virtude e se esforçam seriamente por a conquistar.
Prece, por fim, para que vossa graça, sem a qual nenhuma vontade persevera duravelmente no bem, seja para eles tanto mais abundante quanto mais numerosas forem suas misérias e infidelidades.
(Transcrito do jornal “Última Hora”, terça feira, 24 de dezembro de 1985)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Uma amostra de como os muçulmanos conseguem mais adeptos


A foto acima é de uma criança de três anos, vítima do massacre de Bagdá no último dia 31 de outubro. É um mártir da Fé.
A História registra que, desde Maomé, a religião muçulmana tem crescido mais através da violência, da guerra e da perseguição às outras religiões do que por algum exemplo de bondade. Foi assim que conseguiram impor seu império a milhões de pessoas em dezenas de países no mundo. E é desta maneira que pretendem dominar o mundo. Vejam, abaixo, o que diz São Tomás de Aquino sobre aquela religião.
Um dos exemplos desta forma de conquista pela força tivemos recentemente em Bagdá. Naquele dia, um grupo de terroristas muçulmanos invadiu uma igreja católica na hora da Missa, manteve os fiéis como reféns durante cerca de 5 horas e, no final, terminou assassinando friamente 58 pessoas. O vaticanista Sandro Magister reproduziu em sua coluna uma dramática crônica publicada pelo jornal Il Foglio sobre o massacre. Ele denuncia que "os ataques aos cristãos no país do Tigre e do Eufrates denotam um ódio sempre mais marcadamente religioso, islamista".
"O ataque de 31 de outubro à catedral siro-católica de Bagdá, com 58 mortos e muitas dezenas de feridos, atacados enquanto celebravam a Missa, foi considerado no Vaticano como um acontecimento revelador", acrescenta e sustenta que "a dinâmica do massacre não deixa dúvidas. Os agressores usavam cintos explosivos. Disparavam e atiravam bombas gritando: ‘vocês irão todos ao inferno, enquanto nós ao paraíso. Alá é o maior".
‘"Nas cinco horas do ataque, os terroristas rezaram duas vezes, recitaram o Corão como em uma mesquita. Devastaram o altar, fizeram tiro ao alvo contra o crucifixo, enfureceram-se com os meninos simplesmente por serem ‘infiéis’", acrescenta.
"O que ocorreu nessas cinco horas terríveis foi sabido depois de dias, pouco a pouco, graças aos testemunhos de numerosos feridos levados a Roma e outras cidades européias para serem curados", sustenta.
Dias depois, apareceram no youtube 3 vídeos, em árabe, feitos com uma das famílias que foi vitimada pela tragédia. Os depoimentos são do pai e de suas duas filhas. O nome da testemunha que dá seu depoimento é Shahad Zuhair Marzina, estudante universitária.
No vídeo com o testemunho da iraquiana Zuhair Marzina, que esteve presente no massacre, ela fala bastante de seu sobrinho de três anos, Adam, que morreu, junto com o pai, durante a ação dos terroristas. É o belo menino da foto acima.
O vídeo abaixo foi legendado pelo blog Veradextra.
Antes de ver o vídeo convém dar uma olhada numa carta de duas testemunhas do massacre.

São Tomás de Aquino diz o seguinte sobre o Islamismo:
Maomé seduziu os povos prometendo-lhes deleites carnais. .... Introduziu entre as poucas coisas verdadeiras que ensinou muitas fábulas e falsíssimas doutrinas. Não aduziu prodígios sobrenaturais, único testemunho adequado da inspiração divina. ....
Afirmou que era enviado pelas armas, sinais estes que não faltam a ladrões e tiranos. Desde o início, não acreditaram nele os homens sábios nas coisas divinas e experimentados nestas e nas humanas, mas pessoas incultas, habitantes do deserto, ignorantes de toda doutrina divina. E só mediante a multidão destes, obrigou os demais, pela violência das armas, a aceitar a sua lei.
Nenhum oráculo divino dos profetas que o precederam dá testemunho dele; ao contrário, ele desfigura totalmente o Antigo e Novo Testamento, tornando-os um relato fantasioso, como o pode confirmar quem examina seus escritos.
Por isso, proibiu astutamente a seus sequazes a leitura do Antigo e Novo Testamento, para que não percebessem a falsidade dele.
(“Summa contra Gentiles”, L. I, c. 6. )





segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quem tirou o Brasil do encalhe?

