terça-feira, 12 de maio de 2009

Que utilidade prática há para o aumento da produção científica?

Não faz muito tempo que publicamos uma postagem (veja clicando aqui), onde é mostrado um quadro da produção científica, no Brasil e no mundo. É impressionante a quantidade de artigos científicos publicados nas revistas especializadas. Segundo se evidenciou então só quem lucra com isto são as empresas que aplicam dinheiro em suas área de produção, os próprios cientistas (melhrando seus currículos) e algumas universidades (enriquecendo seu cabedal científico). Quanto à população que deveria ser beneficiada com estas descobertas, alvo final das próprias pesquisas, nem se fala. Quando esta vier a se beneficiar de algumas destas novidades postas na mídia científica já terão surgido outras que as superaram. Agora, a "Folha de São Paulo" dá a público alguns números que revelam impressionante crescimento da produção científica no Brasil, fazendo com que o país pule para a 13a posição no ranking mundial destas publicações. Segundo o ministro Fernando Haddad este crescimento foi de 56% nos últimos dois anos. Em artigo publicado no mesmo jornal, o coordenador científico do programa de revistas científicas no Brasil, Rogerio Meneghini, destaca que o número de artigos científicos aumentou de 4056, em 2007, para 12502, em 2008. Quer dizer: uma média de 34 artigos por dia, numa produção aproximada de 5 mil páginas diárias. Estes são os dados tirados apenas de uma instituição brasileira. Se formos catalogar as do restante do mundo a soma fica estratosférica. É claro que toda nova experiência científica é bem vinda. O que não parece ser de bom alvitre é esta enxurrada de produção "científica" sem se saber qual sua utilidade prática para a população. Diz-se que nem sequer 1% da produção mundial é realmente posta em prática.

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