No século XVIII, havia na Bahia, em Belém de Cachoeira, talvez o maior seminário do Brasil, com cerca de 500 internos, entre os quais Frei Galvão o qual tornou-se franciscano após o fechamento do seminário de Belém. Era reitor desse seminário o padre Alexandre de Gusmão na época em que foi fechado por ordem do marquês de Pombal. Referido religioso até hoje ainda é venerado pela população local como um santo. Muitas mulheres rezam em seu túmulo lá existente pedindo alcançar a graça da gravidez. A perseguição à Companhia de Jesus, na Bahia, era apenas um reflexo do que ocorria no resto do mundo, sendo que ela foi mais violenta em Portugal. Toda essa perseguição culminou com seu fechamento em todo o mundo, ordenado pelo Papa Clemente XIV em 1773 através da bula Dominus ac Redemptor Noster. Quarenta anos depois a Companhia foi restaurada e existe até hoje. É evidente que seu fechamento trouxe grande prejuízo à Igreja, haja vista que os Jesuitas exerciam excelente apostolado. Um exemplo era suas missões entre os índios, onde alcançavam excelentes resultados. Tiveram que abandonar essas missões, o que dificultou e atrasou muito a civilização desses aborígenes. Os jesuítas eram tão cultos, inteligentes e santos que provocaram a inveja da graça fraterna entre seus próprios irmãos na Fé, os quais deram guarida a falsas acusações de desafetos e invejosos.
Chegaremos a esse ponto com os Arautos do Evangelho? Será que não é esse o plano do grupo que interviu, quer dizer, seu fechamento? Queriam (ou ainda querem) fazer o mesmo que foi feito com a Companhia de Jesus? A diferença é que, no século XVIII, a perseguição interna era respaldada ou justificada pela externa, feita por governantes. Hoje, no caso dos Arautos, a perseguição estatal estagnou, pois nada resta mais pendente na justiça comum, eles ganharam todas as questões. A não ser que o Vaticano passe por cima disso e assuma sozinho a responsabilidade em executar um ato tão impopular e inglório para a Igreja. Talvez tenham revelado tal intenção quando um deles disse a um grupo de desafetos que deveriam procurar o MP e fazer abrir processos judiciais na justiça comum. Assim como ocorreu com os jesuitas no século XVIII, havia também necessidade agora de processos civis para respaldar a ação no Dicastério do Vaticano através de Braz de Aviz
. Graças a Deus não obtiveram êxito.

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