Imaginemos um pequeno conto, como tantos outros criados pelos autores de histórias de ficção. Havia um navio que estava meio encalhado, um tanto avariado e mais ou menos desgovernado por causa de imperícias e desmandos das tripulações que lhe dirigiam. Certo dia, inesperadamente, o navio começou a desencalhar e a navegar tranquilamente em mar alto. Os passageiros comemoraram, a tripulação ficou eufórica e surgiu a indagação: de quem foi o feito, a obra magistral de manobra e de perícia que salvou todos daquela situação? Havia um novo comandante e lá de cima da cabine de comando veio o grito: foi o comandante! A tripulação logo fez eco àquele grito e anunciou a todos os passageiros que o comandante era um homem muito experimentado e habilidoso, a ponto de livrar a embarcação daquele encalhe. A euforia tomou conta de todos e logo estavam carregando o homem nos braços e o saudando com vivas e aclamações.
Mas, uma criança lembrou-se de olhar por cima do tombadilho e verificar que a maré havia subido, pois a água já estava prestes a cobrir a mureta do cais. Não era necessária muita experiência para verificar tal evento: bastava lembrar-se que antes de entrar no navio havia pisado em chão limpo e agora a água batia violentamente no alto da mureta do cais. Logo o grito do menino fez-se ouvir: vejam como a água do mar subiu, está quase cobrindo a parede! E um passageiro diz para o outro: ora, se o mar subiu o navio teria que subir com ele e se desencalhar – como é que o comandante está dizendo que foi ele o responsável pelo desencalhe? Tentou espalhar sua versão, mas logo teve sua voz abafada por uma equipe de marujos, dizendo que houve uma pequena colaboração do mar, mas que o principal responsável teria sido mesmo o novo comandante. E não adiantou explicar a todos o óbvio porque era tal a credibilidade dada agora ao comandante que quase ninguém acreditava mais na força do mar, mas sim no perito do timão. E a festa foi total e durou até o comandante passar o timão para outro...
Esta pequena história foi imaginada por causa de um fato ocorrido em São Paulo, noticiado pelo jornal “Folha de São Paulo”. Ironicamente o jornal noticia o evento com a seguinte manchete: “Doutor em Lulismo”. É que o senador do PT Aloísio Mercadante conseguiu ser aprovado em tese de doutorado por uma banca examinadora de Economia da Unicamp, sem unanimidade, com vários reparos ao seu discurso. Qual a razão? Muito simples: em vez do aluno se ater aos princípios da economia, simplesmente ocupou a maior parte de seu tempo em elogiar e bajular o governo, seu partido e o presidente Lula. Seria natural que o fizesse num debate, como membro que é do partido e do governo. Mas é contra as normas da ética, beirando o fanatismo, fazer tais defesas numa tese de doutorado. Especialmente se baseando em dados falsos e mentirosos do próprio governo, que se elogia a si e não reconhece nenhuma falha em sua administração.
Muito judiciosamente, um dos examinadores, o economista Delfim Neto, comentou que o governo diz que é o responsável pelo crescimento do Brasil da mesma forma que um comandante dissesse que o navio subiu não porque a maré está alta, mas por que ele soube manobrar. Foi este comentário do ex-ministro que me levou a imaginar a pequena história acima. E não se parece com a situação do Brasil atual? O mesmo diga-se da China, que está crescendo não porque o regime comunista promove tal desenvolvimento mas porque houve um movimento mundial de empresários bilionários levando pra lá suas indústrias e seus investimentos. O governo comunista, pelo contrário, atrapalha. Aqui o governo não é comunista, mas dirigido por um partido de cunho socialista e contrário à riqueza e ao capitalismo: como é que poderia facilitar ou alimentar o desenvolvimento econômico? Então o Brasil cresceu não por causa do governo Lula, mas apesar dele: apesar das taxas de juros mais altas do mundo; apesar dos impostos mais altos do globo; apesar dos escândalos envolvendo autoridades do governo; apesar do descaso para com a saúde e segurança, quando amargamos os maiores índices de violência e criminalidade; pois bem, apesar de tudo isso (e poderiam ser alinhados tantos outros pesares), crescemos e continuamos a crescer, muito menos do que cresceríamos se o governo fosse outro, mas crescemos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sacerdotes gêmeos comemoram jubileu de ouro sacerdotal


