terça-feira, 16 de outubro de 2018






ONDE  VAMOS PARAR?
1.    É indiscutível que as forças secretas ainda têm certo domínio sobre os rumos da Revolução, haja vista seu grande poderio sobre as finanças, a política e os vários ramos da atividade humana. Em palestras para seus discípulos, a certa altura Dr. Plínio havia dito que a Revolução estava derrotada, ela havia sido vencida, estava morta. Mas, não entrou em maiores detalhes, pois certamente ele quis dizer que ela havia sido derrotada em seus planos maiores de implantação do reino de Satanás. Sim, ela não chegou a atingir seu objetivo maior. Mas, seu predomínio sobre a humanidade continuava, e sempre vai crescendo e se tornando cada vez mais sufocante e imperante.
2.    Por causa desse predomínio sobre os rumos da humanidade a Revolução continua seu curso, embora rastejando como se fosse uma cobra ferida em sua cabeça. No entanto, tudo indica que ela não dispõe hoje de líderes capazes de levar a termo seus objetivos mais radicais. O que se nota hoje é uma total carência de tais lideres. Falta aquele homem carismático que consiga carregar multidões atrás de si. De tal forma esta carência de líderes é evidente que o Papa Francisco já reclamou disso, e anos atrás um dirigente da ONU se referiu a essa carência de líderes, lamentando que a humanidade andava sem rumos por causa disso. Barack Obama, pensando talvez que tal líder fosse o Lula chegou a dizer “esse é o cara”. Talvez tenha sido a última esperança revolucionária, hoje afundado num mar de ilícitos e preso por causa de seus crimes.
3.    Mesmo rastejando e ferida de morte, que rumos a Revolução tem em mira hoje, sempre dirigida pelas forças secretas e por hordas de demônios que cada dia que passa saem dos infernos com tais fins?  O objetivo final delas sempre foi a república universal, coisa meio etérea para muitos, mas bem definida para eles: uma situação em que toda a terra seja dominada por uma entidade comum, mas na realidade anárquica e destituída do caráter regencial que deve ter todo governo.  O corpo místico do demônio nunca conseguiria ser implantado em toda a terra tendo características bem definida e com finalidades bem explícitas. Isso causaria uma recusa monumental de todos os homens. Por causa disso a própria república universal não é uma coisa bem clara para o povo, é algo nebuloso.
4.    Enfim, a ausência aparente do poder é uma característica que a Revolução sempre teve em mira. Foi o ponto alto da Revolução da Sorbonne de 1968: diziam que os objetivos não eram o poder, mas a destruição deste. A fim de caracterizar aquela revolução como se fosse uma coisa espontânea e sem diretriz de regência do poder, eles não aceitavam nenhuma organização oficial fazendo parte do movimento, e os panfletos e manifestos não deveriam ter autor, sendo comum os pixamentos em paredes para dizer que ali estava a voz popular  e não de nenhuma organização.
5.    Será que não ocorre algo parecido nos dias de hoje? A opinião publica sempre foi manobrada pela mídia oficial, representada pelas emissoras de rádio e TV e pelas revistas e jornais. Este predomínio, no entanto, nunca conseguiu fazer com que a maioria aderisse aos desígnios da Revolução. Pelo contrario, o que se notou foi uma afastamento completo da opinião pública, por exemplo, do socialismo e do comunismo. Estas bandeiras foram abandonadas pela Revolução em prol de algo mais profundo e inadvertido. De repente, os mentores da Revolução descobriram que seria mais abrangente para seus objetivos que fosse desmontado o poder da mídia oficial, e em seu lugar surgisse outra, inteiramente espontânea e do meio popular. Trata-se das redes sociais. A internet passou a ser o instrumento dos protestos, dos indignados, daqueles que pretendem mudar os rumos da política de um país, mas não dispõem de meios para isso. E foi assim que fizeram experiências inéditas, como a “primavera árabe”, os “indignados” da Europa e o movimento “ocupem wall street” nos EUA.  As pessoas se comunicavam pelos seus celulares, divulgavam suas propostas de revoltas e depois combinavam sair às ruas para protestar. A coisa pegou, pois muita gente se sente importante em participar de algo que muda os rumos da política e da história, nem tanto indo às ruas mas simplesmente publicando o que bem lhe aprouver, e sem precisar sair de casa. É por isso que há tantas “fakes news”   nas redes sociais, pois ali é como uma “terra de ninguém”, onde qualquer um diz o que quer e publica o que bem lhe aprouver sem qualquer constrangimento. Foi detonada uma onda de revolução baseada na liberdade de expressão mais radical e profunda, pois a depender exclusivamente de cada indivíduo e não da mídia oficial.
6.    Precisamos ver sobre tais prismas a onda conservadora que varre o mundo, demonstrando força popular tão intensa que está destruindo o poder dos regimes socialistas e comunistas ainda remanescentes. Aparentemente, isso é uma coisa boa, pois conseguimos deitar por terra regimes tão maléficos. Mas, o que vem depois? O que é que se constrói em cima de um regime socialista ou comunista que cai? Nada. Geralmente, o caos. Vejam o exemplo do Egito, que derrubou uma ditadura, mas até hoje o país não se encontrou, e caminha para outra ditadura. A “primavera árabe” nada trouxe de benefício duradouro nem no Egito, nem nos outros países onde predominou. De outro lado, as “primaveras” que derrubam regimes nunca funcionou em certos países, como Cuba, China, Coréia do Norte, etc., pois estes já caminham para o caos e anarquia da forma como estão sendo governados, indicando que o movimento é dirigido a certos regimes e em determinados países.
7.    Agora vejamos o caso do nosso Brasil. O movimento conservador que hoje domina as redes sociais está desmantelando a esquerda, e isso é muito bom. Nota-se, inclusive, que as forças secretas parecem ter interesse nisso, pois a própria maçonaria, oficialmente, fez campanha pelo impeachment de Dilma, e provavelmente apóia Bolsonaro. Talvez tenha visto que rumos a coisa estava tomando e fez opção apenas para participar do poder. Mas, há indícios de orientação dada por organizações mais poderosas da Europa, como foi o caso em outros países. Lutando por uma causa boa, que é a destruição das esquerdas, a maioria da população não percebe que está para vir depois disso apenas o caos e a anarquia. Por quê? Por que o Brasil, pela forma como está organizado legalmente, é um país quase ingovernável.  Tanto um governo de esquerda quanto de direita pouco conseguiria fazer em prol de seus ideais. A prova disso é que o PT passou tantos anos no governo e não conseguiu implantar um regime inteiramente socialista. Conseguiu algo, mas muito pouco em comparação daquilo que são seus planos. O próprio ex governador da Bahia, Jaques Wagner, lamentou isso, achando que deveriam ter sido mais radicais e implantado completamente um regime tipo Cuba.  Ora, se o país está assim, ingovernável, qualquer um que assuma o poder só terá fracassos pela frente. Nesse caso, as força secretas optaram por apoiar intensamente um candidato conservador, que represente realmente o pensamento das aspirações de grande maioria da população, para, no poder, causar frustração ao povo, simplesmente porque além de não conseguir fazer o que prometeu talvez seja até desmoralizado perante seu público e venha a cair. Isso deve causar maior desesperança nos poderes políticos, objetivo maior da Revolução e das forças malignas.  E tudo em nome de uma nova revolução, feita pelas redes sociais, dita pacífica. Eles não têm pressa e esperam que depois dessa fase as esquerdas ressurjam com nova roupagem mais agradável, quem sabe abertamente tribalistas, pacifistas, etc.
8.    O manual que segue o pessoal dirigente dos sites e dos grupos de comunicação na internet é o mesmo. Pode-se ver que é o mesmo por causa da unidade no modo de proceder. Este Manuel foi publicado pelo americano Gene Sharp, e está disponível para qualquer um pela internet. Lá, o autor dá regras de “como fazer uma revolução pacífica”. Prestem atenção, por exemplo, que os grupos que saem às ruas têm o cuidado e não pertencer (ou não demonstrar que pertencem) a nenhum partido ou representação oficial; todas as manifestações devem ser pacíficas, isto é, sem quebrar nada, sem agredir ninguém; notem que os blacks blocs já não saem às ruas, nem se fala mais neles. O candidato Bolsonaro prega que não tem compromissos com partido e se inscreveu no mais fraco de todos; faz apologia aberta de usar as redes sociais e despreza a mídia oficial, recusando até de comparecer a debates pela TV. É uma demonstração de que as redes sociais aglutinam muito mais do que a mídia oficial, atraindo milhões em torno de seus ideais. Ideais que já existiam na mente de cada um, mas faltava quem hasteasse a bandeira e os levasse a termo.
9.    Enfim, onde vamos parar?  Sim, vamos parar em bom porto. Não por causa dos mentores de tal revolução, mas por causa do bom senso que deve predominar na população. Mal imaginavam os idealizadores de tal movimento revolucionário que a opinião pública sadia e nacionalista iria crescer tanto e se solidificar, constituindo num cerne duro capaz de dar novos rumos à nação. Espera-se que não seja o caos e anarquia que predomine, pois nosso povo, de tradições cristãs, tem propósitos tão grandiosos que deverá impulsionar doravante nossos governantes para a construção de um Brasil novo e completamente contra-revolucionário. Mesmo que as esquerdas ganhem as eleições não têm mais condições de implantar seus programas mais  radicais, ou serão obrigados e deixar o cargo e  recuarão sempre, porque finalmente temos já formada uma opinião pública visceralmente oposta a tais programas. Acredito que esta opinião pública tão coesa e sadia tenha sido fruto do Anjo do Brasil, trabalhando com nossos santos e fundadores para a formação de uma nova sociedade que antecede o Reino de Maria. As redes sociais foram meros veículos para a divulgação de tal mentalidade.

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