quinta-feira, 22 de maio de 2008

Os pecados da mídia

Não faz muito tempo que alguns os canais de TV americanos ficaram repetindo dias seguidos as cenas da polícia batendo nuns negros. Aquela atitude das TVs insuflaram algumas comunidades negras a revidar a atitude da polícia, fazendo com que se praticassem várias violências contra cidadãos inocentes, com incêndios de lojas, depredações, agressões a pessoas e até algumas mortes. Esta atitude da mídia, seja das TVs ou dos jornais, não é exclusiva somente dos americanos. Aqui no Brasil a coisa anda feia mesmo. Faz pouco tempo que as TVs armaram um verdadeiro circo em torno do caso da garota supostamente assassinada pelo pai e pela madrasta em São Paulo. De tal forma a população foi insuflada pela mídia que, se a polícia não protegesse o casal, provavelmente eles teriam sido linchados. Provocar a indignação popular tem sido a tônica de certo noticiário sensacionalista. Ontem, dia 21 de maio, o sensacionalismo da mídia pagou o seu preço: com a pressa em divulgar notícia sensacionalista (e que poderia provocar uma maior indignação contra o serviço de controle aéreo), a Globo News veiculou uma notícia dando conta de que um avião havia caído em cima de um edifício em São Paulo. Logo a notícia correu por canais de TV e pelo correio on-line da internet. Mas, como a mentira tem pernas curtas, o corpo de bombeiros deu a notícia mais exata do que a mídia: na realidade, tratava-se apenas de um incêncio numa fábrica de colchões.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Cresce o conservadorismo na liturgia católica

A alguns anos atrás o que predominava era o "progresismo" com o modismo da pobreza e miséria na liturgia da Igreja. Agora, uma nova mentalidade parece predominar em certos círculos católicos, o que faz com que a liturgia tenda a voltar aos velhos tempos, com mais beleza, riqueza, unção, piedade, etc. Um exemplo podemos ver no vídeo acima. Trata-se de uma cerimônia presidida pelo Cardeal de Chicago no final do ano passado, D. Francis George, que também é presidente da Conferência Nacional dos Bispos Americanos, ocasião em que o mesmo fez solene coroação do Infante Rei (Ou Menino Jesus Rei), na capela de "Cristo Rei Soberano Sacerdote", em Chicago. A capela pertence ao Instituto de Cristo Rei Soberano Sacerdote, uma instituição católica de cunho nitidamente conservadora.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Milagres eucarísticos em exposição nos Estados Unidos da América


A organização católica 'The Cardinal Newman Society" está promovendo nos Estados Unidos da América uma exposição dos milagres eucarísticos. Com o título de "Eucharistic Miracles of the World" (Miagres Eucarísticos do Mundo), a exposição consta de 142 painés, cada um contando toda a história do milagre e fornecendo dados sobre estudos feitos, situação atual das relíquias milagrosas, fotos, etc. Maiores informações podem ser colhidas no site "Cardinal Newman Society", ou através do endereço eletrônico outreach@cardinalnewmansociety.org . Caso não consiga acessar o site acima, tente este http://www.therealpresence.org/eucharst/mir/port_mir.htm

Viva Cristo Rei! Hino dos "cristeros" mexicanos

Bento XVI deposita rosa de ouro em homenagem a Pio VII

Beato Miguel Agustin Pró, mártir da Fé Católica

O Padre Miguel Agustin Pro, SJ, foi ordenado ainda jovem, mas memo assim logo recebeu grandes responsabilidades, haja vista que os católicos mexicanos estavam sendo perseguidos por sanguinária revolução comunista. Inicialmente, ficou ele responsável pela direção de um grupo de 150 jovens católicos, que o Padre Pro orientava ir pelas ruas a distribuir folhetos contra as leis anticatólicas e convidando o povo à resistência pacífica. Da mesma forma, consegue ajuda da população para aqueles que estão na prisão e lhes levem alento e coragem. A atividade do padre Pro era intensa: ele anda de casa em casa, celebrando a missa ou fazendo homilias contra os comunistas, mas com muita cautela e segurança para não ser preso. Fazia-o sempre disfarçado e nisto tornou-se exímio. Às vezes andava de bicicleta como se fosse um mensageiro, um entregador de jornal, etc. Contam que certo dia, ao tomar um táxi, percebeu que a polícia o seguia; mandou o motorista seguir em frente e, na próxima curva, desceu rapidamente do carro, sentou-se num banquinho, ficou ali lendo um jornal com maior naturalidade, enquanto os policiais continuavam a seguir o taxi sem nada notar. Em outra oportunidade, sendo perseguido na rua, tomou o braço de uma senhora, segredou-lhe que era um padre sendo perseguido pelos comunistas, ficou andando com ela de braços dados como se fosse um casal de namorados, e os perseguidores seguiram em frente pensando que não era padre. A insatisfação dos católicos terminou por levá-los a uma revolta armada, desencadeada pelos "cristeros", e o governo comunista tentava a todo custo prender os cabeças do levante. Finalment, conseguiram prender o Padre Pró, e como não tinham de que acusá-lo, disseram que ele era o chefe dos "cristeros", mesmo sem provas. Foi sumariamente condenado à morte, sem julgamento, sem provas, como ocorre sempre com estes regimes comunistas. No momento em que iam disparar os fuzis o padre abriu os braços em forma de cruz e bradou: "Viva Cristo Rei!". Este era o brado já conhecido dos católicos quando eram martirizados pelos comunistas. Assim como está na foto ao lado, tanto o Padre Pro quanto todo o clero mexicano era obrigado a andar de roupas civis, pois era proibido o uso de hábito religioso: esta lei iníqua só foi abolida no final do século XX. O Padre Pro Morreu mártir da Fé Católica no dia 23 de novembro de 1927. Foi beatificado por João Paulo II em 25 de setembro de 1988.

Assista o vídeo sobre a vida do padre Miguel Agustin Pro, SJ

Bento XVI relembra prisão de Pio VII em Savona

Em sua peregrinação a Gênova, sábado, Bento XVI passou por Savona, cidade na qual começou por visitar o Santuário de Nossa Senhora da Misericórdia. Na sua homilia, dedicada à Solenidade da Santíssima Trindade, após ter visitado o Santuário de Nossa Senhora da Misericórdia, o Papa disse que a essência de Deus é amor, é misericórdia: “Está aqui toda a essência do cristianismo, porque é a essência do próprio Deus. Deus é Uno porque é tudo e só Amor, e precisamente porque é Amor, é abertura, acolhimento, diálogo; e na sua relação conosco, homens pecadores, é misericórdia, compaixão, graça, perdão”.
Mas o momento mais marcante aconteceu quando Bento XVI explicou que a sua peregrinação é também uma homenagem ao seu predecessor, Pio VII, que Napoleão Bonaparte obrigou a viver confinado em Savona, onde passou quase 3 anos de prisão, recebendo, no entanto, todo o apoio e a compreensão dos habitantes dessa cidade.
A história de Pio VII, disse o Papa, ensina-nos a coragem de enfrentar os desafios do mundo, como o materialismo, o relativismo, o laicismo, “sem nunca ceder a compromissos, dispostos a pagar pessoalmente pela fidelidade ao Senhor e à sua Igreja”.
A data também marca o início do processo de beatificação do heróico pontífice.
Por que a prisão de Pio VII
Pio VII tornou-se memorável pela extrema destreza e sabedoria com que lutou contra Napoleão Bonaparteo. Compreendeu Napoleão que era necessário para a o seu governo um simulacro de apoio da Igreja e com isso iludir os católicos que não apoiavam seu despotismo. Com este propósito, em 1802 impôs à Igreja uma concordata prejudicial ao estado pontifício, pelos dolorosos "artigos orgânicos". Em 1804, Pio VII foi forçado pela força a "coroar" Napoleão Imperador dos Franceses. Mas diante da soberba dete, ele mesmo se autocoroou imperador, apesar da presença do Pontífice, que viajou até Paris na esperança de apagar os vestígios da impiedade revolucionária. Mas Napoleão não estava satisfeito em sua ironia e soberba. Ele pretendeu dominar a Igreja Católica como o fez com outros países: nomeou bispos, fez religiosos jurarem fidelidade à coroa e pretendeu manipular o próprio Papa, levando-o à aderir a sua política de alianças e de guerras. Ante a natural recusa de Pio VII, Napoleão ocupou os Estados Pontifícios, prendeu Pio VII e seu secretário, o cardeal Consalvi. O Papa esteve aprisionado em Savona e depois em Fontainebleau, só podendo regressar aa Roma em 1814. No congresso de Viena (1814-1815), os Estados Pontifícios Papais foram restaurados.
Já em Roma, Pio VII restabeleceu a Companhia de Jesus. Fortaleceu as alianças com os demais soberanos "restaurados" e vencedores que emergiram da campanha de Waterloo, intercedeu pelo povo francês que sofreu horrores com as guerras de seu antigo imperador e apelou por uma "política de alianças" que amenizasse a fadiga que toda a Europa atravessou pelas guerras intempestivas e impedisse que outros "Napoleões" aparecessem e tomassem o poder. Faleceu em 20 de agosto de 1823, após mais de vinte e três anos de um importante pontificado cheio de eventos.

Jornal comunista reconhece, com hipocrisia, os malefícios do aborto

O principal jornal comunista de Cuba. "Granma", publicou artigo (Verdades sobre o aborto") onde reconhece os perigos do aborto cirúrgico para as mulheres cubanas. inclusive aqueles realizados em condições que eles julgam "otimas". É claro que o artigo não é feito com boas intenções, pois pretende com isto incentivar mais ainda o uso de anticoncepcionais e outros fármacos que promovem a antinatalidade. O jornal afirma que cerca de 60% das mulheres que apresentam infertilidade têm como antecedente o fato de haver feito um aborto ou mais, e ao menos um em cada casal cubano tem problemas para conceber. Mais adiante, o referido jornal afirma que mesmo em condições médicas ótimas estas interrupções de gravidez podem originar riscos como a persistência de restos ovulares, o denominado "aborto incompleto", com alta incidência de infecções. São frequentes também as complicações hemorrágicas e lesões traumáticas como as perfurações uterinas que, em algumas ocasiões, põem em perigo a vida da mulher. O próprio jornal comunista, para quem não existe moral, diz que "O aborto é um procedimento arriscado, que se pratica às cegas, e pode causar complicações ainda quando se realize por mãos experientes e nos melhores serviços". Também acrescenta que muitos dos transtornos que originam estas técnicas invasivas são "silentes" e se manifestam a longo prazo, como as complicções inflamatórias que prejudicam o sistema reprodutivo, principalmente as trompas". No final, cai máscara da hipocrisia do jornal comunisa, pois afirma que o governo está melhoando os serviços de anticoncepção ao pretender difundir entre as mulheres uma maior variedade de anticoncepcionais, inclusive um fármaco abortivo chamado "Misoprostol", com o qual se praticaram abortos em 96 hospitais de Cuba.

