quarta-feira, 5 de outubro de 2016

DIREITOS E DEVERES HUMANOS



Que resultados favoráveis obtivermos até hoje com a tão propalada defesa dos direitos humanos?
Nada. Se analisarmos bem, a defesa dos direitos humanos só tem trazido prejuízos à população. E os referidos direitos cada vez menos são respeitados.
Se não, vejamos.
Direito número um: o de expressão. Segundo o enunciado deste direito, todo cidadão tem direito de expressar o que pensa, manifestar aos outros seus ideais ou conjecturas. O argumento é que o indivíduo não pode ser preterido pelo Estado na hora de manifestar o que pensa. Mas, será que isso funciona mesmo? Onde é que o cidadão comum geralmente manifesta seus pensamentos? É através da mídia, seja ela escrita, radiofônica, televisiva ou mesmo internet.  Todo mundo sabe que os meios de comunicação procuram controlar a opinião pública, dando voz apenas àqueles que comungam com os mesmos princípios dos jornalistas que dirigem tais órgãos. Com exceção da internet, é claro, uma “terra de ninguém” e  onde mais se abusa de tais direitos. Mas, deixemos isso de lado, pois seria longo demais falar aqui dessa questão. No entanto, nunca se abusou tanto deste direito em prejuízo de outros, ou mesmo de comunidades inteiras. Nunca se usou tanto os recursos modernos de comunicação para a divulgação de fatos obscuros e não comprovados, muitas vezes levando ao escárnio público, à execração e ódio da população a pessoas inocentes. E nunca os males são reparados devidamente.
Outros direitos são alardeados, mas, inteiramente destituídos de seus verdadeiros fins, não cumprem seus objetivos.Quantas e quantas brigas já ocorreram e ocorrem nas filhas de bancos e supermercados porque alguns velhotes mal educados simplesmente não querem em sua fila pessoas estranhas ao direito de “especial”?  Populações inteiras se acham no direito de protestar, e aí protestam contra qualquer coisa, vão às ruas atear fogos em  pneus, e às vezes até em ônibus, dando enormes prejuízos ao próprio povo. E, no fim, nunca conseguem seus objetivos. Que resultados positivos tiveram, por exemplo, as manifestações contra a violência urbana? Será que esta diminuiu ou tais manifestações fizeram com que aumentassem?
Direito de greve. A suposição é de que trabalhadores, que são os mais fracos, podem usar de tais recursos para vencer a resistência de gananciosos patrões na hora de lhes pagar o salário justo. E aí, não tem jeito: a única saída é paralisar o serviço, cruzar os braços, e forçar o ruim patrão a ceder. Mas, nesse caso, há também outros direitos em jogo, como direito de trabalhar. O trabalhador pode muito bem discordar de seus companheiros e desejar comparecer ao trabalho, mas esse direito não será respeitado porque um piquete de coletas o impedirá na porta de entrada de sua empresa. E  por causa das greves toda a população pode ficar prejudicada, como no caso de greve de médicos, de funcionários da justiça, de transporte coletivo ou de bancários. Ficarão prejudicados, em menor medida, os patrões, mas estes logo recuperarão o prejuízo, transferindo-o para a população, a real dona de todos os prejuízos de greves. No final, o contencioso de tais greves nunca dá melhorias significativas para os trabalhadores, e, em muitos casos, são até prejudiciais por causar maior desemprego na categoria.
Vem agora o pior de todos. O tal direito humano que prevê que todo mundo é inocente até provas em contrário. Esta prerrogativa de “direitos humanos”  tem sido o maior incremento para a impunidade tão grande de nossa justiça moderna. E o resultado é que os direitos humanos à própria liberdade não trazem nenhum benefício para a população. Pelo contrário. A facilidade com que chefes de quadrilhas controlam seus grupos de dentro das cadeias é uma prova disso. Por causa dos direitos humanos, os presos têm penas diminuídas se forem bem comportados, ninguém cumpre a pena completamente. No entanto, não está prevista a dilatação ou aumento da pena se forem mal comportados. Não é que tais direitos não devem existir, o erro está em exacerbá-los e lhes dá maior importância do que outros, fazendo com que seu uso seja vicioso.

Será que não chegou a hora de pensar muito mais nas obrigações do que nos direitos?

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