Agradeço a Santiago Chiva, da Espanha, por informar sobre os vídeos divulgados pela campanha "Du Bist Deutschland" (traduzido literalmente: Foi magia germânica). A campanha foi lançada por um executivo da Bertelsmann AG, Gunter Thielen, e visa produzir uma série de pequenos vídeos que falam de temas sociais para "levantar a moral" do povo alemão. Um dos vídeos em questão se destina a fomentar uma maior aceitação social das crianças naquele país. Desde que o aborto foi liberado vem crescendo assustadoramente a prática de tão abominável crime, que ele informa, segundo dados oficiais, ascender a mais de 4 milhões anuais. Há exagero nestes dados, pois a população alemã não chega a 90 milhões de habitantes. Nos Estados Unidos da América, campeão mundial de abortos com uma população em torno de quase 300 milhões, o "pico" de abortos (segundo dados oficiais) foi de 1,6 milhões na década de 70. Na Alemanha, o aborto é legal desde a Alemanha nazista, o segundo país a aprovar leis abortistas, após a Rússia comunista de Lênin, que foi o primeiro em 1920. Algum tempo depois surgiram leis abortistas mais amenas, como a que estipulou a idade de 12 semanas para o feto e foram legalizadas no Leste (ex-DDR) em 1972, enquanto que na Alemanha Ocidental o legalizou em 1976; depois da reunificação a lei comum passou no Parlamento alemão, Bundestag, em 1992. Acredita-se que o número de abortos gire em torno de 130 mil por ano na Alemanha. Como lá o governo não cobre os custos, o aborto é pago nas clínicas particulares, é provável que muitas mulheres procurem outros países europeus, como a Espanha, onde a prática é paga pelo governo. Atualmente, na União Européia se pratica um aborto a cada 25 segundos e a cada 30 segundos há uma separação familiar. Apesar da grave crise demográfica, no Parlamento Europeu parece prevalecer uma cultura que propõe formas de família alternativas à natural, matrimônios homossexuais, pílulas abortivas e eutanásia, enquanto os países como a Polônia (onde as leis abortistas foram abolidas com a queda do comunismo), nos quais os abortos diminuem, são criticados. Mas há um outro fator que pesa na Alemanha, como no resto da Europa: a taxa de natalidade vem caindo vertiginosamente, comprometendo até mesmo a reposição de mão-de-obra nacional, exigindo-se mais imigrações. Será que uma campanha publicitária, veiculada na TV e na mídia de modo geral, poderia mudar este quadro? Precisamos de informações mais exatas a respeito. O meu informante diz que depois dessa campanha (Du Bist Deutschland) a natalidade tem crescido na Alemanha.
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