Assista o vídeo da agência ACI prensa sobre a notícia acima.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Um tema antigo que volta aos dias atuais: o liturgicismo

Liturgicismo – sobre o novo “Ordo Missae” de Paulo VI

A propósito do Motu Proprio de Bento XVI "Summorum Pontificum", que trata da liturgia na Igreja, publicamos abaixo um artigo de Dr. Plínio, saído a lume em 1970, no pontificado de Paulo VI, a respeito do então chamado novo "Ordo Missae":

“Um repetido contato com o público de países da Europa Ocidental deixou-me absolutamente convicto de que poucos povos acompanham, como o nosso, os acontecimentos internacionais.
A respeito das greves que têm sacudido a Itália, por exemplo, e da crise ministerial que ali se vai avolumando, estou persuadido de que o brasileiro de cultura mediana possui conhecimentos sensivelmente mais pormenorizados do que o francês ou o austríaco de igual nível. Não se pense que a razão disto se encontra no opulento noticiário internacional de nossa imprensa, superior habitualmente ao noticiário dos jornais europeus. O contrário é que é verdadeiro. Porque o brasileiro se interessa vivamente pelo ocorrido em todo o mundo é que a nossa imprensa lho relata tão largamente. Diz-se que os jornais modelam o público. Mais verdade ainda é que o público modela os jornais.
Diria pouco quem se cingisse a afirmar que o brasileiro lê noticiários internacionais amplos. Ele medita sobre eles, os comenta, e dele extrai observações que depois aproveita para resolver problemas domésticos. Em outros termos, o brasileiro possui o senso do universal. É esta uma de nossas riquezas de alma. E felicito nossa imprensa por atender com tanta fidelidade às exigências desse senso do universal, que nos distingue.
Por isto mesmo, qualquer enclausuramento, qualquer confinamento da opinião nacional nos tabiques de uma informação dirigida, que lhe subtraia alguma parcela ponderável do que no Exterior ocorre, a mim se afigura como um atentado a um dos traços mais nobres do espírito brasileiro.
Ora acontece que, a respeito do modo por que largos setores europeus estão recebendo o novo texto da Missa – o novo “Ordo Missae”, se quisermos usar a expressão correta – parece-me que o público nacional está muito pouco informado. Penso contribuir para que se remedie a lacuna assim criada, com algumas notícias típicas, que passarei a enunciar. Não me assusta o melindroso do assunto, precisamente porque discordo da idéia de que se deva sujeitar a uma filtragem de notícias melindrosas um povo inteligente – e de tanta Fé – como o nosso.
Limito-me, na nota de hoje, a noticiar. Noticiar – repito – é atender a um direito do público. É cumprir um dever de jornalista. Atendo aqui a esse direito. E cumpro o meu dever.
Como todos sabem, a Missa é o ato mais augusto do culto católico, pois renova de modo incruento o Sacrifício do Calvário. Tudo quanto toca a Missa toda, pois, no que a Religião tem de mais nobre, sensível e vital. O papa Paulo VI instituiu recentemente um “Ordo Missae”, diferente em vários pontos muito importantes do “Ordo” anterior, decretado por São Pio V, no séc. XVI. Não espanta, pois, que a atenção de todos os teólogos se tenha fixado, desde logo, sobre o novo texto.
Ora, se em muitos ambientes este foi vivamente aplaudido, e em outros foi recebido com uma confiante despreocupação, dois cardeais – duas personalidades muito chegadas, pois, ao Papa – não trepidaram em escrever a Paulo VI uma carta em que manifestavam viva apreensão e fundas reservas quanto ao novo “Ordo”. E, mais ainda, os dois purpurados julgaram dever comunicar ao público a carta que haviam enviado ao soberano Pontífice.
Não veja o leitor, neste episódio, um ato de contestação teatral, destes que vão se tornando banais na vida tragicamente conturbada da Igreja. Não é uma atroada à maneira do cardeal Suenens. Nem um ato de oposição, no estilo do cardeal Alfrink. Desta vez, os cardeais em causa são pessoas famosas exatamente por sua disciplina para com o Papado. Trata-se do célebre cardeal Ottaviani, secretário emérito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé. E do grande latinista cardeal Bacci. É particularmente expressivo que, precisamente deles, tenha partido esse brado pesado, comedido e respeitoso – mas que nem por isto deixa de ser um brado – a respeito do novo texto da Missa.
Há tempos, as agências telegráficas publicaram algo sobre esta carta. Não dispondo aqui do espaço necessário para a transcrever, menciono apenas que, segundo os dois cardeais, o novo “Ordo Missae” apresenta a Missa, não como um sacrifício conforme à doutrina católica, mas como uma ceia. E isto – acentuam eles – se aproxima do conceito protestante. Creio não ser preciso dizer mais, para que o leitor se dê conta da gravidade do pronunciamento dos dois cardeais...
No “Corrier de Rome” (25-7), leio uma declaração que procedente de fonte diametralmente oposta, caminha para a conclusão a que chegaram os dois cardeais. Uma das mais célebres instituições protestantes da atualidade é o convento de Taizé, na França. Ora, em artigo publicado no diário católico parisiense “Le Croix”, o “irmão” Thurian, de Taizé, escreveu: “A reforma litúrgica deu um passo notável (com o “Ordo” novo) no campo do ecumenismo. Ela se acercou das próprias formas litúrgicas da igreja luterana”.
Tudo isto talvez explique o fato de uma parte ponderável do Clero francês continue a celebrar a Missa no texto de São Pio V. Recebi de Paris uma relação mimeografada, contendo a relação “incompleta” das igrejas em que se celebra a Missa à “antiga”, com os respectivos horários. Trata-se de nada menos de 19 igrejas e capelas em Paris, e 102 em 26 cidades de província.
Talvez espante ainda mais o leitor o fato de que, da catolicíssima Espanha, tenha partido uma atitude ainda mais impressionante. Na revista “Que Pasa?”, de Madrid (n. 315, de 10 deste mês), leio que a Associação de Sacerdotes e Religiosos de Santo Antônio Maria Claret - em cujas fileiras estão inscritos nada menos que 6 mil sacerdotes – enviou uma carta ao Pe. A. Bugnini, secretário da Sagrada, Congregação para o Culto Divino, reputado o autor do novo “Ordo”, na qual lemos esta frase: “Nós, sacerdotes católicos, não podemos celebrar uma Missa da qual o sr. Thurian, de Taizé, declarou que poderia celebrá-la sem deixar de ser protestante. A heresia não pode jamais (nos) ser imposta por obediência”. Assim, para essa prestigiosa Associação sacerdotal, não celebrar a Missa segundo o texto novo é um imperativo de consciência.
Para voltar à França, forneço aos leitores ainda uma notícia, aliás apenas colateral ao assunto. “La Pensée Catholique”, editada em Paris pelo Abbé L. Lefevre, é um dos mais altos órgãos da cultura religiosa contemporânea. No n. 122 (1969) dessa revista (pp. 53-54), leio que em não pequeno número de igrejas os padres progressistas fazem uma estrepitosa pressão moral para que todas, absolutamente todas as pessoas presentes comunguem. A sagrada hóstia é recebida na mão, e não mais na boca. Muitos dos presentes, não se sentindo em condições de comungar, levam as hóstias de volta para seus lugares. E ali as deixam. De sorte que, terminada a Missa, se encontram hóstias atiradas nos bancos, ou até rolando pelo chão. Isto já não é raro em certas igrejas.
A hóstia é o próprio corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo...
Não é bem verdade que estas são coisas que nosso público tem o direito, o triste direito de saber?
O povo católico mais numeroso da terra é o brasileiro. Lúcido, inteligente, marcado pelo senso do universal, não pode ficar na ignorância da controvérsia que o novo texto da Missa vai despertando.
Piedoso, sinceramente piedoso, ele não pode deixar de se interessar – por outro lado - pelo que conta a “Pensé Catholique” e que constitui, não uma controvérsia mas uma ignomínia.
(artigo "O direito de saber" – Folha de São Paulo, 25.01.70).

Nova entrevista do padre Gabriel Amorth sobre o exorcismo

O padre Gabriel Amorth, exorcista oficial do Vaticano, volta a falar sobre a necessidade do exorcismo para a Igreja dos dias de hoje. Entrevista divulgada pela agência H2Onews.

Nossa Senhora de She Shan ou "Auxílio dos Cristãos"

O Santuário dedicado a Nossa Senhora de Sheshan (ou She-Shan) está situado no distrito de Song Jiang, perto de Shang Hai e de uma outra famosa basílica dedicada a Maria Auxiliadora dos Cristãos. Em 1863, o então superior da comunidade de Jesuítas em Shang Hai comprou o lado sul da montanha de She Shan, onde se descortina um belo panorama de um bosque de bambu. Lá se construiu uma casa de repouso para os jesuítas, uma pequena capela e, algum tempo depois, se iniciou a construção do santuário. A 1 de março de 1868, o então bispo de Shang Hai, Mons. Adrien Languillat, SJ, consagrou a capela e benzeu a imagem de Maria Auxiliadora dos Cristãos. Anualmente, a 24 de maio, acorrem para lá muitos fiéis para a festa de Maria Auxiliadora. Num ataque de rebeldes do exército de Tai Ping, o superior da comunidade jesuíta de Shang Hai, padre Gu Zhen Sheng, subiu a montanha de She Shan e invocou a Virgem fazendo-lhe uma promessa:
"Se a diocese for salva do ataque iminente dos rebeldes, construiremos uma basílica para agradecer a proteção especial de Nossa Senhora".
A diocese não sofreu nenhum dano e a promessa começou a ser cumprida logo depois: em 1870, o padre Gu Zhen publica sua invocação à Virgem e a promessa de construir um templo como agradecimento e num comunicado explicava tudo e pedia aos fiéis ajuda para a obra. No ano seguinte, na festa de Nossa Senhora Auxiliadora, era colocada a pedra fundamental na presença de mas 6 mil fiéis. A 15 de abril de 1873, Monsenhor Languillat consagrou e inaugurou a basílica construída no cimo da montanha. Desde então Nossa Senhora de She Shan converteu-se na protetora especial da diocese de Shan Hai. Desde o início de maio até o dia da festa, dia 24, anualmente acorrem para lá milhares de fiéis, procedentes não somente da própria China, mas de vários outros países asiáticos. O Papa Pio IX concedeu o benefício de indulgências a todos os peregrinos que visitassem aquele santuário como forma de penitência. Anos depois, em 1894, os católicos construíram no local a igreja de "Zhong Shan" (que significa no meio da montanha) dedicada a Maria Medianeira. Em seguida, construíram também três capelas dedicadas à Sagrada Família: uma à Virgem Maria, a segunda a São José e a outra ao Sagrado Coração de Jesus. O santuário de Nossa Senhora de She Shan é de estilo românico, mede 56 metros por 25 em sua base e 17 de altura. Sobre seu campanário foi colocada uma estátua de bronze da Virgem Maria que pesa 2 toneladas e tem 3,87 metros de altura. Dentro do santuário podem ser acolhidos mais de 3 mil fiéis, sendo conhecida como a primeira basílica da Ásia oriental.

