quinta-feira, 16 de junho de 2016

A AÇÃO PRETERNATURAL NA PROMOÇÃO DE COMOÇÃO SOCIAL




A respeito do massacre de Orlando, observamos que, deliberadamente, houve intervenção demoníaca com vistas a provocar uma comoção social e com isso levar a opinião pública mundial a aderir à causa homossexual. E isso ocorreria ao promover os chamados “mártires do mal”, isto é, aqueles que morrem pela causa diabólica. Há exemplos históricos.
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Deus permite a ação diabólica para enganar os homens?

No Antigo Testamento há uma referência sobre a ação diabólica para enganar os homens:
“Eu vi o Senhor sentado sobre o seu trono e todo o exército do céu ao redor dele, à direita e à esquerda. O Senhor disse: Quem enganará Acab, rei de Israel, para que ele marche e pereça em Ramot de Galaad? Um disse uma coisa, outro outra. Mas um espírito maligno adiantou-se, apresentou-se diante do Senhor e disse: Eu o enganarei. O Senhor disse-lhe: de que modo? Ele respondeu: Irei e serei um espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. O Senhor disse: Tu o enganarás e prevalecerás; sai e faze assim” (I Reis 22, 19-23).
Esta passagem na Escritura serve para comprovar como se daria no plano espiritual a atuação dos profetas do mau, que estariam agindo por permissão divina e sob influência diabólica. Quanto a esta, também teria permissão divina para agir sem intermediários e com intuito, não de enganar, mas de provar os justos  como ocorreu com Jó: “Porém, certo dia, tendo-se os filhos de Deus (isto é, os anjos) apresentado diante do Senhor, encontrou-se também Satanás entre eles”  (Jo 1, 6). Assim, os demônios só conseguem agir mediante permissão divina, “apresentando-se” perante Ele para reclamar certas liberdades de ação.
Este poder angélico aumenta ou diminui conforme a ação humana, pois quando os homens pecam e se afastam de Deus, os Anjos se afastam não só dos mesmos homens que pecaram mas daquilo que gira em torno deles: dos objetos, das casas, de tudo que os cerca, e até de seus órgãos e células corporais. Ao se afastar dos homens, os anjos deixam um “espaço” vazio, já que tudo o que é material deve ser dirigido pelo espiritual, e os demônios vêm ocupar este “espaço”, influenciando tanto na alma humana quanto naquilo que o cerca.  De outro lado, quando os homens praticam as virtudes e se aproximam mais de Deus, os Anjos se acercam deles, fazendo tudo para seu bem. Já no batizado de uma criança o demônio é expulso e o Anjo assume seu lugar.
Tudo isso nos leva a considerar, por exemplo, o universo dos imponderáveis, bons ou maus, que impregnam ou infestam certos ambientes que foram marcados por atos humanos no decorrer da História, relacionando-se tais imponderáveis com a guerra entre anjos e demônios, o bom e o mau espírito, a bondade e a maldade.
Assim, tornaram-se abençoados todos os objetos, todas as coisas materiais, as pedras, os grãos de areia, as gotas d'água, enfim, tudo aquilo em que Nosso Senhor Jesus Cristo tocou ao executar um ato de Sua Bondade. Tudo aquilo que foi tocado pelo seu sacratíssimo sangue que brotou de seu Sagrado Corpo ficou abençoado por toda a eternidade, sendo guardado pelos Santos Anjos. Estas bênçãos se perpetuam pela presença dos anjos nestes locais, nestes objetos materiais, que ali ficam guardando-os como memória  de tudo o que ocorreu. Seria o que na Igreja se chama de "sacramentais".
O contrário ocorreu em lugares em que tenha havido episódios revolucionários e que tenha sido manifesto um fato da conjuração dos demônios com certos homens.  Naqueles lugares ficariam marcados nas pedras, nas plantas, no chão, nos objetos os “sinais” malditos daquelas ações por intermédio de substâncias infernais que os contaminariam. Isto sem falarmos nas pessoas que ficariam como que “infectadas” pela influência, direta ou indireta, dos demônios, causando-lhes até mesmo possessões.
Um exemplo histórico foi relatado por Mons. Henri Delassus em sua obra “La Conjuration Antichrétienne”. No dia 23 de novembro de 1825 foram executados dois revolucionários de pouca expressão, Targhini e Montanari. Ambos foram tidos pelos próprios revolucionários como loucos pelo que temerariamente faziam, mas elogiados pelo fato de haverem enfrentado a morte com constância e orgulho. A própria maçonaria reconhecia que aquilo representava uma proclamação das sociedades secretas e uma tomada de posse das almas. Pois ali haviam dois mártires, mártires das forças secretas, mártires de satanás. Comentário das forças secretas:
“No entanto, é realmente uma obra muito má fazer assim heróis e mártires. A multidão é tão impressionável diante do cutelo que corta a vida; essa multidão passa tão rapidamente de uma emoção à outra; ela se prende tão rapidamente a admirar os que afronta com denodo o supremo instante, que, depois daquele espetáculo, sinto-me eu mesmo completamente desconcertado e pronto a fazer como a multidão...
Mais adiante:
“Um dia, se triunfarmos, e para eternizar nossa vitória for preciso gotas de sangue, não se deve conceder ás vítimas o direito de morrer com dignidade e firmeza. Tais mortos não são bons senão para manter o espírito de contrariedade e para dar mártires ao povo...”.  Quer dizer, houve uma conjuração entre os demônios e aqueles malditos “mártires” para desdenhar da Ordem e do Bem, resignar-se na hora da morte com constância através de alguma força preternatural, e com isso se criar uma mística de apreço pelos ideais que eles defendiam. Naquele momento, naquele dia, e naqueles lugares e nas pessoas, houve uma ação diabólica que ficou para sempre marcada.  Algum dia esta ação será anulada por outra ação oposta, com a ajuda dos Santos Anjos e o holocausto de um contra-revolucionário.

