segunda-feira, 22 de março de 2010

Infanticídio indígena: exemplo para os civilizados?

A matança de inocentes, inclusive de nascituros ou dos fetos através de abortos, é um costume que se disseminou em quase todos os povos pagãos. Em alguns deles as crianças eram oferecidas aos ídolos, como ocorreu com os caldeus das primeiras civilizações antigas. Entre os indígenas a matança de inocentes não tem, porém, nenhum pretexto idolátrico ou alguma razão aparente. Trata-se apenas de desvencilhar-se de um “incômodo” e nada mais...
E tão bárbaro "costume" não é recente, vem de priscas eras. O Beato padre Anchieta conta que uma velha índia enterrou uma criança viva, logo após nascer, pelo simples fato do pai dela haver abandonado a mãe e se juntado a outra índia. Explicou que fez isto para evitar que o menino “ficasse mestiço de duas sementes”. Matam os nascituros até mesmo como vingança por causa de alguma irritação do marido que lhe causou alguma humilhação ou desdita. Há também casos que as demais parentas matam o filho caso a mãe venha a morrer após o parto, pois não há quem lhe dê de mamar. Comenta o Beato Anchieta: “coisa que assim sem mais piedade, a criança viva e a mãe morta, ambas em uma cova” sepultavam. Sim, sepultavam viva a própria filha...
O aborto e o infanticídio não são, portanto, prerrogativas decorrentes do progresso tecnológico e social da vida moderna, é um costume que tem sua origem nos povos pagãos, especialmente entre os índios. E como praticam, especialmente os abortos? Di-lo o Beato Anchieta: “As índias, ou iradas contra seus maridos ou, as que não os têm, por medo ou por outra qualquer ocasião muito leviana, matam os filhos, ou bebendo para isso algumas beberagens, ou apertando a barriga, ou tomando alguma carga excessiva e de muitas maneiras, que a crueldade humana faz inventar”.
Parece que a maioria dos casos tinha como causa a vingança contra os maridos. A esse propósito Afonso Arinos transcreve o relato feito por Moncquet sobre um inglês que convivia com uma índia há muitos anos e, chegando ao porto um navio, nele embarcou sem levar consigo a índia que já tinha um filho dele. Furiosa, a índia pegou o filhinho e saiu despedaçando o corpo com sanha feroz pela praia, atirando metade do cadáver no mar em direção do navio que se afastava do porto. No entanto, na maioria dos casos se alegam outras razões: criança que nasceu sem o sexo desejado, aleijada ou cega, gêmeos ou trigêmeos, com alguma deformidade física, etc.
Pior do que isso eles faziam nos tempos de Anchieta. Não só matavam as crianças, mas em alguns casos as comiam em seus festins antropofágicos. São narrados vários casos em que os filhos eram também mortos e comidos juntamente com os pais, ou então, engordados para serem comidos depois...

A propósito do tema, transcrevemos abaixo o texto integral da matéria publicada no blog "Contra o Aborto" onde é também exibido um documentário, em vídeo, de autoria da índia Sandra Terena, que é jornalista formada pela PUC, contestando documentadamente aqueles que dizem não existir o infanticídio entre os índios. Quem desejar assistir o documentário na íntegrá é só acessar aqui: Quebrando o Silêncio. O vídeo vem com a seguintge explicação:

Nos dias de hoje o infanticídio (prática que resulta na morte de crianças) ainda é uma realidade em algumas tribos indígenas. Esse assunto, por ser polêmico, é contestado, e em alguns casos, tratado como inverdade ou apenas casos isolados. Em outras situações, há pesquisadores que defendem que o infanticídio faça parte da cultura indígena e por isso deve ser mantido. O papel deste documentário não é fazer um julgamento de valor sobre as práticas nas culturas indígenas. “QUEBRANDO O SILÊNCIO se propôs a escutar e a registrar as manifestações de indígenas que não querem mais praticar o infanticídio e, por isso desejam ser ouvidos e receber ajuda. No momento que o índio se manifesta, a sociedade tem a obrigação de interagir com ele e trazer soluções e alternativas para o infanticídio.

Dirigido pela jornalista indígena Sandra Terena, este documenário é resultado de mais de dois anos de entrevistas em diversas regiões do país, como o Alto Xingu, por exemplo. Por ter a direção de uma realizadora indígena, optou-se propositalmente em ouvir apenas os relatos de índios que sentiram na pele o sofrimento causado pelo infanticídio

Abaixo, um resumo do documentário.

