Como se comportam as hierarquias eclesiásticas de cada país mediante a onda de leis abortistas que se propagam pelo mundo por pressão da ONU? No México, os bispos apenas lembram aos abortistas católicos que podem estar excomungados e pede que os mesmos não recebam a Sagrada Eucaristia. Já em outros países, como a Costa Rica e Colômbia, conclamam a população para ir às ruas. De um modo geral está havendo certa reação, não tanto frouxa e pusilânime como foi a dos bispos portugueses, mas algumas até louváveis e meritórias. Um exemplo de uma sadia reação estamos vendo agora nas Filipinas, conforme informa a Zenit, por causa de uma lei que promove práticas abortivas e anticoncepcionais.
“A Conferência dos bispos católicos das Filipinas está levando a cabo uma campanha de arrecadação de assinaturas contra o projeto de lei do aborto que atualmente tramita no parlamento do país e que é conhecido como Reprodutive Health Bill (RH).
Segundo informa L’Osservatore Romano em sua edição desta terça-feira, os bispos querem levar aos legisladores um documento de protesto contra este projeto de lei, que pretende legalizar o aborto e o uso de anticoncepcionais artificiais.
Neste documento, que se dirige tanto aos crentes como aos não-crentes, rebatem-se os dois argumentos utilizados para levar adiante esta lei, a liberdade da mulher e a luta contra a pobreza.
«Os métodos contraceptivos, oferecidos como um elemento de maior segurança para as mulheres», são usados com freqüência «como instrumentos de violação da dignidade da pessoa, e se usam abundantemente no comércio sexual», afirma o documento.
Por outro lado, a Pro-life Philippines Foundation realizou um estudo no qual mostra que «a taxa de fertilidade da mulher não tem relação direta com o nível de riqueza da nação».
Segundo os dados do National Statistics Office (NSO), os filipinos que vivem abaixo do limiar da pobreza aumentaram 2,6% entre 2003 e 2005, enquanto no mesmo período a taxa de fertilidade se reduziu 0,3%.
Segundo Marta F. Weasan, responsável da Pro-life Philippines Foundation, «o menor aumento da população não incide de fato na melhora das condições de vida». De fato, ainda que não se aprovasse a lei, prevê-se que a tendência é ao menor aumento da população, e está previsto que o nível 0 será alcançado em 2025.
Estes dados, afirma, «não justificam uma campanha de controle da população com métodos artificiais, como a lei prevê».
Um ano de polêmica
Em uma carta de 6 de outubro do ano passado, o arcebispo de Jaro e presidente da Conferência Episcopal, Dom Angel Lagdameo, já advertia que a Igreja Católica ia se opor a este projeto de lei.
O prelado afirmava naquela carta que o bilhão de pesos que o governo pretende utilizar para difundir o uso de preservativos e pílulas anticoncepcionais entre a população deveria ser investido em projetos para combater a pobreza.
«Os métodos anticoncepcionais e abortivos não são maus porque a Igreja os proíbe, mas a Igreja os proíbe porque destroem a capacidade de procriação dada ao homem por seu Criador», advertia.
Em 15 de julho passado, os bispos anunciaram a excomunhão dos políticos que apóiam o texto da Reproductive Health Bill. No dia 25 do mesmo mês, os bispos convocaram manifestações em defesa da vida em todo o país.
Está previsto para o dia 8 de setembro o lançamento de um DVD educativo com o título «Os ataques subliminares à família», que será distribuído em escolas, paróquias, missões e outras organizações eclesiais.
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