Papa compõe oração pela conversão da China

Acima: Mártires chineses - Catedral de Nossa Senhora de Sheshan, em Shangai
O Papa Bento XVI compôs uma oração à Nossa Senhora de Sheshan que será rezada por ocasião da Jornada de Oração pela Igreja da China a ser realizada no próximo dia 24 de maio. O Santo Padre, na carta que escreveu em maio do ano passado aos católicos que vivem na China comunista, manifestou seu desejo de que a 24 de maio deste ano, em memória de Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos, que se venera no santuário de Sheshan, em Shangai, fosse feita uma jornada de oração pela conversão da China.
Eis o texto da oração:
"Virgem Santíssima, Mãe do Verbo Encarnado e Mãe nossa, que se venera com o título de "Auxílio dos cristãos" no Santuário de Sheshan, à qual se dirige com devoção toda a Igreja na China, hoje viemos ante ti para implorar tua proteção. Olha o Povo de Deus e guia-o com solicitude maternal pelos caminhos da verdade e do amor, para que seja sempre fermento de convivência harmônica entre todos os cidadãos. Com o dócil "sim" pronunciado em Nazaré tu aceitaste que o Filho eterno de Deus se encarnasse em teu seio virginal, iniciando assim na história a obra da Redenção, na qual cooperaste depois com solícita dedicação, deixando que a espada da dor traspassasse tua alma até a hora suprema da Cruz, quando no Calvário permaneceste erguida junto a teu Filho, que morria para que o homem vivesse. Desde então chegastes a ser, de novo modo, Mãe de todos os que acolhem a teu Filho Jesus na fé e o seguem tomando sua Cruz. Mãe da esperança, que na obscuridade do Sábado Santo saíste ao encontro da manhã de Páscoa com confiança inquebrantável, concede a teus filhos a capacidade de discernir em qualquer situação, inclusive nas mais tenebrosas, os sinais da presença amorosa de Deus. Senhora nossa de Sheshan, alenta o compromisso daques que, na China, em meio das fadigas cotidianas, sigam crendo, esperando e amando, para que nunca temam falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus. Na estátua que coroa o Santuário tu mostras teu Filho ao mundo com os braços abertos num gesto de amor. Ajuda aos católicos a ser sempre testemunhos críveis deste amor, mantendo-se unidos à pedra de Pedro sobre a qual está edificada a Igreja. Mãe da China e da Ásia, roga por nós agora e sempre. Amém."

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Importância da tradição na liturgia da Igreja

O mestre de cerimônia do Vaticano, mons. Guido Marini, declarou a um jornal italiano que o Papa Bento XVI já pode celebrar a Santa Missa segundo a forma extraordinária do Rito Romano, conforme o mesmo promulgou recentemente no Motu Proprio "Summorum Pontificum". No entanto, mons. Marini frisou que "é importante uma leitura serena, eclesial e não ideológica, destas decisões do Pontífice". A liturgia da Igreja, da mesma forma que sua própria vida, é feita de continuidade (isto é, Tradição), o desenvolvimento vem através de sua continuidade. Isto sucede porque a Igreja procede em seu caminho histórico sem perder de vista suas próprias raízes e sua própria tradição viva. Isto pode exigir, em alguns casos, a recuperação de elementos preciosos e importantes que, ao longo do caminho, haviam se perdido, esquecidos ou que o passar do tempo fez com que seja menos brilhante em seu autêntico significado. "Creio que o Motu Próprio vai exatamente nesta direção: reafirmando muito claramente que na vida litúrgica da Igreja há continuidade, sem ruptura".


Cerimônia em homenagem de Nossa Senhora de Fátima

No pátio que fica entre o Seminário dos Arautos e a Igreja Nossa Senhora do Rosário os Arautos do Evangelho fizeram belíssima cerimônia em homenagem a Nossa Senhora de Fátima. Veja no pequeno vídeo acima.

Por que a verdade desperta o ódio?

“Comentando a célebre palavra de Terêncio: “a verdade engendra o ódio”, Santo Agostinho (“Confissões”, livro X, cap. XXIII) pergunta como explicar fato tão ilógico.
“Com efeito, diz ele, o homem ama naturalmente a felicidade. Ora, esta é a alegria nascida da verdade. Assim é uma aberração que alguém veja um inimigo no homem que prega a verdade em nome de Deus.
“Assim enunciado o problema, o Santo Doutor passa à explicação. A natureza humana é tão propensa à verdade que, quando o homem ama algo de contrário à verdade, ele quer que este algo seja verdadeiro. Com isto, cai em erro, persuadindo-se de que é verdadeiro o que na realidade é falso.
“Assim, cumpre que alguém lhe abra os olhos. Ora, como o homem não admite que se lhe mostre que se enganou, por isto mesmo não tolera que se lhe demonstre qual o erro em que está.
“E o Doutor de Hipona observa: Por esta forma, certos homens odeiam a verdade, por amor daquilo que eles tomaram por verdadeiro! Da verdade eles amam a luz, não porém a censura... Eles a amam quando ela se lhes mostra, eles a odeiam quando ela lhes faz ver o que eles são.
“Por sua deslealdade, tais homens sofrem da verdade a seguinte punição: eles não querem ser desvendados por ela, e sem embargo ela os desvenda. E contudo ela, a verdade, continua velada aos olhos deles. “É assim, é assim, é precisamente assim que é feito o coração humano. Cego e preguiçoso, indigno e desonesto, ele se oculta, mas não admite que nada lhe seja ocultado. Assim lhe sucede que ele não consegue fugir dos olhos da verdade, mas a verdade foge dos olhos dele”. Com estas palavras conclui Santo Agostinho o seu magistral comentário”.

(artigo “Por que a verdade desperta o ódio”, “Folha de São Paulo”, 23-04-1972, de Plínio Corrêa de Oliveira)

Arautos do Evangelho em Ruanda, como no resto do mundo...

Fui colher num blog de Ruanda, na África, um dos melhores vídeos sobre os Arautos do Evangelho, "Blog de Paroisse de Rango" (Blog da Paróquia de Rango), narrado em francês.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Homenagem a Nossa Senhora de Fátima

Martírio dos católicos mexicanos está sendo lembrado após quase um século


Guerra Cristera
A luta entre católicos e comunistas no México foi a causa de um conflito armado que ficou conhecido como a "Guerra Cristera" (também chamada de "Cristiada") e que se desenrolou entre os anos de 1926 e 1929. Tratou-se de um levantamento popular contra as provisões anticlericais da constituição de inspiração marxista e anticatólica aprovada em 1917.
Após um período de resistência pacífica, em 1926 ocorrem as primeiras escaramuças. Formalmente, a rebelião teve início em janeiro de 1927, com os rebeldes a autodenominarem-se Cristeros pois era sua convicção que se encontravam a lutar em nome do próprio Jesus Cristo. Quando os rebeldes começavam já a ser capazes de fazer frente às forças federais foi posto fim à rebelião através de meios diplomáticos. No final, porém, restaram milhares de mártires vítimas dos comunistas, muitos deles já canonizados e beatificados pela Igreja, e outros a caminho. A maioria destes mártires eram sacerdotes que nunca pegaram, nem pegariam em armas.

Procissão lembrará os mártires "Cristeros" do México

A arquidiocese de Guadalajara, no México, anunciou para o próximo dia 21 de maio uma procissão dos católicos mexicanos para homenagear os mártires da revolução comunista que houve naquele país no século passado. A procissão se dirigirá ao "Santuário dos Mártires" e a principal comemoração se prende ao aniversário do martírio de São Cristóbal Magallanes, bispo mexicano assassinado em 21 de maio de 1927, assim como da canonização de vários companheiros dele também martirizados.
Na oportunidade, haverá uma Missa a ser celebrada pelo Cardeal P. Gutiérrez Montaño.
Assista os vídeos que contam as histórias de alguns destes mártires mexicanos, como o Padre Pró e São Pedro de Jesus Maldonado, uma cortesia da Agência Católicas de notícias do México que os colocou no youtube - http://agenciacatolica.com/modules/news

terça-feira, 13 de maio de 2008

100 mil homenageiam Nossa Senhora de Fátima em Belém

O noticiário acima, da Globo, inicia com uma notícia banal (roubo do dinheiro e objetos da igreja em Varginha), mas contém uma cobertura magnífica da procissão de Belém, com mais de 100 mil fiéis. Ontem, dia 13 de maio, festa de Nossa Senhora de Fátima em todo o mundo.

5 mil euros para se preparar para a Primeira Comunhão?

Segundo o site católico espanhol "Sector católico", no mês de maio é quando ocorrem grande quantidade de primeiras comunhões na Espanha. Mas lamenta em seguida que, enquanto isto é motivo para alegria para as crianças, torna-se logo depois uma dor de cabeça para os pais, pois a conta do restaurante, da roupa e dos festejos oscilam, em média, 5 mil euros por cada pessoa. A Igreja sempre lembra aos pais que o aspecto que deve prevalecer na Primeira Comunhão é a Fé e não o mundano, mas as famílias fazem pouco caso e se preocupam mais com estas questões de aparência do mundo do que o interior das pequenas almas comungantes. Agora, pergunto: será que cá entre nós é diferente da Espanha? Conheço casos de gente que está esperando há 15 ou vinte anos para batizar o filho, alegando sempre que não o fez ainda porque não pôde comprar as roupas, os sapatos, ou não tem condições de fazer a "festa". Isto ocorre com os batizandos, imagine com os que fazem a primeira comunhão.

