sábado, 2 de maio de 2009

Quem mata mais, a gripe ou o pânico?

Parece que o fenômeno midiático detonado sobre o México começa a se esclarecer. Embora ainda de uma forma tímida já se ouve vozes que vêem no caso mais alarde artificial do que real. Em sua edição de hoje a "Folha de São Paulo" estampa um artigo de Clóvis Rossi ("Jack e a gripe suína") onde uma pequena luz começa a surgir. Segundo ele, apareceu na Inglaterra um "desmancha-prazeres", o historiador Andrew Cook, que publicou um livro comprovando que a história de "Jack, o estripador" não passou de uma lenda criada pela mídia. Cook afirma que o estripador é personagem de ficção, nunca existiu, e foi inventado pelos jornalistas. O jornalista brasileiro logo faz relação do caso do estripador com a gripe suína: enquanto o tabloide sensacionalista britânico "The Sun" anunciava que mais de 750 mil pessoas morreriam de gripe suína só na Inglaterra, a realidade é que até o momento não passa de dez (hoje são doze) o número de mortos por esta doença, isto em todo o mundo. Em outro artigo do mesmo jornal, Joel Birman alimenta a idéia de que está se generalizando verdadeiramente uma pandemia de hipocondria no mundo: o pânico ou o simples medo de doença se espalha rapidamente em todos os países. Na mesma página do jornal há uma ilustrativa foto de um mexicano ostentando um carta que diz: "No es influenza es terrorismo de estado". No blog de Júlio Severo há um artigo de Matthew Cullinan Hoffman com o sugestivo título "Há realmente uma epidemia de gripe?". Dentre outras coisas o articulista contesta se há letalidade deste vírus (matou menos do que a gripe comum até agora, apenas doze pessoas) e que de modo geral não passa de exageros as notícias sobre a doença. Estariam se confirmando as idéias fantasiosas que comentamos em nossa postagem anterior ? - "Psy-war: é quase impossível se comprovar uma teoria de conspiração".

Nenhum comentário: