Cardeal Saraiva Martins condena «suspeita acerca de Deus»
O Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, lamentou hoje em Fátima a “sombra escura de suspeita acerca de Deus e da sua obra”.
Falando aos milhares de peregrinos que enchiam o recinto do Santuário, na Peregrinação Internacional de Maio, o Cardeal português lembrou que, há 91 anos, as Aparições tiveram lugar “nos começos de um século ensanguentado pela loucura de duas Guerras Mundiais, marcado por nacionalismos exasperados, por ideologias ateias e materialistas, que procuraram sufocar a luz da Fé no coração dos homens, no decorrer de sucessivas gerações”.
Segundo este responsável, existe no nossos dias “esta «apostasia da Fé» – como a definiu o Papa João Paulo II – que progressivamente comprometeu e contagiou a nossa Europa cristã, que sempre ofereceu ao mundo, ao longo dos séculos, uma cultura rica em humanidade, criativa, respeitadora do Homem e da sua altíssima dignidade de filho de Deus e irmão de Cristo”.
“É precisamente à nossa época, saturada e desesperada, que continua a falar o Coração desta Mãe, traduzindo as coisas de Deus numa linguagem familiar, simples, facilmente compreensível por todos”, referiu D. Saraiva Martins, frisando a actualidade da Mensagem de Fátima.
Na homilia do 13 de Maio, o membro da Cúria Romana sublinhou que “foi a Virgem Nossa Senhora que nos convidou para virmos a este lugar santo, verdadeiro «altar do mundo», do qual brotou, há mais de 90 anos, a luz evangélica do Amor e da Misericórdia”.
“Perante a perda do sentido dos valores e a desorientação das consciências”, indicou, Fátima apresenta “princípios não negociáveis, dos quais inevitavelmente se deve partir para fundar uma correcta convivência, civil e cristã”, tais como “a vida; a família; o matrimónio, como união estável e fiel de um homem e de uma mulher, e não de qualquer outro modo; a caridade concreta; a dignidade pessoal, estendida a todos os momentos e a todas as dimensões da existência”.
Para o Cardeal português, “só em Deus o homem se encontra plenamente a si mesmo”. “A Fé não é uma fuga das próprias responsabilidades ou um estéril dobrar-se sobre si mesmo: é fonte de luz e de força interior, que nos anima e nos permite afrontar corajosamente os problemas e os desafios da vida”, indicou.
“O homem de hoje, iludido e desiludido da vida, por vezes parece ter desistido de esperar. Caíram as consideradas certezas das ideologias; o bem-estar e o consumismo – que aparentemente satisfazem as nossas necessidades e exigências –, caíram esses sistemas que revelam, de facto, cada vez mais, a sua inconsistência, a sua radical incapacidade de fazer feliz o homem de hoje, do nosso tempo, o homem que encontramos todos os dias no caminho da nossa vida”, alertou.
Neste contexto, indicou, “Fátima é uma escola da Verdade porque nos defende das fábulas e nos ensina a encarar e a interpretar a realidade com o coração de Deus. Não se cala sobre o destino último do Homem, não minimiza as nossas responsabilidades, mas indica os caminhos que nos conduzem ao Mistério”.
“À silenciosa ou manifesta «apostasia da Fé» – há também a «apostasia da razão» – a Virgem Maria não contrapõe as vazias palavras do mundo ou a mentira de uma nova ideologia, mas propõe novamente Cristo, e Cristo Crucificado”.
O Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, lamentou hoje em Fátima a “sombra escura de suspeita acerca de Deus e da sua obra”.
Falando aos milhares de peregrinos que enchiam o recinto do Santuário, na Peregrinação Internacional de Maio, o Cardeal português lembrou que, há 91 anos, as Aparições tiveram lugar “nos começos de um século ensanguentado pela loucura de duas Guerras Mundiais, marcado por nacionalismos exasperados, por ideologias ateias e materialistas, que procuraram sufocar a luz da Fé no coração dos homens, no decorrer de sucessivas gerações”.
Segundo este responsável, existe no nossos dias “esta «apostasia da Fé» – como a definiu o Papa João Paulo II – que progressivamente comprometeu e contagiou a nossa Europa cristã, que sempre ofereceu ao mundo, ao longo dos séculos, uma cultura rica em humanidade, criativa, respeitadora do Homem e da sua altíssima dignidade de filho de Deus e irmão de Cristo”.
“É precisamente à nossa época, saturada e desesperada, que continua a falar o Coração desta Mãe, traduzindo as coisas de Deus numa linguagem familiar, simples, facilmente compreensível por todos”, referiu D. Saraiva Martins, frisando a actualidade da Mensagem de Fátima.
Na homilia do 13 de Maio, o membro da Cúria Romana sublinhou que “foi a Virgem Nossa Senhora que nos convidou para virmos a este lugar santo, verdadeiro «altar do mundo», do qual brotou, há mais de 90 anos, a luz evangélica do Amor e da Misericórdia”.
“Perante a perda do sentido dos valores e a desorientação das consciências”, indicou, Fátima apresenta “princípios não negociáveis, dos quais inevitavelmente se deve partir para fundar uma correcta convivência, civil e cristã”, tais como “a vida; a família; o matrimónio, como união estável e fiel de um homem e de uma mulher, e não de qualquer outro modo; a caridade concreta; a dignidade pessoal, estendida a todos os momentos e a todas as dimensões da existência”.
Para o Cardeal português, “só em Deus o homem se encontra plenamente a si mesmo”. “A Fé não é uma fuga das próprias responsabilidades ou um estéril dobrar-se sobre si mesmo: é fonte de luz e de força interior, que nos anima e nos permite afrontar corajosamente os problemas e os desafios da vida”, indicou.
“O homem de hoje, iludido e desiludido da vida, por vezes parece ter desistido de esperar. Caíram as consideradas certezas das ideologias; o bem-estar e o consumismo – que aparentemente satisfazem as nossas necessidades e exigências –, caíram esses sistemas que revelam, de facto, cada vez mais, a sua inconsistência, a sua radical incapacidade de fazer feliz o homem de hoje, do nosso tempo, o homem que encontramos todos os dias no caminho da nossa vida”, alertou.
Neste contexto, indicou, “Fátima é uma escola da Verdade porque nos defende das fábulas e nos ensina a encarar e a interpretar a realidade com o coração de Deus. Não se cala sobre o destino último do Homem, não minimiza as nossas responsabilidades, mas indica os caminhos que nos conduzem ao Mistério”.
“À silenciosa ou manifesta «apostasia da Fé» – há também a «apostasia da razão» – a Virgem Maria não contrapõe as vazias palavras do mundo ou a mentira de uma nova ideologia, mas propõe novamente Cristo, e Cristo Crucificado”.
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