Quem seria capaz de atrair tantas multidões senão a Virgem de Fátima?

Nossa Senhora de Fátima

Como vê o nexo entre o atentado ao Papa e a Mensagem de Fáfima

Artigo e entrevista do Dr. Plínio sobre o atentado ao Papa


1. - 09 de maio de 1981, artigo “Sê Coerente...”
Com o título acima, Dr. Plínio publica artigo na “Folha de São Paulo”, em 09 de maio de 1981, onde faz várias considerações da situação de decadência do mundo e as previsões feitas por Nossa Senhora em Fátima no ano de 1917. Inicialmente, o Autor passa a considerar a situação de tensões e crises por que passava o mundo de então. Compara a situação de 1981 com a de 1938, quando apareceu um fenômeno nos céus que anunciava o que Nossa Senhora previra em Fátima: “quando virdes uma luz alumiar os céus este será o sinal de que Deus começa a punir o mundo por seus crimes...” Realmente, na noite de 25 para 26 de janeiro de 1938 ocorreu estranho fenômeno de uma inusitada aurora boreal que iluminou os céus de toda a Europa. No final de seu artigo, comenta Dr. Plínio:
“Neste quadro, ocorre um fenômeno análogo ao de 1938. Na noite de 12 de abril p.p., um forte clarão avermelhado, visto também com tonalidades esverdeadas, alaranjadas e amarelo claro, iluminou o céu dos Estados Unidos. O fenômeno foi observado em mais de dois terços do território norte-americano, na costa Oeste, no Meio-oeste e em todo o Sul, até o Golfo do México. A noite ficou tão clara, que automóveis transitavam de faróis apagados. Qual a causa do fenômeno? Nuvens luminescentes, aurora boreal? Cientistas abalizados discutem. Quanto às auroras boreais, são raramente visíveis ao sul do paralelo 50 e inteiramente excepcionais no paralelo 30, onde se situa a costa sul dos Estados Unidos, no Golfo do México. O fenômeno do dia 12 de abril foi registrado pelo Serviço Nacional de Meteorologia, pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional em Boulder, Colorado, e pela NASA (cf. “Repórter Dispatch”, de White Plains, Nova York, de 13-4-81, “Folha da Tarde” e “Estado de Minas” de 14-4-81).
Novo sinal, a ameaçar de novos castigos uma Humanidade cuja impenitência vem afrontando Nossa Senhora de Fátima? Explosão, desta vez ocorrida não mais em um mundo alegre, que não a esperava, mas em um mundo opresso, desvairado e impenitente? Em um mundo cujos pecados vão assumindo todas as modalidades de escândalo?”

2. - 13 de maio de 1981, o atentado
Alguns dias depois:
Entrevista publicada na “Folha de São Paulo” em 24 de maio de 1981:
O repórter Ricardo Kotscho assim fez a introdução da sua entrevista:
“Tensões? Crises? É só do que se ouve falar”. Assim começava um artigo do pensador católico tradicionalista Plínio Corrêa de Oliveira, presidente da TFP, publicado pela “Folha” no último dia 9 de maio, no qual fazia uma relação entre a aurora boreal vista nos céus de Portugal em 38, às vésperas da eclosão da Segunda Guerra Mundial, e o mesmo fenômeno, que teria sido observado nos Estados Unidos, na noite de 12 de abril deste ano, profetizando: “Parece que o fenômeno luminoso insólito de 1981 é simétrico com o de 1938”. E concluía: “Quem avisa amigo é”.
Pouco depois ocorreria o atentado contra o Papa, no dia de Nossa Senhora de Fátima... em cujas revelações feitas em 1917... Plínio Corrêa de Oliveira fundamentou sua tese sobre os castigos advindos após a aparição da aurora boreal. Houve quem visse nas profecias do presidente da TFP uma interpretação apocalíptica para os atentados praticados contra o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, e o Papa João Paulo II – prenúncio de novas desgraças que poderiam desaguar numa terceira guerra...
Perguntado sobre qual o significado daqueles dois atentados (contra Reagan e o Papa), disse Dr. Plínio:
“Eu não tive isso em vista, quando escrevi esse artigo, pois não me passou pela cabeça que pudesse haver o atentado contra João Paulo II. Mas acaba sendo que, “a posteriori”, pode-se fazer uma pergunta. Naturalmente, tomar só o atentado contra Reagan e Fátima, a aproximação dos fatos é um pouco forçada. Mas uma vez que houve, depois do atentado contra Reagan, o atentado contra João Paulo II, cabe a pergunta que o Sr. fez sobre o atentado a João Paulo II, e por conexão, sobre o atentado contra Reagan.
“A resposta é a seguinte: esses atentados tiveram causas próximas específicas, que nós do público ignoramos, pois não foram suficientemente investigadas, ou ainda não foram publicadas. Mas o estado geral de desordem, de tensão e de descontentamento do mundo inteiro, de algum modo se refletem nesses atentados. E esse descontentamento, essa desordem podem ser vistos como efeitos da impiedade e da corrupção moral.
No que diz respeito ao atentado contra João Paulo II, noto um nexo especial com Fátima no seguinte. – O Sr. me fez uma pergunta genérica sobre os dois atentados. Eu respondi genericamente. Agora trato especificamente do atentado contra o Papa. – Antes do atentado, muitas pessoas não tomavam a sério o aviso de Fátima, levadas pelo otimismo geral: “é improvável”, “essas coisas não acontecem”, “desastres assim não há”, etc. Depois sobreveio o atentado, o qual traumatizou, a justo título, o mundo inteiro, São incontáveis os que se dizem agora que nunca pensaram que as coisas fossem chegar tão longe. O atentado lhes faz ver que vivemos em dias excepcionais, e que se não tivermos os ouvidos abertos para a Mensagem de Fátima, bem pode acontecer que sejamos surpreendidos pelas punições previstas por Nossa Senhora”.
(cf. “Folha de São Paulo”, 24-05-81).

Faz 27 anos o atentado contra João Paulo II

Acima, as cenas do atentado cometido pelo turco contra João Paulo II, exatamente no dia de Nossa Senhora de Fátima, 13 de maio, do ano 1981. No final do vídeo, a H2ONews coloca imagem de Nossa Senhora que chorou em Nova Órleans, numa clara alusão à mensagem de Fátima.

As multidões continuam indo a Fátima

Cardeal Saraiva Martins condena «suspeita acerca de Deus»

O Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, lamentou hoje em Fátima a “sombra escura de suspeita acerca de Deus e da sua obra”.
Falando aos milhares de peregrinos que enchiam o recinto do Santuário, na Peregrinação Internacional de Maio, o Cardeal português lembrou que, há 91 anos, as Aparições tiveram lugar “nos começos de um século ensanguentado pela loucura de duas Guerras Mundiais, marcado por nacionalismos exasperados, por ideologias ateias e materialistas, que procuraram sufocar a luz da Fé no coração dos homens, no decorrer de sucessivas gerações”.
Segundo este responsável, existe no nossos dias “esta «apostasia da Fé» – como a definiu o Papa João Paulo II – que progressivamente comprometeu e contagiou a nossa Europa cristã, que sempre ofereceu ao mundo, ao longo dos séculos, uma cultura rica em humanidade, criativa, respeitadora do Homem e da sua altíssima dignidade de filho de Deus e irmão de Cristo”.
“É precisamente à nossa época, saturada e desesperada, que continua a falar o Coração desta Mãe, traduzindo as coisas de Deus numa linguagem familiar, simples, facilmente compreensível por todos”, referiu D. Saraiva Martins, frisando a actualidade da Mensagem de Fátima.
Na homilia do 13 de Maio, o membro da Cúria Romana sublinhou que “foi a Virgem Nossa Senhora que nos convidou para virmos a este lugar santo, verdadeiro «altar do mundo», do qual brotou, há mais de 90 anos, a luz evangélica do Amor e da Misericórdia”.
“Perante a perda do sentido dos valores e a desorientação das consciências”, indicou, Fátima apresenta “princípios não negociáveis, dos quais inevitavelmente se deve partir para fundar uma correcta convivência, civil e cristã”, tais como “a vida; a família; o matrimónio, como união estável e fiel de um homem e de uma mulher, e não de qualquer outro modo; a caridade concreta; a dignidade pessoal, estendida a todos os momentos e a todas as dimensões da existência”.
Para o Cardeal português, “só em Deus o homem se encontra plenamente a si mesmo”. “A Fé não é uma fuga das próprias responsabilidades ou um estéril dobrar-se sobre si mesmo: é fonte de luz e de força interior, que nos anima e nos permite afrontar corajosamente os problemas e os desafios da vida”, indicou.
“O homem de hoje, iludido e desiludido da vida, por vezes parece ter desistido de esperar. Caíram as consideradas certezas das ideologias; o bem-estar e o consumismo – que aparentemente satisfazem as nossas necessidades e exigências –, caíram esses sistemas que revelam, de facto, cada vez mais, a sua inconsistência, a sua radical incapacidade de fazer feliz o homem de hoje, do nosso tempo, o homem que encontramos todos os dias no caminho da nossa vida”, alertou.
Neste contexto, indicou, “Fátima é uma escola da Verdade porque nos defende das fábulas e nos ensina a encarar e a interpretar a realidade com o coração de Deus. Não se cala sobre o destino último do Homem, não minimiza as nossas responsabilidades, mas indica os caminhos que nos conduzem ao Mistério”.
“À silenciosa ou manifesta «apostasia da Fé» – há também a «apostasia da razão» – a Virgem Maria não contrapõe as vazias palavras do mundo ou a mentira de uma nova ideologia, mas propõe novamente Cristo, e Cristo Crucificado”.

sábado, 10 de maio de 2008

O Milagre de São Januário

Procissão e milagre de São Januário, em Nápoles

Novos recrutas da guarda suíça fazem juramento

Solenidade de juramento de novos recrutas da Guarda Suíça, o exército mais antigo do mundo e que tem como missão a proteção pessoal do Papa.

