quarta-feira, 29 de junho de 2011

Morte digna?

Na Europa há um país para cada um que queira praticar uma aberração: enquanto uns vão a Espanha praticar o aborto, outros vão à Suíça praticar o “suicídio assistido”, único país a legalizar esta abominável prática.
A rede de televisão britânica BBC exibiu no último dia 13 de junho um programa que mostra o suicídio assistido de Peter Smedley, um milionário de 71 anos que sofria de Alzheimer e decidiu se matar, antes que chegasse ao estágio terminal da doença.
O milionário era membro de uma família dona de empresas de comida enlatada e hotéis, a quem foi diagnosticado no início de 2010 a doença já em estado avançado. Temendo os efeitos terminais, que o deixariam completamente incapacitado, Smedley decidiu não apenas cometer suicídio, mas também tornar o caso um exemplo para pessoas em condições semelhantes.
Após conseguir a internação na clínica Dignitas, na Suíça, especializada em casos de suicídio assistido, o milionário contatou a BBC, que estava produzindo uma série de programas sobre o assunto, para contar sua história. Lá, tudo foi gravado com a finalidade de ser publicado depois.
Após a exibição do vídeo, com receio de alguma reação do público, a BBC emitiu uma nota defendendo sua posição, dizendo que o programa "não trata os espectadores como idiotas", "mostrando todos os pontos de vista sobre o assunto e dando a eles a chance de formar sua própria opinião sobre casos de suicídio assistido".
Uma pesquisa feita depois disse constatar que 75% dos britânicos são a favor da legalização do suicídio assistido. Se isto é verdadeiro porque a liberalização do suicídio assistido não logrou êxito na Inglaterra, e sim na Suíça?

A propósito, divulgamos abaixo o artigo da Arvo.net sobre assunto, traduzido para o português:

Por: Francisco de Borja Santamaría

A recente legalização do suicídio assistido na Suíça e a projeção na BBC do suicídio do empresário hoteleiro britânico Peter Smedley puseram mais uma vez em foco a atenção na eutanásia e o suicídio assistido. A demanda para que estas opções sejam legais se faz com um duplo argumento: a autonomia do sujeito e o direito a uma morte digna. A seguir, tentarei rebater tais justificativas, começando pelo segundo argumento.

O conceito de morte digna é mais confuso do que á primeira vista parece. Em primeiro lugar, porque a “dignidade” de morrer, não há quem a evite, se entendemos por dignidade o completo controle de nossa vida, pois morrer não é uma opção mas um destino. A partir de uma concepção da liberdade como disponibilidade completa, a morte impõe sem contemplações sua férrea lei ao ser humano e põe de realce uma finitude e limitações insuperáveis. Nesse sentido, a morte sempre é “indigna” e o fato de que alguém a procure a si mesmo não a faz mais digna.
A que faz referência, então, a dignidade que alegam aqueles que defendem a eutanásia e o suicídio assistido? Entendo que faz referência à idéia de que resultam incompatíveis com a dignidade humana várias circunstâncias nas quais pode encontrar-se uma pessoa e que podem ir, desde a aparição de uma enfermidade incurável ou degenerativa, até o sofrimento que podem levar as etapas mais próximas da própria morte, passando por uma progressiva decomposição do corpo e das capacidades mais especificamente humanas. Agora, identificar a dignidade da pessoa com a ausência de limitações ou com não padecer sofrimentos físicos ou morais representa um argumento extraordinariamente perigoso, porque equivale a dizer que sofrer ou padecer limitações é indigno do ser humano. Deste modo, uma cultura “pró-suicídio” é uma cultura na qual o sofrimento e as limitações deixam de ter sentido. Numa cultura deste tipo, as pessoas incapacitadas, enfermas ou anciãs seriam progressivamente percebidas como pessoas que arrastam uma vida indigna. Uma coisa é que seja um imperativo moral aliviar os sofrimentos, curar as enfermidades e proporcionar a melhor qualidade de vida possível em cada caso e outra, muito distinta, decretar que o sofrimento atenta contra a dignidade humana.
Quem deseja que se legalize a eutanásia e o suicídio assistido argumentará provavelmente que trata-se simplesmente de que cada um possa realizar sua opção e que a ninguém se vai impor o suicídio assistido. Se argumenta com base na autonomia pessoal do sujeito e se defende que cada qual há de poder atuar nesta questão como melhor lhe pareça, sem que ninguém limite sua capacidade de decisão.
Na teoria é assim, de modo que a despenalização da eutanásia e do suicídio assistido suporiam um incremento da autonomia da pessoa. Mas isso é assim só na teoria, já que a ação de legislar não leva consigo somente neste caso a possibilidade de que se possa ajudar a quem o deseje a tirar-se de seu meio. Legislar é sempre configurar um tipo de sociedade. A legalização da eutanásia e do suicídio assistido, antes ou depois, fará com que estes se convertam num direito, que criará imediatamente a obrigação por parte do Estado e das pessoas que este designe de tornar realidade este pretenso direito.
Legalizar essa opção significa, ademais, na prática, demonizar socialmente as deficiências, as enfermidades graves e degenerativas e o próprio processo de se matar quando este se amplia. Numa sociedade em que o suicídio assistido fosse uma opção perfeitamente plausível resultaria praticamente uma imoralidade não recorrer a essa possibilidade. Quem se empenhasse em viver nas condições de severas limitações passaria a ser percebido – e aperceber-se a si mesmo – como um sujeito moralmente egoísta, que põe sua vontade acima das pessoas que o têm que atender e cuidar e, definitivamente, por cima da sociedade.
Assim, pois, a legalização do suicídio assistido não consiste, sem mais, em arbitrar uma liberdade a respeito da enfermidade ou da morte: é criar uma sociedade na qual o sofrimento e as limitações, além de tornar-se incompreensíveis, converterem-se em moral e socialmente inaceitáveis. Este é o preço que a sociedade tem de pagar, em nome de uma morte digna, para salvaguardar o invocado princípio de autonomia.
* * *
Veja, sobre o tema, nossa postagem: Alguns países europeus ainda podem se dizer civilizados?


