quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Psy-war": é quase impossível se comprovar uma teoria de conspiração

Meu filho fez parte de um grupo no orkut denominado "teoria da conspiração". Naquele forum de debates a imaginação corre solta e, vez por outra, ele me mostrava algumas idéias que lá circulavam (ou circulam) sobre diversos tipos de supostas conspirações, seja de forças visíveis ou mesmo de seitas ocultas, com fins os mais diversos possíveis. Dando largas à imaginação, propus a meu filho entrar novamente no grupo e sugerir algumas idéias, ou, pelo menos, colocar algumas perguntas a respeito do que se denomina no jargão midiático "psy-war" (ou guerra psicológica). Pode muito bem ter partido de muitas destas conspirações ocultas golpes de estado, guerrilhas, atentados terroristas, etc. Um exemplo foi a detonação de vários homens-bombas no metrô de Madri em 2004, causando a morte de mais de 300 pessoas e, como consequência, a derrota do partido conservador perante o socialista na eleição que se avizinhava. Botar a culpa no alkaeda (como é que se escreve mesmo?) é muio fácil: o mesmo ocorria no tempo de Lampião - todo grupo armado fazia das suas e botava a culpa no cangaceiro mais famoso e caçado. Então a conspiração não partia somente dos terroristas, eles tinham (e ainda têm) colaboradores na mídia mundial. Parece que há uma conspiração total entre eles... já não observaram como são concordes em divulgar notícias desmoralizantes com algumas autoridades, como por exemplo, o Papa ou algum bispo da Igreja?
Vejamos agora um novo tipo de conspiração possível, mas não comprovável: será que não haverá uma trama de "psy-war" por detrás do noticiário da gripe suína? Senão, procuremos respostas para as seguintes perguntas: por que as autoridades não divulgam o nome das pessoas que estão com a doença ou, ao menos, das que morreram? não fala de suas famílias, de seus enterros ou coisa parecida; por que o surto dela se deu num país em desenvolvimento (mas tido como meio "atrasado" ainda), embora próximo aos EUA? por que razão a criança que dizem ter sido o primeiro contaminado pelo vírus esteja em perfeito estado de saúde, inclusive toda a sua família que não foi contaminada? Existe alguma força estranha interessada em propagar pânico? Se sim, que objetivos haveria nesta suposta "psy-war" do medo? Aparentemente, nada, a não ser o próprio pânico. Ocorre que no medo, no terror, no pânico, se espalha mais facilmente a descrença nas autoridades, no Estado como instituição que dá estabilidade emocional à sociedade, propaga-se mais rapidamente a desesperança. Com que intuito? Na bagagem do pânico e da desesperança vêm enclausurados vários facilitadores para se aceitar facilmente "idéias novas" que mudem completamente o "status quo" e a própria ordem social. Entrevista de uma autoridade médica hoje diz que as máscaras nada servem para se evitar o contágio da doença, mas milhões delas estão sendo usadas não somente na Cidade do México mas em outras partes do mundo, mesmo em lugares onde não há contaminação do vírus. Sim, a máscara pode evitar que, quem a use, contamine os demais, mas não que seja contaminado. Vejam bem: já morreu muito mais gente contaminado pela dengue, e vai continuar morrendo muito mais, e no entanto não há tanto clamor como ocorre com esta nova praga mundial. Que tipo de "conspiração" universal poderia estar por trás de tudo isso? Não se pode saber, não se pode ter certeza, pois se a coisa é "conspiratória", se é secreta, só acessível a certo tipo de homens que mandam e que dirigem os cordéis do mundo, a única coisa que poderemos fazer é desconfiar, e desconfiando observar até onde querem chegar.