Milagre de São Januário é visto por 20 canais de TV

São Januário foi bispo de Benevento, tendo sido martirizado durante a perseguição de Diocleciano, no início do século IV. O santo ficou famoso por causa do milagre que ocorre com o sangue dele recolhido depois do martírio. Geralmente no dia de sua festa, a 19 de setembro de cada ano, o sangue se liquefaz, ocorrendo o fenômeno também em outros dias, o que pode indicar o presságio da proximidade de castigos divinos. Os católicos de Nápoles conseguiram no século V trazer as relíquias do santo para a cidade. Durante as guerras normandas, seus restos mortais foram novamenrte levados a Benevento e, depois, para o mosteiro de Monte Vergine. No entanto, a partir de 1497 suas relíquias voltaram novamente para Nápoles, que, a partir de então começou a venerá-lo como padroeiro da cidade. Atualmente elas são veneradas na Capela do Tesouro da Catedral de Nápoles, local onde o milagre é anualmente constatado e estudado. Trata-se de um milagre estupendo que se repete há séculos, quando o sangue do santo, recolhido num relicário apropriado, se torna líquido em três datas relacionadas com São Januário: no dia da trasladação dos restos para Nápoles (sábado anterior ao primeiro domingo de maio), no dia de sua festa (19 de setembro) e no dia de sua intervenção para evitar os efeitos de uma erupção do Vesúvio em 1631 (16 de dezembro).
No dia assinalado, um sacerdote espõe a relíquia sobre o altar, frente à urna que contém a cabeça do Santo. A relíquia é uma massa sólida de cor escura que enche até à metade um recipiente de cristal sustentado por um relicário de metal. Os fiéis enchem a igreja nestas datas; nota-se entre eles um grupo de mulheres pobres chamado de "zie di San Gennaro" (tias de São Januário). Transcorrido algum tempo do início dos rituais sagrados, um sacerdote agita o relicário, e vira de cabeça para baixo e a massa que era negra, sólida, seca e pegada no fundo do frasco, se desprende e se move, torna-se líquida e adquire uma cor avermelhada, às vezes purpúria e sempre aumenta de volume. Tudo isto ocorre à vista de todos. O sacerdote, então, anuncia o milagre: "Ocorreu o milagre!" e se canta um Te Deum.
O milagre visto pelo povo e pelos canais de TV
No último dia 5 de maio, além da multidão de fiéis, havia 20 canais de TV prontas a documentar o milagre, dentre elas a famosa CNN americana. O milagre é tão evidente que até hoje nenhum cético resolveu contestá-lo. Entre os elementos positivamente certos em relação à relíquia do sangue de São Januário, figuram os seguintes:
1. A substância escura que se diz ser o sangue de São Januário (há séculos hermeticamente fechada dentro do recipiente de cristal) não ocupa sempre o mesmo volume dentro do relicário. Algumas vezes a massa dura e negra tem enchido quase por completo o recipiente e, em outras ocasiões, deixou vazio um espaço equivalente a mais de uma terça parte da vasilha.
2. Ao mesmo tempo que se produz esta variação de volume, registra-se uma mudança no peso que, nos últimos anos, tem sido conferido numa balança rigorosamente precisa. Entre o peso máximo e o mínimo se chegou a verificar uma diferença de até 27 gramas.
3. Não há relação entre a liquefação e à temperatura ambiente. Houve ocasiões em que a atmosfera tinha uma temperatura média de mais de 30 graus centígrados duas horas antes que se observasse a liquefação. Quando a liquefação ocorre em temperaturas baixas, entre 5 e 8 graus, o tempo diminui entre 10 a 15 minutos.
4. A liquefação nem sempre ocorre da mesma forma. Houve casos em que o líquido borbulha, se agita e adquire uma cor carmesim muito viva, e em outra oportunidades a cor é opaca e sua consistência pastosa.
A Igreja sempre deixou liberdade aos cientistas para analisarem estes fenômenos. Sendo assim, o Cardeal Crescenzio Sepe, de Nápoles, já anunciou que no próximo ano o fenômeno vai ser estudado por um grupo de cientistas.

Anglicanismo cada vez mais afunda na lama dos pecados sexuais


O Anglicanismo vem cada vez mais assumindo atitudes escandalosas. Há algum tempo anunciaram a ordenação sacerdotal de mulheres, tendo causado uma pequena celeuma com a Igreja no tempo de Paulo VI. Aquele primeiro impacto fez com que alguns se escandalizassem e se afastassem daquela religião. Nos últimos dias, estoura escândalo mil vezes pior. Foi sagrado bispo dos anglicanos, em 2003, um homossexual, Gene Robinson, tendo o fato causado escândalo e aberto os olhos de muitos deles para aderir à Fé Católica. Agora o "bispo" homossexul anuncia escândalo pior: decidiu que vai se "casar" com seu parceiro sexual, segundo entrevista concedida recentemente à rede NBC, afirmando que isto é o "que Deus está dizendo que ele faça".

Orquestra sinfônica chinesa homenageia Bento XVI

Apresentação da orquestra sinfônica da China, em giro pela Europa, na Sala Paulo VI, dia 7 de maio último.

Confronto entre vida religiosa tradicional e a dos "progressistas"

O "progressismo" é prejudicial à saúde
Em 1970 o "progressismo" católico estava em pleno vigor e ascensão. Uma pergunta pairava no ar: será que a vida religiosa tradicional, de religiosos convivendo em clausura segundo aquelas antigas normas tradicionais, não seria mais prejudicial á saúde do que o novo método surgido com o "progressismo" em que tais religiosos deveriam desfrutar das comodidades da vida moderna, sair pra rua, conviver com as pessoas, assistir TV, ir ao futebol, etc.? Dr. Plínio comenta sobre o assunto em artigo publidado na época:
“... Estes pobres padres, estas infelizes freiras que se lançam nas águas revoltas do progressismo, não se comovem quando se lhes prova que atuam contra a Igreja e a pátria. Impressioná-los-á saber que lutam contra si próprios?
O prof. James T. Nix, da Universidade de Luisiana (EUA), estudou o estado de saúde de cem mil religiosas que viviam segundo as regras em vigor antes do tufão progressista. E concluiu que a longevidade média entre elas (76 anos) era superior à longevidade comum naquele país (65 anos), precisamente em razão das condições de existência criadas para as freiras pelas regras tradicionais.
É este monumento de desvelo pelas condições morais e físicas da religiosa, que o progressismo ataca com todo o vigor...”
(Folha de São Paulo, 12.04.70).

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Prêmio Templeton contempla padre cientista

Bento XVI expressou sua satisfação pela entrega do Prêmio Templeton 2008 para o progresso da religião ao sacerdote e cosmólogo polonês Michal Heller. O prêmio, entregue nesta quarta-feira em Londres, durante uma cerimônia privada em Buckingham Palace, pelo príncipe Felipe, duque de Edimburgo, premia o progresso conseguido por pe. Heller pela pesquisa no campo das relações entre ciência e religião.
O sacerdote, professor de Física Teórica, Cosmologia Relativista e Filosofia da Ciência na Academia Pontifícia de Teologia de Cracóvia, destacou-se por sua teoria sobre as origens e a causa do universo, elaborada através de estudos multidisciplinares nos campos da Física, da Cosmologia, da Teologia e da Filosofia, centradas no interrogante sobre a necessidade de uma causa para a origem do universo.
Para a ocasião, Bento XVI enviou a pe. Heller – nascido em Tarnów em 1936 e ordenado sacerdote em 1959 – uma mensagem assinada pelo arcebispo Fernando Filoni, substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais.
No texto, de 30 de abril de 2008, revela-se a satisfação do Papa pela concessão do Prêmio ao sacerdote em virtude de sua «extraordinária contribuição ao diálogo entre ciência e religião».
O arcebispo Filoni recorda que o Papa sublinhou repetidamente a «importância de um encontro frutífero entre fé e razão, as duas asas sobre as quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade, e deseja animar todos aqueles que dedicam sua vida a explorar os profundos conhecimentos que se podem adquirir pela investigação científica desenvolvida no contexto da fé religiosa».
Por este motivo, acrescenta, Bento XVI «reza para que seu trabalho no campo da cosmologia e da filosofia possa contribuir para difundir a mensagem de que ‘os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento exalta a obra de suas mãos’ (Sal 18, 2)».
Sir John Templeton instituiu o Prêmio «ao progresso para a investigação ou os descobrimentos sobre as realidades espirituais» em 1972.
Sua dotação econômica é a mais elevada do mundo. Este ano supera 1,2 milhão de euros.
O criador do Prêmio estabeleceu que seu valor deve ser sempre superior ao do Nobel para sublinhar que a investigação e os progressos nos descobrimentos espirituais podem ser quantitativamente mais significativos que os das disciplinas reconhecidas pelo Prêmio fundado por Alfred Nobel.

Critérios da Igreja para confirmar aparição mariana

A propósito do reconhecimento recente das aparições de Nossa Senhora de Laus, na França, o Padre Salvatore M. Perrella, professor de dogmática e mariologia na Pontifícia Faculdade Teológica Marianum, em Roma, em artigo publicado no Osservatore Romano explica os critérios que utiliza a Igreja para determinar a legitimidade das aparições marianas, . Explica que há diferença entre visão e aparição, sendo que a primeira é de índole espiritual e a segunda de ordem física. Após comentar que o processo para a verificação eclesiástica das aparições marianas foi tema do Concílio Lateranense e no de Trento, o padre Perrella diz que hoje em dia se pede ao bispo diocesano ou arcebispo e ao Papa o discernimento sobre a veracidade dos fatos apresentados. Recentemente, a Congregação para a Doutrina da Fé, após quatro anos de estudos (de 1974 a 1978), redigiu um documento interno, assinado pelo Cardeal Prefeito Franjo Seper, e destinado a ser utilizado pelas autoridades eclesiásticas competentes, sob o título de "Normae S. Congregationis pro Doctrina Fidei de modo procedendi in indicandis praesumptis apparitionibus ac revelationibus" (Normas da Congregação para a Doutrina da Fé sobre o modo de proceder para julgar as presumíveis aparições e revelações). Explicou que foi estebelecido que para se obter com a verificação uma informação precisa sobre os fatos sob observação e a reunião de testemunhas de sinais de fé, é feito exame da mensagem objeto do evento sobrenatural, que não deve estar em contraste com a fé cristã; exige-se dignóstico médico-psicológico para confirmar a saúde e normalidade do vidente, também para descartar a possibilidade de fenômenos alucinatórios; é analisado, ainda, grau de instrução do vidente, seu conhecimento da Doutrina, sua vida espiritual, seu grau de comunhão eclesial, frutos espirituais, como o retorno da fé dos aleijados; moralidade e eclesialidade da existência, cooperação na evangalização do mundo, cultura e costume, eventuais curas milagrosas que se operam em razão da referida revelação privada, a juízo da Igreja. Após minucioso exame de fatos referentes a aparições, a Igreja aprovou no curso da História 11 aparições das 295 propostas, entre as quais a décima segunda é a de Nossa Senhora de Laus, aprovada no último dia 4 de maio de 2008. Uma vez verificadas e autenticadas pela autoridade eclesiástica, as manifestações extraordinárias permitem a liberdade de adesão, enquanto a fé se presta só à Revelação pública de Deus concluída com a morte do último Apóstolo. Ao final, o padre Perrella explica que as aparições são uma graça "dada gratuitamente" do Céu, recordando que estas ajudam a incrementar a fé das pessoas, não aumentam a fé na Revelação mas ajudam a fazê-la atual num determinado temppo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Lei abortista não passa na Câmara

