segunda-feira, 6 de abril de 2009

Santa Sé reconhece virtudes heróicas de Irmã Dulce

Está completando apenas 17 anos do falecimento da Irmã Dulce e a Igreja já reconhece suas virtudes heróicas. Lembremo-nos do que representou esta humilde freira naqueles tempos em que ainda predominava o progressismo na Igreja. Ela representava a Igreja tradicional, onde a virtude social mais forte é a da caridade, especialmente demonstrada no amor ao próximo por amor de Deus. O enterro da Irmã Dulce foi acompanhado por milhares de pessoas, talvez o maior acompanhamento fúnebre havido na capital baiana. Por que? Não porque ela era progressista e envolvida com passeatas e sindicatos como tantos outros da esquerda católica, mas porque exercia seu apostolado entre os pobres segundo a velha fórmula da caridade cristã. Foi a maior demonstração do conservadorismo católico. Hoje, passados apenas 17 anos, a Igreja reconhece em suas virtudes heróicas a legitimidade desse conservadorismo. Que é destinado a durar até o fim dos tempos, por representar o que há de maus autêntico dentro da Igreja. Vejam a notícia do fato, veiculada pela Zenit:

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 3 de abril de 2009 (ZENIT.org).- A Santa Sé reconheceu oficialmente as virtudes heróicas de Irmã Dulce, etapa fundamental no processo de beatificação da madre brasileira que viveu de 1914 a 1992.
Segundo informou hoje a Sala de Imprensa vaticana, Bento XVI recebeu em audiência privada Dom Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, e autorizou a promulgação dos decretos que reconhecem as virtudes heróicas de Irmã Dulce e de outras nove pessoas.
Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Irmã Dulce (Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes) nasceu em Salvador (Bahia, nordeste do Brasil).
Chamada pelo povo bahiano de «anjo bom», Irmã Dulce desenvolveu intensa atividade assistencial, criando uma rede de obras sociais, especialmente no campo da saúde.
Em recente visita ao Brasil, o postulador da causa da beatificação da religiosa, frei italiano Paulo Lombardo, destacou ao portal das Obras Sociais Irmã Dulce que a aprovação do título de Venerável seria a etapa «mais importante e mais difícil do processo de canonização».
«Com esta declaração, o Papa reconhece a santidade de vida, e não é um milagre que faz o santo, são as suas virtudes santas», disse.
O frei informou que os membros da Congregação para as Causas dos Santos, ao analisar a vida da religiosa brasileira, afirmaram que «a Igreja precisa de muitos exemplos de mulher como Irmã Dulce».
«Estou convencido da santidade dela, que viveu a caridade de Jesus Cristo num trabalho social de modo integral, radical», afirmou.
O reconhecimento das virtudes heróicas permite que a causa da beatificação cumpra sua última etapa: a confirmação de um milagre, que deve passar por análise até o final deste ano

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