terça-feira, 12 de julho de 2011

Procura-se uma ilha

Segundo notícias provenientes do Equador, Monsenhor López Marañón, Prelado emérito do Vicariato de Sucumbíos, anuncia que, finalmente, vai deixar o país e voltar para sua terra, a Espanha. Tal anúncio chega após o referido prelado haver encabeçado uma rebelião contra diretrizes do Vaticano, ao nomear para aquele Vicariato um sacerdote dos Arautos do Evangelho. Inconformado, Dom López Marañón havia feito uma “greve de fome” na Capital, Quito, dizendo ele para alcançar a “paz eclesial”.
Agora, sim, a paz poderá voltar. Dom Marañón, juntamente com os Carmelitas Descalços espanhóis, estiveram durante 40 anos naquela província equatoriana, até que no ano passado o Vaticano aceitou sua renúncia por idade. No decorrer dessas 4 décadas os carmelitas criaram na região o que eles denominaram de um “novo modelo de igreja”, com um forte impacto social e político. Na verdade, tal “modelo” fugia completamente das normas canônicas da Igreja, pois deixavam as populações desamparadas quase que completamente de assistência aos sacramentos e a mercê de organizações político-partidárias e ONGs estrangeiras. Vê-se num dos informativos do grupo ISAMIS, dirigido pelos carmelitas, que o principal inspirador daquele movimento não é nenhum santo católico, mas simplesmente o famoso Ghandi.
Com forte apoio do presidente Rafael Corrêa dado aos revoltosos, foi criado um clima político adverso e insustentável, fazendo com que os Arautos do Evangelho se retirassem da Província.
Agora, após alguns dias de “greve de fome”, o prelado resolve voltar para a Espanha. Sugerimos a ele que faça como Rousseau, já que ele procura se vestir um pouco parecido com o antigo filósofo da Revolução Francesa. Como se sabe, Rousseau em seus últimos dias de vida ficou tão entusiasmado com a idéia do “bom selvagem” que deixou-se retratar com os trajes então conhecidos de Robinson Crusoé.
A obra de Daniel Defoe, “Robinson Crusoé”, surgida
na Inglaterra em 1719, embora fosse apenas um conto cheio de lances romanescos, havia também causado grande influência na França. De tal forma que Rousseau, em seu tratado de educação consigna que a única obra existente na biblioteca do personagem “Emílio” era a obra de Defoe. O próprio Autor chegou a caracterizar-se como o personagem principal da obra, Robinson Crusoé, havendo se mudado para uma pequena ilha, a de Sainte-Pierre, adotando lá o estranho hábito de armênio do náufrago, forma como aparece pintado em mais de um retrato.
Dom Marañón já anda caracterizado como o velho Rousseau, só falta agora procurar uma ilha para passar seus últimos dias de vida...

Fontes:
http://infocatolica.com

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