A festa, como se vê acima, tem o título de “Cem anos de Sacerdócio”. Trata-se da comemoração de bodas de ouro sacerdotal de irmãos gêmeos, os padres César e Raúl Molaro, pertencentes à arquidiocese de Paraná, na Argentina, sendo este último membro do movimento Sthoenstatt.. O lema escolhido será “Cem Anos de Sacerdócio. Salvadores como Jesus”. As festividades se iniciarão hoje, dia 17, com uma Santa Missa na paróquia de San José Obrero (da mesma cidade), após a qual haverá uma ceia.
Os padres nasceram no dia 03 de janeiro de 1935 e foram batizados 20 dias depois na paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em sua cidade natal. Foram ordenados sacerdotes no dia 18 de dezembro de 1960, um pouco mais de dois meses após o diaconato.
Após as ordenações foram vigários e párocos de várias comunidades argentinas. A partir de agosto de 1986 o padre Raul passou a pertencer ao movimento Schoenstatt.
Informações detalhadas sobre as comemorações e o texto de entrevista que deram à Zenit podem ser vistas acessando os sites do Schoenstatt e um sobre informações para o clero Vida Sacerdotal

Homenagem Musical ao Divino Menino Jesus, em Évora





quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Revista "Arautos do Evangelho" divulga tese de doutorado sobre Dr. Plínio


A tese de doutorado em teologia de Monsenhor João Clá, fundador dos Arautos, "O dom da sabedoria na vida, mente e obra de Plinio Corrêa de Oliveira", tem seu resumo publicado na revista "Arautos do Evangelho", conforme se vê no video acima. No mesmo vídeo, há também uma reportagem sobre a nomeação para Administrador Apostólico de Sucumbios, no Equador, do Pe. Rafael Ramón Schindler dos Arautos, feita pelo Papa Bento XVI.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O "homem" dos quatro dedos

Passados menos de um mês dos episódios em que a polícia e as forças militares federais expulsaram os bandidos de alguns morros do Rio, vamos relembrar um pronunciamento profético a respeito da violência urbana no Brasil.
Quase ao findar o ano de 1983, Dr. Plínio publicou na "Folha de São Paulo" um artigo intitulado "Quatro Dedos Sujos e Feios", onde analisava a forma misteriosa como ele via a esquerda se transformar na violência urbana que crescia assustadoramente. Passados 27 anos, vê-se hoje como aquelas previsões se cumprem, como se diz, "ao pé da letra". Após lê-lo, convém analisar como anda a violência urbana no Brasil, especialmente a partir dos últimos acontecimentos do Rio. A fim de ressaltar onde se encontra o cerne de tais acertos, coloquei em negrito os trechos principais:



Quatro Dedos Sujos e Feios




Plínio Corrêa de Oliveira

A perplexidade se dá bem com macias cadeiras de couro, nas quais o homem sente afundar-se gostosamente. É que há certa analogia entre estar atolado em questões perplexitantes, e em poltronas de molas macias. O homem perplexo, afundado em couros, fica atolado tanto de corpo como de alma, o que confere à situação dele essa unidade que nossa natureza pede insistentemente, a todo propósito.
É verdade que tal unidade não vai aí sem alguma contradição. As perplexidades constituem para a mente um atoleiro penoso. Um purgatório. Por vezes quase um inferno. Pelo contrário, os couros e as molas proporcionam ao corpo cansado um atoleiro delicioso, reparador. Mas essa contradição não fere a unidade. E diminui o tormento do homem, em vez de o acrescer.
Para prová-lo ao leitor, bastaria a este imaginar quão pior seria a situação de um homem perplexo, sentado num duro banco de madeira...
Ocorreu-me isto tudo ao recordar que, numa noite destas, chegado ao termo o jantar, resolvi refletir sobre a situação nacional, atoleiro no sentido mais preciso e sinistro do termo. E para isto me afundei instintivamente em uma profunda e macia poltrona de couro. Comecei então a pensar...
A ronda macabra dos vários problemas pátrios, ideológicos, sociais e econômicos, começou a dançar em meu espírito. A fim de ver claro, eu procurava deter a feia ciranda, de modo a analisar, uma por uma, as várias questões que a formavam. Mas estas pareciam fugir a toda avaliação exata, executando cada qual, diante de meus olhos por fim fatigados, um movimento convulsivo à maneira do "delirium tremens". Pertinaz, eu insistia. Mas elas, não menos pertinazes do que eu, aumentavam seu tremor, e de repente retomavam em galope sua ciranda.
Febre? Pesadelo? O certo é que me senti subitamente em presença de um personagem muito real, de carne e osso...
E eu, que tinha intenção de comunicar aos leitores o resultado de minhas lucubrações, fiquei reduzido a contar-lhes o que este personagem me disse.
O tal homem a-temporal me tratava de você, com uma certa superioridade que tinha seu tantinho de irônico e de condescendente. E, pondo em riste o indicador curto e pouco limpo da mão direita, como para me anunciar uma primeira lição, sentenciou: "Saiba que eu, o comunismo, fracassei neste sossegado Brasil. O PC é aqui um anão que dá vergonha. Por isso, evito de o apresentar sozinho em público. O sindicalismo não me adiantou de nada. Possuo muitos de seus chefes, mas escorre-me das mãos o domínio sobre suas bases bonacheironas ("pacifistas", diria você). Entrei pelas Cúrias, pelas casas paroquiais, seminários e conventos. Que belas conquistas eu fiz. Mas ainda aí prosperei nas cúpulas, porém a maior parte da miuçalha carola me vai escapando. Noto, Plinio, sua cara alegre ante minha envergonhada confidência. Você me reputa derrotado. Bobão! Mostrar-lhe-ei que tenho outros modos de progredir.
— Você duvida? — Sim, eu duvidava.
Então ele levantou teatralmente, ao lado do dedo indicador, o dedo médio, um pouco mais longo e não menos rejeitável. E entrou a dar sua segunda lição.
"Começarei por um sofisma. Farei o que você não imagina: a apologia do crime. Sim, direi por mil lábios, através de mil penas, milhões de vídeos e de microfones, que a onda de criminalidade, a qual tanto assusta os repugnantes burgueses, raramente nasce da maldade dos homens. Nas tribos indígenas, os crimes são mais raros do que entre os civilizados. O que quer dizer que o crime nasce entre nós das convulsões sociais originadas da fome. Elimine-se a fome, desaparece o crime. Como, aliás, também a prostituição.
"Quem você chama de criminoso é uma vítima. Sabe quem é o criminoso verdadeiro? É o proprietário. Sobretudo o grande proprietário. Principalmente este é que rouba o pobre.
"Enquanto um ladrão de penitenciária rouba um homem, o proprietário rouba um povo inteiro. Seu crime social é de uma maldade sem nome!"
O delírio leva a muita coisa. Pensei em expulsar o jactancioso idiota. Mas o comodismo me manteve atolado em minha poltrona. Furibundo e inerte, deixei-o continuar.
Ele levantou o dedo anular, feio irmão dos dois que já estavam erguidos. E prosseguiu.
"Há mais uma "seu" Plinio. À vista de tudo quanto eu disse, um governo consciente de suas obrigações tem por dever desmantelar a repressão e deixar avançar a criminalidade.
Pois esta não é senão a revolução social em marcha. Todo assassino, todo ladrão, todo estuprador não é senão um arauto do furor popular. E por isto farei constar ao mundo inteiro que a explosão criminal no Brasil está sendo caluniada por reacionários ignóbeis. A criminalidade é a expressão deste furor justamente vindicativo das massas, que os sindicatos e a esquerda católica não souberam galvanizar."
Suspendendo o minguinho, miniatura fiel dos três dedos já em riste, meu homem riu.
"Farei entrar armas no Brasil. Quando os burgueses apavorados estiverem bem persuadidos de que não há saída para mais nada, suscitarei dentre os que você chama "criminosos", um ou alguns líderes, que saberei camuflar de carismáticos. E farei algum bispo anunciar que, para evitar mal maior, é preciso que os burgueses se resignem a tratar com aqueles que têm um grau de banditismo menor.
"Vejo a sua careta. Você está achando a burguesia preparada para cometer mais esse erro. Tem razão.
Assim se constituirá um governo à Kerensky, bem de esquerda. O dia seguinte será do Lênin que eu escolher."
Levantei-me para agarrar o homem. Quando fiquei de pé, acabei automaticamente de acordar. Ou cessou a febre...
Escrevi logo quanto "vira" e "ouvira", pois só até poucos minutos depois da febre ou do sono, tais impressões se podem conservar com alguma vitalidade.
Leitor, desejo que elas não lhe dêem febre. Se é que, antes de terminar a leitura, elas não lhe darão sono.
Este não será, em todo caso, um tranqüilo sono de primavera. Mas estará em consonância com essa metereologia caótica dos dias aguados e feios com que vai começando novembro.
P.S. — A Polícia paulista parece hoje em reviravolta. Que diria a isto o hominho dos quatro dedos sujos? Em São Paulo, e pelo Brasil afora, que rumo tomará o buscapé da subversão? Parar, não parará...
"Folha de S. Paulo", 16 de novembro de 1983

