sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sacerdote assassinado na Índia

Continua o martírio de católicos na Índia. Desta vez, um sacerdote foi barbaramente assassinado, conforme informa a agência Fides:
Vasai (Agência Fides) – “Nós sacerdotes oferecemos a nossa vida no dia da ordenação. A nossa vida não nos pertence, mas é de Deus. Pe. Peter hoje foi acolhido pelo Senhor e por Nossa Senhora dos Abandonados (Our Lady of Forsaken), à qual era muito devoto”: é o que declara numa conversa com a Agência Fides, Dom Felix Machado, Bispo de Vasai (nas proximidades de Mumbai), contando sobre um evento que abalou toda a comunidade do território, católica e não: a morte de Pe. Peter Bombacha, sacerdote de 74 anos, assassinado por desconhecidos na noite passada, em sua casa pouco distante do arcebispado. "Encontrei o corpo de Pe. Peter num lago de sangue esta manhã" - conta à Fides Dom Machado, alertado por alguns leigos que trabalhavam com o sacerdote. "Tinha uma corda no pescoço e tesouras enfiadas na garganta. Foi uma cena chocante. A polícia foi logo ao local, iniciou a investigação post-mortem, do fato acontecido”.
O bispo continua: “A comunidade está sob shock. Pe. Peter criou e administrava, com a colaboração de alguns leigos, uma casa de recuperação para alcoolizados. Ele nasceu em Vasai e vinha de uma comunidade de pescadores: por isto seu nome era ‘Pedro’. Era querido e estimado por todos".
“Não temos ideia dos motivos do assassinato, talvez roubo ou alguém que tinha alguma coisa contra ele" – disse o Bispo, excluindo a pista de violências dos fundamentalistas hinduístas: "Não pensamos nos grupos extremistas hinduístas. Antes de tudo, as relações com a comunidade hindu no território são ótimas. Muitos fiéis hindus vieram hoje manifestar desaprovação e solidariedade. E muitos estarão presentes no funeral, que celebro na tarde do dia 29 de abril, que contará com a participação de cerca de 10 mil pessoas".
A missa fúnebre "será um momento de oração em que a comunidade, que está triste por este fato, se unirá e celebrará com esperança. Recordarei, enquanto vivemos o Ano Sacerdotal, que nós sacerdotes oferecemos a nossa vida, que pertence a Deus e dedicada ao serviço ao próximo.
"Procurarei também dar uma mensagem de coragem às pessoas, que está abalada e amargurada: oferecemos o nosso sofrimento confiando-nos a Nossa Senhora dos Abandonados, a quem Pe. Peter se dirigia na oração

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Arautos realizam Missão Mariana no Haiti e falam da situação do país após terremoto

Várias são as organizações internacionais que estão dando ajuda ao povo haitiano, muitas das quais pertencentes à Igreja, como a Cáritas Internacional. Com o objetivo de dar um pouco de consolo espiritual àquele sofrido povo, após a catástrofe que desabou sobre ele no recente terremoto, uma organização católica foi até lá, registrando o testemunho de sua ação em seu blog Le Pèlerin , do qual traduzimos algumas passagens abaixo. Poderemos ver, pelo relato, que ainda palpita uma fé viva e vigirosa na Religião Católica, e que talvez os relatos do predomínio do voduímos estivessem exagerados, pois na realidade o que aquele povo demonstra é um autêntico cristianismo.

Nossa Senhora de Altagrâce
Os principais padroeiros do Haiti são Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Sant'Anna. O relato dos Arautos, porém, se inicia com a visita à igreja de Notre Dame d"Altagrace com a imagem peregrina do Imaculado Coração de Maria:
"No Santuário de Nossa Senhora da Altagrace em Porto Príncipe , uma missa solene foi realizada às 6h30 para receber a imagem peregrina : foi uma apoteose!
Numa igreja, mais uma vez, lotada, uma missa solene foi presidida pelo Pe. Bandet Francis. A coroação, pelo Padre Francky Desire, pastor da paróquia, continuará a ser, como ele mesmo diz, gravada nos anais da história do santuário. Foi muito impressionante ver a veneração dos fiéis admiradores que se aproximaram da imagem para rezar depois da missa e também para receber a bênção. Durante esta peregrinação, percebemos que muitos posavam com fotos de membros da família. Poderíamos imaginar muito bem que eles eram membros de família que morreram no terremoto e buscavam um agradecimento especial a Nossa Senhora.
No presbitério, tivemos a visita de um assistente da prefeita de Porto Príncipe Sra. Nadege Joachim Auguste. Ele vem em nome da mesma, graças a nós para esta missão de evangelização e apoio humanos do povo haitiano. Ela pede ao Padre Francis uma bênção para ela e para toda a cidade".

"Mais tarde, o Padre Bandet Francis vai à Nunciatura Apostólica para uma entrevista com Mons. Bernardino Auza, Núncio Apostólico no Haiti. Lá ele conheceu o bispo Joseph Lafontant, Administrador Apostólico de Porto Príncipe e o Bispo Louis Kebreau, presidente da Conferência Episcopal do Haiti. As preocupações eram sobre a conversão como objetivo principal dos Arautos e que o povo do Haiti precisa de apoio moral e incentivo. A entrevista com o Núncio é sobre a ajuda que a Igreja Católica traz ao desastre haitiano e é feita uma chamada para receber ajuda para a reconstrução de escolas e igrejas que foram danificadas ou totalmente destruídas. O núncio disse que das 83 paróquias em Porto Príncipe, mais de 50 igrejas foram danificadas e 13, incluindo a Catedral, completamente destruídas.
Antes de sairmos, nós fizemos uma última visita ao acampamento. Este tempo em que está diretamente na frente da casa onde estávamos hospedados".

As dioceses de Anse à Veau e Miragoâne
"Convidado pelo bispo Dumas, partimos para a aldeia de Anse-à-Veau . A viagem foi, de início, num helicóptero militar italiano, mas por algum motivo ele não revelou que havia o bispo e um assistente de bordo. O bispo foi o primeiro a ir a Miragoane com distribuição de alimentos em colaboração com a Caritas.
Assim começa uma longa jornada de cinco horas de jipe com a imagem peregrina e seus acompanhantes. Saindo do aeroporto, passamos por um mercado onde a insalubridade do local seria de assustar.
Metade do trajeto é fora da cidade. Uma vez fora, a próxima cidade grande é Miragoane. A miséria é sempre impressionante. Quando as pessoas não vivem em tendas, vivem em cabanas simples, sem água corrente. O caminho é apocalíptico. Para chegar ao seu destino, Anse-à-Veau, temos que atravessar três rios ... que não têm pontes! Esses rios também servem como um local para lavanderia e higiene pessoal".
"Na sexta-feira da Quaresma, no caminho até a entrada da aldeia, os povos criaram altares com o que eles têm mais bonito na tela branca. Entramos por um pórtico encimado por um grande "bem-vindo".
A igreja, dedicada à Santa Anna em 1721, torna-se catedral a partir da formação da nova diocese em 2008. É impressionante, mas pobres e degradados. Decorado com gosto, lembra a situação da população local: pobre, mas digna.
Após o jantar, os adolescentes se reuniram na igreja paroquial. Abade David, natural de Lorena francesa tocando os sinos para uma improvisação em massa. A mudança de programa é uma constante que deve ser quando você está acostumado ao Haiti.
A Missa é dirigida por um coro e conjunto musical, cuja qualidade e talento surpreende, apesar de instrumentos que são verdadeiramente piedosos. Um antiquário não ousaria ainda oferecer esses instrumentos antigos, aos olhos dos seus clientes.
Posteriormente, entramos para os veículos e fomos para um quilômetro a partir da entrada da cidade. A graça e a fé do povo desse caminho cruzará o clímax desta missão.
A cruz, transportada por Sua Excelência o Bispo Dumas é seguida pela imagem peregrina que é transportada por jovens paroquianos. Na primeira, são meninos que vão, e no final, serão as meninas, com grande e forte devoção. Eles nos surpreendem pela sua força de vontade que possuem. Outro sinal desta grande fé que anima a população local.
Quanto mais avançamos, mais fiéis aumentam. No final, quando chegamos à igreja já é escuro, e os 800 lugares serão preenchidos na grande igreja".
"Quanto tempo vai ficar? »Pedido de uma menina crioula. Depois de ter dito que iria sair naquela noite ela responde que é tarde, devemos ficar. Entristecida, ela perguntou: "Mas você vai voltar? .
- "Devemos perguntar ao Bispo Dumas! .
- "Volte em julho para a festa de Santa Anna! "
O pároco e bispo enviam palavras de agradecimento emocionante para a missão dos Arautos do Canadá e República Dominicana. Eles pedem, em nome dos jovens da paróquia, se os Arautos podem enviar seus professores de música para ensinar música no estilo "Arautos".
Até que você deixe, um grupo de crianças se manteve até a nossa partida. O Bispo Dumas explicou que aqui as crianças são muito inocentes e não há realmente uma promessa de futuro que visa incentivar. "Aqui jaz o futuro da Igreja do Haiti", disse ele, "inocência não tem sido desfigurada pelo materialismo do mundo moderno."



Missão no Haiti : Fim da segunda jornada

"No centro da cidade, passamos perante as ruínas da catedral. Curiosamente, o que resta do coro da igreja (metade morreu sob os escombros da catedral, porque eles estavam cantando as 17:00 uma Missa durante o terremoto), estavam ensaiando para a Semana Santa. Essas mesmas pessoas que tinham participado numa homenagem à Catedral de Nossa Senhora, na primeira visita de Arautos do Haiti. Todos são colocados ao redor da imagem, fora da catedral, cantando músicas diferentes em crioulo. Eles são muito tocadas por esse encontro inesperado.
Um pouco mais tarde, fomos convidados a um jantar de caridade em Porto Príncipe. Aproveitamos esta oportunidade para percorrer um campo de refugiados, onde vivem cerca de 600 pessoas.
A dura realidade da vida diária dos haitianos que tínhamos visto a uma distância nos é revelado. Depois de passar pelo acampamento, as crianças e seus pais se reuniram para uma oração, seguida por um sermão curto e uma bênção dada pelo bispo Colimon. Na sequência desta visita, o bispo Francis Colimon, SMM, Bispo Emérito de Porto-de-Paix, ao vivo na casa de caridade, congratula-se com os Arautos pela ousadia da iniciativa. "Ao fazer isso, diz ele, permite que o Espírito Santo opere livremente e de forma eficaz nas pessoas." Ele permaneceu de joelhos em oração diante da imagem, o tempo todo para visitar a casa de caridade".

