domingo, 26 de agosto de 2012

Na China, bispo católico "desaparece" por não aderir à religião do Estado



Há mais de um ano, em 11 de junho de 2011, publicamos aqui a seguinte postagem "Vaticano lembra doutrina de excomunhão para ordenações de bispos sem permissão do Papa", onde eram expostas as normas canônicas severas sobre bispos que aceitem ordenações que não sejam as oficiais da Igreja. Ora, na China comunista o governo criou uma "religião" que se diz católica e quer obrigar bispos e padres a se inscreverem nela, sob pena de não poder exercer suas funções.

Agora, os católicos chineses subscrevem uma petição ao governo comunista para que devolva ao seu rebanho Dom Thaddeus Ma Daqin, bispo auxiliar de Xangai, sagrado recentemente conforme as normas do Vaticano.
A sagração do novo bispo auxiliar de Xangai, combinada entre o governo comunista chinês e a Santa Sé, teve um desfecho inesperado, segundo noticiou “La Vie”.
Na hora da sagração o novo bispo Dom Thaddeus Ma Daqin, recusou a imposição das mãos de Dom Zhan Silu, bispo “oficial” de Mindong não reconhecido por Roma e afiliado à ditadura anticristã. Também se recusou a receber a comunhão desse bispo ilegal.
Em sua homilia, Dom Thaddeus, que era membro do Comitê Nacional da Associação Patriótica, disse: “Eu acredito que não convém continuar servindo a Associação Patriótica”.
O povo aplaudiu vivamente a declaração e verteu torrentes de lágrimas diante de uma coragem que há muito os líderes da Igreja não exibem.
Dom Ma Daqin não podia ignorar o preço de sua atitude: ele “desapareceu” após a cerimônia.
O regime alega que “foi repousar porque sofria de esgotamento físico e moral” no seminário da cidade. Mas, o sofisma faz pensar em alguma forma de intimidação psicológica ou até prisão.
Em Hong Kong, as autoridades eclesiásticas julgam que ele está prisioneiro de fato.


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