Trata-se de um estado de espírito que predomina no mundo atual. Há também o desânimo, mas enquanto este faz a pessoa perder a coragem de agir ou reagir, a moleza a faz ceder imediatamente a qualquer investida ou ameaça.
Foi por moleza que muitos homens cederam aos imperativos da moda filosófica e caíram no ceticismo, outros caíram na tibieza e até na desesperança. Sim, por que a falta de fé leva à desesperança.
Eis os problemas criados pela vida moderna: ceticismo, incredulidade, tibieza, moleza, desânimo e, por último, desesperança. E hoje a desesperança parece caminhar como resultado último dos males modernos, como a violência, as injustiças, o caos social, etc.
Este estado de moleza, digamos assim, universal, é decorrente da ação da Revolução, pois tudo o que os revolucionários pregaram e fizeram nestes últimos séculos não trouxe outras conseqüências para o homem moderno senão a solidão, o desengano, a falta de confiança nos dias futuros; ao lado de multidões enormes que são, como as massas, movidas por fora...
Oração contra a moleza
Ó Maria Santíssima, nós Vos pedimos que nos obtenhais a graça de jamais sermos moles em face da Revolução, de não perdermos uma só ocasião de a combater, e de a combater implacavelmente!
Obtende-nos a graça de empregar todos os meios para conter o ímpeto da Revolução, para aniquilá-la, e para fazer vencer por toda parte a Santa Igreja e a Civilização Cristã. Para que com isto vençais Vós, ó Maria, Rainha do Céu e da Terra, e vença o Vosso Divino Filho. Vós sim, ó Maria, cuja vitória é necessariamente e esplendidamente a vitória de Vosso Divino Filho.
Ó Maria, venha a nós o Vosso Reino, para que a nós venha o Reino de Jesus. Mandai que se acelerem os acontecimentos por Vós previstos em Fátima, a fim de que a presente época de reinado da Revolução satânica e igualitária cesse o quanto antes, e sobre nós desça o vosso Reino. Não para ser o reino dos preguiçosos, dos moles, que em última análise, se vencerem terá sido só porque Vós interviestes, com os vossos Anjos, a favor deles. Mas para ser o reino dos heróis que lutaram como gigantes, porque a graça e as virtudes cristãs, e sobretudo as virtudes da pureza, da fortaleza e da humildade, os nimbaram como uma coroa, e eles souberam ser, ao mesmo tempo, terríveis na hora da batalha, e despretensiosos e desapegados na hora da vitória.
Obtende-nos de Deus força, força, força! Força a favor da justiça, força a favor do bem, força a favor da Contra-Revolução. Força a favor vosso, Maria Santíssima nossa Mãe, a favor de vosso Divino Filho, nosso Salvador e Redentor. Força, enfim, a favor da Santa Igreja e da Civilização Cristã.
Tornai-nos fortes para que, amando-Vos com o amor dos fortes, saibamos servir-Vos com a dedicação e eficácia dos fortes, a fim de que chegue o quanto antes o vosso Reino sobre a terra, ó Maria, ó Jesus!
(extraído, com pequenas adaptações, do artigo “Reflexões sobre a execução de Luis XVI”, de Plínio Correa de Oliveira).
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