"Quatro e meia começa a recitar o Rosário em S. Vicente de Paulo Thomassin localizado nos arredores de Porto Príncipe. Esta região não foi afetada pela tragédia.
O Padre Francis Bandet preside a Missa. Os terciários e os membros do Apostolado do Oratório, que também participam nas cerimónias da manhã, em seguida, oferecem um jantar, onde mais uma vez, enviam palavras de gratidão por esta visita, que, segundo eles, dá coragem e entusiasmo, na esperança de que vamos voltar'.


Escolhemos o vídeo abaixo dentre vários que o blog colocou à disposição, nos quais se mostra a situação atual daquele povo.








segunda-feira, 26 de abril de 2010

Recrudesce mais intensa perseguição religiosa na Índia


Religiosos provenientes da Índia estão remetendo pedido de socorro a várias partes do mundo. Por exemplo, o padre Samuel M. Chetcuti, OFM, padre Provincial dos Frades Francioscanos Conventuais, da ilha de Malta, está conclamando os católicos a rezar pelos que professam nossa fé na Índia, objeto do mais intenso ataque já havido na história daquele país. Segundo sua mensagem, pedindo orações, "extremistas religiosos (provavelmente hinduístas), incendiaram 20 igrejas no último sábado, dia 24 de abril. Planejam agora destruir 200 Igrejas na Província de Olisabang. Eles têm intenção de matar 200 missionários dentro de 24 horas.
Neste momento todos os cristãos estão se escondendo nas vilas (lugarejos).
Rezai por eles e enviai este e-mail aos cristãos que conheceis.
Pedi a Deus de ter piedade dos nossos Irmãos e Irmãs na India.
quando receber esta mensagem, vos rogo de enviar-la com urgência a outras pessoas.
Rezai por elas ao nosso Onipotente e vitorioso Senhor!"

Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano.

Hoje, comemora-se a festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, cuja imagem é cultuada na cidade de Genazzano, próxima a Roma. Vejam o vídeo oriundo da TV Arautos e que traz esta belíssima história cheia de milagres e conversões. O afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho encontra-se na cidade de Genazzano, na Itália. Com ele um constante milagre acontece desde o século XV: está suspenso no ar sem fixação nenhuma, afastado da parece cerca de três centímetros.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Queda da natalidade no Ocidente: fim da nossa civilização?

Qual é a religião que mais ceresce no mundo? Segundo o vídeo acima é o islamismo, e decorre da queda da natalidade entre os ocidentais em face da crescente natalidade muçulmana. Mas, ele faz a comparação apenas com o Catolicismo e não com o Cristianismo. O número de cristãos no mundo é de 33% da população mundial, isto é, mais de 2 bilhões, enquanto que os muçulmanos não passam de 19%, apenas um pouquinho acima dos católicos.
O islamismo também se divide entre xiitas, sunitas e outras denominações. Considerada por denominação isolada, o Catolicismo, incontestavelmente, é a religião que tem mais adeptos e mais cresce no mundo, e com ela o Cristianismo. Veja, a propósito, nossa postagem “Islamismo, maior religião do mundo?” , onde há mais dados sobre isso.
No entanto, é interessante considerar os dados fornecidos pelo vídeo com relação à queda da natalidade no Ocidente, um problema gravíssimo que já começa a demonstrar sinais de deperecimento da nossa civilziação. Quase todo país europeu sofre com o problema da falta de infância e juventude em suas populações: a Europa não é só um “velho continente” mas um “continente de velhos”. Uma grave falha do vídeo é a mensagem de desânimo, considerando iminente a vitória do islamismo no mundo; além do mais, levando em conta apenas uma certa supremacia numérica em relação ao Catolicismo: um dado muito de agrado dos muçulmanos, mas parcial e que não reflete a realidade, que seria mais exata se a comparação fosse feita com os cristãos. Quer dizer, se não houvessem protestantes e cismáticos o Catolicismo teria muito mais adeptos do que o islamismo. Um outro fator a considerar: mesmo que os muçulmanos se transformem em maioria, isso não significa que sua cultura e sua religião predominarão. Eles, em geral, primam por negar os fatores culturais mais primários do homem e almejam uma ordem de coisas meio caótica, sem elites verdadeiras, meio tribais, fazendo com que não consigam predominar no comando da sociedade em geral. Estes e muitos outros fatores devem ser considerados nesta questão, e não somente o fator populacional. Um deles é que, tratando-se de uma religião antinatural, dificilmente conseguirão o predomínio mundial perante a Igreja de Cristo, a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, a Quem o próprio Cristo prometeu o predomínio sobre todas as nações, cuja promessa foi confirmada pela mensagem de Fátima quando Nossa Senhora disse: "Por fim, meu Coração Imaculado Coração triunfará!".

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mata de São João se irmana com São Pedro de Rates

O site do Centro Cultural da Casa da Torre Garcia D'Ávila e a Embaixada Portuguesa no Brasil divulgam a seguinte notícia:
Em sessão especial ocorrida no último 14 de abril, no plenário da câmara municipal de Mata de São João, na Bahia, foi requerido pelo vereador Alexandre Rossi, autor do projeto de Cidade Irmã com São Pedro de Rates em Portugal, e assinado o protocolo de cooperação entre as duas cidades, pelo prefeito João Gualberto, o presidente da Junta da Freguesia de Rates, Armindo Ferreira, cônsul de Portugal, João Sabido Costa, presidente da câmara, Joselito Pereira e o vice-presidente, Alexandre Rossi. O vereador Alexandre Rossi estará em Portugal no próximo dia 26 de abril para as comemorações do aniversário de Rates, bem como mantendo uma agenda de visitas com organizações, universidades e empresas de Portugal.

S. Pedro de Rates é a maior freguesia do concelho da Póvoa de Varzim (com uma área de 1.383 ha).

A história, de mais de três séculos, da Casa da Torre está intimamente ligada à história das Comunicações no Brasil, uma vez que foi naquela Torre de Garcia d'Avila que se estabeleceu um primeiro sistema de comunicação à distância, no país, ligando-a à primeira capital do Brasil - a Cidade do Salvador da Bahia de Todos os Santos: A "Torre Singela de São Pedro de Rates". De lá partiam os emissários, a cavalo, para avisar na metrópole sobre a presença de navios corsários ou dos hereges holandeses que apontavam no horizonte tentando invadir a Bahia.

Em Mata de São João, no dia anterior, foi feita uma homenagem aos descendentes de Garcia d'Ávila , feita da seguinte forma, conforme informa o site da “Casa da Torre de Garcia D’Ávila”:
Nesta data verdadeiramente histórica, em que a Freguesia de São Pedro de Rates – Berço de Garcia d’Ávila tornou-se, formalmente, “Irmã-Gêmea” da Cidade de Mata de São João – Berço da Casa da Torre foi com grata satisfação que os descendentes destas duas Origens, congregados neste Centro Cultural foram representados na memorável Sessão da Câmara Municipal, por Caio Cesar Tourinho Marques, Visconde de Tourinho, presidente da seção do Brasil Setentrional da Associação da Nobreza Histórica do Brasil.
Agradecemos e rogamos aos Padroeiros – São Pedro de Rates e Nossa Senhora da Conceição da Torre de Garcia d’Ávila –, que protejam e iluminem a todos, para que saibamos aproveitar tão auspiciosa oportunidade, como instrumento de contato entre as populações e culturas, em prol da paz e do desenvolvimento.
Deus a todos guarde muitos anos.

História contada pelo Padre Vieira:

O padre Vieira fala sobre São Pedro de Rates em sua defesa perante o Santo Ofício: “E porque não saiamos do nosso Reino, com ser humana tão pequena parte do mundo, se em Braga, como acima tocamos, depois de seiscentos anos, ressuscitou aquele homem que depois foi São Pedro de Rates...”
“Entrou em Braga o Apóstolo [São Tiago], e para entrar com estrondo de trovão (cujo filho o chama Cristo, Nosso Senhor) se foi a uma sepultura célebre, onde jazia enterrado de seiscentos anos um santo profeta, judeu de nação, e que ali viera dar com outros cativos mandados de Babilônia por Nabucodonosor, chamado Malaquias, o Velho, ou Samuel, o Moço; e em presença de infinito povo, chamando por ele o ressuscitou em nome de Jesus Cristo, a quem vinha pregar e publicar por verdadeiro Deus; batizou-o pouco depois, e dando-lhe o nome de Pedro, o escolheu e tomou por primeiro e principal de todos seus discípulos” Este fato foi extraído da obra “História Eclesiástica dos Arcebispos de Braga”, escrita por D. Rodrigo da Cunha.
A respeito do grande milagre feito por São Tiago, continua o padre Vieira: “Até aqui esta maravilhosa história, tirada de autores e memórias mui antigas, e particularmente de uma carta de Hugo, bispo do Porto, e dos fragmentos de Santo Atanásio, bispo de Saragoça, o qual conheceu o mesmo Pedro ressuscitado e escreveu o caso quase pelas mesmas palavras, que por isso não a traduzimos, e são as seguintes: ‘Ego novi sanctum Petrum, Bracharensem Episcopum, quem antiquum prophetam suscitavit Sanctus Jacobus Zebedaei filius, magister meus. Hic venerat cum duodecim tributus missis a Nabuchodonosere in Hispaniam Hierosolymis duce Nabuchoi-Cerdan, vel Pyrrho, Hispaniarum praefecto’ (cf. “História do Futuro”, de Antonio Vieira, 2a. Edição, Imprensa Nacional de Lisboa, pág. 227)

domingo, 18 de abril de 2010

Funeral de um presidente católico, num país ainda católico







As notícias que divulgam o funeral do presidente polonês e mais 94 pessoas mortas num acidente aéreo têm algumas divergências: um jornal disse que “algumas centenas de pessoas” participaram do funeral, enquanto outro deu destaque mais a um punhadinho de insatisfeitos que protestavam com o fato do corpo do presidente ter sido enterrado na Catedral. É assim a mídia: quando divulga um fato que não lhe agrada procura tirar dele, de alguma forma, o seu verdadeiro valor ou sentido. Um repórter de TV foi cobrir o funeral do presidente polonês e passou grande parte de seu tempo filmando as pessoas de uma fila, enquanto o principal das cerimônias era deixado de lado.
Mas, na realidade, havia uma multidão no enterro de Lech Kackynski. Alguns diziam que havia 150 mil pessoas, outros mais de um milhão. Conforme se pode ver num dos vídeos acima, a principal cerimônia foi dentro da Catedral de Cracóvia, enquanto do lado de fora a multidão assistia tudo em telões.
Os corpos de Lech e Maria Kaczynski chegaram à cidade no domingo de manhã, vindos de Varsóvia. Uma missa foi rezada na Basílica de Santa Maria e depois os corpos foram transportados pela cidade antiga em direção à catedral de Wawel, onde são sepultados monarcas, poetas e estadistas poloneses.
Dezenas de milhares de poloneses cantaram o hino nacional e jogaram flores no carro funerário que transportou o corpo do presidente Lech Kaczynski ao palácio presidencial. O corpo de Kaczynski foi recebido pela filha do casal Marta e por Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do presidente morto e ex-primeiro-ministro da Polônia.
Embora não possamos saber o idioma em que se fala, é importante vermos as imagens dos vídeos acima, mostrando grandiosa cerimônia.

