Pio XI criticou, já em 1931, as esterilizações e leis eugênicas de países ditos democráticos. Fica demonstrado que democracia não é sinônimo de respeito aos direitos fundamentais do homem. Geralmente isso ocorre com governos que se negam a aceitar o que chamam de “tutela moral”, principalmente da Igreja, hoje a maioria dos governos europeus. Muitas dessas “democracias”, como a alemã, poderiam ter salvo milhares de vítimas se tivessem ouvido o Papa em 1931. A garantia de que o regime de determinado país seja “democrático” começa pelas eleições livres de todos os cidadãos. Muitos desses, hoje, principalmente na Europa, que se dizem democrático, foram os que mais tardaram em reconhecer tais direitos. Ou, de outro lado, houve alguns que foram pioneiros, mas logo mudaram. A Alemanha, por exemplo, foi uma das pioneiras em reconhecer o voto feminino, em 1871, mas revogado no período nazista de 1933 a 1945. A Suécia, que se vangloria de sua democracia, somente o aprovou em 1921. No após-guerra quase todos os países europeus já o haviam reconhecido, inclusive a própria Espanha e Portugal. No entanto, foram tais países os pioneiros em aprovar leis eugênicas como esterilizações, uso compulsório de contraceptivos, etc.
Países como Alemanha, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Estônia e Suécia, até mesmo os Esados Unidos da América, todos com fama de democratas, ferem direitos inalienáveis da pessoa humana, o direito à vida, ao aprovarem o aborto. A eugenia, que é usada com o pretexto de esterilização, aparece em finais do século XIX, conforme recorda o bispo argentino Carmelo Giaquinta, uma pseudo-ciência criada para “melhorar a espécie humana”. Em 1907 surge a primeira lei eugênica nos Estados Unidos da América, no Estado de Indiana. Depois, seguiram-se campanhas em favor da eugenia na Suécia (1922), Noruega (1923), Suíça (1928) e Dinamarca (1929), todos países que se dizem democráticos e respeitadores dos direitos humanos. Não é preciso lembrar que o Nazismo teve na eugenia uma de suas principais bandeiras de pureza de raça. A Finlândia, também tida como democrática, aprovou leis eugênicas em 1935, as quais além de esterilizar a população proibiam ou multavam os matrimônios de certos cidadãos, castigavam nascimentos de certos filhos, etc. Tudo parecido com o que ocorre na China de hoje...
Agora mesmo a Zenit divulga uma notícia de que o Parlamento Europeu “deplora” a posição da Igreja sobre contracepção. Estão tão empenhados em promover o que eles chamam de “saúde reprodutiva”, eufemisno para encobrir o aborto e outros crimes contra a humanidade, que uma resolução, a de n. 5, votada no último dia 3, pretende incrementar ao máximo este programa até o ano de 2015. Segundo o “L’Ossevartore Romano”, nessa resolução se pretende chegar naquele ano com o acesso universal à saúde reprodutiva, que inclui todo tipo de recursos para diminuir a população mundial, inclusive com a prática do aborto. E esta campanha do Parlamento Europeu faz parte de um programa global, incentivado e pressionado pela ONU, OMS, várias organizações e poderosos lobbys abortistas, financiados por fundações riquíssimas, como a Ford e outras empresas de grande porte, tendo como um dos alvos prediletos a América Latina. E para ser “moderno”, “democrata”, “estar no vento da moda” e da atualidade, o governo brasileiro abraçou essa causa com unhas e dentes, dando carta branca a algumas personalidades visceralmente abortistas, como o ministro Temporão e alguns do STF, com o fim precípuo de rezar na mesma cartilha, mesmo que isso custe a vida de milhares ou milhões de recém-nascidos. Tudo em nome da “pureza da raça”, igualzinho ao Nazismo de Hitler...
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