Papa lembra santo defensor das imagens religiosas

Reproduzimos abaixo a tradução do pronunciamengo de Bento XVI, feito pela Zenit, sobre Santo Germano de Constantinopla:
Queridos irmãos e irmãs,
O patriarca Germano de Constantinopla, de quem quero falar hoje, não pertence às figuras mais representativas do mundo cristão oriental e, contudo, seu nome aparece com certa solenidade na lista dos grandes defensores das imagens sagradas, redigida no II Concílio de Niceia, VII ecumênico (787). A Igreja grega celebra sua festa na liturgia de 12 de maio. Ele teve um papel significativo na complexa história da luta pelas imagens, durante a chamada crise iconoclasta: soube resistir validamente às pressões de um imperador iconoclasta, ou seja, adversário dos ícones, Leão III.
Durante o patriarcado de Germano (715-730), a capital do império bizantino – Constantinopla – sofreu um perigosíssimo assédio por parte dos sarracenos. Naquela ocasião (717-718), organizou-se uma solene procissão na cidade com a exposição da imagem da Mãe de Deus, a Theotokos, e da relíquia da Santa Cruz, para invocar do Alto a defesa da cidade. De fato, Constantinopla foi libertada do assédio. Os adversários decidiram desistir para sempre da ideia de estabelecer sua capital na cidade-símbolo do império cristão e o reconhecimento pela ajuda divina foi extremamente grande no povo.
O patriarca Germano, após aquele acontecimento, convenceu-se de que a intervenção de Deus deveria ser considerada como uma aprovação da piedade mostrada pelo povo com relação aos santos ícones. De parecer completamente diferente foi o imperador Leão III, que precisamente nesse ano (717) foi entronizado como imperador indiscutido na capital, na qual reinou até 741. Após a libertação de Constantinopla e uma série de outras vitórias, o imperador cristão começou a manifestar cada vez mais abertamente a convicção de que a consolidação do império deveria começar precisamente por uma reordenação das manifestações da fé, com particular referência ao risco de idolatria ao qual, a seu ver, o povo estava exposto por ocasião do culto excessivo aos ícones.
De nada valeram as referências do patriarca Germano à tradição da Igreja e à efetiva eficácia de algumas imagens, que eram reconhecidas unanimemente como «milagrosas». O imperador se tornou cada vez mais imóvel na aplicação de seu projeto restaurador, que previa a eliminação dos ícones. E quando, em 7 de janeiro de 730, ele tomou a postura aberta em uma reunião pública contra o culto às imagens, Germano não quis de forma alguma opor-se à vontade do imperador sobre questões que ele considerava determinantes para a fé ortodoxa, à qual, segundo ele, pertencia precisamente o culto, o amor pelas imagens. Como consequência daquilo, Germano se viu obrigado a pedir demissão como patriarca, autocondenando-se ao exílio em um mosteiro, onde morreu esquecido por todos. Seu nome voltou a emergir precisamente no II Concílio de Niceia (787), quando os padres ortodoxos se decidiram a favor dos ícones, reconhecendo os méritos de Germano.
O patriarca Germano cuidava muito das celebrações litúrgicas e, durante certo tempo, foi considerado também o instaurador da festa do Akatistos. Como se sabe, o Akatistos é um antigo e famoso hino surgido no mundo bizantino e dedicado à Theotokos, a Mãe de Deus. Apesar de que, do ponto de vista teológico, não se possa qualificar Germano como um grande pensador, algumas obras suas tiveram eco sobretudo por certas intuições suas sobre a mariologia. Dele se conservaram, com efeito, diversas homilias de temas marianos, e algumas delas marcaram profundamente a piedade de gerações inteiras de fiéis, tanto no Oriente como no Ocidente. Suas esplêndidas Homilias sobre a Apresentação de Maria no Templo são testemunhos ainda vivos da tradição não escrita das Igrejas cristãs. Gerações de religiosas, religiosos e de membros de numerosíssimos institutos de vida consagrada continuam encontrando nestes textos, ainda hoje, tesouros belíssimos de espiritualidade.
Também suscitam maravilha alguns textos mariológicos de Germano que fazem parte das homilias pronunciadas In SS. Deiparae dormitionem, festividade correspondente à nossa festa da Assunção. Entre estes textos, o Papa Pio XII utilizou um que encaixou como uma pérola na constituição apostólica Munificentissimus Deus (1950), com a qual declarou a Assunção de Maria como dogma de fé. O Papa XII citou este texto nesta Constituição, apresentando-o como um dos argumentos em favor da fé permanente da Igreja na Assunção corporal de Maria ao céu. Germano escreve: «Poderia nunca acontecer, Santíssima Mãe de Deus, que o céu e a terra se sentissem honrados por vossa presença, e vós, com vossa partida, deixarias os homens privados da vossa proteção? Não. É impossível pensar estas coisas. De fato quando estavas no mundo não te sentias estranha às realidades do céu, assim tampouco após ter migrado deste mundo te sentiste afastada da possibilidade de comunicar em espírito com os homens... De fato, não abandonastes aqueles aos quais garantistes a salvação... E vosso espírito vive eternamente, nem vossa carne sofreu a corrupção do sepulcro. Vós, ó Mãe, estais perto de todos e a todos protegeis e, ainda que nossos olhos não possam ver-vos, sabemos, ó Altíssima, que viveis no meio de todos nós e que vos fazeis presente das formas mais diversas... Vós (Maria) vos revelas toda, como está escrito, em vossa beleza. Vosso corpo virginal é totalmente santo, todo casto, todo casa de Deus, assim que, também por isso, é absolutamente refratário a toda redução ao pó. Este é imutável, a partir do momento que Aquele que nele era humano foi assumido na incorruptibilidade, permanecendo vivo e absolutamente glorioso, incólume e partícipe da vida perfeita. De fato, era impossível que fosse considerada como fechada no sepulcro dos mortos Aquela que havia se convertido em vaso de Deus e templo vivo da santíssima divindade do Unigênito. Por outra parte, nós cremos com certeza que vós continuais caminhando conosco» (PG 98, coll. 344b-346b, passim).
Diz-se que, para os bizantinos, o adorno da forma retórica na pregação, e ainda mais dos hinos ou composições poéticas que estes chamam de «tropos», é tão importante na celebração litúrgica como a beleza do edifício sagrado no qual esta acontece. O patriarca Germano foi reconhecido, nessa tradição, como um daqueles que contribuíram muito para manter viva esta convicção, ou seja, que a beleza da palavra, da linguagem, do edifício e da música devem coincidir.
Cito, para concluir, as palavras inspiradas com as quais Germano qualifica a Igreja ao início desta pequena obra de arte: «A Igreja é templo de Deus, espaço sagrado, casa de oração, convocação de povo, corpo de Cristo... É o céu na terra, onde o Deus transcendente habita como em sua casa e passeia nela, mas é também imagem realizada (antitypos) da crucifixão, do túmulo e da ressurreição... A Igreja é a casa de Deus, na qual se celebra o sacrifício místico vivificante, ao mesmo tempo parte mais íntima do santuário e gruta santa. Dentro dela se encontram aquelas verdadeiras e autênticas pérolas preciosas que são os dogmas divinos do ensinamento oferecido diretamente pelo Senhor aos seus discípulos» (PG 98, coll. 384b-385b).
No final permanece a pergunta: o que tem a dizer-nos hoje este santo, cronológica e culturalmente bastante distante de nós? Creio substancialmente em três coisas. A primeira: há certa visibilidade de Deus no mundo, na Igreja, que devemos aprender a perceber. Deus criou o homem à sua imagem, mas esta imagem foi coberta de tanta sujeira pelo pecado que, em consequência, Deus quase não era mais visto nela. Assim, o Filho de Deus se fez verdadeiro homem, perfeita imagem de Deus: em Cristo podemos assim contemplar também o rosto de Deus e aprender a ser, nós mesmos, verdadeiros homens, verdadeiras imagens de Deus. Cristo nos convida a imitá-lo, a chegar a ser semelhantes a Ele, para que em cada homem se transparente novamente o rosto de Deus, a imagem de Deus. É verdade, Deus havia proibido no Decálogo as imagens de Deus, mas isso era por ocasião das tentações de idolatria às quais os crentes podiam estar expostos em um contexto de paganismo. Contudo, quando Deus se fez visível em Cristo mediante a encarnação, tornou-se legítimo reproduzir o rosto de Cristo. As imagens santas nos ensinam a ver Deus na representação do rosto de Cristo. Após a encarnação do Filho de Deus, foi possível, portanto, ver Deus nas imagens de Cristo e também no rosto dos santos, no rosto de todos os homens nos quais resplandece a santidade de Deus.
Em segundo lugar, a beleza e a dignidade da liturgia. Celebrar a liturgia na consciência da presença de Deus, com essa dignidade e beleza que deixa entrever algo do seu esplendor, é a tarefa de todo cristão formado em sua fé.
E o terceiro é amar a Igreja. Precisamente a propósito da Igreja, nós estamos inclinados a ver sobretudo seus pecados, o negativo; mas com ajuda da fé, que nos torna capazes de ver de forma autêntica, podemos também, hoje e sempre, redescobrir nela a beleza divina. É na Igreja onde Deus se faz presente, oferece-se a nós na Santa Eucaristia e permanece presente para a adoração. Deus fala conosco na Igreja, «Deus passeia conosco» na Igreja, como diz São Germano. Na Igreja, recebemos o perdão de Deus e aprendemos a perdoar.
Oremos a Deus para que nos ensine a ver na Igreja sua presença, sua beleza, a ver sua presença no mundo, e nos ajude a ser, também nós, transparentes à sua luz.
[Tradução: Élison Santos. Revisão: Aline Banchieri. © Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana]

quarta-feira, 29 de abril de 2009

E o Papa tinha razão...

A propósito do combate ao flagelo da AIDS todos sabem que é comum autoridades sanitárias optarem pela promíscua distribuição de preservativos, como ocorreu recentemente em nosso país, no carnaval, com a ridícula cena de Lula e Temporão jogando preservativos ao povo. Todos sabem também que aqueles instrumentos podem até surtir certo efeito passageiro durante o carnaval, mas pelo fato de incentivar a promiscuidade sexual acaba promovendo, a médio ou longo prazo, uma maior disseminação da doença. Recentemente se divulgou que o presidente de Uganda havia dito que o método mais eficaz para se combater a AIDS em seu país era a continência sexual e não a distribuição indiscriminada de preservativos. Agora surge a notícia de que o presidente de outro país africano, o Burkina Faso, havia feito uma entrevista em 2005 onde defendia os mesmos princípios. Além disso, afirmou Blaise Compaoré, o presidente de Burkina, que muitas pessoas ignoram o trabalho da Igreja na África, especialmente os intelectuais franceses que têm pouca proximidade com os católicos. Tais afirmações ditas por um mandatário de país africano serão consideradas na Europa e países desenvolvidos como opinião de “gente atrasada”: é assim que eles consideram outros povos, sempre com desdém e menosprezo, principalmente se há resistência à imoralidade. Vejamos agora algumas opiniões dos “entendidos”, dos “experts”... que nunca defendem a continência (e tal seria) mas, de algum modo, comprovam que o Papa tinha razão.
Edward Green, a maior autoridade em entendidos no assunto, da Universidade de Harvard (uma das mais famosas e importantes do mundo), afirma que existe uma correlação entre maior disponibilidade de preservativos e uma maior taxa de contágios de AIDS. É assim que, mesmo sem ser católico, o cientista corrobora as palavras de Bento XVI sobre o assunto. Numa entrevista feita ao “National Review Online”, Green afirmou: “O Papa tem razão. Nossos melhores estudos mostram uma relação consistente entre uma maior disponibilidade de preservativos e uma maior (não menor) taxa de contágios de AIDS. De outro lado, afirmou o cientista: “Não conseguimos associar maior uso de preservativos a uma menor taxa de AIDS”. Edward Green é médico com mais de 30 anos de experiência em diversos em desenvolvimento na área de investigação, comunicação e mudança de comportamento e educação para a saúde. É autor de cinco livros e mais de 250 estudos que tratam de sua área de trabalho. Está para lançar um livro sobre a AIDS, com o título de “AIDS e Ideologia”. Calcula-se que há mais de 25 milhões de pessoas infectadas por esta doença em todo o mundo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Diplomata recusa receber prêmio junto com Obama