Os anjos maus também regem as coisas materiais

A Doutrina Cristã nos ensina que, quando os homens cometem pecados os anjos bons se afastam deles de tudo o que os cercam, os quais passam a ser regidos pelos demônios. Como afirma São Francisco de Assis: "Se o diabo consegue com sua habilidade apossar-se de um cabelo do homem, o transforma com presteza em viga. Nem desiste enquanto não tenha podido por muitos anos derrubar ao que tentou, esperando ceda no final. Este é seu ofício; dia e noite não tem outra preocupação". Ocorre também o que Nosso Senhor disse no Evangelho: “Quando o espírito impuro sai do homem, perambula por lugares áridos, procurando repouso, mas não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. Chegando lá, encontra-a desocupada, varrida e arrumada. Diante disso, vai e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele, e vêm habitar aí. E, com isso, a condição final daquele homem torna-se pior do que antes. Eis o que vai acontecer com esta geração má”  (Mt 12, 43-45)
Ao afirmar que o espírito imundo saiu do homem, Nosso Senhor quis dizer que o demônio resolve por sua livre vontade abandonar aquela pessoa em busca de outro lugar. Pois de outra forma Ele diria que o espírito imundo teria sido expulso do homem. Então, isto quer dizer que aquela pessoa não está na posse da amizade e da regência divinas. A prova é que o espírito imundo ao voltar encontra aquela alma como se fosse uma casa desocupada, varrida e arrumada. “Desocupada”, quer dizer, a Santíssima Trindade não a possui, não a rege, a alma ainda está em estado de pecado e predisposta a receber o demônio como hóspede e regente.
O mesmo ocorre com as sociedades humanas, as cidades, os estados, as nações, os povos em geral.  Quando estes se distanciam de Deus através de pecados coletivos, todos os anjos bons que estão lhes protegendo se afastam, pois o espírito angélico abomina o pecado. “Miseros facit populos peccatum” – O pecado torna os povos miseráveis  (Prov 14, 34).  Este “afastar-se”  não é total e definitivo, pois os seres angélicos ficam sempre fazendo algo para que os homens retornem à amizade divina e deixem o pecado. Mas, ao afastar-se, deixam vazios os "lugares" que ocupavam na direção das almas, das cidades, dos prédios, das praças, das instituições, etc. Aí então os demônios passam a ocupar tais lugares e inspirar, influenciar, a propagação de sua nefasta ação.
Quando a sociedade humana peca sucessivamente durante um longo período de tempo, os demônios que se locupletam de tais homens e coisas vão cada vez mais crescendo em poder de influência, enquanto que os Santos Anjos vão cada vez menos tendo tal poder e influência.  Assim, conseguem os anjos malditos ditar (por inspiração e direção em sociedades secretas) as ciências, as artes, a cultura, fazendo com que tudo se inverta na sociedade para a construção de um reino contrário ao de Deus e convergente para a adoração de Lúcifer. A tentativa de impor uma filosofia de cunho abertamente homossexual faz parte hoje de tais planos contrários a Deus.
Neste sentido, constituem-se em postos chaves alguns demônios, com a missão específica de fazer com que os homens acreditem especialmente num reino de felicidade plena e de prazeres aqui na terra. Assim, poderão mais facilmente se esquecer da vida eterna e continuar na vida de pecados. Tais demônios poderão ser chamados de “mantenedores”, isto é, anjos maus encarregados especificamente de “manter”  o “status quo” de uma aparente paz e tranqüilidade, fazendo com que os homens acreditem que caminham para a paz e felicidade perfeitas. Expressão semelhante os demônios se utilizaram no Antigo Testamento, em Zacarias 1, 10-12 e Job 2, 2, dizendo que “percorreram a terra” e a encontraram “em repouso”, quer dizer, com tudo em ordem, quando, na realidade, imperava o mal.
Tentam controlar a ciência humana, a tecnologia, o progresso, a riqueza econômica e financeiras, fazem com que funcione perfeitamente os mecanismos tecnológicos que alimentam a vida humana baseada no gozo da vida. Os anjos bons nada podem fazer porque tudo está a depender dos próprios homens que aceitam a regência diabólica. A não ser que recebam de Deus uma ordem para “correção de rumos”. Neste caso, começarão a funcionar errados todos os dispositivos sociais que levam ao prazer e à felicidade terrena, através de desastres, de defeitos, de panes nos diversos sistemas, nos governos, no comércio, etc.  E os homens nada fazem? Cada um continuará cumprindo o seu papel, exercendo sua atividade, seja de comerciante, de banqueiro, de piloto de avião, mas de repente a sociedade sentirá que as coisas não funcionam mais como antes, os aviões caem, o dinheiro some, a pobreza começa a causar desespero... é a hora dos anjos. Eles descem e começam a inspirar os homens para que busquem a Deus.