O massacre de Katyn
Segundo as agências noticiosas, Kaczyinski viajava para participar das cerimônias do 70º aniversário do frio assassinato de 22.000 oficiais poloneses (prisioneiros de guerra) pela polícia política de Stalin, a famosa e temida NKVD, conhecido como “massacre de Katyn”. Foi um dos grandes massacres que caracterizou um regime de terror, de ódio e perseguições em nome do socialismo. Se não tivesse havido este acidente fatal talvez ninguém viesse a saber (pelo menos aqui entre nós) que tivesse aquela cerimônia em memória dos mártires assassinados pelos comunistas em 1940.
A 1 de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia e deflagra a segunda guerra mundial. Duas semanas depois, as tropas soviéticas cruzam a fronteira oriental da Polônia, sob o pretexto de pretensa proteção ao povo polonês, mas na verdade estavam assumindo parte da Polônia que lhes cabia, segundo o acordado no “Pacto Nazi-Soviético de Não Agressão”. Aproximadamente quinze mil oficiais das forças armadas polonesas foram enviados aos campos de prisioneiros de NKVD, na URSS, situados em Kozielsk, Starobielska e Ostashkov. Hoje sabe-se que eram mais de 20 mil.
Por diversos meses, os prisioneiros de guerra poloneses, foram interrogados por agentes do NKVD, principalmente sobre educação e orientação política. Alguns oficiais mais velhos foram também interrogados sobre sua participação na guerra polaco-soviética, ocorrida em 1920.
Aproximadamente no mês de março de 1940, os interrogatórios terminaram, e uma ordem secreta foi emitida aos três campos de prisioneiros para que todos os prisioneiros fossem mortos. A documentação mostra que Stalin e Beria foram os responsáveis por ordenar as execuções. Durante a evacuação dos três acampamentos, grupos de 200 a 300 prisioneiros eram enviados a um destino “desconhecido”, localizado na floresta de Katyn. No início de maio de 1940, todos os prisioneiros poloneses tinham sido removidos dos acampamentos e toda a correspondência com as famílias cessou. Então, ninguém mais soube nada a respeito daqueles oficiais Na verdade todos foram brutalmente assassinados na floresta de Katyn. As execuções terminaram em 10 de maio de 1940.
Quando a correspondência dos prisioneiros cessou, em maio 1940, suas famílias criaram esforços cada vez mais frenéticos para obter informações de seus familiares. Uma das fictícias histórias fornecidas por Stalin era de que eles estariam “construindo estradas”. Em outra ocasião, quando o general Anders estava criando uma divisão polonesa para lutar contra os alemães, perguntou pessoalmente a Stalin o destino dos oficiais, este respondeu simplesmente: “fugiram”, então quando Anders pressionou pedindo para onde, Stalin respondera: “Para a Manchúria”
3 anos depois foi descoberta a primeira leva de corpos enterrados nas valas da floresta: em Smolenks foi achada uma cova medindo 28m de comprimento, 16m de largura e 12m de profundidade, onde jaziam cerca de 4 mil corpos de oficiais poloneses. Hoje, a Rússia reconheceu oficialmente o massacre, e o total de vítimas chega a 22 mil.

CNBB manifesta apoio ao papa e lamenta campanha difamatória contra a Igreja

sábado, 17 de abril de 2010

Guarda Real Norueguesa

A Guarda Real Norueguesa faz um espetáculo fantástico de coordenação e disciplina, algo inusitado no mundo de hoje, talvez nem sequer encontrado nas cenas de Hollywood. Por esta apresentação se vê que ainda palpita em algumas instituições a Civilização Cristã, fruto das bençãos que a Santa Igreja Católica trouxe para a Europa e todo o Ocidente Cristão. Vale a pena assistir e meditar sobre a importância de tais instituições, representadas aí pela Guarda Real da Noruega, um país que, apesar do ranço protestante, ainda preserva valores que nossa Civilização Cristã deixou impregnado em toda a Europa.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Existe um pânico moral?

O tema é controverso, mas tem sido utilizado para mostrar um lado criminoso da mídia. Este mesmo tema foi objeto de ações movidas contra órgãos da imprensa, pelo menos em duas ocorrências no Brasil: o famoso caso da Escola Base, em São Paulo, e o de um assassinato em Belo Horizonte em que a mídia descrevia cenas de horror, de satanismo e de crueldades sexuais, quando na realidade nada disso era verdade. Faz-se a pergunta: há, na imprensa, uma técnica de opinião pública que se denomina "Pânico Moral?". Já ouvimos falar amiúde de "Pânico do Medo", mas de "Pânico Moral" muito pouco. Vejamos um artigo publicado pelo blog "Padres Inquietos".

Sacerdotes pedófilos: um pânico moral
Por que motivo se volta a falar de sacerdotes pedófilos, com acusações que remontam à Alemanha, a pessoas próximas do Papa, e talvez mesmo ao próprio Papa?
A sociologia tem alguma coisa a dizer sobre isto, ou deve deixar o assunto exclusivamente ao cuidado dos jornalistas?
Parece-me que a sociologia tem muito a dizer, e que não deve calar-se por receio de desagradar a algumas pessoas. Do ponto de vista do sociólogo, a actual discussão sobre os sacerdotes pedófilos constitui um exemplo típico de «pânico moral». O conceito surgiu nos anos 70 do século XX, para explicar a «hiperconstrução social» de que alguns problemas são objecto; mais precisamente, os pânicos morais foram definidos como problemas socialmente construídos, caracterizados por uma sistemática amplificação dos dados reais, quer a nível mediático, quer nas discussões políticas. Os pânicos morais têm ainda duas outras características:
• em primeiro lugar, problemas sociais que existem desde há várias décadas são reconstruídos, nas narrativas mediáticas e políticas, como problemas «novos», ou como problemas que foram objecto de um alegado crescimento, dramático e recente;
• em segundo lugar, a sua incidência é exagerada por estatísticas folclóricas que, embora não confirmadas por estudos académicos, são repetidas pelos meios de comunicação, podendo inspirar persistentes campanhas mediáticas.
Por seu turno, Philip Jenkins sublinhou o papel dos «empresários morais», pessoas cujos interesses nem sempre são óbvios, na criação e na gestão destes pânicos. Os pânicos morais não fazem bem a ninguém; distorcem a percepção dos problemas, comprometendo a eficácia das medidas destinadas a resolvê-los. A uma análise mal feita não pode nunca deixar de se seguir uma intervenção mal feita.
Sejamos claros: na origem dos pânicos morais estão condições objectivas e perigos reais; os problemas não são inventados, as suas dimensões estatísticas é que são exageradas.
Numa série de interessantes estudos, Philip Jenkins mostrou que a questão dos sacerdotes pedófilos é talvez o exemplo mais típico de pânico moral; com efeito, estão aqui presentes os dois elementos característicos desta situação: um dado real de partida, e um exagero deste dado por obra de ambíguos «empresários morais».
1. Comecemos pelo dado real de partida. Há sacerdotes pedófilos. Alguns casos, repugnantes e perturbadores, foram alvo de condenações peremptórias, e os próprios acusados nunca se declararam inocentes. Estes casos – passados nos Estados Unidos, na Irlanda, na Austrália – explicam as severas palavras proferidas pelo Papa, bem como o pedido de perdão que dirigiu às vítimas. Mesmo que se tratasse apenas de dois casos – ou de um só –, seriam sempre demais; contudo, a partir do momento em que não basta pedir perdão – por muito nobre e oportuna que tal atitude seja –, sendo preciso evitar que os casos se repitam, não é indiferente saber se foram dois, ou duzentos, ou vinte mil. Como também não é irrelevante saber se os casos são mais ou menos numerosos entre os sacerdotes e os religiosos católicos do que entre outras categorias de pessoas. Os sociólogos são muitas vezes acusados de trabalhar com a frieza dos números, esquecendo que, por detrás dos números, se encontram pessoas; acontece porém que, embora insuficientes, os números são necessários, porque são o fundamento de uma análise adequada.
2. Para se compreender como é que, a partir de um dado tragicamente real, se passou a um estado de pânico moral, é pois necessário perguntar quantos são os sacerdotes pedófilos. Os dados mais amplos sobre esta matéria foram recolhidos nos Estados Unidos onde, em 2004, a Conferência Episcopal encomendou um estudo independente ao John Jay College de Justiça Criminal da Universidade de Nova Iorque, que não é uma universidade católica e que é unanimemente reconhecida como a mais autorizada instituição académica americana em criminologia. De acordo com este estudo, entre 1950 e 2002, 4392 sacerdotes americanos (num total de 109.000) foram acusados de manter relações sexuais com menores; destes, pouco mais de uma centena foram condenados pelos tribunais civis. O reduzido número de condenações por parte do Estado deriva de vários factores. Em alguns casos, as vítimas – efectivas ou presumidas – acusaram sacerdotes que já tinham morrido, ou cujos alegados crimes já tinham prescrito; noutros casos, a acusação e a condenação canónica não corresponde à violação de nenhuma lei civil, como acontece, por exemplo, em diversos estados americanos em que o sacerdote tenha tido relações com uma – ou mesmo com um – menor com mais de dezasseis anos que tenha consentido no acto. Mas também houve muitos casos clamorosos de sacerdotes inocentes que foram acusados, casos que se multiplicaram na década de 1990, quando alguns escritórios de advogados perceberam que podiam arrancar indemnizações milionárias na base de simples suspeitas. Os apelos à «tolerância zero» justificam-se, mas também não deve haver tolerância relativamente à calúnia de sacerdotes inocentes. Acrescento que, relativamente aos Estados Unidos, os números não mudariam de forma significativa se lhes juntássemos o período de 2002 a 2010, porque o estudo do John Jay College já fazia notar o «notável declínio» do número de casos observado no ano 2000. As novas investigações foram muito poucas, e as condenações pouquíssimas, devido às rigorosas medidas introduzidas, quer pelos bispos americanos, quer pela Santa Sé.

