Assim como a Doutrina
Católica nos ensina que Deus está em toda parte, da mesma forma também os Anjos
encontram-se em toda parte, fazendo com que se façam presentes em todos os
lugares os atributos divinos. Estão não só nos Céus, mas em todos os recantos
da terra e em todos os astros e estrelas.
Os
tronos celestes
No entanto, no Céu
eles estão especialmente sentados em tronos celestes que Deus lhes destinou,
como se vê no Apocalipse de São João (4, 1). Com a queda de uma terça parte dos
Anjos, seus tronos vazios foram destinados por Deus para serem ocupados pelos
homens. Por exemplo, o trono vazio de Lúcifer estaria sendo ocupado por um
grande Santo, São Francisco de Assis, conforme
se lê em sua Vida :
“Ao amanhecer voltou o irmão Pacífico. O Bem-aventurado
Francisco estava em oração ante o altar. O irmão Pacífico o esperou fora do
coro, rezando também ante o crucifixo.
Começando sua oração, foi elevado e arrebatado ao céu – se com o corpo ou fora
do corpo só Deus o sabe -, e viu no céu muitos tronos, entre os quais
sobressaía um mais alto, mais glorioso e mais resplandecente que os demais e
recamado de toda classe de pedras preciosas. Cativado por sua singular beleza,
começou a pensar dentro de si de quem seria aquele local. E no instante ouviu
uma voz que lhe dizia: “Este trono foi de Lúcifer, e em seu lugar se sentará
nele o humilde Francisco”.
Enquanto saía do êxtase, o Bem-aventurado Francisco saiu
fora e se aproximou dele. O irmão Pacífico, com os braços cruzados no peito, se
arrojou aos pés de Francisco. E, considerando-o já sentado no trono que havia
visto no céu, soluçava: “Pai, tem piedade de mim e pede ao Senhor que se
compadeça de mim e me perdoe os pecados”. O Bem-aventurado Francisco, dando-lhe
a mão, o levantou, conhecendo naquele momento que algo ele havia visto na
oração. Aparecia todo transformado e falava ao Bem-aventurado Francisco não
como a pessoa vivente, mas como quem reina no céu.
Ato seguido, como não queria revelar a visão ao
Bem-aventurado Francisco, começou a proferir palavras inquirindo como de longe,
e entre outras coisas, lhe disse: “Que pensas de ti, irmão?”. “Me parece –
disse o Bem-aventurado Francisco – que sou o maior pecador de todo o mundo”. E,
de pronto, o irmão Pacífico percebeu em sua alma esta voz: “Por aqui podes
compreender que é verdadeira a visão que tivestes. Como Lúcifer, por sua
soberba, foi arrojado daquele lugar, assim Francisco, por sua humildade,
merecerá ser enaltecido e sentar-se nele”. [i]
A Corte
Celeste
A Corte Celeste é o
conjunto de todos aqueles que estão no Céu e desfrutam da Bem-aventurança
eterna. Formam-na a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, a
Santíssima Virgem Maria, os Anjos e os homens Bem-aventurados. É quase
impossível para a mente humana conceber como se compõe a Corte Celeste.
Entretanto, podemos ter uma vaga idéia através das visões que dela tiveram
alguns santos ou do que pensam alguns teólogos.
São João, no livro do
Apocalipse teve uma visão da Corte Celeste que lhe foi mostrada da seguinte forma:
“Logo fui arrebatado em espírito e eis que vi
um trono que estava colocado no céu, sobre o qual trono estava alguém sentado.
Aquele que estava sentado no trono era no aspecto semelhante a uma pedra de
jaspe e de sardônica; e em volta do trono estava um arco-íris que se assemelhava
à cor de esmeralda. Em volta do trono (estavam outros) vinte e quatro
tronos; e sobre estes tronos estavam
sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de roupas brancas (tendo) em suas
cabeças coroas de ouro. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões; e diante do
trono (estavam) sete lâmpadas ardentes, que são os sete espíritos de Deus. Em
frente do trono (havia) um como mar de vidro semelhante ao cristal; e no meio
do trono , e em volta do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por
detrás. O primeiro animal (era) semelhante a um leão; o segundo semelhante a um
novilho; o terceiro tinha o rosto como de homem, e o quarto era semelhante a
uma águia voando. Os quatro animais tinham cada um seis asas; em volta e por
dentro estavam cheios de olhos, e não cessavam dia e noite de dizer: Santo,
Santo, Santo, o Senhor Deus onipotente, que era, que é, e que há de vir. E,
enquanto aqueles animais davam glória, honra e ação de graças ao que estava
sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro
anciãos prostravam-se diante do que estava sentado no trono e adoravam o que
vive pelos séculos dos séculos, e lançavam as suas coroas diante do trono,
dizendo: Tu és digno, ó Senhor nosso Deus, de receber a glória, a honra e o
poder, porque criaste todas as coisas, e pela tua vontade é que elas existem e foram
criadas” (Apoc 4, 2-11).