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira, dia 07, o Projeto de Lei que descriminalizaria o aborto no país. Por unanimidade, os 33 deputados presentes na sessão votaram contra o PL 1135/91. Os parlamentares seguiram o parecer do relator, deputado Jorge Tadeu Mudalen, contrário à nova legislação. De acordo com Agência Câmara, foi uma reunião tumultuada, marcada por manifestações favoráveis e contrárias à proposta. Um grupo de deputados que defendia a continuidade da discussão se retirou do plenário em protesto. O projeto segue agora para votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara.

Cerimônia de Coroação de Nossa Senhora em São Paulo

Cenas da cerimônia de coroação de Nossa Senhora realizada na Catedral de São Paulo, no primeiro sábado deste mês, dia 3, pelos Arautos do Evangelho.

Sorbonne, maio 68: imagens de caos, desordem, anarquia

No vídeo acima as imagens falam por si: caos, desordem, anarquia: como querer que as idéias oriundas disto tudo pudessem trazer paz ao mundo moderno?

Sorbonne, maio 68: o papel dos filósofos na Revolução

Marcuse como filósofo da Revolução
Herbert Marcuse, filósofo alemão naturalizado americano, é considerado um dos principais ideólogos da revolulção da Sorbonne de 1968. Marxista, defendeu vários princípios filosóficos que orientaram a ação políticia dos "estudantes" de 68. Em 1941 Marcuse escreveu: "Não sou pessoa de deixar mensagens em garrafas . O que temos a dizer não é apenas para um futuro mítico". Esta frase traduz de maneira exemplar o programa de Marcuse, o único filósofo da Escola de Frankfurt a levar adiante o projeto da teoria crítica dos anos 30 – manter unidas filosofia, teoria social e política radical. Donde suas divergências com Adorno no tocante ao tema das relações entre teoria e prática no contexto das rebeliões estudantis de 68. Para Marcuse a teoria crítica tinha a obrigação de politizar-se, sob pena de tornar-se anódina. Isso significava para ele, naquele momento, apoio inequívoco aos estudantes rebeldes, assim como o combate ao imperialismo americano, sobretudo no Vietnã. Tendo participado na juventude de um conselho de soldados na Berlim revolucionária de 1918, evento que o marcou profundamente, Marcuse daí em diante aplica suas energias intelectuais a entender por que "todas as revoluções foram também revoluções traídas" (Eros e civilização) e onde estariam as brechas que poderiam levar a ruptura do capitalismo.

Enquanto Dom João VI trazia a corte portuguesa para o Brasil...


Não é só o Brasil e Portugal que têm comemorações a fazer neste ano de 2008: a Espanha também está comemorando os 200 anos da revolta contra Napoleão, desencadeada a partir de 2 de maio de 1808. Esta revolta começou em Madri e, dizem alguns historiadores, foi se propalando por todo o país como uma verdadeira guerra de independência. A Espanha havia assinado covardemente o Tratado de Fontainebleau em outubro de 1807, permitindo que as tropas nepoleônicas passassem por seu território a fim de atacar Portugal. Mas estas logo se apossaram de Madri e passaram a dominar, primeiramente, a própria Espanha. Quando a revolta eclodiu em 2 de maio, as tropas fiéis a Napoleão, dirigidas pelo general Murat, fizeram vários fuzilamentos (cerca de 400), retratados pelo pintor De Goya (ver quadro acima). Enquanto isso, vários madrilenos foram presos, acutilados e degolados. No entanto, a personagem que mais deixou sua marca neste período foi a "Virgem de Zaragoza", distante da corte de Madri.
“La Zaragoza”
Trata-se de uma personagem que tornou-se heroína espanhola ao enfrentar bravamente as tropas de Napoleão. O impostor corso havia forçado o rei da Espanha a aceitar que suas tropas passassem por aquele país para atacar Portugal, com a promessa de que nada de mal faria à Espanha. Prometera Napoleão que, ao final da invasão, dividiria Portugal com a Espanha, mas traiu sua promessa ao chegarem suas tropas a Lisboa.
Os espanhóis, tão logo se deram conta da traição de Napoleão, se revoltaram e pegaram em armas para atacar o exército francês. Reuniram mais de 100 mil soldados, corajosos e patrióticos, mas não tinham armas, organização ou quem os comandasse eficazmente. Quando os franceses atacavam a fortaleza de Zaragoza, repentinamente surge uma virgem, contando cerca de 18 anos, a um dos portões chamado “Portillo”, com comida para os soldados. Verificou estarrecida que muitos soldados espanhóis já se encontravam mortos ou haviam abandonado suas posições. “La Zaragoza”, que também ficou famosa como “A virgem de Zaragoza”, pegou de um fósforo, acendeu um dos pavios de um canhão e o disparou contra o inimigo. Isto despertou o brio dos soldados, os quais voltaram ao combate com mais varonilidade. “La Zaragoza”, no entanto, não abandonou o campo de batalha. Durante cerca de dois meses permaneceu entre os soldados animando-os ao combate. Demonstrou incrível bravura ao resgatar sobreviventes em meio ao tiroteio e cuidar de seus ferimentos. Alguns soldados contam que viram a Virgem de Nossa Senhora do Pilar, em vestes brancas, vir ajudá-la

Herói anticomunista espanhol pode chegar à honra dos altares

O bispo de Ciudad Real, na Espanha, abriu a fase diocesana do processo de beatificação de Ismael Molinero Novillo, também conhecido como "Ismael de Tomelloso", um heróico católico anticomunista espanhol que ofereceu sua vida pela fé na Guerra Civil de 36. No último dia 5 de maio se completaram 70 anos de sua morte, data que foi lembrada com uma Santa Missa de ação de graças na Igreja de Nossa Senhora da Assunção. Ismael nasceu no dia 1 de maio de 1917, seu pai era um ferreiro e tinha 11 irmãos. Era conhecido por seu bom caráter, tratando-se de um jovem simpático, alegre e muito humano. Recitava poesias e organizava peças teatrais, tinha profunda vida espiritual e rezava por longas horas diante do Sacrário. Estudou com as Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, onde adquiriu grande devoção à Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Em 33, fez parte do primeiro grupo juvenil da Ação Católica de Tomelloso, ocupando o cargo de tesoureiro. A Guerra Civil o marcou profundamente, principalmente por causa do assassinato de seu diretor espiritual e a queima de igreja e imagens sagradas por parte dos comunistas. Em 37, o exército republicano o recrutou e o obrigou a participar da guerra, porém na batalha de Teruel resolveu jogar fora o fuzil, agarrou-se à sua Medalha Milagrosa e largou a batalha como desertor. Por causa disto foi detido e levado a um campo de prisioneiros. Na prisão, adquriu grave penumonomia e foi internado num hospital de Zaragoza, onde se fez amigo do capelão. Ocultou que pertencia à Ação Católica a fim de não ser beneficiado por algum privilégio dado aos católicos. A partir daí, o princípio de vida de Ismael era não ter nada com este mundo, entregando-se inteiramente a Deus como vítima expiatória dizendo: "Não quero nada com o mundo. Sou de Deus; se morro serei totalmente de Deus no céu, e se não morro... quero ser sacerdote! Fazem faltas santos!" Era o que repetia em seu leito de morte. Faleceu em odor de santidade no dia 5 de maio de 1938, contando apenas 21 anos de idade.

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terça-feira, 6 de maio de 2008

Mensagem de Nossa Senhora de Laus

Benita Rencurel nasceu a 16 de setembro de 1647 em Saint-Étienne d'Avançon (nos Alpes do sul da França), ficando órfão de pai já aos 7 anos de idade. Nunca aprendeu a ler nem a escrever e sua única instrução era o sermão da Missa dominical. Certo dia de maio de 1664, Benita, que trabalhava como pastora para uns camponeses vizinhos, estava rezando o Rosário quando vê uma formosa Senhora sobre um penhasco e trazendo pela mão um menino de singular beleza. "Formosa Senhora! - diz-lhe - Que estás fazendo aí em cima? Queres comer comigo? Tenho um pouco de pão". Nossa Senhora sorri diante de tanta inocência, porém não fala. Benita continua: "Formosa Senhora! - Poderias nos presentear por favor a esse menino, que tanto nos alegraria?". A Senhora sorri novamente, mas sem nada responder. Depois de permanecer alguns instantes na companhia de Benita, Nossa Senhora toma o Menino Jesus nos braços e desaparece numa curva. Durante quatro meses, Nossa Senhora volta a aparecer diariamente à criança, conversando familiarmente com a jovem pastorinha. Benita conta suas visões à dona do rebanho que pastoreia, a qual no início acredita, mas numa manhã a segue secretamente até o pequeno vale de Fours. Uma vez ali, não consegue ver a aparição, mas ouve as palavras que esta dirige à Benita. Nossa Senhora pede à vidente que advirta à sua patroa dos perigos que corre sua alma: "Tem uma mancha na consciência. Que faça penitência". Esta se corrige, volta a frequentar os sacramentos e vive o resto de seus dias muito cristãmente. No dia 29 de agosto, Benita pergunta à visitante como se chama, e esta responde: "Meu nome é Maria". Durante o inverno de 1664-1665, Benita vai a miúdo até Laus, onde vê cada vez mais a Virgem, que lhe recomenda "rezar continuamente pelos pecadores". A notícia das aparições se propaga entre os aldeãos. A 18 de setembro de 1665, quando Benita contava com 18 anos de idade, a autoridade diocesana reconhece oficialmente a peregrinação ao local e algum tempo depois se inicia a construção de uma igreja para se acolher os peregrinos cada vez mais numerosos.