A propósito de nossa postagem "Há uma crise de identidade na Igreja?" , reproduzimos abaixo, na íntegra, o texto divulgado pelo blog "Miles Ecclesiae"
A diplomata americana Mary Ann Glendon, que já foi embaixadora dos Estados Unidos junto ao Vaticano, declinou hoje do prêmio que receberia da universidade católica americana de Notre Dame, a mesma que também vai premiar o presidente Barack Hussein. Em carta enviada ao reitor da universidade, Padre John Jenkins, ela recusa respeitosamente a honraria.Na carta, a diplomata lembra que agraciar o presidente dos Estados Unidos com um título honorário contraria a decisão da conferência de bispos dos Estados Unidos, para quem instituições católicas não devem honrar aqueles que se opõem aos princípios morais fundamentais. E diz que a próprioa universidade havia dado a entender que seu nome fora escolhida como uma forma de contrabalançar a presença do abortista Obama (Mary Ann Glendon é uma feminista convertida ao Catolicismo e hoje defensora da vida).A atitude de Mary Ann Glendon esquentou ainda mais o complicado caso que muitos já tratam como um escândalo - há quem o chame de "Notre Shame Affair" (Notre Dame é "Nossa Senhora" em francês; shame é "vergonha" em inglês; e affair é "caso"). Depois do anúncio do convite feito a Obama, muitos bispos reagiram, dizendo que, se era cabível convidá-lo para pronunciar a Aula Magna na universidade, em decorrência de sua posição (afinal, o cara é o presidente), não cabia homenageá-lo com um honorary degree, já que ele é um furioso defensor do aborto.Ao recusar a distinção, Mary Ann Glendon colocou a universidade e também o próprio Obama em uma situação constrangedora. A diplomata está sendo muito aplaudida nos Estados Unidos pelos católicos, que enaltecem a sua coragem de recusar uma honraria e desafiar o todo poderoso presidente. A Casa Branca já respondeu com o blablablá da diversidade de opinião e a universidade já disse que vai convidar outra pessoa.O caso da universidade de Notre Dame demonstra a tensão entre os católicos e o governo do sr. Hussein. A questão do aborto é a mais evidente: Obama está fazendo de tudo para facilitar a vida de quem aborta e para perseguir os defensorres da vida. Mas a própria questão da liberdade religiosa pode estar em questão. Não faz muito tempo, Obama compareceu a outra universidade católica onde fez um pronunciamento depois de solicitar que os símbolos cristãos existentes no salão onde discursou fossem ocultados.Vamos ver agora o que acontece.

Nossa Senhora do Bom Conselho

Ontem, 26 de abril, foi festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, e a TV Arautos nos traz esta belíssima história cheia de milagres e conversões. O afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho encontra-se na cidade de Genazzano, na Itália. Com ele um constante milagre acontece desde o século XV: está suspenso no ar sem fixação nenhuma, afastado da parece cerca de três centímetros. Compartilhe esta história com sua família e amigos. Assista a belíssima história de Nossa Senhora do Bom Conselho através da TV Arautos.

Ditadura homossexual até em concurso de miss

Os deploráveis e imorais concursos de miss cada vez mostram maior decadência. No último domingo Miss Carolina do Norte, Kristen Dalton, foi eleita Miss Estados Unidos, mas não foi para ela que a mídia chamou a atenção e sim para a segunda colocada, Carrie Prejean, Miss Califórnia. A diferença entre as duas não foi nenhum atributo de beleza, mas a resposta dada sobre o “matrimônio homossexual”.
Carrie Prejean respondeu assim à pergunta, falando sobre a opção entre casamento normal e entre homossexuais: “Creio que é fantástico que os americanos sejam capazes de eleger a um e a outro. Vivemos numa terra em que se pode eleger o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e o matrimônio heterossexual, mas sabes que... em meu país e em minha família creio que um matrimônio deve ser entre um homem e uma mulher. Sem ofender a ninguém, mas assim é como me criaram e assim é como acredito que deve ser: entre um homem e uma mulher”.
O entrevistador, Perez Hilton, é conhecido militante homossexual e não negou que reprovou a candidata por causa de sua resposta. A propósito da qual a mídia criou uma artificial celeuma, publicando tanto entusiásticos apoios quanto ácidas críticas do público. O próprio Perez Hilton insultou publicamente a candidata com adjetivos impublicáveis, acusou-a de ignorante e assegurou que foi sua resposta que a fez perder o concurso. Em declarações à imprensa, disse: “A forma em que Miss Califórnia respondeu à pergunta a fez perder não resta dúvida...”
Apesar de tudo Carrie Prejean declarou que está feliz e mantém sua resposta mesmo após perder o concurso: “Custou-me a coroa, mas não a teria de qualquer forma. Disse o que sinto. Manifestei uma opinião verdadeira para mim e é tudo o que posso fazer”.
No entanto, afirmou que perdeu o concurso oficialmente, mas sentia que o ganhou moralmente. O vídeo com a resposta da Miss pode ser visto no youtube http://www.youtube.com/watch?v=OY-1cybT6p8

Beato Stepinac, exemplo de católico que ajudou a salvar judeus

Conforme nossa postagem anterior, (veja aqui), uma organização procura testemunhos de católicos que salvaram judeus durante a perseguição nazista. A relação destes heróis anônimos seria divulgada por ocasião da visita do Papa à Israel em maio próximo. Talvez fosse interessante também procurar se investigar o contrário: o testemunho de judeus que salvaram a vida de católicos, estes mortos em quantidade muito maior pelos nazistas. Talvez assim se demonstre que lá entre eles há também heroísmos desinteressados...
A Croácia, pertencente à Confederação da Iugoslávia, foi invadida pelos nazistas em 1941, constituindo-se, porém, num Estado independente sob a presidência de Ante Pavelic, fundador da sociedade secreta denominada “Ustacha” (ou ustacia), depois transformada em partido político adepto do nazismo. Aloysius Stepinac em 7 de dezembro de 1937 havia assumido a direção da diocese de Zagreb da qual permaneceu titular até a sua morte em 1960. Posteriormente, foi nomeado Cardeal em 12 de janeiro de 1953 pelo Papa Pio XII, fazendo com que o ditador Tito rompesse relações com o Vaticano. O Cardeal Stepinac foi impedido pelo governo comunista local de participar do Concílio convocado por João XXIII em 1958.
Durante a Segunda Guerra Mundial Stepinac multiplicou suas iniciativas em favor dos perseguidos, inclusive os judeus. Em 1941, durante a ocupação alemã, no princípio o arcebispo acolheu favoravelmente o novo governo, confiava em que se asseguraria os direitos dos cidadãos e a soberania nacional. Mas logo se desenganou, quando começaram as perseguições contra as minorias. Em abril de 1941 apresentou ao Ministério do Interior um protesto formal contra as primeiras leis racistas que proibiam os casamentos mistos. Em maio apresentou um protesto diretamente ao presidente da Croácia, Ante Pavelic, contra a perseguição dos sérvios ortodoxos. Em julho voltou a escrever-lhe de protesto. Em 16 de outubro pronunciou-se abertamente contra as leis racistas do alto do púlpito da Catedral de Zagreb exigindo o fim das perseguições raciais e religiosas. Depois da queda do nazismo veio o despótico governo comunista, submetendo o país e a Igreja aos vexames de uma cruel perseguição. Num processo vazio de consistências e provas, em outubro de 1945 foi condenado a 16 anos de trabalhos forçados. Em 1959 Stepinac enviou uma carta ao governo iugoslavo na qual fazia constar os maus tratos que estava submetido na prisão, onde concluía: "Eu, com a graça de Deus, seguirei adiante até o final, sem odiar a ninguém, mas sem temer a ninguém." Falecido em 10 de fevereiro de 1960, para que se evitasse encontrar provas de envenenamento teve as vísceras do seu cadáver destruídas. Em 1996 seus restos mortais foram exumados e analizados e encontrados vestígios de veneno nos seus ossos. Por este motivo foi declarado mártir em 11 de outubro de 1997.
O cardeal Stepinac foi beatificado em 3 de outubro de 1998 pelo Papa João Paulo II, no Santuário mariano de Marija Bistrica, durante uma visita a Banja Luka, Croácia. É considerado pela Igreja um mártir perseguido pelo então regime comunista iugoslavo. Na cerimônia de beatificação disse o Papa: O Beato Alojzije Stepinac não derramou o sangue no sentido estrito da palavra. A sua morte foi causada pelos longos sofrimentos a que o submeteram: os últimos 15 anos da sua vida foram um contínuo suceder-se de vexações, no meio das quais expôs com coragem a própria vida, para testemunhar o Evangelho e a unidade da Igreja. Para usar as próprias palavras do Salmo, ele pôs nas mãos de Deus a sua própria vida (cf. Sl 16[15], 5). ... O Cardeal Arcebispo de Zagreb, uma das figuras mais salientes da Igreja católica, depois de ter sofrido no próprio corpo e na própria alma as atrocidades do sistema comunista, é agora entregue à memória dos seus compatriotas com as fúlgidas insígnias do martírio.

Protesto contra a perseguição dos judeus
Segue abaixo o texto de um dos veementes protestos que aquele santo arcebispo fez contra as perseguições racistas movidas pelo governo de ocupação nazista:
Ordinariato Arquiepiscopal
n. 117
Zagreb, 22 de maio de 1941
Senhor Ministro:
A 23 de abril deste ano, por carta n. 103/BK, tive a honra de dirigir-me a V. Excia com um memorial no qual vos pedi que, na legislação anti-semita, se tivesse consideração com as pessoas pertencentes à raça hebraica, mas passadas à religião cristã. Todavia, nas leis promulgadas a 30 de abril nenhum caso se fez da religião a que as pessoas pertencem. Então nos foi dito que, por motivos independentes da nossa vontade, tais leis tinham tido de ser promulgadas desta forma, mas que a sua aplicação prática não seria assim tão cruel. Em vez disto, todo dia vemos publicadas ordens sempre mais severas que ferem juntamente os culpados e os inocentes. Hoje vem publicada uma nos jornais, segundo a qual, sem levar em conta idade, nem sexo, nem religião, todos os judeus são obrigados a trazer uma marca especial. São tantas agora as disposições de tal natureza, que pessoas competentes referem que nem mesmo na Alemanha as leis raciais são executadas com tal severidade e rapidez. Todos aprovam os esforços tendentes a fazer, sim, que num Estado nacional sejam só os pertencentes à nação a governar, e seja eliminada toda influência nociva capaz de lhe desagregar a estrutura. Todos aprovam os esforços feitos a fim de que a economia esteja nas mãos de nacionais, a fim de que seja impedido a elementos não nacionais ou antinacionais acumular o capital, e não possam elementos estrangeiros decidir dos destinos do Estado e da Nação. Privar, porém, as pessoas pertencentes a outras nacionalidades ou a outras raças de toda possibilidade de existência, e imprimir nelas uma marca vergonhosa, isto é questão de humanidade e de moral. E as leis morais não valem somente para os indivíduos, mas também para a administração do Estado.
Na ordem social dos nossos dias, com as idéias morais que nela predominam, não se imprime uma marca vergonhosa nem sequer nos que vêm da prisão, depois de ali haverem cumprido a pena pelo crime de homicídio: e isto pelo desejo de que mesmo pessoas de tal jaez sejam ajudadas a tornar-se membros úteis da sociedade humana. Nem os concubinários, nem os adúlteros, nem as prostitutas são assinalados com uma marca visível , e, se não se faz isto a quem por culpa sua merece ser detestado pela sociedade humana, por que querer fazê-lo aos que sem culpa alguma pertencem a uma outra raça? Além disto, cumpre considerar que, mormente entre os jovens que nos anos do seu desenvolvimento foram atingidos por tais medidas, se firmará fortemente o instinto de vingança e o “Minderwertigkeitskomplex”(*), e isto terá uma influência funesta sobre a formação psicológica deles. Temos nós o direito de cometer um tal atentado à personalidade humana?
Rogo-vos, pois, Senhor, expedirdes oportunas disposições para que as leis anti-semitas correlatas medidas conta os sérvios, etc., sejam executadas de modo a respeitar a pessoa e a dignidade humana. A ordem de trazer a marca judia de modo algum deve ser executada. Para cobrir as despesas incorridas pelas autoridades com a fabricação de tais distintivos, poder-se-ia pedir aos interessados reembolsá-los, suspendendo assim a obrigação de usá-los. Sejam os culpados e os traidores do povo punidos como mereceram: nenhum homem razoável se oporá a isto. Mas à multidão irresponsável não deve ser deferida a tarefa de julgar e conjuntamente executar a pena.
Em modo especial, Snr Ministro, rogo-Vos terdes consideração com os judeus batizados. Muitos deles foram batizados muito tempo antes da perseguição, e portanto numa época em que, do ponto de vista material, o batismo significava para eles uma desvantagem. Muitos deles estão já agora completamente assimilados à nação, de modo que ninguém suspeitava fossem eles judeus. Alguns, pelo contrário, fizeram-se notar no movimento nacional e “ustascia”. Conheço alguns que são católicos fervorosos e praticantes: como poderão eles agora cumprir os seus deveres religiosos? Deverão acaso assistir à santa Missa e receber a sagrada Comunhão com o distintivo amarelo em torno do braço? Neste caso, eu mesmo deveria advertir os judeus de religião católica de não deverem usar esse distintivo, para não darem lugar a perturbação e agitação nas igrejas.
Chamo finalmente a vossa atenção para uma última consideração. Sei de maneira positiva que a Santa Sé não vê com olhos tais providências. Neste momento, depois que o Santo Padre recebeu tão benevolamente o Poglavnik e a nossa delegação, e enquanto passos estão sendo dados para fazer reconhecer o nosso Estado pela Santa Sé, é caso oportuno criar uma atmosfera de desconfiança e de desarmonia?
Espero, Snr. Ministro, que não vos melindrareis, se, como Bispo, vos falei claramente.
Aceitai, etc., etc.
O Arcebispo.
Presidente das Conferências Episcopais
(*) "Complexo de inferioridade"
(Extraído de “O Processo do Arcebispo de Zagreb”,Editora Vozes, págs. 237/241)

São Nuno de Santa Maria, guerreiro da cavalaria medieval


Nuno Álvares Pereira já está no álbum dos Santos, esta é a notícia que corre o mundo. O cavaleiro português foi canonizado este Domingo no Vaticano juntamente com quatro italianos
Com a Praça de S. Pedro no Vaticano completamente cheia, foram canonizados Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli, Caterina Volpicelli e Nuno de Santa Maria (o nome religioso de Nuno Álvares Pereira). Depois da apresentação de uma breve biografia dos novos santos pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, D. Angelo Amato, acompanhado pelos postuladores das causas, pediu que os cinco beatos sejam inscritos no “álbum dos Santos” e “como tal sejam invocados por todos os cristãos”. Após a ladainha, Bento XVI canonizou os cinco beatos. Na fórmula de canonização, o Papa disse: “declaramos e definimos como Santos os Beatos Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Geltrude Comensoli e Caterina Volpicelli, e inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os Santos”.
A mídia mundial deu destaque à notícia, especialmente em Portugal, onde o Jornal de Notícias, no dia 22, quatro dias antes da canonização afirmou:
"D. Nuno Álvares Pereira é [será] canonizado no próximo dia 26 de Abril, 91 anos depois de ter sido beatificado. E já se preparam peregrinações a Roma para assistir à passagem a santo de uma figura que deve "inspirar os portugueses". Nuno de Santa Maria Álvares Pereira faz parte das dez canonizações anunciadas ontem pelo Papa Bento XVI para este ano. Chega assim ao fim um processo "árduo", como o classificou o vice-postulador para a causa da canonização do rico militar português que se "fez pobre e padre por amor aos pobres e à Igreja". Um percurso de vida que, para o sacerdote Francisco Rodrigues, deve ser "exemplo" para a sociedade actual. E que, para o presidente da República, que se congratulou com a notícia, "deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor". Também o democrata-cristão Paulo Portas, líder do CDS-PP, apontou ontem o exemplo de entrega aos pobres deste "líder destemido que sempre assentou a força na justiça".
Francisco Rodrigues retrata "O Condestável" como "um homem íntegro, respeitador, mesmo com os castelhanos" . A sua canonização em ano de "crise", diz, deve ser vista como um "sinal de esperança" e de "partilha perante as necessidades dos outros". Para dar maior nota desse exemplo, está a preparar peregrinações de vários dias a Roma, onde vai decorrer a canonização.
D. Nuno Álvares Pereira viveu entre 1360-1431 e foi beatificado pelo Papa Bento XV a 23 de Janeiro de 1918, tornando-se Beato Nuno de Santa Maria. Em 1940, Pio XII manifestou o desejo de canonizar o beato por decreto, mas logo abandonou a intenção, prosseguindo pelas vias normais".
No ato de canonização, Bento XVI chamou o antigo general português (cognominado de "Condestável") de “herói e santo de Portugal” :«Sabei que o Senhor me fez maravilhas. Ele me ouve, quando eu o chamo» (Sal 4,4). Estas palavras do Salmo Responsorial exprimem o segredo da vida do bem-aventurado Nuno de Santa Maria, herói e santo de Portugal”, disse o Papa em língua portuguesa, na homilia de missa de canonização. O Papa recordou que os setenta anos da vida do herói português situam-se na segunda metade do século XIV e primeira do século XV, “que viram aquela nação consolidar a sua independência de Castela e estender-se depois pelos Oceanos – não sem um desígnio particular de Deus –, abrindo novas rotas que haviam de propiciar a chegada do Evangelho de Cristo até aos confins da terra”. “São Nuno sente-se instrumento deste desígnio superior e alistado na militia Christi, ou seja, no serviço de testemunho que cada cristão é chamado a dar no mundo. Características dele são uma intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino.”
“Embora fosse um ótimo militar e um grande chefe –prosseguiu o Papa–, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à ação suprema que vem de Deus.” São Nuno “esforçava-se por não pôr obstáculos à ação de Deus na sua vida, imitando Nossa Senhora, de Quem era devotíssimo e a Quem atribuía publicamente as suas vitórias. No ocaso da sua vida, retirou-se para o convento do Carmo por ele mandado construir”.
O Papa confessou sentir-se “feliz por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélica, é possível atuar e realizar os valores e princípios da vida cristã, sobretudo se esta é colocada ao serviço do bem comum e da glória de Deus".
Resumo biográfico

A Agência Zenit divulgou o seguinte resumo biográfico do Santo:
CIDADE DO VATICANO, domingo, 26 de abril de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a biografia de Nuno Álvares Pereira difundida pela Santa Sé, no contexto da canonização, neste domingo, do herói português, na Praça de São Pedro.
* * *
Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, muito provavelmente em Cernache do Bonjardim, sendo filho ilegítimo de fr. Álvaro Gonçalves Pereira, cavaleiro dos Hospitalários de S. João de Jerusalém e Prior do Crato, e de D. Iria Gonçalves do Carvalhal. Cerca de um ano após o seu nascimento o menino foi legitimado por decreto real, podendo assim receber a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo. Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezasseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.
Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei. Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, Comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito.
Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela eucaristia e pela Virgem Maria são a trave-mestra da sua vida interior. Assíduo à oração mariana, jejuava em honra da Virgem Maria às quartas-feiras, às sextas, aos sábados e nas vigílias das suas festas. Assistia diariamente à missa, embora só pudesse receber a eucaristia por ocasião das maiores solenidades. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha.
Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente se alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acabo por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria. Impelido pelo Amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado. Embora tivesse preferido retirar-se para uma longínqua comunidade de Portugal, o filho do rei, D. Duarte, de tal o impediu. Mas ninguém pode proibir-lhe que se dedicasse a pedir esmola em favor do convento e sobretudo dos pobres, os quais continuou sempre a assistir e a servir. Em seu favor organiza a distribuição quotidiana de alimentos, nunca voltando as costas a um pedido. O Condestável do rei de Portugal, o Comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria —a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.
Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, o domingo de Páscoa, 1 de Abril de 1431, passando imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”.
Mas, embora a fama de santidade de Nuno se mantenha constante, chegando mesmo a aumentar, ao longo dos tempos, o percurso do processo de canonização será bem mais acidentado. Promovido desde logo pelos soberanos portugueses e prosseguido pela Ordem do Carmo, depara com numerosos obstáculos, de natureza exterior. Foi somente em 1894 que o Pe. Anastasio Ronci, então postulador geral dos Carmelitas, consegue introduzir o processo para o reconhecimento do culto do Beato Nuno “desde tempos imemoriais”, acabando este por ser felizmente concluído, apesar das dificuldades próprias do tempo em que decorre, no dia 23 de Dezembro de 1918 com o decreto Clementissimus Deus do Papa Bento XV.
As suas relíquias foram trasladadas numerosas vezes do sepulcro original para a Igreja do Carmo, até que, em 1961, por ocasião do sexto centenário do nascimento do Beato Nuno, se organizou uma peregrinação do precioso relicário de prata que as continha; mas pouco tempo depois é roubado, nunca mais tendo sido encontradas as relíquias que contivera, tendo sido depostos, em vez delas, alguns ossos que tinham sido conservados noutro lugar. A descoberta em 1966 do lugar do túmulo primitivo contendo alguns fragmentos de ossos compatíveis com as relíquias conhecidas reacendeu o desejo de ver o Beato Nuno proclamado em breve Santo da Igreja.
O Postulador Geral da Ordem, P. Felipe M. Amenós y Bonet, conseguiu que fosse reaberta a causa, que entretanto era corroborada graças a um possível milagre ocorrido em 2000. Tendo sido levadas a cabo as respectivas investigações, o Santo Padre, Papa Bento XVI, dispõe a 3 de Julho de 2008 a promulgação do decreto sobre o milagre em ordem à canonização e durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009.

sábado, 25 de abril de 2009

Esperança de vitória dos movimentos "pró-vida" americanos

Agora que temos um poderoso inimigo encastelado no poder, talvez não fosse a hora ainda de se mostrar otimista com relação a uma vitória dos movimentos "pró-vida" nos Estados Unidos. Desta forma, é animadora e nos enche de esperança o que escreveu o padre Frank Pavone sobre o assunto, conforme nos dá detalhe o blog Miles Eclesiae.

Integrante do movimento Priests for Life (Padres pela Vida) o padre Frank Pavone escreveu um artigo muito interessante defendendo a tese de que o movimento pró-vida está se fortalecendo nos Estados Unidos de tal forma que a atual geração verá o aborto ser proibido no país. No artigo, intitulado Ten Reasons Why the Pro-life Movement is Winning, o padre lista dez sinais que, em sua visão, demonsram que o movimento pró-vida americano está bem mais perto de atingir seu grande objetivo do que se imagina. Por outro lado, ele faz um alerta, dizendo que essa expectativa de vitória requer ainda mais compromisso e esforço na luta contra o aborto, uma vez que os abortistas ficarão mais e mais virulentos à medida que perceberem a iminência da derrota.Para ler o texto original, completo, clique aqui.
Abaixo, os dez sinais apontados por padre Frank Pavone:
1 - Os "sobreviventes" - para o padre, o mais claro sinal do fortalecimento do movimento pró-vida é a crescente adesão de jovens. Segundo ele, ao serem perguntados sobre o posicionamento contra o aborto, os jovens costumam responder: "podia ter sido eu!!!"
2 - O fluxo de conversões - padre Pavone observa que dificilmente se vê um defensor da vida tonar-se abortista. Já o contrário é cada vez mais comum. Ele menciona um grupo de funcionários de clínicas de aborto arrependidos, chamado Society of Centurions, Sociedade dos Centuriões. E não deixa de fora o Dr. Bernard Nathanson, antes um dos maiores médicos abortistas do país, hoje um entusiasta da causa pró-vida.
3 - Arrependimentos - ele também destaca o grande número de mulheres e homens que abortaram seus filhos e agora se arrependem disso, tendo percebido que o aborto, em vez de resolver um problema, cria outros muito maiores.
4 - Queda no número de médicos abortistas - Este é um sinal bem palpável. De acordo com padre Pavone, em 1993 havia mais de 2 mil clínicas de aborto nos Estados Unidos. Hoje o número gira em torno de 740. Uma grande parte dessas clínicas teria fechado, de acordo como padre, porque o número de médicos dispostos a fazer abortos é cada vez menor. Em apenas 20% dos condados americanos haveria médicos abortistas - e eles estariam sendo cada vez mais mal vistos na profissão.
5 - Decisões judiciais favoráveis aos fetos - Padre Pavone lembra que cada vez há mais decisões judiciais garantindo os direitos de crianças não-nascidas. Ele acredita que, com o tempo, os tribunais terão que reconhecer que elas devem ser protegidas integralmente pela Constituição.
6 - Pesquisas sobre aborto - Além disso, estaria ficando cada vez mais claro, graças a pesquisas científicas, que o aborto prejudica física e psicologicamente as mulheres que o fazem.
7 - Os abortistas estariam sem argumentos - Antigos argumentos de que a legalização do aborto iria fortalecer as famílias (parece que isso foi dito nos EUA), diminuir o abuso de crianças e melhorar as condições sociais no país demonstraram, após trinta anos de legalidade do aborto, serem falsos. Por outro lado, a Medicina, a Sociologia, a Psicologia, a Filosofia e as religiões continuam a fornecer argumentos válidos contra o aborto.
8 - Bandeira política - cresce o número de eleitores que consideram o posicionamento do candidato a respeito do aborto como um fator determinante do voto. Padre Pavone cita uma pesquisa segunda a qual 36% dos entrevistados dizem que o assunto afetou seus votos nas eleições de 2006, sendo que quase dois terços desse grupo são contra o aborto e apenas um terço a favor.
9 - Decisões legais restritivas ao aborto - nos últimos anos algumas decisões importantes restringiram o direito ao aborto. A prática, feita por meio do "aborto por nascimento parcial" foi proibida e as crianças nascidas vivas depois de um aborto mal sucedido passaram a ser protegidas pelo Born-Alive Infants Protection Act. Acreditem: antes não eram.
10 - Escândalos de Corrupção - outros crimes relacionados à prática do aborto estão vindo a público: erros médicos, abusos sexuais cometidos em clínicas de aborto e outros casos que estão manchando cada vez mais o nome da indústria abortista.
Otimismo excessivo? Talvez não. Os Estados Unidos legalizaram o aborto e abriram as portas do inferno: fica cada vez mais claro o grande erro cometido. No Brasil a situação é diferente: o aborto ainda soa como uma bandeira libertadora (como somos atrasados!) nas boca de Lula, Dilma e Temporão. Como ainda não há resultados negativos da legalização da prática, fica mais difícil demonstrar a falácia dssa gente. Mas podemos mostrar o que ocorre nos Estados Unidos como argumento.Aliás, padre Franck Pavone deixa para o final a razão mais clara que demonstra que, no final, os defensores da vida inelutavelmente vão vencer: Jesus Cristo ressuscitou e está ao nosso lado. Como li outro dia: Deus não perde batalhas.

