Há poucos dias (veja aqui) uma diplomata recusou-se honrosamente a comparecer à Universidade de Notre-Dame para receber título honorífico em protesto contra a mesma concessão feita ao presidente Obama. Isto despertou alguma reação contra a medida tomada por aquela universidade, que, por ser católica, não poderia nunca fazer homenagem a um político visceralmente abortista. O noticiário tendencioso da mídia, assim relatou a cerimônia já ocorrida no último dia 17 naquela universidade:
Barack Obama foi interrompido por quatro ativistas anti-aborto, enquanto discursava na universidade católica de Notre Dame, em Indiana, este domingo, segundo a AFP.
Recebido com aplausos no auditório da Universidade Notre Dame, Obama logo seria interrompido no seu discurso onde fez um apelo aos defensores e opositores do aborto para «abrirem a mente».
Logo no início do discurso, o presidente dos EUA foi interrompido por um manifestante seguindo-se outros três, que gritavam «pare de matar bebés» e «aborto é assassino».
Imediatamente os ativistas foram levados para fora do auditório pela polícia, ouvindo-se ao mesmo tempo a plateia a clamar o famoso slogan da campanha de Obama, «Yes we can» (Sim nós podemos), ao mesmo tempo que censuravam a atitude dos manifestantes.
Barack Obama discursou, dizendo que «quando abrimos os nossos corações e espíritos para os que não pensam como nós, descobrimos pelo menos a hipótese de um compromisso».
«De certo modo, os pontos de vista das duas partes são irreconciliáveis», destacou, afirmando que «cada parte seguirá propondo o seu ponto de vista com paixão e convicção. No entanto, não há dúvidas de que podemos fazer isso sem reduzir as opiniões dos nossos opositores».
Não explicou, porém, a razão de expulsar os manifestantes com a polícia, já que se diz tão democrata, prendendo, inclusive, um sacerdote de 80 anos, o padre Norman Weslin (veja o vídeo no youtube).
Antes do evento já algumas manifestações públicas contrárias à atitude daquela universidade, como a da embaixadora católica Glendon. Por exemplo, o prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, Dom Raymond Leo Burke, arcebispo emérito de St. Louis, EUA, acusou o Presidente Barack Obama, num discurso proferido em Washington, de "promover uma agenda contra a vida e contra a família". Dom Burke definiu "um escândalo", além disso, a decisão da Universidade católica de "Notre Dame", no estado de Indiana, de convidar Obama para fazer o discurso na cerimônia de entrega dos diplomas, no dia 17, ocasião em que o presidente seria agraciado com o título de doutor "honoris causa". Dom Burke criticou diversas vezes, no passado, os políticos favoráveis ao aborto, que continuam a receber a comunhão, durante a santa missa. O prelado sublinhou em seu discurso, que diversas decisões tomadas pela administração Obama nas últimas semanas "prejudicam a célula-base da sociedade, que é a família".Ele enumerou exemplos, entre os quais a concessão de fundos federais para organizações no exterior, que promovem o aborto. "Com uma arrogância sem precedentes, nossa sociedade está optando por renunciar aos fundamentos da fé" – afirmou o arcebispo."A proposta de outorgar um doutorado "honoris causa" ao Presidente Obama, por parte da Universidade "Notre Dame" – afirmou Dom Burke – a um presidente que promove de maneira agressiva, uma agenda contra a vida e contra a família, é um escândalo."A Casa Bianca aceitou o convite feito pela "Notre Dame", para o dia 17 de maio, recordando que essa Universidade "tem no passado, uma notável história de salutares confrontos de idéias e pontos de vista opostos".
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