Na época do ataque ao jumbo coreano a revista “Veja” publicou:
Sem qualquer defesa: 269 pessoas a bordo de um Jumbo coreano são espatifadas em pleno vôo por um míssil soviético, em nome da soberania do território da URSS
- Vou lançar um míssil. O alvo é um avião da Korean Air Lines.- Apontar para o alvo. - Alvo na mira.- Disparar.- Alvo atingido. Estas são as vozes gravadas do piloto do caça soviético.
Jamais se conhecerá, provavelmente, a identidade do piloto soviético que, a 10.000 metros de altitude, travou este terrível diálogo com um superior hierárquico estacionado numa base militar da Ilha Sacalina, uma das áreas mais secretas da União Soviética, às 3h26 da madrugada daquela fatídica quinta-feira. Os nomes e patente por trás das duas vozes que falavam em russo talvez pudessem iluminar um dos muitos pontos obscuros que envolvem o massacre, em pleno céu, dos 269 passageiros e tripulantes do Boeing-747 da companhia civil Korean Air Lines que, vindos de Nova York, planejavam desembarcar em Seul, capital da Coréia, 2 horas e meia mais tarde - e acabaram pulverizados sem deixar traço, numa das mais chocantes tragédias da história recente da aviação.
Poucos dias depois os próprios soviéticos reconheciam o fato. Diziam que o avião invadiu o espaço aéreo da URSS, como já vinha ocorrendo com frequência, e por isso resolveram agir e tomar as providências necessárias, no caso o simples abatimento do avião lotado de civis. Qual a razão da mídia procurar omitir o caso do jumbo sul coreano quando relaciona os diversos acidentes aéreos ocorridos em anos passados? Não é para pensar no caso?
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