Há uma crise de identidade na Igreja?

O que representa Obama para a Igreja e os católicos de modo geral? Nada, a não ser um politico agnóstico e inimigo da fé, da religião e da moral. Por que então uma universidade jesuíta o convida para uma conferência? Pior ainda, atende seu atrevido e insolente pedido de retirar os símbolos religiosos de sua presença? Se Deus o incomoda tanto por que atendeu o pedido de ir a uma instituição pertencente à Sua Religião? Intimidação, afronta, desafio a Deus? Divulgamos abaixo interessante texto, extraído do blog "Veritatis Splendor":
O que as controvérsias de Notre Dame e Georgetown revelam
Por padre Robert A. Sirico
Em seu discurso essa semana na Universidade de Georgetown, o Presidente Obama fez um comentário interessante sobre economia. “ão podemos reconstruir esta economia sobre a mesma pilha de areia” ele disse. “evemos construir nossa casa sobre a rocha”
Duvido que alguém o acusasse de plágio, mas o que ele citou vem de uma parábola contada por Jesus. O homem que construiu sua casa na areia pagou o preço quando os ventos a derrubaram, enquanto o homem que construiu sua casa na rocha a viu resistir à tempestade.
Bastante apropriado citar uma parabola em uma universidade católica fundada por jsuítas. O campus inteiro está cheio de simbolismo religioso. Crucifixos, imagens de Maria e outros itens religiosos estão em toda a parte, revelando a rica tradição do lugar.
Estranhamente, no entanto, embora o presidente não tenha se importado de citar Jesus sem dar-lhe os créditos, a sua equipe insistiu em que todos os símbolos religiosos fossem cobertos no lugar em que ele fez o discurso. Incrivelmente, os dirigentes de Georgetown se sujeitaram. A pedido da Casa Branca, os funcionários da univeridade cobriram as letras IHS – a abreviação grega para o nome de Jesus.
Esse incidente se seguiu ao tumulto sobre o planejado discurso de Obama na Notre Dame, onde ele receberá um doutorado honorífico. O departamento da Notre Dame reporta um desenrolar de ira generalizada pela decisão de convidá-lo.
Agora, se eu fosse um pensador adepto de teorias da conspiração, o que não sou, poderia suspeitar que Obama está deliberadamente tentando dividir os católicos. Mas isso não é uma conspiração. Obama está meramente capitalizando em uma tendência cultural que tem estado em curso por um longo tempo. Pelo último meio século, ou mais, católicos têm passado por um tipo de desenvolvimento psicológico, saindo da mentalidade da classe imigrante, batalhadora e empobrecida, insegura de seu próprio status em uma cultura hostil, fundando suas próprias instituições, servindo seu país, e tornando-se tão bem-sucedidos quanto qualquer capitalista WASP* em conseguindo o seu pedaço do sonho americano.
Essa assimilação foi tão completa que em quase qualquer questão de políticas públicas ou escolhas de estilo de vida, os católicos são impossíveis de se distinguir dos outros americanos. Até que se olhe para aqueles que praticam a fé regularmente, comparando-os com aqueles que têm um compromisso nominal que se resume a comparecer a batismos e funerais para um “alô”, como Jaqueline Kennedy disse uma vez.
Se essa tese está correta, então não é tão absurdo afirmar que os católicos nominais estão no meio de uma crise de identidade. Eles se sentem constrangidos pela diferença marcante de seus irmãos mais fiéis na fé que observam jejuns, não aprovam o aborto, pensam que o casamento é o mesmo de seus avós, e têm pontos de vista conservadores em outras questões polêmicas sobre as quais os católicos de vida pública geralmente têm de responder à imprensa.
Obviamente, os católicos nominais negariam tal crise de identidade. Nós simplesmente acreditamos em uma sociedade pluralista e tolerante, eles insistiriam em dizer. Mas se o episódio de Georgetown não reflete uma crise de identidade – a família religiosa que foi um dia a principal defensora da Igreja apaga seu nome (jesuíta) e sua inspiração histórica (Jesus) – então o que refletiria?
Pense nisso: Uma universidade católica se dispôs a cobrir o nome de Jesus, escondê-lo das câmeras, porque o presidente dos Estados Unidos estava chegando e pediu que o fizessem. O fato em si me dá calafrios.
Na raiz do conceito de tolerância está a noção de permissividade, não com suas próprias crenças, mas com as crenças daqueles com quem discordamos. Se você não sabe quem é e o que considera como verdade, não pode ser tolerante.
Chegamos a um ponto em que a contribuição mais significante que Georgetown ou Notre Dame poderiam dar para a diversidade da sociedade seria tornarem-se, novamente, católicas – e não se envergonharem disso. A Igreja em geral e os jesuítas em particular têm em sua própria história exemplos heroicos de mártires que se recusaram a submeter-se à autoridade secular e morreram pela fé (tais como Edmund Campion, SJ, pelas mãos de Elizabeth I). O mínimo que as autoridades desse câmpus podem fazer é não tomar medidas que minem sua própria identidade.
*WASP = White Anglo-Saxon Protestant : Protestante branco de origem anglo-saxônica.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Testemunhos de católicos que salvaram judeus durante o "holocausto"

Em vista da visita de Bento XVI à Terra Santa, a Fundação Internacional Raoul Wallenberg lançou um apelo internacional para obter testemunhos de judeus salvos por católicos durante o Holocausto. "Durante a Segunda Guerra Mundial, um grande número de mulheres e homens católicos no continente europeu arriscaram suas próprias vidas para salvar os judeus perseguidos pelos nazistas. Somente uma parte destes salvadores foi devidamente reconhecida", explica a Fundação, em nota publicada por Zenit. A Fundação Internacional Raoul Wallenberg tem, entre seus objetivos, trazer à luz estas histórias de heroísmo e criar programas educativos para transmitir esses legados de coragem às jovens gerações. Esta campanha, iniciada pela Fundação Wallenberg, coincide com a visita do Papa Bento XVI a Israel, de 8 a 15 de maio, "e é uma forma de celebrar a presença do Sumo Pontífice na Terra Santa e o abraço fraterno entre católicos e judeus que a mesma simboliza", explica. As pessoas que possuem ou acreditam possuir informações ou evidências relacionadas com histórias de resgate protagonizadas por católicos podem contatar a Fundação por correio eletrônico (dannyrainer@irwf.org), ou por telefone + 1 212 7373275 (Nova Iorque), + 54 11 4382 7282 (Buenos Aires), + 972 2 62579916 (Jerusalém).