Observação: não teria sentido qualquer ligação entre o personagem do Dr. Plínio, o "homenzinho de quatro dedos sujos e feios", e o presidente Lula, o qual, apesar de também possuir quatro dedos numa mão (por sinal, o "minguinho"é o único que falta nele, mas é um dos citados no artigo), na época do presente artigo (em 1983) nem sequer cogitava de se candidatar a presidente. No entanto, poder-se-ia compará-lo com o Kerensky, o malfadado político russo que preparou o caminho para Lênin, se considerarmos que a era Dilma poderia se constituir num regime de inaudita violência política e urbana, como já se iniciou no Rio no mês passado.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um milagre de Natal


O maravilhoso milagre que vamos narrar ocorreu por ocasião do Natal de 1956, na Hungria então subjugada pela Rússia comunista. O prodígio, inteiramente verídico e largamente conhecido, chegou ao Ocidente através do relato do Pe. Norberto que exercia o sacerdócio numa paróquia de Budapeste, antes de escapar para o Ocidente, fugindo da perseguição que os marxistas moviam aos católicos em seu país.
Na escola dessa paróquia, ensinava a professora Gertrudes, atéia militante. Todas as suas lições giravam em torno da impiedade e da negação de Deus. Tudo lhe servia para denegrir e ridicularizar a Igreja Católica. O seu programa de ensino era simples: arrancar a Fé da alma das crianças e formar legiões de pequeninos "sem Deus".
Suas alunas mesmo intimidadas, não se deixavam convencer com as troças da mestra. Coisa curiosa: Gertrudes parecia adivinhar quais as que comungavam e era as que mais perseguia.
Um dia, uma menina de dez anos, chamada Ângela, procurou o Pe. Norberto e pediu-lhe licença para comungar diariamente. Muito inteligente, muito bem dotada, era a melhor aluna da classe e da escola. O sacerdote mostrou os riscos a que se expunha, mas ela insistiu: "Senhor padre, a mestra não conseguirá apanhar-me em falta, asseguro-lhe, e trabalharei melhor. Não me recuse o que lhe peço. Nos dias em que comungo sinto-me mais forte. O senhor padre disse-me que devo dar bons exemplos. Para os dar preciso sentir-me forte." O padre acedeu.
Desde esse dia, Ângela viveu um verdadeiro inferno. Apesar de saber sempre as lições, a mestra implicava continuamente com ela. A criança resistia, mas ficava nitidamente abatida. A partir de novembro, as aulas passaram a ser autênticos duelos entre a professora e a pequena discípula.
Aparentemente, a mestra triunfava e dizia sempre a última palavra. Todavia, a sua irritação era tão grande que até o silêncio de Ângela a punha fora de si.
Aterradas, as outras crianças pediam socorro ao padre Norberto, que nada podia fazer. "Graças a Deus - lembrava ele - Ângela continuava firme na sua Fé e a nós restava rezar com absoluta confiança na misericórdia divina".
Pouco antes do dia de Natal, a 17 de dezembro, a professora inventou um estratagema cruel que devia, na sua opinião, dar um golpe mortal naquilo que ela designava por "superstições ancestrais" das alunas. E preparou a cena com sádico entusiasmo. Naturalmente, a pobre Ângela foi a vítima ...