domingo, 26 de junho de 2011

Autenticidade da morte cristã, e a morte "virtual" moderna

Pensar ou meditar na morte faz bem á vida, conforme enfatizamos em postagem recente.
Transcrevemos abaixo, artigo da GaudiumPress, de Elizabeth Kiran, onde o tema da morte é analisada sob a ótica da doutrina católica. O contraste é entre um féretro cristão feito na Índia e uma outro néo-pagão, feito no Ocidente sob inspiração das modernas modas da informática: em um as carpideiras, em outro a internet.


Muito provavelmente as novas gerações nunca ouviram o termo carpideira. Se arriscarem um palpite, dirão que tem relação com roça, com jardim, com alguém que executa a tarefa de carpir o mato. Na verdade, a palavra expressa uma profissão sui generis: chorar pelos mortos. Sim, é uma profissão milenar, cuja presença até a Bíblia registra. Sendo tradição tão antiga, e de origem oriental, provavelmente, não é de espantar que ela ainda exista na querida Índia.


Quando se vive em outro país, com cultura tão diferente da ocidental, tudo é curioso e marca a memória. Foi o caso do enterro assistido em Divar, Goa. O falecido era um ilustre pai de família, já próximo dos 70 anos, com os filhos criados e bem instalados, excetuado o mais jovem, cujo matrimônio estava marcado para exatamente cinco dias após o falecimento do pai. Pode-se imaginar o trauma. No entanto, todas as formalidades que fazem parte dos ritos funerários foram minuciosamente seguidas.

O falecido pertencia a uma família descendente dos portugueses, já miscigenada com o elemento nativo. Por este motivo, sua reputação era elevada; pertencia à casta dos Brâmanes. Morava em um dos lugares mais bonitos de Goa: a ilha de Divar. Este aprazibilíssimo local bem pode ser descrito como uma pequena reprodução de uma cidadezinha qualquer de Portugal. O estilo das casas, as igrejas, dentro delas os santos, os altares, a arquitetura barroca colonial, tudo lembra o pitoresco país luso.

Em uma larga avenida de terra, ladeada por casarões antigos, situava-se a casa do falecido. Certamente, em tempos idos, a casa fora bela e vistosa. Agora estava com as cores desbotadas, o madeiramento do telhado carunchado, e até as talvez seculares mangueiras do quintal mostravam as enormes raízes expostas, como que atestando os múltiplos esforços que o vegetal tinha feito ao longo de tantos anos.

Na sala estava montado o féretro: as paredes e janelas cobertas por tecidos negros, um burburinho respeitoso e a família consternada. Até aqui nada de excepcional. Mas quando o visitante, conduzido por alguém da família, entrava na sala anexa, surpreendia-se com uma mesa fartamente servida. Todos os melhores pratos típicos goeses ali se encontravam. O saboros "calde" verde, o bolo "semrival", a bebinca, o chouriço goês, chamuças, vistosos chapatis e apas, enfim, tudo o que dava água na boca do convidado e peso na consciência, por estar se deleitando com a vista e o olfato, e, posteriormente, com o paladar, enquanto se velava um defunto na sala.