O estudo do John Jay College afirma, como muitas vezes se lê, que 4% dos sacerdotes americanos são «pedófilos»? Nem pensar. De acordo com o referido estudo, 78,2% das acusaçõesque já ultrapassaram a puberdade. Ter relações sexuais com uma rapariga de dezassete anos não é certamente um acto de virtude, muito menos para um sacerdote; mas também não é um acto de pedofilia. Assim, os sacerdotes acusados de pedofilia efectiva nos Estados Unidos foram 958 em cinquenta e dois anos, ou seja, dezoito por ano; as condenações foram 54, ou seja, pouco mais de uma por ano, referem-se a menores
3. O número de condenações penais de sacerdotes e religiosos noutros países é semelhante ao dos Estados Unidos, ainda que não exista, relativamente a nenhum país, um estudo completo como o do John Jay College. Na Irlanda, são frequentemente citados relatórios governamentais, que definem como «endémica» a presença de abusos nos colégios e orfanatos (masculinos) geridos por algumas dioceses e ordens religiosas, e não há dúvida de que houve casos de gravíssimos abusos sexuais de menores neste país. Uma análise sistemática destes relatórios permite contudo perceber que muitas das acusações dizem respeito à utilização de meios correctivos excessivos ou violentos. O chamado Relatório Ryan, de 2009, que recorre a uma linguagem muito dura no que diz respeito à Igreja Católica, assinala, em 25.000 alunos de colégios, reformatórios e orfanatos, no período analisado, 253 acusações de abusos sexuais por parte de rapazes e 128 por parte de raparigas (e nem todas são atribuídas a sacerdotes, religiosos ou religiosas), de natureza e gravidade diversas, raramente referidas a crianças pré-púberes e que ainda mais raramente conduziram a condenações.
4. As polémicas das últimas semanas, relativas à Alemanha e à Áustria, expõem uma característica típica dos pânicos morais: apresentar como «novos» factos ocorridos há muitos anos ou, como em alguns casos, conhecidos parcialmente há mais trinta anos. O facto de eventos ocorridos em 1980 terem chegado à primeira página dos jornais apresentados como se tivessem acontecido ontem – e com particular insistência no que diz respeito à Bavária, a área geográfica de onde o Papa é originário –, e de deles resultarem violentas polémicas, com ataques concentrados, que todos os dias anunciam, em estilo gritante, novas «descobertas», mostra claramente que o pânico moral é promovido por «empresários morais» de forma organizada e sistemática. O caso que – de acordo com os títulos de alguns jornais – «envolve o Papa» é um caso de manual; refere-se a um episódio de abusos que teve lugar na Arquidiocese de Munique da Baviera e Freising, da qual era Arcebispo o actual Pontífice, e que remonta a 1980. O caso veio à luz em 1985 e foi julgado por um tribunal alemão em 1986, estabelecendo, entre outras coisas, que a decisão de instalar o sacerdote em questão na diocese não tinha sido tomada pelo Cardeal Ratzinger, nem era sequer do seu conhecimento, circunstância que não é propriamente de estranhar numa diocese grande, com uma burocracia complexa. A verdadeira questão deve ser, pois: o que leva um jornal alemão a decidir recuperar o caso, e trazê-lo à primeira página vinte e quatro anos depois?
5. Uma pergunta desagradável – porque o simples facto de a colocar parece uma atitude defensiva, e também não consola as vítimas –, mas importante, é a de saber se um sacerdote católico corre, pelo facto de o ser, mais riscos de vir a ser pedófilo ou de abusar sexualmente de menores do que a maioria da população, duas situações que, como se viu, não são idênticas, porque abusar de uma rapariga de dezasseis anos não é ser pedófilo. É fundamental responder a esta pergunta, para descobrir as causas do fenómeno, e portanto para poder evitá-lo. De acordo com os estudos de Philip Jenkins, comparando a Igreja Católica dos Estados Unidos com as principais denominações protestantes, a presença de pedófilos é, dependendo das denominações, duas a dez vezes superior entre os pastores protestantes. A questão é relevante, porque mostra que o problema não é o celibato, dado que, na sua maioria, os pastores protestantes são casados. No mesmo período em que uma centena de sacerdotes católicos eram condenados por abusos sexuais de menores, o número de professores de educação física e de treinadores de equipas desportivas jovens, também quase todos casados, considerados culpados do mesmo delito nos tribunais americanos atingia os seis mil. Os exemplos podem multiplicar-se, e não só nos Estados Unidos. E o principal dado a ter em conta, de acordo com os relatórios periódicos do governo americano, é o de que dois terços dos abusos sexuais a menores não são feitos por estranhos, ou por educadores – incluindo os sacerdotes católicos e os pastores protestantes –, mas por membros da família: padrastos, tios, primos, irmãos e pelos próprios pais. E existem dados semelhantes relativamente a muitos outros países.
6. E há um dado ainda mais significativo, mesmo que politicamente incorrecto: 80% dos pedófilos são homossexuais, são homens que abusam de outros homens. E – voltando a citar Philip Jenkins – 90% dos sacerdotes católicos condenados por abusos sexuais de menores e pedofilia são homossexuais. Se a Igreja Católica tem efectivamente um problema, não é o do celibato, mas o de uma certa tolerância da homossexualidade nos seminários, que teve particular incidência nos anos 70, a época em que foi ordenada a grande maioria dos sacerdotes que foram posteriormente condenados por abusos. Um problema que Bento XVI está a corrigir com todo o vigor. De forma mais geral, o regresso à moral, à disciplina ascética, à meditação sobre a verdadeira e grandiosa natureza do sacerdócio, são os melhores antídotos contra a verdadeira tragédia que é a pedofilia; e o Ano Sacerdotal também deve ter esse objectivo.
7. Relativamente a 2006 – altura em a BBC emitiu o documentário de Colm O’Gorman, deputado irlandês e activista homossexual – e a 2007 – altura em que Santoro apresentou a respectiva versão italiana em Annozero –, não há, na realidade, grandes novidades, à excepção de uma crescente severidade e vigilância por parte da Igreja. Os casos dolorosos dos quais se tem falado nas últimas semanas não são todos inventados, mas sucederam há vinte ou trinta anos.
Ou talvez haja uma novidade.
Como se explica esta recuperação, em 2010, de casos antigos e muitos deles já conhecidos, ao ritmo de um por dia, atacando de forma sempre mais directa o Papa, um ataque aliás paradoxal, tendo em consideração a enorme severidade, primeiro do Cardeal Ratzinger, e depois de Bento XVI, relativamente a este tema?
Os «empresários morais» que organizam o pânico têm objectivos específicos, objectivos esses que se vão tornando cada vez mais claros, e que não são a protecção das crianças.
A leitura de certos artigos permite compreender que – na véspera de escolhas políticas, jurídicas e mesmo eleitorais que, um pouco por toda a Europa e pelo mundo, põem em questão a administração da pílula RU486, a eutanásia, o reconhecimento das uniões homossexuais, temas em que a voz da Igreja e do Papa é quase a única que se ergue a defender a vida e a família – poderosos grupos de pressão se esforçam por desqualificar preventivamente esta voz com a acusação mais infamante, que é também, hoje em dia, a mais fácil de fazer: a acusação de favorecer ou tolerar a pedofilia.
Estes grupos de pressão mais ou menos maçónicos são uma prova do sinistro poder da tecnocracia, evocado pelo mesmo Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate e denunciado por João Paulo II na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1985 (de 08.12.1984), quando se referia aos «desígnios ocultos», a par de outros «abertamente propagandeados», «com vista a subjugar os povos a regimes em que Deus não conta».

Vivemos realmente numa hora de trevas, que traz à mente a profecia de um grande pensador católico do século XIX, o piemontês Emiliano Avogadro della Motta (1798-1865), que afirmava que das ruínas provocadas pelas ideologias laicistas nasceria uma verdadeira «demonolatria», que se manifestaria de modo especial no ataque à família e à verdadeira noção do matrimónio.
Restabelecer a verdade sociológica sobre os pânicos morais relativamente aos sacerdotes e à pedofilia não permitirá travar este grupo de pressão, mas poderá constituir, pelo menos, uma pequena e devida homenagem à grandeza de um Pontífice e de uma Igreja feridos e caluniados porque se recusam a calar-se nas matérias que dizem respeito à vida e à família.

Fonte: LOGOS

domingo, 11 de abril de 2010

Previsões proféticas de uma Encíclica de Leão XIII


A propósito da situação do mundo atual, especialmente perante a perseguição movida contra a Igreja, visando especificamente o Papa e o sacerdócio católico, transcrevemos alguns tópicos da Encíclica Sobre a Igreja Católica, de Leão XIII, “Parvenu à la vingt-cinquième amnée”:
A Guerra contra a Igreja

“12. A guerra à Igreja assumiu, portanto, um aspecto de maior gravidade que no passado, não menos pela veemência que pela universalidade do assalto. Pois que a incredulidade hodierna não se limita à dúvida ou a negação desta ou daquela verdade da fé, mais impugna o conjunto dos princípios sagrados da revelação, apoiados pela sã filosofia: daqueles princípios sacrossantos e fundamentais que, ensinando ao homem o escopo de sua existência, o retêm no dever, infundido-lhe coragem e resignação e lhe prometendo a justiça incorruptível, e a perfeita bem-aventurança no além-túmulo, nele inculcam a subordinação do tempo à eternidade, da terra ao céu. E com que se substituíram esses ditames, esse incomparável conforto da fé? Com um cepticismo pavoroso, que enregela o coração e sufoca todas as nobres aspirações da consciência.

13. Essas funestas doutrinas passaram, além disso, como vedes, Veneráveis irmãos, da esfera das idéias para a vida exterior e ordem pública. Grandes e fortes Estados vão, de contínuo, pondo-as em prática, pretendendo, desta forma, favorecer o progresso da sociedade. Como se não devesse o poder público escolher e respeitar o que há de mais são na vida moral, supõem-se isentos do dever de honrar publicamente a Deus; e muitas vezes sucede que, embora jactando-se de indiferentes a todas as religiões, movem, entretanto, guerra à única religião que nele assenta sua estabilidade.”