Maria
Santíssima, Rainha dos Anjos
Papel importantíssimo
tem a Mãe de Deus, Maria Santíssima, na Corte Celeste. Os coros angélicos festejam continuamente
suas grandezas.
“Os ilustres autores do Tesouro de Oratória Sagrada assim
nos apresentam o encanto dos espíritos celestiais, diante da Santíssima Virgem:
“Nunca se poderá negar que Maria é superior aos Anjos em
graça e em glória. E ,
por isso mesmo, não se poderá negar que, sob ambos aspectos, deve-se chamar
Rainha de todas as inteligências angélicas (...)
“E os Anjos A vêem constituída, por sua glória e por sua
graça, sobre a esfera deles, arrebatados pela divina beleza que resplandece em
seu rosto, e submissos ante a divina grandeza de que está Ela revestida,
executam seus mandatos, veneram seu nome e celebram sua dignidade.
“Não por isso se pense que somente quando os Anjos viram
a Maria no Céu e sentada no trono da glória, A saudaram como Rainha. Não. Desde
o primeiro instante de sua vida já Lhe tributaram os devidos obséquios, pelo
fato mesmo de que, desde então, transportados em êxtase de admiração,
suspiravam por esta Mulher singularíssima, que embora vinda de um deserto, se
apresentava cheia de graça e de grandeza. Por conseguinte, perguntando-se uns
aos outros, e pedindo-se mutuamente a explicação deste grande acontecimento,
deste fato único nos anais dos fatos mais extraordinários e solenes, desta
indizível maravilha, exclamavam (Cant VIII, 54): “Quem é esta que sobe do
deserto, inebriada de delícias?” (...)
“Assim, se ainda quando Maria andava como peregrina pelos
ásperos caminhos deste vale de lágrimas, os Anjos Lhe serviram de criados e de
ministros, o que não farão agora, que A vêem ascender da Terra ao Céu, e aí
colocada esplendidamente sobre todas as suas ordens e coros? (...)
“Reconhecendo-A por Rainha, dançam em sua presença os
Anjos, aplaudem-Na os Arcanjos, as Virtudes A glorificam, os Principados A
enaltecem, regozijam-se as Dominações, alegram-se as Potestades, festejam-Na os
Tronos, cantam-Lhe louvores os Querubins e celebram seus privilégios os
Serafins”. [ii]
Até
mesmo a pureza de Maria excede à angélica:
“Também segundo São Boaventura, Nossa Senhora excede em
pureza aos Anjos, “por isso eles mesmos exclamam, admirados, no Cântico dos
Cânticos: “Quem é esta, que sobe do deserto” ou seja, através da hierarquia arqui-angélica,
que foi abandonada pelos anjos apóstatas -, “como uma coluna formada de
perfumes”, porquanto Ela é purificadora; “de mirra”, porque isenta de toda
impureza; “e de incenso”, por estar limpa de toda iniqüidade”. [iii]
Maria é
admirável para os nove coros angélicos
“Entre os admiradores das grandes coisas, sobremaneira o
fazem aqueles que são dotados de inteligência mais elevada, pois compreendem
melhor os segredos da divina sabedoria. Por isso os Santos estão sempre ocupados
em admirar as obras de Deus, enquanto que os mundanos não as observam e,
portanto, pouco as admiram.
“Entre todas as criaturas, os Anjos compreendem melhor as
obras de Deus em Maria, mais profundamente as penetram e, portanto,
soberanamente as admiram.
“Os Anjos admiram a pureza pela qual Maria os excede, a
eles e a todas as hierarquias mais altas, e as ordens de cada uma delas.