Mas, como ali é o costume, os visitantes se consolavam da morte alimentando-se bem. É sinal de alta categoria do morto os pratos numerosos e variados, e o visitante deve sentir-se bem recebido até pelo finado.

Ao se aproximar a hora do enterro, à medida que a casa se enchia, iam chegando alguns senhores com uniformes garbosos, carregando instrumentos musicais. Teria o morto pertencido a alguma corporação musical que agora vinha lhe prestar homenagem? Ou seria ele amante da música a ponto de a família querer que se executassem algumas últimas melodias em sua presença? Nada disso. É outro costume antigo conservado em Goa. Todos os enterros, pelo menos de pessoas de boa casta, são acompanhados por banda de música, que já possuem um repertório próprio para essa ocasião: vetustas melodias herdadas dos ancestrais portugueses, melancólicas e arrastadas. E uniformes formais em vermelho e dourado. Assim, para aquele grupo de pessoas, o defunto quase se eleva à categoria de chefe de estado.

O mais extraordinário, porém, foi, ao sair o cortejo fúnebre, a presença de dez a quinze senhoras, vestidas de negro, com os rostos velados, que choravam sentidamente. Seriam ciganas? Não podia ser, porque entre elas se encontrava uma conhecida, embora não fosse nem parente, nem amiga da família. E por quê tanto choro? Um pouco exagerado, já que a frágil saúde do defunto pai de família fazia prever um passamento súbito. Eram as famosas carpideiras, personagens de romances e de contos, mas nunca conhecidas na realidade. Choravam às torrentes, e, talvez pela familiaridade que com a presença delas tinham os participantes, não chegavam a contagiar, mas acrescentavam dramaticidade ao ato. Andavam à frente do féretro, abrindo caminho para a dor e lamentando em altos soluços a visita da morte. Era esse seu papel.

Todo o restante da cerimônia passou-se mais ou menos como no ocidente. Missa de corpo presente, cortejo até o cemitério, discurso à beira da sepultura, últimas despedidas, tudo com o fundo musical da banda e das carpideiras.


Esse episódio ficaria esquecido na memória se não fosse o contraste que suscitou a notícia há pouco veiculada pela Internet de que, nos Estados Unidos, criou-se uma empresa especializada em enterros personalizados. O moribundo, ou o simplesmente enfermo, pode optar pelo tipo de velório e enterro de sua preferência. Pode escolher o tema do velório segundo seu próprio gosto: romântico, roqueiro, esportista, intelectual, formal, light, teens, etc. Também pode escolher o texto do convite e o cardápio do que será servido na ocasião, com ofertas desde champagne até o simples cafezinho. A presença do cadáver na "festa" é opcional. E, o mais surpreendente: uma vez montada a "festa", ele tem a possibilidade de assistir a ela antecipadamente, é claro, em 3D. A intenção do inovador empresário é "desdramatizar" a morte.

O contraste entre este novo ritual fúnebre e o antigo, presenciado em Goa, é profundo, embora possa parecer apenas uma adequação às novas tecnologias. Sem considerar o mal que faz à alma de quem se despede dessa vida, o fato de preocupar-se com coisas do mundo - quando deveria meditar sobre o valor moral de seus atos e o seu destino eterno -, deve-se ponderar que o modo antigo de despedir um falecido lembra um castigo do qual nenhum homem escapa. A existência de um homem deve ser lembrada e honrada com seriedade por seus familiares e amigos. Além disso, a grandiosidade da pompa funerária faz lembrar que a morte é, sobretudo, uma porta para a eternidade. E até o papel das carpideiras, com seu pranto profissional, se justifica, pois garantem uma nota de drama ao que é realmente dramático, e cuja trivialidade do cotidiano poderia desbotar. O modo cibernético de ver este acontecimento como que "democratiza" todas as crenças e costumes a respeito do momento supremo da vida; o falecido é tratado como alguém que partiu para uma longa viagem, do qual não se devem exaltar ou recriminar a vida e os feitos. Faz-se tábula rasa a respeito de sua conduta e do seu relacionamento humano.
Profunda diferença de mentalidade, de costumes, de civilizações. Em qual delas estaria o homem mais elevado em sua dignidade, em qual teria ele mais respeitados seus direitos humanos, naturais e sobrenaturais? Pensemos.

