sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Que proveito pode ter para a Igreja a olimpíada de Pequim?


A partir da queda da "Cortina de Ferro", o regime chinês vem procurando desempenhar um papel diferente na manutenção do comunismo: ali se mantém um como que respiradouro por onde a doutrina comunista procura respirar e sobreviver em meio à falência geral do regime em outros países. Não resta dúvidas de que o regime chinês é comunista: comunista com relação à organzação partidária, ao sistema de partido único e outros recursos de controle da sociedade. No entanto, eles abriram mão, em certo sentido, do direito de propriedade ser exclusivo do Estado, permitindo a existência de empresas privadas. Esta sutil e inteligente tática tem permitido carrear uma avassaladora montanha de recursos para o regime comunista chinês, pois a chamada "economia global" moderna, meio pragmática e amoral, anima os maiores empresários mundiais a transferir-se para lá. É bem verdade que estão com a "espada de dâmocles" sempre suspensa sobre suas cabeças, pois a qualquer momento o governo comunista chinês poderá tomar suas empresas e voltar ao regime de total socialização da economia. É questão de tempo e de oportunidade...
Estamos agora perante um evento inusitado: estão promovendo uma suntuosa e rica olimpíada, onde são gastos mais do que montanhas de dinheiro, destinada exclusivamente a comprar, mais uma vez, a "consciência" das nações livres, as quais, aparvalhadas, nada farão para mudar o quadro político daquela infeliz nação. Vejam os dados que a Igreja tem na China, fornecidos pelo blog "A Família Católica".
Que proveito poderá ter para a Igreja a realização daquele evento? Só o tempo poderá nos dá resposta a essa pergunta, pois a questão chinese não se resume apenas à libertação do Tibete mas de todo seu povo, que sofre uma das maiores escravidões do mundo sem esperança de libertação.
Um dos dissidentes daquele regime, Bao Tong (75 anos) é comunista e foi membro do Comitê Central do PC chinês. Divergiu de seus comparsas por ocasião do massacre da “Praça da Paz Celestial” em 1989, tendo sido preso por 7 anos e hoje se encontra sob liberdade vigiada. Assim, tudo o que escreve ou qualquer entrevisa que dá à imprensa deve, necessariamente, passar por uma censura de seus chefetes ou “verdugos”. A Ásia News divulgou declarações do mesmo sobre as olimpíadas que se ralizam em Pequim, sob o título de “A Verdade sobre os jogos olímpicos da China”. No depoimento de Bao Tong há diversas informações sobre a política, sua situação perante o governo, a organização da olimpíada, etc., mas nada fala sobre o regime de partido único, a opressão sobre o povo: uma das duas, ou ele se cala por covardia e complacência ou então a censura não deixou passar alguma revelação sobre isso.
Veja no site dos Arautos do Evangelho mais detalhe sobre a situação da Igreja na China.

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