(Só faltou o Papa prever que a mão armada nestes assaltantes é a mídia internacional)
Prejuízos para a família

“16. Daí procedem todos os graves prejuízos que têm sofrido todas as partes do corpo social, começando pela família. Porque o Estado leigo, sem guardar nem os limites, nem o escopo essencial de seu poder, estende a mão para romper o vínculo conjugal, despoja-o de seu caráter sagrado, invade, quanto possível, os direitos naturais dos progenitores sobre a educação da prole, e subverte, igualmente, a estabilidade do matrimônio, sancionando com a lei a mal-falada licença do divórcio. Percebe-se facilmente quais sejam os frutos desses casamentos que se multiplicam, baseados exclusivamente em paixões ignóbeis, que logo se desfazem ou degeneram em trágicas lutas, se não em escandalosa infidelidade. E que dizer da prole inocente, abandonada ou pervertida pelos maus exemplos dos próprios pais, ainda envenenada pelo Estado oficialmente leigo?”
(Em seguida, após o Papa comentar sobre os Prejuízos para a ordem social e política e para a própria a ordem internacional causados por essa ignóbil perseguição, descreve o clima de anarquia geral que já se vislumbrava iria campear no mundo todo)
Anarquia geral
"19. Tão lamentável perturbação no terreno dos princípios fez germinar na classe popular a inquietação, o mal-estar e o espírito de rebelião, causando agitações e desordens freqüentes, que são o prelúdio de mais graves tempestades. A condição miserável da maioria do povo, muito merecedora de salvação e alívio, serve admiravelmente aos desígnios de espertos agitadores, assinaladamente aos socialistas, que, por meio de loucas promessas à plebe, prosseguem na execução de seus temíveis propósitos.
20. Assim como quem se lança ao precipício necessariamente tocará ao fundo, eis que a lógica vingadora dos princípios terminou na formação de uma verdadeira associação de delinqüentes, com instintos totalmente selvagens, que logo aos primeiros golpes causaram indizível terror. Constituída solidamente e com liames internacionais, já está prestes a erguer por toda parte sua mão criminosa, sem temer obstáculos, nem recuar antes os piores crimes. Seus filiados, rompendo todos os vínculos com a sociedade, com as leis, com a religião, com a moral, tomam o nome de “anarquistas”, propondo-se a destruir, com todos os meios que pode sugerir uma paixão cega e violenta, a organização social de cima a baixo. E como esta recebe a unidade e a vida da autoridade imperante, contra ela, principalmente, voltam seus ataques. Quem não terá estremecido, num misto de piedade e indignação, vendo, no espaço de poucos anos, serem agredidos e trucidados imperadores, imperatrizes, reis, presidentes de poderosas repúblicas, e sem outra razão que a de estarem investidos da autoridade soberana?"

(Mais de cem atrás, o Sumo Pontífice parecia prever o que está ocorrendo nos dias atuais, com a perseguição aos sacerdotes, religiosos e ao próprio Papa; vejam o que ele disse):
Perseguição dos Sacerdotes

37. Daí resulta que o sacerdócio católico, chamado a difundir praticamente a religião e a ministrar seus sacramentos, seja visado com maior pertinácia. Aumenta a audácia, dia a dia, interpretando-lhe sinistramente os atos, dando vulto às suspeitas, lançando-lhe as mais vulgares acusações, e aumenta em proporção a impunidade que lhe serve de garantia. Assim, novos preconceitos são acrescidos àqueles que já atingem o clero atualmente, tanto pelo tributo que é obrigado a pagar ao exército, grande obstáculo à sua preparação sacerdotal, como pela espoliação do patrimônio eclesiástico, constituído livremente pela piedade e generosidade dos fiéis.
Perseguição dos Religiosos

"38. As Ordens e Congregações religiosas, que na prática dos conselhos evangélicos se tornaram a glória, não apenas da religião mas também da sociedade, encontraram igual sorte diante dos inimigos da Igreja, sendo implacavelmente votados ao desprezo. E nós lamentamos o ter que lembrar como ainda recentemente forma alvo de odiosas e injustas medidas, as quais devem ter sido fortemente reprovadas por todos os espíritos retos. Não se lhes pode negar a integridade da vida, contra a qual nem mesmo os seus inimigos conseguiram fazer-lhes imputações sérias e fundamentadas, nem o direito de natureza que permite a associação para fins honestos, nem a lei constitucional que a sanciona; nem tão pouco o favor do povo, reconhecido aos preciosos serviços por eles prestados à ciência, à arte, à agricultura, e sobretudo pela caridade que dispensam às classes mais numerosas e aos membros mais pobres da sociedade. Entretanto, homens e mulheres, filhos do povo, que haviam renunciado espontaneamente às alegrias da família, consagrando ao bem do próximo, em pacíficas agremiações, a juventude, o talento, a atividade, a vida, foram, qual bando de malfeitores, em época em que por toda parte se prega a liberdade, votados ao ostracismo".
Perseguição do Sumo Pontífice

"39. Que admira sejam assim perseguidos os filhos mais caros, se não é melhor tratado o Pai, isto é, o próprio chefe da catolicidade, o Pontífice Romano? Os fatos são bastante conhecidos. Despojado pelo poderio civil da independência que lhe é necessária para a sua missão universal e divina, forçado, mesmo dentro de Roma, a fechar-se em sua morada, porque oprimido pela força inimiga, foi reduzido, não obstante às irrisórias garantias de respeito e às precárias promessas de liberdade, a situações anormais, injustas e indignas de seu excelso ministério. Conhecemos perfeitamente os obstáculos que se criaram em torno, truncando frequentemente as suas intenções e ultrajando-lhe a dignidade. Tornar-se, portanto, sempre mais evidente que a usurpação da soberania civil que tem por fim diminuir, a pouco e pouco, a força espiritual do Chefe da Igreja. E isto claramente o confessaram aqueles que foram os seus verdadeiros autores".

"40. Se ponderarmos os efeitos de tais fatos, veremos que não são apenas impolíticos, mas ainda anti-sociais, porque os golpes infligidos contra à religião são como outras tantas feridas abertas no coração da sociedade. E Deus, com efeito, que dotou o homem de qualidades essencialmente sociais, em sua providência fundou igualmente a Igreja e a colocou, segundo as palavras bíblicas, sobre o Monte Sião, a fim que de que servisse de luz, e com seus raios fecundos desenvolvesse o princípio da vida dos múltiplos aspectos da sociedade humana, comunicando-lhe normas sábias e celestes, com as quais se organizasse mais convenientemente. A sociedade, pois, que se subtrai à Igreja, que é parte considerável de sua força, decai ou se arruína, separando aquilo que Deus quer unido. Não cessamos de inculcar em toda ocasião oportuna semelhante verdade, e o quisemos fazer novamente, de propósito, nesta extraordinária conjuntura. Permita o Senhor que os fiéis, cheios de entusiasmo, coordene a sua ação mais eficazmente ao bem comum, e consigam esclarecer os adversários, a fim de que eles compreendam a injustiça que praticam perseguindo a mais amorosa das mães, a mais fiel benfeitora da humanidade".
(Esta era a situação do Papado em sua época, mas que foi piorando ao longo dos anos até chegar a atual. Como a Igreja é indestrutível, Leão XIII vê no final um grande triunfo d’Ela)
O triunfo final será da Igreja


"41. Não queremos que o quadro da dolorosa condição presente venha abalar no ânimo dos fiéis a fé no auxilio divino; pois Deus proverá, a seu tempo, e por vias misteriosas, a vitória final. Sentimo-nos contristados nos corações, mas não duvidamos, em absoluto, dos imortais destinos da Igreja. A perseguição, como dissemos a princípio, é sua herança, porque Deus lhe prepara bens mais altos e preciosos, provando e purificando seus filhos. Mas, permitindo as vexações e contrariedades, manifesta a sua divina assistência que lhe fornece novos e imprevistos meios de subsistir, dilatando-lhe a obra e impedindo que prevaleçam as forças conjuradas em seu dano. Dezenove séculos de vida, através das vicissitudes humanas, atestam que as tempestades passam e não lhe abalam os fundamentos.
42. Bem podemos animar-vos, pois que o momento presente traz consigo outros sinais que mantém inalterada a nossa fé. As dificuldades são formidáveis e extraordinárias, sem dúvida, mas os fatos que se desenrolam aos nossos olhos vêm atestar, ainda uma vez, que Deus cumpre suas promessas com bondade e sabedoria admiráveis. Não obstante as forças que contra ela conspiram, continua a Igreja, destituída de todo auxílio e apoio humano, a estender sua ação aos mais diversos ambientes. Não, o antigo príncipe deste mundo não mais poderá dominar como antes, pois foi expulso por Jesus Cristo, e as tentativas de Satã, embora cause muitos males, jamais conseguiram o triunfo supremo. É de se notar a tranqüilidade sobrenatural, fruto da ação do Espírito Santo, na Igreja, que ora reina não só nas almas boas, mas no conjunto da catolicidade, paz que se tornou profunda, mediante a união, mais intima do que nunca, do Episcopado com esta Cátedra Apostólica, formando um maravilhoso contraste com as agitações, os dissídios e o contínuo pulular das seitas que perturbam a tranqüilidade social. União harmoniosa existe também, fecunda de variadíssimas obras de zelo e de caridade, entre os Bispos e o Clero, entre este e o laicato católico, o qual, mais numero e livre do respeito humano, se vai disciplinando à ação, despertando para defender, em generosa porfia, a causa santa da Religião. Oh! Esta é a união que temos inculcado, que novamente inculcamos e abençoamos, a fim de que se desenvolva e se oponha, como invencível barreira, aos inimigos do Nome Divino.

43. É, com efeito óbvio, o renascimento e a reorganização de tantas associações que ora alegram a Igreja, semelhantes aos renovos que brotam do tronco da árvore. Nenhuma forma de piedade cristã por Ela é esquecida, quer para Jesus e os santíssimos mistérios da fé, quer em louvor de Sua Mãe Imaculada, quer ainda em honra dos santos que mais brilharam por suas insignes virtudes. Ao mesmo tempo, nenhuma obra de beneficência é esquecida, pois de maneiras diversas se procura a educação religiosa da juventude, a assistência aos enfermos, a moralização do povo e o socorro às classes deserdadas. E com que rapidez se ampliaria este movimento, quão mais útil e fecundo haveria de ser, se lhe não opusessem, frequentemente, injustos obstáculos e imposições hostis!

44. E o Senhor, que mantém a vitalidade da Igreja nas regiões em que Ela existe há muito tempo, e que se tornaram civilizadas, vem-na consolando ainda com novas esperanças, graças ao zelo de seus missionários, os quais não recuam ante os perigos, as privações e os sacrifícios de toda espécie, e em número sempre crescente prosseguem difundindo em países inteiros o Evangelho e a Civilização, e permanecem constantes, embora se lhes apaguem o bem que fazem com detrações e calúnias, à semelhança do divino Mestre.