Nossa Senhora se revela em Laus como reconciliadora e refúgio dos pecadores, e por isso mostra sinais para convencer a estes da necessidade de conversão. A Virgem anuncia então a Benita que o azeite da lâmpada da capela (que arde ante o Santíssimo Sacramento) operará curas nos enfermos que o aplicarem se recorrem com fé à sua intercessão. Benita consegue convencer vários pecadores e inicia um apostolado com aquelas almas. Certa vez, a Virgem pede que Benita admoeste às mulheres, especialmente ás mais jovens, que levam vida escandalosa, de modo especial aquelas que cometem o aborto, também admoestasse aos ricos injustos e perversos, aos sacerdotes e religiosos infiéis a seus sagrados compromissos. Entre 1669 e 1679, Jesus Cristo aparece cerca de cinco vezes á vidente, geralmente com os sofrimentos de sua Paixão, numa das quais lhe disse: "Filha minha, me mostro neste estado para que participes das dores de minha Paixão".

Muitos anos depois de sofrimentos e constantes aparições da Virgem, Benita recebe a Comunhão no Natal de 1718 e três dias depois se confessa e recebe a Unção dos Enfermos. Eram oito da noite quando ela entrega sua alma ao Criador.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Aparições na França são reconhecidas pela Igreja



Igreja oficializa aparições de Nossa Senhora na França

Os vídeos acima e a notícia abaixo foram extraídos do blog "A Família Católica", dos Arautos do Evangelho - http://afamiliacatolica.blogspot.com/ :

O santuário Notre-Dame-du-Laus, localizado em um vale alpino da França, se tornou hoje local oficial de peregrinação, com o reconhecimento pela Igreja Católica das aparições de Nossa Senhora a uma jovem pastora no século XVII. Por ocasião do acontecimento, haverá uma celebração com a participação de sete cardeais, 17 bispos e três abades. Esta medida é incomum, porque as «últimas aparições oficialmente reconhecidas na França são as de Lourdes, há 146 anos», sublinha o bispado de Gap em um comunicado. A proclamação do reconhecimento oficial das aparições de Nossa Senhora acontecerá em uma missa presidida por Dom di Falco Léandri, que assinou o decreto de reconhecimento. A homilia estará a cargo de Dom Georges Pontier, arcebispo metropolitano de Marsella. A Celebração será retransmitida ao vivo na França às 11h, no programa «Le Jour du Seigneur». As festividades organizadas de 1º a 4 de maio neste elevado lugar de peregrinação na França contarão com a presença de numerosas personalidades. Entre eles figuram altos cargos da Santa Sé, como o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, o cardeal Sergio Sebastiani, presidente da Prefeitura de Assuntos Econômicos da Santa Sé, o cardeal Jorge Maria Mejía, arquivista e bibliotecário emérito do Estado da Cidade do Vaticano, Dom Renato Boccardo, secretário-geral do Estado da Cidade do Vaticano, assim como vários cardeais bispos e abades franceses, e o núncio apostólico na França, Dom Fortunato Baldelli. «Desde os primeiros meses que seguiram às aparições, os peregrinos chegaram em grande número. Mas o reconhecimento não se havia feito», explica Dom di Falco. O Santuário se desenvolveu em torno da Basílica, edificada no lugar no qual a Virgem Maria apareceu a uma pastora de 17 anos, Benoite Rencurel, de 1664 a 1718, em uma aldeia isolada na beira da montanha, a 900 metros de altura, segundo indica o site do Santuário. Este centro espiritual da diocese de Gap se converteu com os séculos em uma meta de peregrinação muito além das fronteiras francesas. No programa dos quatro dias figuravam a missa da Ascensão, em 1º de maio, assim como um colóquio nos dias 2 e 3 de maio, sobre as aparições de Nossa Senhora de Laus. No alto de Saint-Étiene-le-Laus, pequena aldeia pertencente então à diocese de Embrun, em maio de 1664, a Virgem Maria apareceu a uma pastora de 17 anos, Benoite, que habitava com sua família na aldeia. Durante quatro meses, cada dia, Benoite levava seu rebanho ao lugar onde encontrou a «Bela Senhora». Esta lhe revelou: «Sou a Senhora Maria, a Mãe de Jesus» e a preparou para converter-se em testemunha da graça da conversão. A partir do outono, a Virgem Maria a saúda na aldeia de Laus, frente a Saint-Étienne. Pede-lhe então a construção de uma igreja, com uma casa para os sacerdotes. O objetivo desta iniciativa que tomará corpo rapidamente é atrair os cristãos desejosos de viver um caminho de conversão, especialmente pelo sacramento da confissão. Benoite se converte então em membro da Terceira Ordem dominicana. Benoite, no século de Luis XIV, do jansenismo e das guerras de religião foi durante 51 anos «uma das fontes mais escondidas e mais potentes da história da Europa», segundo dizia Jean Guitton, escritor e filósofo, dado que ela não sabia ler nem escrever. Desde as origens das peregrinações, as curas físicas e morais foram reconhecidas em grande número, especialmente pelas unções do óleo da lâmpada do Santuário aplicadas com fé, segundo o conselho que a Virgem Maria ofereceu a Benoite. Esta morreu aos 71 anos, reconhecida por todos como uma santa pelo fervor de sua oração, sua paciência e sua doçura na acolhida dos peregrinos, e sua obediência à Igreja.

Papa à guarda suíça: vós sois o símbolo de fidelidade à Cristo

Bento XVI recebe em audiência membros da Guarda Suíça e seus familiares na véspera do juramento de novos recrutas.

Vaticano anuncia beatificação do Cardeal Newman e dos pais de Santa Teresinha

A ACI Prensa publica no vídeo uma declaração do Cardeal Saraiva Martins anunciando a beatificação do Cardeal Newman e dos pais de Santa Teresinha de Jesus.

"Fantástico" mostra o lado superficial do Santo Daime

Na reportagem abaixo do "Fantástico" são mostrados vários aspectos superficiais da religião do "Santo Daime". Pode-se verificar, por exemplo, alguns tipos simpáticos por causa das roupas, dos personagens, dos símbolos cristãos, de alguns rituais aparentemente inofensivos, etc. No entanto, a parte que fala do caráter alucinógeno da bebida diz muito pouco, nem tampouco a reportagem mostrou as pessoas em transe, que alguns depoimentos dizem ser uma cena deprimente, pois os efeitos da bebida são diferentes para cada pessoa. A pretexto de religião poder-se-ia permitir, então, o uso indiscriminado de uma bebida alucinógena? Não valem aqui os depoimentos parciais de alguns consumidores, pois estes, no afã de propagar as benesses da bebida, ocultam cautelosamente seus malefícios.

Elite promove consumo de drogas na amazônia

A "Folha de São Paulo', edição de 5 de maio de 2008, publica reportagem documentando a prática do consumo do pó alucinógeno chamado "ayahuasca", em plena floresta amazônica, debaixo de rituais de xamanismo e curandeirismo indígena. Há muitos anos que vem sendo promovida pela elite o consumo daquela droga, com cultos religiosos chamados "Santo Daime", "Alto Santo", "União do Vegetal" ou "Barquinha". Os aspectos religiosos do culto são formados por misturas sincretistas do catolicismo, pagelança indígena e xamanismo africano. Predominam certos aspectos do cristianismo talvez para atrair mais a simpatia das pessoas.
Autoridades brasileiras estão comprometidas com o incentivo do consumo do alucinógeno; Sarney, quando era presidente, chegou a doar uma enorme área na região para a prática daquilo que eles denominaram de "cerimônias religiosas" e folclóricas. No dia 14 de novembro de 2007, um destes xamãs chamado "Padrinho Alfredo", aproveitando sua estadia em Brasília, de retorno ao céu do mapiá, após longa peregrinação por várias regionais nacionais e internacionais encontrou-se com o Senador Tião Viana, atual presidente do Senado. Foi um reencontro de velhos amigos, segundo eles mesmo declararam, pois há muito tempo que mantinham relações de amizade. Foi solicitada a ajuda do senador para projetos sociais como luz para todos, projeto cidadania, apoio à agricultura, entre outros. Um grupo do "Santo Daime" também foi recebido pelo representante do Ministro de Segurança Institucional, Gal. Armando Félix, no dia 23 de novembro de 2006, que prometeu aprovar a institucionalização de seu culto pela área de segurança militgar. E é debaixo desta aparência que, hoje, outras autoridades de peso, dentre elas o ministro da Cultura Gilberto Gil, estão procurando aprovar o "tombamento" daquele "culto" no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O mesmo instituto que procura preservar a cultura, tentando salvar momumentos e movimentos culturais, agora pretende salvar e incentivar o uso de drogas alucinógenas. E não se alegue que os consumidores de tais drogas são os nativos, porque na verdade trata-se, em sua maioria, de europeus que vêm ao Brasil para provar um pouco do "paraíso" da alucinação das drogas. O produto também é exportado para outros países...
O consumo ritualístico do pó "ayahuasca" é uma prática que se tornou internacional, com a presença lá de elementos de várias nacionalidades, como constatou o próprio repórter da "Folha": noruegueses, finlandeses, e suecos foram fotografados e mostrados na reportagem em referência, onde, os únicos brasileiros vistos ou falados são os xamãs que promovem os rituais. Diz-se também, como consta numa reportagem do "Fantástico", da Globo, que possuem igrejas em vários países do mundo. No entanto, o ministro Gilberto Gil declarou: "Espero que nós possamos celebrar em breve o registro do ayahuasca como patrimônio cultural da nação brasileira". Ele foi lá para presenciar e prestigiar uma das cerîmônias praticadas por um culto chamado "Centro de Iluminação Cristã Luz Universal", também chamado "Alto Santo".
A bebida é feita da fervura de duas plantas nativas da região: o cípó "jagube" e as folhas do arbusto "chacrona", que são também conhecidos como "hoasca" ou "santo daime". Diz lá que "há registros, datados de mil anos, de índios da Amazônia usando a bebida em sessões de cura e xamanismo". Que tipo de registros existiam há mil anos atrás entre os índios se eles não possuíam qualquer escrita ou forma de documentar sua vida cotidiana? Nada disto é explicado. O único registro conhecido hoje são os textos dos cronisas quinhentistas, portugueses ou não, relatando o uso de certos cipós alucinógenos, como um chamado "ypadu", tão ou mais nocivos ao homem quanto o tabaco. A respeitos dos supostos malefícios que tais alucinógenos podem causar ao organismo humano diz-se apenas que o governo está permitindo o seu uso somente nas cerimônias religiosas, e que em 2004 o Conselho Nacional Antidrogas criou um grupo de trabalho para estudar os efeitos da substância. Enquanto isso... o santo daime continua a drogar incautos europeus ou brasileiros que querem participar de um ritual, talvez até satânico, onde os efeitos da droga o fazem sonhar com outro mundo maravilhoso.
Segundo a "Folha", a "Fundação Livre para o Estudo da Cultura da Ayahuasca da Igreja Flor da Jurema recebe visitantes brasileiros e estrangeiros que queiram conhecer a prática da religião daimista desde o processo de feitura do chá, a vacina do sapo kambô e os usos do rapé e do colírio sananga". Uma demonstração de que o movimento em torno do uso daquele alucinógeno é feito por certa elite decadente está no preço cobrado: o sujeito tem que desembolsar 1.000 dólares (vejam bem, não é a nossa moeda, o real, não; tem que ser em dólar) para ir lá participar dos rituais e consumir o chá. Durante todo o processo do feitio do mesmo, que dura 15 dias, o visitante pode "meditar" ou participar dos trabalhos, sempre bebendo o "daime".
As reações dos consumidores de tal droga são as mais variadas, mas há um sentimento comum: inicialmente sentem o sabor amargo e enjoativo da bebida e depois vem uma sensação de alívio e maravilhamento. Uma testemunha chegou a dizer que "foi a experiência mais próxima da morte de todas que conheci. Vi a escuridão mais profunda, densa e concreta. Minhas pernas não aguentavam o peso do corpo e tive de me sentar de cabeça baixa, com os cotovelos nos joelhos". Mas, passados uns dois minutos, foi despertado pelo espírito da bebida: "...voltei a respirar ouvindo o canto de um hino do Santo Daime entoado pelo caboclo..." "Vomitei, espirrei, tossi e babei. Tudo ao mesmo tempo. Pela hora seguinte, caminhei cambaleando e me atolando nas poças de lama do chão, me enroscando em cipós e me cortando nas folhas de tiririca".