“Os Arcanjos admiram seu poder iluminador, pelo qual
esclarece Ela não apenas a Igreja militante, mas ainda a Igreja triunfante.
“As Virtudes admiram sua soberania, tão extensa que
atinge e abarca o Céu, a Terra e os Infernos. Os Principados admiram a
autoridade que Ela exerce, não somente sobre as criaturas, mas ainda sobre o
próprio Criador revestido da carne humana.
“As Potestades admiram sua força coercitiva sobre os
demônios, que A temem tanto que não podem nem mesmo suportar o nome de Maria.
As Dominações admiram a elevação da qual Ela preside a todos os coros dos Anjos.
“Os Tronos admiram-Na, vendo a Santíssima Trindade
residir de um modo mais perfeito nEla, como numa Arca viva, do que neles
mesmos.
“Os Querubins admiram a ciência e a sabedoria de sua
Soberana, a quem reverenciam como sua Mestra. Os Serafins admiram sua ardente
caridade, que a eles mesmos inflama”. [iv]
Maria,
Mãe espiritual dos Anjos
“Além do mundo visível, existe um mundo invisível,
repleto de criaturas espirituais. Primogênitas da mão onipotente de Deus, estas
constituem intérmina multidão, ágil como o pensamento, pura como a luz,
verdadeiros mundos de maravilhas, ao serviço do Rei imortal dos séculos.
“Também dessas miríades de criaturas espirituais, cada
uma das quais é desmesuradamente superior ao indivíduo e à espécie humana, a
Virgem Santíssima é verdadeira Mãe espiritual.
“Que a Virgem Santíssima seja, de algum modo, Mãe dos
Anjos, é uma verdade admitida por todos os teólogos. Nem todos, porém, concebem
que os Anjos possam dizer-se filhos de Maria Santíssima como os homens. Com
efeito, alguns teólogos – os que sustentam ser a Encarnação dependente do
pecado, como de uma condição sine qua non – ensinam que os Anjos, à diferença
dos homens, não receberam de Cristo Redentor e de Maria Co-redentora a vida
sobrenatural da graça e a substância da glória, mas apenas os acessórios da
vida sobrenatural.
“Outros teólogos, ao invés, sustentam que a Virgem
Santíssima é Mãe dos Anjos, no mesmo sentido em que é Mãe dos homens, pois
também os Anjos foram criados, como os homens, elevados à vida sobrenatural da
graça e, depois da prova, glorificados em vista de Cristo, Cabeça (da Igreja),
e de Maria Santíssima, colo do Corpo Místico, formando um todo com a Cabeça.
Sua criação, portanto, sua vida de graça e sua glória dependem totalmente de
Cristo e de Maria. Segue-se, por isso, que a Virgem Santíssima deve dizer-se
Mãe, com pleno direito, dos Anjos, além de o ser dos homens”. [v]
Visão
dos Anjos na Corte Celeste
Descrevemos abaixo,
parte da visão prodigiosa que teve da Corte Celeste a Venerável Madre Ana de
Santo Agostinho, religiosa do Carmelo Reformado, discípula de Santa Teresa de
Jesus:
“Bendita seja tal Mãe, que se não despreza de o ser
nossa, sendo-a do Rei dos Céus, que como tal é servido de todos aqueles exércitos
celestiais, cujo trono vi que estava adornado com os levantados coros de
Serafins e Querubins, que sem cessar lhe
estão dizendo e exclamando aquele motete do Céu: Santo, Santo, Santo Senhor
Deus dos exércitos. Estes espíritos divinos dos Querubins e Serafins, são muito
mais levantados que os Anjos; porque estão mais perto de Deus e participam mais
de sua Divina Majestade e lhes alcança mais seu resplendor. E assim são os mais
gloriosos e estão inflamados e acendidíssimos no amor de seu Criador, que sempre
estão vendo e louvando com altíssimas e suavíssimas músicas. Sua formosura e
beleza destes Divinos Espíritos é tão grande, que a não poderei explicar: e
assim basta haver dito, que participam tão de perto da de Deus, que é de onde
procede toda, e que está dando ser a toda a glória e beleza do Céu. Grande é a
que tem a hierarquia dos Anjos; que os vi todos postos e repartidos em seus
coros com maravilhoso concerto e galharda compostura e ordem, segundo os seus
graus e todos cobertos daquele resplendor divino, que procede de Deus, a quem
sempre e para sempre estão louvando, que o têm por ofício e lhe estão dando
suaves e admiráveis músicas. Vi que os que eram guarda das almas, que estão no
Purgatório, que depois de haver cuidado delas em sua vida, as consolavam do