45. As amarguras, portanto, são bastante suavizadas, e em meio do renhido combate muito temos com que nos alentar e esperar. Fato esse, em verdade, que deveria sugerir úteis reflexões ao observador inteligente e desapaixonado, levando-o a entender que assim como Deus não abandonou o homem às suas próprias considerações a respeito do fim último da vida, e lhe falou, assim ainda o faz em nossos dias, falando por sua Igreja, visivelmente amparada pelo auxílio divino, e por ele indicando onde se encontram a verdade e a salvação. Essa perene assistência deve infundir em nossos corações a invencível esperança de que no momento marcado pela Providência serão dissipadas as nuvens com que se procura encobrir a verdade, a qual resplandecerá mais ainda, em futuro não mui distante, e o Espírito do Evangelho reanimará os membros lassos e corrompidos dessa sociedade transviada".


15 anos depois desta Encíclica, Nossa Senhora dizia em Fátima:
“Por Fim, meu Imaculado Coração Triunfará!”.

Estamos agora mais próximos desse triunfo do que nunca! Por que? Porque não será um triunfo dos homens mas de Deus e de Sua Igreja, infalível e indestrutível.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Mais uma ossada para a coleção dos evolucionistas

A notícia foi divulgada hoje até com certa empáfia: pesquisadores na África do Sul anunciaram a descoberta de uma nova espécie de hominídeo, chamado Australopithecus sediba, que viveu há quase 2 milhões de anos e pode ser a linhagem da qual se originaram os seres humanos modernos.

Perguntas:

1. Como é que se tem certeza que a ossada realmente tem 1.900 mil anos? Ora, se o carbono 14 erra datações mais próximas, como a do Santo Sudário, como acreditar no acerto de quase 2 milhões de anos?
2. Como era contado o tempo há dois milhões de anos atrás? O dia tinha 24 horas? O mês, 30 dias e o ano 365? Como provavelmente a velocidade dos astros era diferente (menor ou menor do que atual), como se pode ter certeza da contagem do tempo naquela era tão remota? Então, se pode haver divergência na contagem do tempo, que tempo é este que foi calculado? O atual, ou algum tempo hipotético?
3. Uma ossada pode revelar a existência de uma comunidade inteira de indivíduos? Se, por exemplo, naquela era vivessem na terra dois milhões de seres semelhantes aos da ossada, um só pode representar aqueles dois milhões?
4. Pior ainda: foram encontrados apenas fragmentos de esqueletos. Como se deduzir de toda uma tese científica tão complicada com pequenas amostras de ossos? Declarou um dos cientistas: "Sabemos agora que é preciso muito mais partes (de um esqueleto) para definir uma espécie ou até um gênero". Ele descobriu isso agora?
5. Diz-se que haviam seis espécies de “hominídios” caminhando pela África, mas esta afirmação é baseada apenas no aparecimento de alguns esqueletos que dizem representar tais espécies: isto é válido? Não seria necessário quantidades maiores de amostras?
6. Pode haver uma certeza baseada em suposições e coisas aparentes?
É assim que uma agência de notícias conclui seu informe: "As únicas "certezas", aparentemente, são que os Australopithecus deram origem ao Homo, cerca de 2 milhões de anos atrás, e que o Homo erectus deu origem ao Homo sapiens, cerca de 200 mil anos atrás". Vejam bem o que diz a nota: As únicas "certezas", aparentemente... Pode haver certezas aparentes?
Sempre que surge uma descoberta semelhante o que se nota é um completo açodamento em sua divulgação, onde a mídia trompeteia que finalmente está descoberto que o homem é oriundo de uma evolução: está subentendido que o homem não criado por Deus e que a história de Adão e Eva não tem bases científicas. Bases científicas, realmente, parece que eles nunca tiveram para propagar suas descobertas, pois já se descobriu que a maioria delas foram feitas com fraudes e a sofreguidão em comprovar teses evolucionistas os faz sempre cometer erros primários.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O maior funeral da História

A propósito da atual campanha que se move contra o Papado e o Sacerdócio pela mídia, é bom lembrar o que representa na atualidade a figura do Papa. Ao final do pontificado de João Paulo II já se observava um fenômeno mundial, resumido nos seguintes aspectos:
1. O Papa superava, como estadista e chefe religioso, como o mais popular do mundo;
2. A Igreja desponta como a entidade que tem mais crebilidade no mundo, ao contrário dos políticos e da imprensa de modo geral, que cada vez mais caem no descrédito;
3. O Sumo Pontífice era (e continua sendo) procurado por governantes de todos os continentes, sendo o chefe de estado mais visitado no mundo (muito mais do que, por exemplo, o presidente americano);
4. Pergunte-se qual o líder religioso (muçulmano, budista, hindu, protestante, etc.) ou político (presidente americano, primeiro-ministro inglês, francês ou de qualquer país rico e poderoso) que tenha tido (ou venha tendo) desempenho semelhante;
5. Mesmo debaixo da enxurrada de calúnias da mídia contra Bento XVI, não diminuiu em nada (pelo contrário, vem aumentando) as visitas e o apoio de estadistas de todos os cantos e de todas as confissões. Nada abala a credibilidade do Papado.

Rememorando o maior funeral da História
Um dado importante que é preciso lembrar: não se tem notícia na História de um funeral com maior quantidade de pessoas - 4 milhões - como foi o de João Paulo II. No mesmo dia 8 de abril de 2005, vejamos o despacho da UOL na internet:

O corpo de João Paulo 2º foi enterrado nesta sexta-feira (8 de abril) diretamente sob a terra, debaixo de uma lápide de mármore branco na cripta da basílica de São Pedro, no mesmo lugar onde ficou o corpo do papa João 23º (1958-63) até sua beatificação, em 2000. O caixão de cipreste foi colocado dentro de outro de zinco e de um terceiro, de carvalho.
O enterro aconteceu após uma missa fúnebre a céu aberto, presidida pelo cardeal alemão Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que durou duas horas e 25 minutos.
Antes do funeral, o caixão de João Paulo 2º foi colocado sobre o chão, no lado esquerdo da basílica. Na seqüência, uma Bíblia aberta foi posta sobre o ataúde do sumo pontífice, ao mesmo tempo em que sinos de todo o Vaticano soavam em sua homenagem.
Ratzinger iniciou a missa dizendo: "Oh, Deus, pai e pastor da humanidade, olhe para sua família reunida aqui em oração e receba o seu servo, o papa João Paulo 2º, que no amor de Cristo guiou a sua igreja, para dividir com o seu rebanho a recompensa dos ministérios do Evangelho".
Depois, o cardeal passou a palavra a uma jovem espanhola, Alejandra Correa, que pronunciou em espanhol a "Leitura dos Atos dos Apóstolos".
As autoridades estrangeiras, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o norte-americano, George W. Bush, assim como o rei Juan Carlos da Espanha, entre muitos outros, foram instaladas à esquerda das escadas, de frente para o grupo de cardeais. Mais de 200 chefes de Estado e governo compareceram.
Um plano de segurança que envolveu cerca de 10 mil homens foi montado em Roma para garantir a segurança e dar assistência aos cerca de 4 milhões de peregrinos que lotam as ruas do Vaticano desde a morte do sumo pontífice, no dia 2 de abril.
O caixão do papa foi fechado na presença de um grupo de cardeais, entre eles o camerlengo (cardeal que desempenha interinamente as funções do papa), o espanhol Eduardo Martínez Somalo, e o secretário particular do papa, Stanislaw Dziwisz. Pela primeira vez na história da Igreja Católica, o rosto de um papa morto foi coberto com um véu branco de seda.
Canonização e aplausos
A multidão que assistiu ao funeral pediu aos gritos a canonização do papa João Paulo 2º: "Santo, santo, santo". A missa foi interrompida em várias ocasiões pela multidão que aplaudia e gritava as palavras mais repetidas durante seu longo pontificado: "Giovanni Paolo, Giovanni Paolo" (João Paulo, João Paulo).
"O papa (João Paulo 2º) nos vê e nos abençoa", disse Ratzinger durante a homilia (pregação que busca explicar um tema) da missa campal.
A homilia foi interrompida 13 vezes por aplausos de cerca de 200 autoridades e de uma multidão de fiéis que estavam na praça São Pedro.
"(João Paulo 2º) Agora está diante da janela da casa do Senhor. Nos vê e nos abençoa", disse o cardeal. "Não esqueceremos nunca o último domingo de Páscoa de sua vida, em que o papa, marcado pelo sofrimento, apareceu na janela do palácio apostólico e deu pela última vez a benção 'urbi et orbi'."
"Hoje enterramos os seus restos na terra como uma semente de imortalidade -nossos corações estão cheios de tristeza e, ao mesmo tempo, de alegre esperança e profunda gratidão", afirmou Ratzinger, para a multidão.
Um milhão de pessoas assistiram ao funeral do Papa na basílica de São Pedro e seus arredores, segundo estimativas das fontes de segurança citadas pela imprensa italiana.
Pelo menos 300 mil pessoas, em sua maioria jovens italianos e poloneses, estavam na praça São Pedro e na via da Conciliação, que leva à esplanada. As outras 700 mil estavam espalhadas diante dos 28 telões instalados em pontos estratégicos da capital italiana.
Juventude
Na homilia, Ratzinger deixou de lado a imagem de um papa idoso e curvado para lembrar de sua vida desde a juventude na Polônia.
A paixão do jovem Karol Wojtyla pela literatura, pelo teatro e pela poesia, que foi expressa em muitos de seus escritos posteriores, contrastava fortemente com o trabalho em uma usina química "cercada e ameaçada pelo terror nazista", disse Ratzinger.
O cardeal falou de como o papa começou a ler teologia e filosofia e entrou para um seminário clandestino durante a Segunda Guerra Mundial.
Em sua ascensão religiosa, Wojtyla soube da nomeação para bispo auxiliar da Cracóvia quando fazia canoagem com um grupo de jovens nos lagos Mazury, nordeste da Polônia.
Ao galgar postos na Igreja, o papa passou a ter menos tempo para a literatura e os estudos, o que, de acordo com Ratzinger, "deve ter sido para ele como perder a própria identidade".
Ratzinger falou brevemente dos 26 anos de papado de João Paulo 2º, usando passagens da Bíblia para lembrar seu amor por todas as nações e seu conselho aos fiéis para "ficarem firmes com o Senhor".
Somente no final do sermão, Ratzinger falou sobre o sofrimento público do papa em seus últimos anos.
"Impulsionado por essa visão (de que o sofrimento é uma expressão de amor), o papa sofreu e amou em comunhão com Cristo, e é por isso que a mensagem de seu sofrimento e seu silêncio foram tão eloquentes e produtivos."
Enterro
O caixão de João Paulo 2º, carregado por 12 funcionários do Vaticano, foi retirado em procissão do átrio do templo para a basílica, onde foi enterrado na cripta, diretamente ao nível do solo sob uma lápide simples de mármore branco. Essa cerimônia foi íntima e não contou com a presença dos meios de comunicação.
Antes de ser levado para a basílica, o caixão foi exposto por alguns minutos aos fiéis pela última vez, recebendo a ovação da multidão, que clamou mais uma vez pela canonização.
No fim do funeral, os sinos da basílica de São Pedro ressoavam o toque dos mortos e muitos bispos acenavam as mãos na última despedida a Karol Wojtyla.
Uma autoridade do Vaticano disse que o caixão do papa foi enterrado às 14h20 (9h20, horário de Brasília), encerrando os ritos fúnebres que duraram quase sete horas.
A basílica reabrirá suas portas às 7h (2h de Brasília) deste sábado, mas os fiéis não poderão visitar a tumba de João Paulo 2º antes de segunda-feira.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cristãos sofrem martírio em mais de 40 países