Os otimistas e a Revolução

Num blog português, "Paulo Faria & Cia", encontrei um "credo" dos otimistas (ou dos sumamente egoístas), em meio a frases sobre a felicidade, de Baden-Powell, lindas paisagens e um relato brando sobre a Revolução da Sorbonne de 1968. Assim reza aquele credo (mantive a grafia original, "optimistas" lá em Portugal) que se poderia chamar também "credo dos idiotas e dos medíocres":
"Credo dos Optimistas. O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson. Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito. Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar. Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles. Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real. Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor. Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso. Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro. Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar. Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas. Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções. Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.Assim seja!"

Sujiro que alguém crie também o "credo dos pessimistas", que deveria, mais ou menos, basear-se no contrário do "credo acima": tudo vai mal, nada me acontece de bom, nem aos outros, a humanidade caminha para desgraça, todos são infelizes, falar sempre aos outros que nada tem mais jeito, tudo está perdido, etc., etc. O blog do Paulo Faria tem o seguinte endereço:


Sorbonne, maio 68: a revolução passo a passo (2)

2. Unindo forças, como conseguir adesão dos operários
Antes de tudo, tenhamos presente que muitos dos articuladores e mentores da revolução desempenham seu papel como se fossem atores de uma peça de teatro: nem tudo aquilo que dizem ou fazem representa a realidade de seu modo de pensar, mas apenas o que as circunstâncias pedem. Assim, para fazer com que muitos dos operários ou até mesmo o povo simples aderissem aos revolucionários entrou em cena todo um teatro montado pelos comunistas. Passaram estes a investir contra os "estudantes", chamando-os de provoca7⁷dadores, inimigos da classe operária, inimigos do povo, etc., com intuito de fazê-los cair na simpatia popular. Bastante lógico: se os comunistas eram impopulares, mal amados da população, todos aqueles que estes detestassem cairiam fatalmente na simpatia popular. Foi o que ocorreu.
As manifestações agora passam para outro nível. É necessário a adesão dos trabalhadores, mesmo que as centrais sindicais não o queiram. Os líderes da revolta comandam, então, uma marcha da multidão de sediciosos até à fábrida da Renault, situada em Boulogne Billancourt. Fazendo o jogo de que falamos acima, as centrais sindicais proclamam os velhos chavões da esquerda: greve geral, protestos contra a ação policial, reivindicações salariais, redução da jornada de trabalho (velha tese comunista), direitos sincidais, etc. Por seu turno, os jornais comunistas atacam acintosamente os "estudantes". O principal deles, "L'Umanité", publica que "alguns pequenos grupos (anarquistas, trotskistas, maoístas), formados principalmente pelos filhos da grande burguesia e liderados pelo anarquista alemão Conh-Bendit, estão se aproveitando das fraquezas do governo...". Em outros jornais, assim como nos panfletos e pasquins, a linguagem dos comunistas é a mesma.
Os manifestantes se dirigem à Renault sabendo que sindicalistas iriam causar-lhes dificuldades, pois muitos não entendiam o sentido daquela revolução e alguns faziam o papel da trama acima. Chegando lá, misteriosamente os portões da fábrica estavam escancarados. Tudo parece normal na fábrica. Apenas alguns sindicalistas, de megafone na mão, convocam o pessoal para uma greve mas não falam em "ocupação" da fábrica para não assustar os trabalhadores. Panfletos são distribuídos, a maioria escrita em espanhol, pois muitos dos trabalhadores eram estrangeiros (argelinos, africanos, latinos, espanhóis, etc.). Os oradores também falam os dois idiomas, revezando-se a cada instante um francês e um espanhol. Chegada a hora do início do trabalho, nota-se que a maioria entra na fábrica sem dar ouvidos aos oradores. Alguns não sabem nem o que está ocorrendo... Calcula-se que menos de 25% daqueles trabalhadores eram sindicalizados. E a Renault era, na época, a maior fábfrica de automóveis na Europa. Enquanto isto, os "estudantes" chegavam para promover a ocupação da fábrica.
Elementos oriundos do comando da revolulão são enviados para conversar com os sindicalistas e tentar evitar que estes lhes causassem obstáculos. Alguns distúrbios começam a se esboçar, oriundos de desentendimentos entre "estudantes" e sindicalistas. Disicussões acaloradas, repentinamente, são emudecidas, e o clima se amaina com a saída dos sindicalistas de cena. Misteriosamente só ficam ali os moderados. Em poucos instantes os liderados por Conh Bendit preparam a ocupação da fábrica.
Enquanto isto, dentro da fábrica, são os sindicalistas moderados que estão de megafone na mão tentando acalmar os trabalhadores e fazendo crer que os estudantes são amigos e não vieram ali para lhes trazer problemas ou dificultar suas reivindicações. Falam apenas de seus problemas comuns, salários, horário de trabalho, acordos com o governo, etc. Nada falam sobre os amotinados que estão lá fora. Mas, no final, o assunto é lançado de uma forma sutil: alguém pede que eles saiam em passeata para aderir a uma grande manifestação planejada para aquela tarde, onde se uniriam a estudantes e operários pela mesma causa. No momento em que é feito o convite alguns (não se sabe ao certo quem iniciou, mas fazia parte da trama) começam a assobiar uma canção completamente desconhecida dos operários - a internacional socialista. Pouquíssimos sabiam a música (só alguns dos estudantes) e ninguém sabia a letra.
Assim, paulatina e lentamente, os revolucionários foram tomando conta da fábrica, sem alarde, sem assustar os trabalhadores, até assumir o comando completo das ações. Esta foi a primeira fábrica a ser ocupada, logo viriam outras...

domingo, 4 de maio de 2008

A Sorbonne

Sorbonne é uma antiga Universidade de Paris que hoje é usada para se referir às suas instituições sucessoras, que formam um conjunto de quatro universidades (Université Paris I - Panthéon-Sorbonne; Université Paris III - Nouvelle-Sorbonne e Université Paris IV - Paris-Sorbonne). Localiza-se no centro de Paris, no quinto "arrondissement" (distrito), em frente ao Lycée Louis-Le-Grand (escola secundária) e ao Collège de France (universidade , próximo ao monumento Le Panatheón, às universidades Paris I, Paris II, Paris IV e Paris V, e ao Parque Luxemburgo (onde encontra-se o Senado), no chamado Quartier Latin (Bairro Latino), onde concentram-se várias escolas superiores e museus. A Sorbonne tem sua origem como instituição da Igreja Católica e foi fundada como colégio integrante da Universidade em 1257 por Robert de Sorbón (daí o seu nome), com a intenção de facilitar o ensino da teologia a alunos pobres. Três séculos depois, o local converteu-se em lugar privilegiado para a realização dos debates da faculdade de teologia e teve um papel importante nas querelas religiosas do país, especialmente no caso da guerra dos cem anos no século XV.

Sorbonne, maio 68: a cachorrada na França


Este vídeo é de um grupo direitista francês "Vigilance & Information", onde são mostrados os aspectos violentos da revolução e o caráter marxista da mesma. Ao final, mostrando a maciça manifestação pacífica da população em apoio a De Gaulle (alguns dias após os lances de violência daquela revolução) demonstram ser do partido gaulista e não perceberam o alcance internacional das idéias ali pregadas que vieram a influenciar, como até hoje influenciam, toda a elite intelectual do mundo ocidental.,

Jesu Dulcis Memoria

O conjunto musical dos Arautos do Evangelho, composto de monges e monjas e regidos pelo padre João Scognamiglio Clá Dias, presidente Geral, faz excelente apresentação da música de Tomás Luís de Victoria (séc. XVI) "Jesu dulcis memoria".

sábado, 3 de maio de 2008

Sorbonne, maio 68: imagens do caos e da desordem

Calçamentos destruídos, carros incendiados, pancadarias, arruaças, gritos, correrias, agressões configuradas à paz social perpretadas pelos revolucionários: como se deduzir que de tais distúrbios poderia advir um futuro de felicidade e paz para a humanidade como querem os que apoiaram e ainda apoiam os ideais daquela Revolução? Não precisa nem saber francês para saber o que o locutor está dizendo: os fatos falam por si.