Como se aplicam os princípios acima ao massacre de Orlando

Primeiramente, se houve uma intervenção diabólica de grande vulto houve, antes de tudo, a permissão divina.  É como se repetisse hoje aquela “reunião” de anjos ao redor de Deus, tanto à direita quanto à esquerda, descrita na Sagrada Escritura (I Reis 22, 19-23). O plano diabólico seria causar uma quantidade de mártires homossexuais que causasse impacto no mundo e assim, através de uma grande comoção social, movesse muitas pessoas a apoiar o movimento. Mas, os demônios não conseguem fazer nada sem o concurso dos homens. E que tipo de homem poderia realizar tal trabalho? Teria que ser alguém possuído por uma filosofia diabólica, como o são os muçulmanos.  E para realizar seu intento, o sujeito ou era ou simulou ser homossexual a fim de sondar o local do crime. Assim, o indivíduo estava possuído de duas filosofias que não encontram apoio na maioria da população, mas, pelo contrário, muita rejeição.
O resultado é que o ato promoveu uma comoção em seu primeiro impacto, despertando elementos já preparados para atuar e conquistar adeptos para a causa deles; mas quando a opinião pública ficou sabendo que o bandido era muçulmano e também homossexual ficou arrefecida em muitos a adesão à causa gay. Assim, os planos diabólicos de conquistar a opinião pública para a causa homossexual se vê frustrada e não consegue atingir seu objetivo.
Então, se Deus permitiu a possessão diabólica em um homem para a prática de tal barbaridade é porque Ele também tem seus planos. E um deles, com certeza, é fazer ver aos adeptos do homossexualismo militante que os castigos divinos estão começando a ser mais trágicos e terríveis. Muitos daqueles que escaparam do massacre podem hoje estar pensando nisso. E nunca chegariam a imaginar tal coisa se a vidinha gozosa e pecaminosa continuasse sem sobressaltos.