Segundo as últimas estatísticas, os cristãos (especialmente os católicos) são perseguidos e martirizados em mais de 40 países. Veja a relação de tais países no site do movimento The Voice of the Martyrs.
A propósito, a "Voz dos Mártires" colocou um vídeo no youtube , onde são narrados alguns aspectos de tais martírios. Baixe o mesmo no link acima ou então o assista no nosso blog. É preciso observar, entretanto, que os autores do vídeo, por serem protestantes, deram algum destaque à motivação antibíblica de tais perseguições, deixando de realçar que a grande maioria das perseguições foram movidas contra os católicos, e os alvos foram templos católicos, padres, catequistas, freiras...
Dir-se-ia que o século XXI é a era da liberdade, especialmente a tão decantada "liberdade de expressão", aí incluída, é claro, a religiosa. Mas tal não é. "Liberdade de expressão", apenas para o The New Yort Times e os demais que lhe seguem publicando o que quiser para difamar e injuriar sem qualquer censura. "Censura"? Esta é totalmente censurada. Somando-se à perseguição física, moral e psicológica, vem agora a terrítel guerra midiática contra a Santa Igreja, centrada em combater a figura de nossa unidade, o Papa, e da pureza de nosso clero, a castidade e o celibato sacerdotal.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Experiência que comprova o fracasso do socialismo

Um professor de economia na Universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo.' O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe.. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas.' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...
Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B".
Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas.
Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".
Ninguém gostou. Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Fonte: Heritage Foundation

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre Bento XVI

Queridos irmãos e irmãs!
Transmito-vos o anúncio da Páscoa com estas palavras da Liturgia, que repercutem o antiquíssimo hino de louvor dos hebreus depois da travessia do Mar Vermelho. Conta o Livro do Éxodo (cf. 15, 19-21) que, depois de atravessarem o mar enxuto e terem visto os egípcios submersos pelas águas, Miriam – a irmã de Moisés e Aarão – e as outras mulheres entoaram, dançando, este cântico de exultação: «Cantai ao Senhor que Se revestiu de glória. Precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro!» Por todo o mundo, os cristãos repetem este cântico na Vigília Pascal, cujo significado é depois explicado na respectiva oração; uma oração que agora, na plena luz da Ressurreição, jubilosamente fazemos nossa: «Também em nossos dias, Senhor, vemos brilhar as vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o vosso poder libertando um só povo da perseguição do Faraó, hoje assegurais a salvação de todas as nações fazendo-as renascer pela água do Baptismo: fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito».
O Evangelho revelou-nos o cumprimento das figuras antigas: com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo libertou o homem da escravidão radical, a do pecado, e abriu-lhe a estrada para a verdadeira Terra Prometida, o Reino de Deus, Reino universal de justiça, de amor e de paz. Este «êxodo» verifica-se, antes de mais nada, no íntimo do próprio homem e consiste num novo nascimento no Espírito Santo, efeito do Baptismo que Cristo nos deu precisamente no mistério pascal. O homem velho cede o lugar ao homem novo; a vida anterior é deixada para trás, pode-se caminhar numa vida nova (cf. Rm 6, 4). Mas o «êxodo» espiritual é princípio duma libertação integral, capaz de renovar toda a dimensão humana, pessoal e social.
Sim, irmãos, a Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade! Se Cristo – o Cordeiro de Deus – não tivesse derramado o seu Sangue por nós, não teríamos qualquer esperança, o destino nosso e do mundo inteiro seria inevitavelmente a morte. Mas a Páscoa inverteu a tendência: a Ressurreição de Cristo é uma nova criação, como um enxerto que pode regenerar toda a planta. É um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, fazendo-a pender de uma vez por todas para o lado do bem, da vida, do perdão. Somos livres, estamos salvos! Eis o motivo por que exultamos do íntimo do coração: «Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!»
O povo cristão, saído das águas do Baptismo, é enviado por todo o mundo a testemunhar esta salvação, a levar a todos o fruto da Páscoa, que consiste numa vida nova, liberta do pecado e restituída à sua beleza original, à sua bondade e verdade. Continuamente, ao longo de dois mil anos, os cristãos – especialmente os santos – fecundaram a história com a experiência viva da Páscoa. A Igreja é o povo do êxodo, porque vive constantemente o mistério pascal e espalha a sua força renovadora em todo o tempo e lugar. Também em nossos dias a humanidade tem necessidade de um «êxodo», não de ajustamentos superficiais, mas de uma conversão espiritual e moral. Necessita da salvação do Evangelho, para sair de uma crise que é profunda e, como tal, requer mudanças profundas, a partir das consciências.
Peço ao Senhor Jesus que, no Médio Oriente e de modo particular na Terra santificada pela sua morte e ressurreição, os Povos realizem um verdadeiro e definitivo «êxodo» da guerra e da violência para a paz e a concórdia. Às comunidades cristãs que conhecem provações e sofrimentos, especialmente no Iraque, repita o Ressuscitado a frase cheia de consolação e encorajamento que dirigiu aos Apóstolos no Cenáculo: «A paz esteja convosco!» (Jo 20,21).
Para os países da América Latina e do Caribe que experimentam uma perigosa recrudescência de crimes ligados ao narcotráfico, a Páscoa de Cristo conceda a vitória da convivência pacífica e do respeito pelo bem comum. A dilecta população do Haiti, devastado pela enorme tragédia do terremoto, realize o seu «êxodo» do luto e do desânimo para uma nova esperança, com o apoio da solidariedade internacional. Os amados cidadãos chilenos, prostrados por outra grave catástrofe mas sustentados pela fé, enfrentem com tenacidade a obra de reconstrução.
Na força de Jesus ressuscitado, ponha-se fim em África aos conflitos que continuam a provocar destruição e sofrimentos e chegue-se àquela paz e reconciliação que são garantias de desenvolvimento. De modo particular confio ao Senhor o futuro da República Democrática do Congo, da Guiné e da Nigéria.
O Ressuscitado ampare os cristãos que, pela sua fé, sofrem a perseguição e até a morte, como no Paquistão. Aos países assolados pelo terrorismo e pelas discriminações sociais ou religiosas, conceda Ele a força de começar percursos de diálogo e serena convivência. Aos responsáveis de todas as Nações, a Páscoa de Cristo traga luz e força para que a actividade económica e financeira seja finalmente orientada segundo critérios de verdade, justiça e ajuda fraterna. A força salvífica da ressurreição de Cristo invada a humanidade inteira, para que esta supere as múltiplas e trágicas expressões de uma «cultura de morte» que tende a difundir-se, para edificar um futuro de amor e verdade no qual toda a vida humana seja respeitada e acolhida.
Queridos irmãos e irmãs! A Páscoa não efectua qualquer magia. Assim como, para além do Mar Vermelho, os hebreus encontraram o deserto, assim também a Igreja, depois da Ressurreição, encontra sempre a história com as suas alegrias e as suas esperanças, os seus sofrimentos e as suas angústias. E todavia esta história mudou, está marcada por uma aliança nova e eterna, está realmente aberta ao futuro. Por isso, salvos na esperança, prosseguimos a nossa peregrinação, levando no coração o cântico antigo e sempre novo: «Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!»

domingo, 4 de abril de 2010

A festa do Anjo que anunciou a Ressurreição de Cristo

Na segunda-feira seguinte ao Domingo da Ressurreição, comemora-se na Itália a “festa do Anjo”, (que lá tem o nome de “pasquetta”) conforme explica o Papa João Paulo II. Festa muito simbólica pois foram os Santos Anjos que nos anunciaram a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vejamos os relatos dos Evangelhos:

Texto de São Mateus: “Após o sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto: pois o Anjo do Senhor, descendo do céu e aproximando-se, removeu a pedra e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era como o do relâmpago e a sua roupa, alva como a neve. Os guardas tremeram de medo dele e ficaram como mortos. Mas o Anjo, dirigindo-se às mulheres disse-lhes: “Não temais! Sei que estais procurando Jesus o crucificado. Ele não está mais aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito. Vinde ver o lugar onde ele jazia. Ide já contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos...” (Mt 28, 2-7)
Texto de São Marcos: “Passando o sábado, Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ir ungi-lo. De madrugada, no primeiro dia da semana, elas foram ao túmulo ao nascer do sol...
E diziam entre si: “Quem rolará a pedra da entrada do túmulo para nós?” E erguendo os olhos, viram que a pedra fora removida. Ora, a pedra era muito grande. Tendo entrado no túmulo, elas viram um jovem sentado à direita, vestido com uma túnica branca, e ficaram cheias de espanto. Ele, porém, lhes disse: “Não vos espanteis! Estgais procurando Jesus de Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou, não está aqui. Vede o lugar onde o puseram. Mas ide dizer a seus discípulos...” (Mc 16, 1-7).

Texto de São Lucas: “No primeiro dia da semana, muito cedo ainda, elas foram à tumba, levando os aromas que tinham preparado.
Encontraram a pedra do túmulo removida, mas, ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando perplexas com isso, dois homens se postaram diante delas, com veste fulgurante. Cheias de medo, iclinaram o rosto para o chão; eles, porém, disseram: “Por que procurais Aquele que vive entre os mortos? Ele não está aqui; ressuscitou. Lembrai-vos de como vos falou, quando estava na Galileia: “É preciso que o Filho do Homem seja entegue às mãos dos pecadores, seja crucificado, e ressuscite ao terceiro dia. E elas se lembraram de suas palavras”. (Lc 24, 1-8)

Texto de São João: “No primeiro dia da semana, Maria Madalena vai ao sepulcro, de madrugada, quando ainda estava escuro, e vê que a pedra fora retirada do sepulcro. Corre então e vai a Simão Pedro e ao outro discípulo, que Jesus amava, e lhes diz: “Retiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o colocaram”.
...Maria estava junto ao sepulcro, de fora, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se para o interior do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde o corpo de Jesus fora colocado, um à cabedeira e outro aos póes. Disseram-lhe então: Mulher, por que choras? Ela lhes diz: Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. Dizendo isso, voltou-se e viu a Jesus de pé. Jesus lhe diz: “Mulher, porque choras? A quem procuras?” Pensando ser ele o jardineiro, ela lhe diz: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar!” Diz-lhe Jesus: “Maria!” Voltando-se, ela lhe diz em hebraico: “Rabboni”, que quer dizer “Mestre”. (Jo 20, 1-16)

1º Princípio tomista: o ente superior ilumina o inferior.

