segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A mentalidade que prepara massacres como o da escola Sandy Hook







O ex-governador do Arkansas, Mike Huckabee, declarou que a causa do masscre na escola de Newtown é o fato do Estado haver sistematicamente removido Deus das escolas públicas. As opiniões divergem, mas a maioria dos órgãos da mídia aponta como causa a fácil proliferação de armas naquele país. O que, também, não é verdade.

Mike Huckabbe erra porque Deus não foi removido somente das escolas, mas de toda a sociedade. A começar pelas próprias famílias, onde Deus foi banido da grande maioria dos lares.

Vejamos um pequeno exemplo dessa ausência de Deus: o presidente americano, em discurso, diz que a primeira coisa a fazer quando chegar em casa será... abraçar os filhos, quando todos esperavam que ele dissesse: rezar com os filhos. Se é ateu e não reza deveria pelo menos pedir aos cristãos que rezassem pelas vítimas. Deu, portanto, mau exemplo, pois muitos de seus concidadãos estavam naquele instante rezando.
 
Mas, finalmente, que mentalidade é essa que produz tais monstros, capazes de matar tantos inocentes e, depois, suicidar-se? Monstro é o termo usado pela mídia, e não surpreende que o seja. Mas, dizem, trata-se de um monstro cujo comportamento era padrão, tratando-se (o criminoso) de um rapaz calmo, estudioso e “bem comportado”. Que mentalidade foi gerada nesse rapaz, tão jovem e “pacato”, para, de repente, explodir em ódio catastrófico?

Aliás, não é o primeiro caso. Vários outros massacres foram produzidos por jovens, em geral “bem educados” e de cuja vida não pode se dizer que sofriam carências materiais. Todos eram de classe média e boa situação financeira. Pussíam em sua casa de todos os recursos modernos para uma vida feliz, televisão, computadores, celulares de última geração e, sobretudo, armas modernas, caras e eficientes para matar. Uns usavam luvas, outros câmaras de flmar, e a maioria, calmamente, sabia mais apertar o gatilho certeiro do que folhear, por exemplo, um livro qualquer sobre moral ou religião.

Vamos analisar essas mentalidades. Em primeira lugar, é óbvio, são pessoas sem Deus e sem religião. Em seu interior tais jovens alimentaram durante anos uma vida inteiramente virtual, cheia de ídolos, de fantasias e de futilidades, vida essa que a educação pela imagem faz brotar e crescer nas pessoas de hoje. Sem manifestar publicamente em seu dia a dia, alimentam ódios pelo mundo real e exterior, o qual representa tudo o que se opõe ao seu mundo virtual e interior. A par disso tais jovens geralmente posuíam tudo o que desejavam possuir, seus pais lhes deram boas escolas, roupas caras, boa habitação para morar, mas, especialmente isso, nunca lhes causaram dissabores, nunca disseram “não” a seus caprichos. Alguns pais até achavam bonito e riam quando o filho, desde pequeno, fazia malcriações ou diziam palavrões, chutavam outras crianças, etc. É certo que a maioria não era violenta, pareciam pacatos dentro de casa e no convívio com os colegas. Mas, era como um vulcão que parecia morto e que de repente explode. E nem seus pais, nem seus professores, nem seus amigos e vizinhos viam que ali ardia uma fornalha de ódio.

Por que não sabiam? Porque vivendo sem religião não aprenderam a prescrutar o interior, a alma dos filhos, alunos e amigos. Num mundo virtual e superficial, as pessoas de hoje não conseguem ver o que há no interior da alma de cada um. Acostumados a ver tudo cor de rosa, a ver o mundo como uma maravilha destinada ao gozo dos prazeres, não sabem distinguir onde está a maldade. Especialmente, não percebem onde entra a ação preternatural, do demônio e seus asseclas, e muito menos a ação dos Anjos bons.

Agora, para encobrir mais ainda a realidade interior de que falamos, a mídia começa a dar como causa do massacre a proliferação de armas entre os americanos. Sim, não se pode negar que esta pode ser uma das causas, mas não a única nem a principal. A principal causa é a falta de religiosidade e de princípios morais que campeia em nossa sociedade, e não somente entre tais jovens assassinos, mas entre seus familiares e conterrâneos.

Falou-se acima em “monstros”. Outros criminosos são assim denominados “monstros” pela nossa sociedade. Por exemplo, aqueles que cometem o abominável crime de pedofilia. A alcunha de “monstro” procura esconder onde essa monstruosidade foi gerada. Dentre os pedófilos, por exemplo, a principal causa é a pornografia desenfreada que grassa em nossa sociedade. No dia em que se fechar para sempre a edição de revistas pornográficas e de mulheres nuas, os moteis e os ambientes de perdição sexual, talvez tais crimes sejam menos frequentes, pois as causas, aquilo que vem gerando estas monstuosas taras terão desaparecido.

Do mesmo modo, a causa da monstruosidade praticada em tais massacres não pode estar nas armas, nem em outros instrumentos usados pelos criminosos, mas na vida atéia e sem Deus que se leva, sem levar em consideração que somos assediados cotidianamente por anjos, tanto do mau quanto do bem, com vantagens para os primeiros por causa de vida material e puramente agnóstica.

Na década de 60 houve um outro massacre que estarreceu os Estados Unidos: a chacina comandada por Charles Manson numa rica mansão, onde foi morta, mesmo grávida, a atriz Sharon Tate. O assassino confesso, hoje em prisão perpétua, parecia um pacato cidadão, mas foi capaz de efetuar um monstruoso crime juntamente com alguns amigos. Na época não havia ainda a prática de suicídio do criminoso após tais crimes, mas foi ela a primeira a inspirar outros casos.

Que esta chacina de Newtown não sirva de exemplo para outras que os espíritos malignos esperam vir futuramente, com semelhantes traços de frieza, maldade, crueldade e desesperança. É o que tais casos procura incutir nas pessoas: desesperança; ao contrário do que ensina nossa Fé Católica, onde a Esperança é uma das principais virtudes que nos leva a caminhar em busca da vida eterna.
 
 

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