terça-feira, 21 de abril de 2009

Enaltecendo a cultura medieval, uma bíblia carolíngia

É comum se ouvir dizer que a primeira bíblia foi publicada por Gutemberg. Tal erro deve-se ao fato daquele inventor ter criado a imprensa moderna, isto é, o famoso prelo, que possibilitou uma maior divulgação de livros. Baseado neste pressuposto outros afirmam que somente após Gutemberg os cristãos tiveram acesso à leitura da bíblia, antes acessível apenas aos religiosos que entendiam latim. Poucos se dão ao trabalho de verificar, até mesmo, que a bíblia de Gutemberg foi publicada em latim e não em alemão. Menos gente ainda se dá ao luxo de estudar o rico período cultural da Idade Média, como a chamada "Renascença Carolíngia", graças à qual surgiram institutos de ensino e embriões das universidades, além de livros e bibliotecas destinados a quem quisesse ler e estudar. É claro que, como os recursos eram mais rústicos, não havia uma maior quantidade de livros ou bíblias para o grande público. Para ilustrar aquela riqueza cultural, uma amostra: uma bíblia carolíngia está sendo exposta em São Paulo Fora dos Muros, em Roma, conforme a notícia abaixo divulgada pela Zenit:
VATICANO, segunda-feira, 20 de abril de 2009 (ZENIT.org).- A Bíblia carolíngia do século IX com a qual, segundo a tradição, Robert Guiscard jurou lealdade ao Papa Gregório VII, foi exposta ao público pela primeira vez na história na abadia de São Paulo Fora dos Muros, em Roma.
O cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado de Bento XVI, inaugurou a exposição do precioso códice neste sábado, 18 de abril, segundo informava L'Osservatore Romano em sua lição de domingo.
«É particularmente significativo que a exposição aconteça neste ano tão importante do bi-milênio do nascimento de São Paulo, que está produzindo tantos frutos espirituais mediante um redescobrimento mais profundo das cartas paulinas e da Palavra de Deus, tão importante para a vida de cada cristão», assinalou o cardeal Bertone durante a inauguração.
No ato, o cardeal leu também as seguintes palavras do prólogo desta Bíblia de Carlos II o Calvo: «Eis aí o alimento doce, o maná, verdadeira promessa. Não esqueças de comer e desfrutar este alimento, tu que queres conhecer Cristo».
Para o cardeal Bertone, a exposição constitui «um momento certamente importante no âmbito cultural e artístico, especialmente para muitos estudiosos e especialistas neste códice, que terão a possibilidade de admirar sua beleza».
Mas não só isso, «sobretudo quer ser um momento de pausa, de reflexão diante da Palavra de Deus, entendida não só como um livro ou um objeto, mas como Palavra viva, eficaz, capaz de vivificar nossa própria existência».
O cardeal recordou que Bento XVI, que concluirá o Ano Paulino na abadia beneditina em 29 de junho, não deixa de recordar a importância da Palavra de Deus.
Assim o fez, por exemplo, na abertura do Sínodo dos Bispos, em 6 de outubro de 2008, quando recordou que a Palavra de Deus é «o fundamento de tudo, a verdadeira realidade».
A Bíblia carolíngia permanecerá exposta ao público até o final do Ano Paulino, no próximo dia 29 de junho, em uma nova área expositiva da abadia beneditina.
Há mil anos, o Papa Gregório VII confiou esta Bíblia aos monges deste lugar, que então se encontrava fora das muralhas de Roma. Atualmente, a biblioteca antiga da abadia possui mais de 10 mil volumes, do século XV ao XVII.

sábado, 18 de abril de 2009

Apesar da execração da mídia, Arcebispo recebe prêmio por defesa da vida

Os representantes da organização "Vida Huma Internacional" concederam ao arcebispo brasileiro Dom José Cardoso Sobrinbo o prêmio "Cardeal von Galen" em reconhecimento pela sua heróica defesa da vida humana. A cerimômica teve lugar no anfiteatro Damas College, em Recife, no último dia 16 deste mês. No mês passado, como se sabe, aquele Prelado resolveu se manifestar corajosamentre contra o criminoso aborto cometido numa menor em Recife com a conivência das autoridades governamentais. Na ocasião, dom José manifestou a legislação canônica da Igreja que prevê a excomunhão a quem comete o aborto. Isso foi o suficiente para desencadear uma onda de vitupérios na mídia nacional e mundial, querendo mostrar o ilustre arcebispo como "radical", "conservador", incompreensível aos problemas humanos... Até mesmo o cardeal Fisichella, querendo falar em nome do Vaticano, censurou o pronunciamento do bispo brasileiro, atendo-se apenas ao aspecto da excomunhão da mãe da menor, quando na realidade Dom José falou mais de uma forma genérica sem nomear ninguém, mas ressaltando a legislação canônica católica, que continua inalterável e que declara excomungado quem comete aborto.
Na ocasião da concessão do aludido prêmio, o presidente da VHI, padre Thomas J. Euteneuer, declarou: "Com este prêmio, estamos afirmando a sólida postura do Arcebispo Sobrinho perante a doutrina da Igreja Católica em defesa de toda vida inocente".
A notícia da entrega deste prèmio repercutiu na imprensa brasileira, principalmente no jornal "Folha de São Paulo", o qual, é claro, não deixou de registrar sua fina ironia com o fato.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quem vai nos defender contra o poder da mídia?

Discute-se no Brasil uma mudança da lei de imprensa. Mas os aspectos que mais chamam a atenção é sobre o que se denomina “direito de resposta”. Há um ponto que não se toca: o sórdido poder que a mídia detém sobre a opinião pública. Inicialmente, defendia-se esse assombroso e poderoso recurso a fim de que a “opinião pública” não ficasse cativa do poder estatal. Até aí seria muito justo, pois trata-se de se resguardar contra o poder despótico do Estado. No entanto, esse problema parece hoje superado e o despotismo mudou de lado. O que se quer, hoje em dia, privilegiando a mídia com esta poderosíssima “liberdade de expressão”, critério jurídico imposto em quase todos os países, nada mais é do que criar uma casta imune às verdadeiras e autênticas influencias do pensamento popular.
Que uso tem feito a mídia em geral desse recurso da “liberdade de expressão”? Com base nele o jornalista pode filmar e fotografar quem quiser, sob qualquer pretexto, entrar em qualquer ambiente, publicar sua materia da forma que bem desejar, mesmo que isto redunde em prejudicar alguma imagen de pessoa honrada. O importante é “informar”, ou melhor dizendo, “formar” a opinião pública. E neste ponto, o “formar” tem sido catastrófico. Que importancia tem para o público uma filmagem “inédita” de um suicida caindo de um edificio? Ou então, como ocorreu recentemente na Bahia, as cenas sangrentas de presidiários assassinando um preso na cadeia?
Há muitos anos que Hollywood faz filmes que moldam a opinião pública. Em décadas passadas, por exemplo, todo filme de cauboi dava destaque aos mocinhos fumando. Esta técnica serviu para disseminar o vício de fumar em varios países do mundo, tornando a indústria fumageira uma das mais rentáveis de todos os tempos. Hoje o que se nota em grande maioria dos filmes são carros correndo em alta velocidade, bandidos atirando, gente ferindo-se e morrendo, enfim, violencia protuberante. A banalização da violencia, tanto no cinema quanto na TV e nos jornais, está simplesmente a tornando mais contundente e incontrolável. O mesmo diga-se do aumento das drogas e de diversos fatores de desintegração social. E ninguém fala, ninguém diz nada sobre o importante papel da mídia no incremento da violencia no mundo. Por que ninguém fala contra este poder da mídia? Por vários motivos: porque não é o "politicamente correto", porque falta coragem e porque, principalmente, expõe o denunciante ao furor da mídia. E quando se trata do conceito moral de personalidade importante, representante legítimo de parte sadia do público, o tratamento da midia é de expô-la à execração pública. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o Arcebispo de Olinda e Recife a respeito do aborto de uma jovem praticado sob os auspícios de autoridades governamentais. O bispo deu uma entrevista clamando contra o crime que se praticava e advertiu sobre as penas da Igreja, que, no caso seria a excomunhão. Foi o suficiente para baixar uma enxurrada de informações e noticias distorcidas sobre as palavras ditas por aquele prelado, cujo único objetivo era expô-lo à execração da opinião pública.
A nível mundial, fato semelhante ocorreu com o Papa. Antes de sua viagem à África, Bento XVI deu uma entrevista, ocasião em que falou sobre diversos problemas daquele continente. Falou sobre a AIDS, sim, pedindo principalmente que fosse dada atenção sanitária gratuita às vítimas daquele mal. Também falou sobre o amor fraterno, ressaltando a necessidade de se ter mais cuidado com os doentes, etc. Finalmente censurou a sórdida campanha de distribuição de preservativos, dizendo: “…Diria que não se pode superar este problema da AIDS somente com slogans publicitários. Se não existe a alma, se os africanos não se ajudam, não se pode resolver o flagelo com a distribuição de profiláticos: ao contrario, o risco é que aumente o problema…”. Imediatamente, todos os noticiosos facciosos acorreram em distorcer as palavras do Papa, com visível intuito de expo-lo à execração pública. A “Euronews” publicou esta manchete: “Ratzinger disse que o uso de preservativo agrava o problema da AIDS”. As manchetes dos jornais foram mais ou menos a mesma, alguns porém com mais malícia, como o “The Lancet” ao publicar a seguinte manchete: “O Papa põe em perigo a saúde de milhões de pessoas”. Um jornal espanhol chegou a publicar: “O Papa mente e violenta os direitos humanos universais”. Outros disseram que o “Papa propicia a enfermidade e morte entre grandes sofrimentos de milhões de pessoas”. Verdadeiramente, foi um ataque coordenado, orquestrado, manipulado por uma bem preparada máquina de opinião pública, a qual, valendo-se do privilégio da chamada “liberdade de expressão” procura coarctar a livre manifestação do líder da maior corrente de opinião pública do Ocidente, que é o catolicismo. Quem poderá nos defender contra tal poder?
Uma voz já surgiu: a ministra do interior da França, Michèlle Alliot-Marie, por ocasião da Páscoa, enviou uma carta à Conferência Episcopal Francesa, na qual faz crítica à avalanche de incompreensões e ataques que se lançaram sobre Bento XVI nos últimos meses. Segundo ela, "A palavra de Sua Santidade o Papa Bento XVI merece ser restituída em sua complexidade face às interpretações abusivamente simplificadas que lhe fizeram..."