tempo que lhes durava o Purgatório e com grande caridade e diligência as
alentavam e pediam aos Santos rogassem a Deus por elas. E não deixam nem cessam
de exercer seu ofício, até que as apresentam à Divina Majestade: e então dão
mostras de ficarem com mui particular gozo e alegria. Assim me pareceu que os Anjos
fazem ofício de Marta e Maria: e tudo quanto fazem, não é com ruído algum; que
naquela soberana cidade não se ouvem senão suavíssimas músicas e grande
quietação e sossego como em presença de tão grande Senhor”. [vi]
Os
Anjos enchem a terra
Miríades de Anjos
permanecem constantemente na presença do Altíssimo, dando glórias a Deus e O
adorando sentados em seus tronos. Mas uma quantidade infinita “anda” no mundo
material, principalmente na terra, a velar por nós, a ajudar-nos, como os
nossos Anjos da Guarda, e outros que protegem lugares, rios, fontes, morros,
cidades, países, etc. Nosso Senhor Jesus Cristo disse que se
quisesse mandaria vir em seu socorro “doze legiões de anjos” (Mt 26, 53), quantidade superior a 72.000
(uma legião romana era composta de mais de 6 mil homens).
Quando andamos pelas
ruas, estamos dentro de uma igreja assistindo à Santa Missa, ou participamos de
qualquer ajuntamento de pessoas, devemos calcular que para cada ser humano ali
presente há também um Anjo da Guarda, além de outros Anjos que cumprem missões
diferentes naquele lugar. É por isso que na França, principalmente em lugarejos
do interior, existia antigamente um costume das pessoas ao saudarem as outras
com quem se encontravam usarem a dupla expressão "Bonjour! Bonjour!”
. Dupla saudação: uma destinada à pessoa com quem se encontrava e a outra
destinada ao Anjo da Guarda dela.
Mas há um lugar na
terra onde a quantidade de Anjos é bem maior do que em qualquer outra parte. É
a igreja onde se celebram Missas. São Gregório afirma: “Abrem-se os Céus e
deles descem multidões de Anjos que vêm assistir ao Santo Sacrifício”. Santo
Agostinho, de outro lado, diz que os Anjos rodeiam e auxiliam o sacerdote que
celebra a Santa Missa. Outro grande santo, São João Crisóstomo, afirmou:
“Enquanto se celebra a Missa, o santuário está cheio de Anjos que adoram a
Vítima imolada sobre o altar. Mal o sacerdote começa a oficiar, uma multidão de
Espíritos celestes, descalços e com roupagens esplêndidas, desde do Céu e
coloca-se em redor do altar na posição de guerreiros na presença do Rei. A
seguir, no momento da comunhão, os Anjos, com respeito e veneração, cercam os
Bispos, os Padres e os Diáconos que distribuem as hóstias consagradas aos fiéis”.
O desejo de todos os Anjos que estão no Céu é de descer até a terra e adorar a
Jesus Sacramentado. Tendo São João Crisóstomo sido expulso da sua diocese,
disse a outros bispos que o acompanhavam: “Vinde comigo, rezemos e digamos
adeus ao Anjo desta igreja”.
Sobre a assistência
dos Santos Anjos às Missas, escreveu São Leonardo de Porto Maurício:
“Era, dissemos, opinião de São João Crisóstomo, opinião
aprovada e confirmada por Gregório no quarto de seus Diálogos, que, no
momento em que o padre celebra a Missa,
os céus se abrem , e multidões de anjos descem do Paraíso para assistir ao
santo Sacrifício. São Nilo abade, discípulo do mesmo São Crisóstomo, afirma que
via, quando este santo doutor celebrava, uma grande multidão daqueles espíritos celestes assistindo os ministros
sagrados em suas augustas funções. Pois
bem, eis o meio mais adequado para
assistir com fruto à santa Missa: consiste em irdes à igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos
comportardes diante do altar como o
faríeis diante do trono de Deus, em
companhia dos santos anjos”. [vii]
Lê-se o seguinte nas
revelações de Santa Brígida:
“Um dia, quando assistia ao Santo Sacrifício, vi número
imenso de Santos Anjos que desciam do Céu, rodeavam o altar e contemplavam o
celebrante. Cantavam hinos celestes que me enlevavam o coração; e parecia que o
próprio Céu contemplava o grande Sacrifício. E, contudo, nós, pobres e miseráveis
criaturas, assistimos à Missa com tão pouco amor, gosto e respeito!”