Toda a Revelação foi feita pelos Santos Anjos aos homens, e entre eles mesmo sempre foi feita uma revelação de um superior a um inferior. Assim, tanto a Encarnação do Verbo quanto sua Ressurreição teriam que ser reveladas aos homens pelos Santos Anjos. Será que a revelação da Ressurreição de Cristo não tenha sido feita a Nossa Senhora em primeiro lugar? Sim, e é provável que Ela mesma tenha ordenado aos dois Anjos que fossem anunciar a nova para as santas mulheres. A razão disso é que competia aos discípulos de Cristo (os Apóstolos e demais homens) propagar esta notícia aos demais, pois eram testemunhos mais fidedignos – pelo menos naquelas circunstâncias em que se encontravam.

Eis o princípio dado por São Tomás:

“Por corresponder á ordem da divina Providência que os seres inferiores estejam submetidos à ação dos superiores, como dissemos (q. 109 a.2; q. 110 a.1) os homens, que são inferiores aos anjos, são iluminados por estes, como os mesmos anjos inferiores são iluminados pelos superiores...” (“Tratado sobre os Anjos”, Q. 111, art. 1).
2º Princípio tomista: as revelações angélicas são feitas aos homens através de imagens.

“...Mas o entendimento humano não pode captar a verdade em sua pura inteligibilidade por ser-lhe conatural ententer por meio de imagens, como dissemos (q. 84 a.7). Por isso, os anjos propõem aos homens as verdades inteligíveis sob semelhanças de coisas sensíveis...” (“Tratado sobre os Anjos”, Q 111, art. 1).
Estes princípios explicam a razão de não haver inteira concordância dos evangelistas em seus relatos. Por exemplo, São Mateus e São João falam claramente tratar-se de um “Anjo do Senhor” (ou dois) , enquanto São Marcos fala de “um jovem” e São Lucas informa que era, não um, mas dois homens, embora com vestes fulgurantes para dar a entender que eram sobrenaturais, figuras angélicas. A referência a “homens”, e não a anjos, é porque os anjos sempre aparecem aos homens sob formas humanas. Já São João, descreve as cenas com mais detalhes e informa que eram dois os santos anjos, uma vez que deve ter recebido a primeira notícia de viva voz de Santa Madalena. Isto quer dizer o quê? Quer dizer que, como cada um ouviu o relato de pessoas e de formas diferentes, o escreveu da forma em que o ouviu. Não houve nenhum entendimento entre os evangelistas para escrever uniformemente sobre os mesmos assuntos, eles o faziam conforme o Espírito Santo os inspiravam, sem cotejar detalhes que consideravam insignficantes. É possível que tenha sido dois anjos? Sim, e é muito simbólico que o fosse, pois certamente queriam indicar que um estava sujeito ao outro (o 1º princípio acima). E por que São Mateus e São Marcos dizem que era só um? Provavelmente, quem lhes fez o relato só viu um anjo, enquanto que a pessoa que transmitiu a notícia que chegou aos ouvidos de São Lucas, ou a própria Santa Madalena disse a São João que eram dois os espíritos celestes. Supõe-se que viram os anjos as duas mulheres citadas por São Mateus: Santa Madalena e Maria (mãe de São Tiago). São Marcos fala em três mulheres, acrescentando Salomé, mas indicando apenas que foram três as que foram comprar os aromas no sábado, não indicando quantas foram até o túmulo. Se eram duas as mulheres, talvez uma viu um só anjo e a outra viu dois, o que é natural e comum nestas visões sobrenaturais.

Uma das perfeições angélicas consiste em transmitir uns para os outros a sua própria perfeição. Participam mais perfeitamente da vida divina os anjos que estão mais próximos de Deus, e menos os que estão mais afastados. Assim, as primeiras inteligências celestes aperfeiçoam, iluminam e purificam às de graus inferiores. O segundo grupo recebe as perfeições divinas por intermédio do primeiro, e o terceiro por intermédio do segundo. Cada uma das ordens angélicas é portadora de revelações e notícias das ordens precedentes. A primeira ordem as recebe de Deus diretamente, transmitindo-as em seguida às demais ordens ou coros inferiores. Assim, compete à última escala da hierarquia celeste transmitir as revelações divinas aos homens.
Um exemplo vemos em Zacarias 1,13: um Anjo superior, que falava diretamente a ele, disse para o outro palavras de consolo. Um Anjo de classe inferior saiu ao encontro do primeiro e dele recebeu iluminação: “Então, o Senhor, dirigindo-se ao anjo que falava em mim, disse-lhe [a outro anjo] boas palavras, palavras de consolação”. Outro exemplo, em Ezequiel. Um Anjo, formalmente designado pelo Profeta como um querubim, recebe as ordens divinas e instrui outros para executá-las: “Passai pelo meio da cidade, seguindo-o, e feri; não sejam compassivos os vossos olhos, não tenhais compaixão alguma.(Ez. 9,5). Que dizer do Anjo que anunciou a Daniel “a ordem está dada” (Dan 9, 23), ou do primeiro que tomou fogo no meio dos querubins (Ez 10, 2), ou do querubim que pôs fogo nas mãos do que vestia a “sagrada estola” (Ez 10, 6-8) , senão que a boa ordem existente entre os Anjos permite que uns orientem ou instruem a outros? Um outro exemplo: um Anjo chama São Gabriel para explicar uma visão a Daniel: “Ouvi a voz dum homem no meio de Ulai, o qual gritou e disse: Gabriel, explica-lhe esta visão” (Dan 8, 16).

A festa do Anjo

Vejamos o que diz o Papa sobre este dia:


JOÃO PAULO II
“REGINA CAELI”

Segunda-feira, 1 de abril de 1991
"Hoje é o segundo dia da oitava da Páscoa. Ontem foi a solenidade de Pácoa, e hoje é segunda-feira de Páscoa. Na Itália existe a formosa tradição de chamar a este dia “Pasquetta”, mas eu não quero falar da “Pasquetta”.
Há também outro nome para indicar este dia: o dia da festa do Anjo. Esta é uma tradição muito bela, que corresponde profundamente ás fontes bíblicas da Ressurreição. Recordemos a narração dos evangelhos sinóticos, quando as mulheres vão ao sepulcro e o encontram aberto. Temiam não poder entrar, pois o sepulcro havia sido fechado com uma pedra muito grande. Pelo contrário, estava aberto. De lá de dentro ouviram as palavras “Jesus de Nazaré não está aqui”.
Pela primeira vez se pronunciam as palavras “foi ressuscitado”. Os evangelistas nos dizem que estas palavras foram pronuncias por anjos. Há um significado profundo nesta presença e proclamação angélicas. Do mesmo modo que um anjo, Gabriel, tinha que anunciar a encarnação do Verbo, do Filho de Deus, assim também para expressar pela primeira vez as palavras “foi ressuscitado”, a Ressurreição, não era suficiente um elemento humano, não bastavam as palavras humanas. Era necessária a presença de um ser superior, porque, para o ser humano esta verdade “foi ressuscitado”, e as palavras que a comunicam é tão desconcertante e incrível, que talvez nenhum homem se atreveria a anunciá-la.
Depois deste primeiro anúncio, repete-se: “O Senhor ressuscitou e apareceu a Pedro Simão”, mas o primeiro anúncio exigia uma inteligência superior à humana. Assim, pois, esta festa do Anjo – pelo menos como a entendo eu – completa a oitava de Páscoa. Nas leituras bíblicas e nas passagens evangélicas se lê sempre a respeitos destes anjos, mas a festa italiana destaca o momento desta presença angélica; não só a destaca, senão que ademais explica o porque deste momento da Ressurreição. Além da comprovação humana de que o sepulcro estava vazio, era necessária outra, porém sobrenatural: “Foi ressuscitado”.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Como ganhar indulgência plenária na Semana Santa

Durante o santo Tríduo Pascal podemos ganhar para nós ou para os defuntos o dom da Indulgência Plenária se realizarmos algumas das seguintes obra estabelecidas pela Santa Sé.
Obras que gozam do dom da indulgência pascal:
Quinta-feira Santa
1. Se durante a solene reserva do Santíssimo, que segue à Missa da Ceia do Senhor, recitamos ou cantamos o hino eucarístico "Tantum Ergo" ("Adoremos Prostrados").
2. Se visitarmos pelo espaço de meia hora o Santíssimo Sacramento reservado no Monumento para adorá-lo.
Sexta-feira Santa
1. Se na Sexta-feira Santa assistirmos piedosamente à Veneração da Cruz na solene celebração da Paixão do Senhor.
Sábado Santo
1. Se rezarmos juntos a reza do Santo Rosário.
Vigília Pascal
1. Se assistirmos à celebração da Vigília Pascal (Sábado Santo de noite) e nela renovamos as promessas de nosso Santo Batismo.
Condições:
Para ganhar a Indulgência Plenária além de ter realizado a obra enriquecida se requer o cumprimento das seguintes condições:
A. Exclusão de todo afeto para qualquer pecado, inclusive venial.
B. Confissão sacramental, Comunhão eucarística e Oração pelas intenções do Sumo Pontífice. Estas três condições podem ser cumpridas uns dias antes ou depois da execução da obra enriquecida com a Indulgência Plenária; mas convém que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice se realizem no mesmo dia em que se cumpre a obra.
É oportuno assinalar que com uma só confissão sacramental podemos ganhar várias indulgências. Convém, não obstante, que se receba freqüentemente a graça do sacramento da Penitência, para aprofundar na conversão e na pureza de coração. Por outro lado, com uma só comunhão eucarística e uma só oração pelas intenções do Santo Padre só se ganha uma Indulgência Plenária.
A condição de orar pelas intenções do Sumo Pontífice se cumpre rezando-se em sua intenção um Pai Nosso e Ave-Maria; mas se concede a cada fiel cristão a faculdade de rezar qualquer outra fórmula, segundo sua piedade e devoção.