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Multidões acorrem a santuário mariano da Colômbia

Notícias da Colômbia dão conta de que multidão calculada em mais de 120 mil peregrinos visitaram nesta última Semana Santa o Santuário de Nossa Senhora de Las Lajas. Depois de Chiquinquirá, o santuário mariano mais célebre da Colômbia está localizado em "Las Lajas", ao sul do país, não muito distante da fronteira com o Equador. Chama-se "Las Lajas" por se encontrar num dos lugares mais rochosos e arriscados da Cordilheira dos Andes, no qual, sobre a parede de uma rocha, a natureza traçou milagrosamente o esboço ou sombra da imagem da excelsa Rainha, que, depois de aperfeiçoado por um pincel artístico, resultou numa formosa pintura a óleo de Nossa Senhora do Rosário.
A afluência sempre crescente e jamais interrompida de peregrinos, levou alguns devotos a construir sobre aqueles penhascos abruptos o santuário mais pitoresco e audacioso entre todos os que foram dedicados a Maria em toda a América. A pintura da Virgem ocupa os fundos do altar-mór e representa Nossa Senhora com o Menino Jesus nos braços. A seus pés, ajoelhados e de mãos postas, estão os patriarcas São Domingos e São Francisco de Assis. A Virgem está de pé, pisando uma meia-lua. Assista no youtube interesssante documentário sobre Las Lajas.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tudo o que não é muçulmano é mau?

Vejam o que nos traz o blog Gladius, de Portugal:
«TUDO O QUE NÃO É MUÇULMANO É MAU» DIZ PREGADOR MUÇULMANO ESTACIONADO EM TERRITÓRIO EUROPEU
No Reino Unido, o pregador e advogado muçulmano Anjem Choudary, que organizou uma recepção insultuosa aos soldados britânicos regressados do Afeganistão, declarou anteontem no site do movimento que dirige - Islam4UK («Islão para o Reino Unido») - que a Páscoa era maligna por ser um festival pagão que nada tem a ver com Jesus. Quando questionado a respeito desta sua afirmação, respondeu «Penso que tudo o que não for islâmico é maligno, acredito mesmo nisso, sim. Atribuir um filho a Deus é anátema para o Islão e acredito que é um insulto a Deus.»Quando lhe foi sugerido que os cristãos poderiam ficar ofendidos, disse que «não é insultuoso discordar das crenças das pessoas. Não estou a dizer que os cristãos são maus.»
Ora aqui se vê como o senhor afinal até percebe a Democracia... e, pelos vistos, discorda da esmagadora maioria das nações muçulmanas, que lutaram e lutam incessantemente na ONU para que o ataque à sua religião seja considerado um crime contra os direitos humanos...
Choudary afirmou também que os cristãos deviam «aceitar a mensagem final de Maomé e regressar à fé verdadeiramente monoteísta. O Cristianismo, tal como todas as religiões não islâmicas, é mal guiado. Nada do que está fora do Islão é bom e há bem e há mal, não há? Jesus foi um mensageiro de Alá e retornará um dia e mostrará os desvios e falsos conceitos do Cristianismo. A Páscoa não é sequer parte do Cristianismo - foi inventada, é um festival pagão.»
Estas considerações vieram na sequência de uma decisão do Conselho de Tower Hamlets, em Londres oriental(izada de todo), controlado por muçulmanos, de permitir ao extremista Anwar al-Awlaki, ligado à Alcaida, que fosse ouvido numa série de mensagens vídeo numa conferência no centro de Artes de Brady, Whitechapel, que, note-se, é pago pelo contribuinte.
Isto enquanto o filme anti-islâmico e sem mentiras «Fitna» é censurado e o seu autor, o europeu Geert Wilders, democraticamente eleito para o parlamento de um país europeu, é até proibido de entrar no Reino Unido...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Santa Sé reconhece virtudes heróicas de Irmã Dulce

Está completando apenas 17 anos do falecimento da Irmã Dulce e a Igreja já reconhece suas virtudes heróicas. Lembremo-nos do que representou esta humilde freira naqueles tempos em que ainda predominava o progressismo na Igreja. Ela representava a Igreja tradicional, onde a virtude social mais forte é a da caridade, especialmente demonstrada no amor ao próximo por amor de Deus. O enterro da Irmã Dulce foi acompanhado por milhares de pessoas, talvez o maior acompanhamento fúnebre havido na capital baiana. Por que? Não porque ela era progressista e envolvida com passeatas e sindicatos como tantos outros da esquerda católica, mas porque exercia seu apostolado entre os pobres segundo a velha fórmula da caridade cristã. Foi a maior demonstração do conservadorismo católico. Hoje, passados apenas 17 anos, a Igreja reconhece em suas virtudes heróicas a legitimidade desse conservadorismo. Que é destinado a durar até o fim dos tempos, por representar o que há de maus autêntico dentro da Igreja. Vejam a notícia do fato, veiculada pela Zenit:

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 3 de abril de 2009 (ZENIT.org).- A Santa Sé reconheceu oficialmente as virtudes heróicas de Irmã Dulce, etapa fundamental no processo de beatificação da madre brasileira que viveu de 1914 a 1992.
Segundo informou hoje a Sala de Imprensa vaticana, Bento XVI recebeu em audiência privada Dom Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, e autorizou a promulgação dos decretos que reconhecem as virtudes heróicas de Irmã Dulce e de outras nove pessoas.
Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Irmã Dulce (Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes) nasceu em Salvador (Bahia, nordeste do Brasil).
Chamada pelo povo bahiano de «anjo bom», Irmã Dulce desenvolveu intensa atividade assistencial, criando uma rede de obras sociais, especialmente no campo da saúde.
Em recente visita ao Brasil, o postulador da causa da beatificação da religiosa, frei italiano Paulo Lombardo, destacou ao portal das Obras Sociais Irmã Dulce que a aprovação do título de Venerável seria a etapa «mais importante e mais difícil do processo de canonização».
«Com esta declaração, o Papa reconhece a santidade de vida, e não é um milagre que faz o santo, são as suas virtudes santas», disse.
O frei informou que os membros da Congregação para as Causas dos Santos, ao analisar a vida da religiosa brasileira, afirmaram que «a Igreja precisa de muitos exemplos de mulher como Irmã Dulce».
«Estou convencido da santidade dela, que viveu a caridade de Jesus Cristo num trabalho social de modo integral, radical», afirmou.
O reconhecimento das virtudes heróicas permite que a causa da beatificação cumpra sua última etapa: a confirmação de um milagre, que deve passar por análise até o final deste ano