Num livro do padre
Paulo 0’Sullivan sobre os Anjos lê-se que por muitos anos de vida um pobre
lavrador nunca deixou ouvir Missa diariamente.
Numa manhã muito fria, esse homem atravessava os campos cobertos de
neve, a caminho da igreja, quando lhe pareceu ouvir passos de alguém que o
seguia. Quando se virou para trás viu que era o seu Anjo da Guarda abraçado com
lindas rosas, as quais exalavam delicioso perfume. “Vê – disse-lhe o Anjo –
cada uma destas rosas representa um dos passos que destes na ida à Missa e
também o prêmio glorioso que te está reservado no Céu. Porém, muito e muito
maiores são os méritos que pela própria Missa adquiriste”.
Desta forma, uma vez
acreditarmos que os Santos Anjos assistem ao Santo Sacrifício da Missa, e em
multidões, é nossa obrigação juntar as nossas vozes e orações às deles.
Devemos, pois, por ocasião da Missa lembrar que, na presença de Cristo
Sacramentado, estamos também na companhia de Seus inúmeros Anjos, os quais nos
vêem com grande alegria e também adoram a Jesus sacramentado e O desagravam das
ofensas feitas pelos homens ingratos.
Mas nada é mais
triste do que aqueles templos, quando são abandonados pelos Anjos de Deus. O primeiro templo abandonado pelos Santos
Anjos foi o de Jerusalém. Conta o historiador Flávio Josefo que foram ouvidas
vozes angélicas dizer: “saiamos daqui!”, poucos momentos antes do templo ser
atacado e destruído pelas tropas romanas no ano 79 de nossa Era. Um outro
exemplo nos é dado pela vidente Santa Brígida. Indo certa feita a santa visitar
o monte Gargano, onde se encontra a famosa gruta de São Miguel, viu ao
aproximar-se um exército de espíritos celestes dizendo: “Bendito sejais,
Senhor, por nos terdes criado para mensageiros Vossos. Lá nos Céus Vós tornais
sensível esta dignidade, que também apreciamos, para que os homens saibam dar
valor ao nosso mistério. Por desgraça, porém, até este santuário está hoje em
declínio e os moradores destes sítios dão preferência aos anjos das trevas” [viii]
Sobre o dogma da
Comunhão dos Santos, é forçoso reconhecer que os Santos Anjos fazem parte
também desta comunhão. Pois “a igreja é mais do que uma simples sociedade
religiosa ou humana...; os Santos Anjos do Céu a ela pertencem também”. “Com os
Anjos nós constituímos uma única Cidade de Deus” afirma Santo Agostinho.
[i] “San
Francisco de Asis” – Escritos, biografias e documentos da época – BAC – págs.
633/634.
[ii] “Pequeno
Ofício da Imaculada Conceição Comentado” – João S. Clá Dias – págs. 163/164.
[iii] “Pequeno
Ofício da Imaculada Conceição Comentado” – João S. Clá Dias -págs. 282/283.
[iv] “Pequeno
Ofício da Imaculada Conceição Comentado – João S. Clá Dias – pág. 311.
[v] “Pequeno
Ofício da Imaculada Conceição Comentado” – João S. Clá Dias – pág. 386.
[vi] “Pão Partido em Pequeninos - Diálogo
espiritual entre um Religioso e um Secular” – Obras do Pe. Manuel Bernardes
–Ed. Lello & Irmão – Porto – vol. I, pág. 100/101.
[vii] “As Excelências da Santa Missa” – São Leonardo
de Porto Maurício – Ed.
Vozes,
1952 - pág. 60.
[viii] “Esta
é a Hora dos Anjos...” – Giovanni P. Sena, págs. 40/41.
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