Com voz doce, a professora fez um longo interrogatório para que ela e a classe se certificassem de que pessoas vivas atendem quando são chamadas. As mortas, ou as que só existem nas histórias, não podem obviamente aparecer.
Mandou então Ângela sair da sala de aula e ficar do lado de fora. Ato contínuo, fez as alunas chamarem-na em coro. Ângela entrou muito intrigada, pressentindo uma cilada. "Afinal - sentenciou a mestra - estamos todos de acordo. Quando chamamos aqueles que vivem, que existem, eles vêm. Quando chamamos os que não existem, eles não podem vir ... Ângela, que está aqui, viva, em carne e osso, ouviu-nos chamando-a e veio. Suponhamos que chamássemos o Menino Jesus. Parece que há entre vós quem acredite nEle..." - acrescentou maliciosamente.
Houve um instante de silêncio, de medo, talvez, mas as meninas, embora timidamente
responderam: "Acreditamos".
"E tu Ângela, também crês que o Menino Jesus te ouve quando o chamas?" - perguntou-lhe a perversa Gertrudes. Apesar de ver ali a cilada que havia pressentido, a criança respondeu com ardente fervor: "Sim, creio que Ele me ouve!"
"Muito bem", replicou a mestra. "Façamos a experiência: as meninas viram que Ângela, quando
a chamávamos, veio imediatamente. Se o Menino Jesus existe, Ele vos ouvirá chamando-O. Gritem todas ao mesmo tempo e com força: Vem Menino Jesus! Vá! Um, dois, três! Chamem!"
Intimidadas, as crianças permaneceram caladas. Os argumentos da mestra tinham-nas impressionado. Gertrudes soltou uma gargalhada prolongada, diabólica ...

De repente, deu-se o imprevisto. Levantando-se, no meio da classe, cheia de esperança e confiança, Ângela olhou em volta para todas as suas colegas e gritou: "Ouçam-me, vamos chamá-Lo! Gritemos todas: vem, Menino Jesus!"
Num instante, todas se puseram de pé e fizeram ouvir suas vozes num uníssono vibrante. A professora não esperava esta súbita reação. Um impulso sobrenatural se manifestava naquela que se revelava a mais ardorosa e esperava o milagre.
Quando o clamor das alunas estava no auge, a porta abriu-se sem ruído, entrando por ela uma claridade intensíssima, que crescia, crescia, como a chama de um enorme fogo. No meio deste clarão, um globo cheio de luz abriu-se mostrando um Menino lindíssimo e risonho, todo vestido de luz. O Menino sorria, não falava, e todas as alunas sorriam também, tranqüilas e contentes.
Depois o globo fechou-se devagar e desapareceu suavemente. A porta fechou-se sem que ninguém a tocasse. As crianças olhavam ainda para lá quando um grito agudo se fez ouvir.
Aterrada, olhos esgazeados, braços esticados, a professora gritava com louca: "Ele veio! Ele apareceu!" E fugiu completamente desnorteada, batendo com a porta.
O padre Norberto disse que interrogou as crianças uma por uma. E atestou, sob juramento, que não encontrou nas suas palavras a menor contradição.
Quanto à professora Gertrudes, teve o fim que merecia: enlouquecida, teve de ser internada numa casa de saúde. E ali, sob o impacto de tremendo abalo que sofreu, não cessava de repetir: "Ele veio!
Ele Veio!"

