As autoridades dos governos ocidentais estão fazendo enorme pressão (dizem que usando até recursos militares) para derrubar algumas ditaduras da região do petróleo. E assim, dirigem todos os seus esforços, tanto na mídia quando na política, para desestabilizar e derrubar o governo da Síria, do modo que já o fozeram com o Egito. Para tanto, há uma grande mentira que espalham nos jornais ao dizer que o ditador daquele país enfrenta apenas resistência pacífica de opositores, tratando-os com violência descomunal. A própria ONU o diz e tenta pressionar o regime de lá. No entanto, é mais do que claro e evidente que o governo sírio está enfrentando uma guerrilha.
Por que os governos ocidentais (EUA e Europa) e a ONU não fazem a mesma pressão ao regime cubano? Por que fecham os olhos à situação grave em que se encontra aquele povo, sujeito a uma ditadura que já dura mais de meio século? Somente os povos que produzem petróleo têm direito à tão decantada democracia? As respostas a essas perguntas revestem-se de verdadeiro mistério, pois parece que há uma verdadeira conivência com o regime castrista.
Para saber como foi que os comunistas tomaram o poder em Cuba, leia essa reportagem: UMA HISTÓRIA DE EMBUSTE E VIOLÊNCIA.
Agora, com a visita do Papa programada para ser feita no final deste mês, o ditador cubano resolveu proibir as conhecidas "damas brancas" de assistir à Santa Missa que Bento XVI vai celebrar em Havana. Mais um episódio de intolerância religiosa, que as autoridades mundiais fecham os olhos.
Vejam abaixo a notícia que a ACI Prensa está distribuindo sobre o fato:
A líder do grupo Damas de Branco "Laura Pollán", Berta Soler, denunciou que o Governo comunista está reprimindo e detendo membros deste grupo dissidente porque não quer que estejam presentes nas Missas que Bento XVI presidirá em Cuba.
As Damas de Branco, que reúne familiares e amigas de detentos políticos, conhecidas por sua luta pacífica pelos direitos humanos e por comparecer às Missas para pedir pela pronta libertação dos prisioneiros de consciência.
Em diálogo com o grupo ACI, Soler denunciou que as mulheres são perseguidas e agredidas por membros de Segurança do Estado nos subúrbios das Igrejas, onde ficam detidas durante horas até que tenha terminado a celebração Eucarística e lhes dizem que "nas Missas do Papa não poderemos estar presentes".
Soler indicou que isto ocorre em toda a ilha onde as Damas de Branco estão presentes. "As turbas organizadas, financiadas do Governo cubano, vêm sobre nós para agredir-nos física e mentalmente", indicou.
"Realmente isso é o que faz o Governo cubano, por isso necessitamos que o Papa nos escute", assinalou Soler, que reiterou seu pedido para que Bento XVI as receba "mesmo que seja um só por um minuto" e lhe contemos "o drama que vive o povo de Cuba pela falta de liberdade e de direitos".
"Queremos entregar ao Papa a lista dos presos políticos", afirmou a líder das Damas de Branco.
Ela disse à nossa agência que em Cuba "há 44 presos políticos e outros quinze homens que estão em liberdade condicional do grupo dos 75, que contamos porque cumprem sua pena nas ruas e porque em qualquer momento sua liberdade pode ser revogada e serem enviados novamente à prisão".
No diálogo, Soler agradeceu pela ação que tomam sacerdotes como o Pe. Jorge Palma do Santuário da Virgem da Caridade do Cobre e o Arcebispo de Santiago de Cuba, Dom Dionisio García, que foram para protegê-las quando se viram perseguidas pelos agentes do Governo.
Segundo a informação divulgada pela imprensa internacional, a Comissão Cubana de Direitos humanos e Reconciliação Nacional -declarada "ilegal" pelo Governo- denunciou que em fevereiro foram registradas mais de 600 detenções de curta duração em toda a ilha por motivos políticos. O relatório assinala que foi produzido um "aumento relativo" da repressão política em várias províncias, "especialmente contra o grupo das Damas de Branco", que são "objeto de numerosos atos de violência e vexames, incluindo alguns casos em que são obrigadas a tirar as roupas ou são manuseadas por agentes policiais".
Em seu anterior boletim, a Comissão informou que em janeiro houve em Cuba ao menos 631 detenções temporárias por motivos políticos.
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