"Quebrando o Silêncio"

Segue agora o texto do blog "Contra o Aborto":

Saulo Feitosa, Secretário-Adjunto do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), ligado à CNBB, deu a seguinte declaração em uma recente reportagem, que já foi colocada mostrada em outra postagem neste blog.
"Para ele, organizações contrárias ao infanticídio fazem uma campanha mentirosa de que a comunidade obriga a mãe indígena a tirar a vida de seu filho, quando não é verdade. "No local do nascimento, só ficam a parturiente, a mãe e a avó. Elas é que vão decidir se vão ou não deixar a criança viver. Se o filho não volta com as mulheres indígenas, é porque elas decidiram não ter a criança", afirma."
Saulo declarou isto como se fizesse algum sentido, como se fosse aceitável a parturiente, a mãe e a avó decidirem a vida ou morte de um recém-nascido. Não é, nunca foi e nunca será.
Mesmo assim, a fala de Saulo é mera ficção. Parece mesmo uma coisa produzida por um grupo de feministas/abortistas, que querem passar a idéia de que a questão de vida e morte das crianças é um simples exercício do famoso "direito reprodutivo" das mulheres.
Mas o caso é que a fala de Saulo tem um único e fatal obstáculo: a realidade.
Sandra Terena, índia da etnia Terena, é jornalista e dirigiu um documentário que aborda a dolorosa questão do infanticídio, "Quebrando o Silêncio", que pode ser visto acima.
Se Saulo assistisse o vídeo pode ser que as escamas caíssem de seus olhos... E talvez ele parasse de falar besteiras do tipo que ele declarou na referida reportagem.
No excelente documentário de Sandra Terena vemos de tudo. Vemos sobreviventes que tinham seu destino já selado por suas comunidades e que escaparam graças à caridade de terceiros; vemos gente que teve seu irmão gêmeo morto; vemos crianças que escaparam de serem quebradas ao meio.
Quebradas ao meio ao nascer! É difícil alguém sustentar que um povo, seja ele qual for, tenha o direito a manter um ponto de sua cultura que envolva quebrar uma criança ao meio por qualquer motivo. Quem sustenta isto deve ter nada na cabeça e muitas escamas nos olhos.
O documentário mostra indígenas que não têm medo em falar o quanto é errado a prática do infanticídio que ainda existe em suas comunidades. Difícil não se emocionar com o pai que teve um de seus filhos gêmeos arrancados da sua guarda para ser morto. A tristeza do casal é palpável.
No documentário, os próprios índios dão as pistas de o porquê o infanticídio ainda é um problema em várias comunidades. Eis o que declara Álvaro Tucano, o líder Tucano do Amazonas:
"Nós temos certos índios que recebem muita influência dos antropólogos, e, como tais, eles acham que os costumes são intocáveis."
Paltu Kamayurá, é o pai que teve de ver um de seus filhos condenado à morte por ser gêmeo. Ele, ao falar sobre a abominável prática do infanticídio, fala com mais clareza que muito antropólogo:
"Agora meu pensamento não é mais como o deles, não é mais pensamento de antropólogo, que já estudou sobre a cultura do índio. Eles falam: 'Este índio... deixa eles viverem assim. Esta é a cultura deles!'. Não é. Porque a cultura não pára. Ela anda. O pensamento também anda igual ao da cultura. Por isto que hoje a gente... estamos querendo criar, pegar todas essas crianças."
Mas há gente por aí que prefere negar que infanticídio e aborto resultem em morte.
O documentário vale ser visto, revisto, compartilhado, divulgado.
Em tempos em que os abortistas espertamente tentam fazer do aborto, da morte de um ser humano indefeso no ventre de sua mãe um "direito humano", podemos ver declarações claríssimas como estas:
"Todos os seres humanos têm o direito de viver! Qualquer que seja! Pobre ou rico, ou índio..."
"Porque ele nasce como gente mesmo! Porque ela não é um animal. Ela não é filho do porco, do tatu! Saiu da pessoa, né?! "
Para finalizar, um detalhe: nos créditos do documentário, nenhuma referência ao CIMI ou à FUNASA.

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