Texto extraído do blog
Arautos do Evangelho - Cooperadores de São Paulo

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Estímulo ao homossexualismo, incentivo à promiscuidade

Preparem-se os pais de família: no decorrer do próximo ano letivo nossos filhos menores de idade, especialmente entre 7 e 10 anos, vão ter que assistir em sala de aula um vídeo promíscuo que incentiva o homossexualismo e a perversão moral. Vejam o despacho da ACI PRENSA: e o pronunciamento na Cãmara do deputado Bolsonaro

BRASILIA, 03 Dez. 10 / 06:28 pm (ACI).- Em um recente pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados o parlamentar Jair Bolsonaro (PP-RJ) repudiou um projeto da Comissão de Direitos Humanos e Minorias de promover um kit com dois DVDs contendo filmetes que promovem o homossexualismo entre crianças de 7 e 10 anos da rede pública de ensino. O deputado Bolsonaro denunciou a iniciativa que tenta impor a cerca de 6.000 escolas do governo, os filmes com o suposto objetivo de “combater a homofobia”, mas que são um estímulo à promiscuidade. Nestes, o comportamento de um rapaz que se declara homossexual na frente da turma e o romance de duas meninas lésbicas de 13 anos são postos como modelo para as crianças.
Na primeira das histórias homossexuais, segundo o Jornal da Câmara dos Deputados, mostra-se um garoto, de nome Ricardo, de 14 anos que, certa hora, vai ao banheiro urinar e encontra um colega seu. Enquanto ele urina, Ricardo dá uma olhada para o lado e se apaixona pelo garoto. Em outro episódio, este garoto, chamado Ricardo, quando atende à chamada do professor na escola, fica constrangido, pois não quer ser chamado de Ricardo, e sim de “Bianca”. Na outra história o comportamento de duas meninas lésbicas de aproximadamente 13 anos de idade é posto como exemplar para as outras, e a comissão ainda discutiu a profundidade que a língua de uma menina deve entrar na boca da outra ao realizar o beijo lésbico para o filme que está em licitação.
“Para mim, em 20 anos de congresso é o maior escândalo que eu tomei conhecimento até hoje”, denunciou o deputado Bolsonaro.
Na semana passada reunidos na comissão de direitos humanos e minorias, em conjunto com a comissão de educação, estando presente o Sr. André Lázaro, secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC em uma platéia repleta de representantes de grupos pró-homossexuais, foram tomadas decisões que segundo o deputado carioca “esta casa (a Câmara dos Deputados), não está sabendo. E a maioria dos integrantes da Comissão de educação também não está sabendo”.
“Atenção pais, no próximo ano os seus filhos vão receber na escola um kit. Este kit tem um título: combate à homofobia. Mas na verdade este kit é um estímulo ao homossexualismo. É um incentivo à promiscuidade”, denunciou Bolsonaro.
Referindo-se ao primeiro filme no qual um menino se apaixona por outro após vê-lo urinando no banheiro, o deputado conta que na produção pró-gay “este filme no final da a seguinte lição de moral: este comportamento do Ricardo (ou da “Bianca”) passa ser um comportamento exemplar para os demais alunos”. Sobre o filmete das meninas lésbicas o deputado afirma que “a grande discussão da nossa comissão de direitos humanos e minorias (da qual este membro da câmara sente asco) é a profundidade da língua que uma menina tinha que entrar na boca da outra menina. Dá para continuar discutindo este assunto? Dá nojo!”
“Estes gays, lésbicas querem que nós, a maioria, encubemos como exemplo de comportamento a sua promiscuidade!”, afirmou o parlamentar brasileiro energicamente.
O deputado denunciou ainda os membros da Comissão de direitos humanos e minorias que querem excluí-lo da mencionada comissão por ser supostamente, “um elemento anti-democrático”.
“Isto é uma vergonha. (…) Esta história de homofobia, é uma história de cobertura!”, afirmou o deputado denunciando o projeto que visa promover a ideologia de gênero, o homossexualismo e a promiscuidade entre crianças do primário com a desculpa de combater a homofobia no Brasil.