População católica do Equador continua pedindo a volta dos Arautos

Como de costume, todas as noites, após a saída forçada dos Arautos do Evangelho, moradores de Lago Agrio, capital da província de Sucumbios, no Equador, tomam as ruas para pedir a volta dos padres daquela Ordem. O apoio aos Arautos é unanimidade entre os fiéis daquela localidade. Os cartazes a propósito são ilustrativos: “Arautos amigos, Sucumbios está contigo”, “Queremos os Arautos” e tantos outros, como se vê na foto acima.
Em geral, os manifestantes marcham ostentando balões de cores amarelas e brancas, as cores do Vaticano. O caráter da marcha é de uma verdadeira procissão religiosa, sem qualquer conotação política ou partidária, com cânticos e orações.
Notícias daquela localidade dão conta de que já se realizaram mais de 60 procissões com aquela finalidade, num total de 39 dias, até o último dia 25 de junho. E que continuam tais manifestações até um final pronunciamento do Papa sobre o assunto.
Para entender melhor o que ocorre naquela localidade acesse nossa postagem Isamitas ou Islamitas?
Sobre as últimas manifestações dos fiéis pedindo a volta dos Arautos, veja o vídeo abaixo:


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Milagres Eucaristicos

É a manifestação sobrenatural mais reveladora da misericórdia divina, quando o próprio Cristo, Nosso Senhor, procura constantemente, ao longo dos anos, comprovar o cumprimento de suas palavras: “Ficarei convosco até o fim dos tempos”.
Principais características destes milagres:

1. Causas dos milagres


a) Incredulidade ou negligência do celebrante:

O mais antigo milagre eucarístico (Lanciano) teve como causa principal a incredulidade do celebrante. Outros milagres tiveram a mesma causa, em numero de quinze, mais ou menos. Houve um caso, porém, que denota não só incredulidade, mas irreverência, como o de Cássia, quando o sacerdote colocou a Partícula consagrada dentro do Breviário. Talvez o que denota maior gravidade, pois ocasionou um milagre mais portentoso, foi o de Regensburg, haja vista que o Crucifixo que estava no altar estende sua mão e toma o cálice da mão do celebrante.
No primeiro milagre de Florença (1230), nota-se que houve também negligência do celebrante, pois havia deixado algumas gotas de vinho consagrado no cálice: provavelmente não o ingeriu completamente durante a Missa. No milagre de Roma (o de 1610), o celebrante não só duvidou da Real Presença na Hóstia consagrada, mas agiu também negligentemente deixando-A cair no chão. Em outros dois casos, nos milagres de Alkmaar e de Boxtel Hoogstraten, ambos na Holanda, os celebrantes negligentemente deixaram derramar o vinho consagrado (quer dizer, o Sangue de Cristo) sobre o altar.

b) Incêndios:

Diversos foram os milagres decorrentes de incêndios ocorridos em capelas, igrejas e santuários. Não se sabe se todos foram proposital ou não, sendo mais provável que, na sua maioria, tenham sido ocasional ou por causa de negligência daqueles que cuidam das coisas sagradas. Em Faverney, Pressac, Wilsnack, Florença (no milagre de 1595), Morrovalle, Amsterdam e Stiphout, ocorreram os mais conhecidos. Em Pressac, embora o cálice tenha se derretido completamente, no entanto a Hóstia que estava dentro dele permaneceu intacta. Em Wilsnack, as Hóstias não só estavam intactas após o incêndio, mas também sangrando, o que talvez indique que o acidente foi proposital.
O milagre de Amsterdam, no entanto, tem uma particularidade: não foi decorrente de um incêndio ocorrido numa igreja, mas do fogo de uma lareira, na qual uma empregada havia jogado uma Hóstia consagrada que seu patrão vomitara minutos antes: a Sagrada Partícula salvou-se do fogo flutuando milagrosamente na lareira.

c) Sacrilégios, roubos e profanações:

Uma grande quantidade de milagres eucarísticos ocorreram após ter havido sacrilégios, roubos e profanações do Santíssimo Sacramento. Muitos casos, como o de Santarém, o narrado por São Pedro Damião e o de Ettiswil, na Suíça, foram cometidos por pessoas que receberam a Comunhão, tiraram a Hóstia da boca logo depois e a levaram para ser profanada por algum feiticeiro. Em outros casos foram hereges ou ateus que conseguiram obter as Sagradas Espécies, ou roubando ou por intermédio de alguém, para fazer uma profanação acintosa contra Cristo, como o ocorrido com as Sagradas Hóstias do “El Escorial”, de Bruxelas, na Bélgica, de Paris (em 1290), de Poznan, na Polônia, e de Alcoy, na Espanha. Em outros casos, o ladrão nem sequer chegou a consumar completamente o sacrilégio ou profanação, como o ocorrido em Weiten-Raxendorf, na Áustria, e Herentals, na Bélgica. Nos casos de Augsburg, Bettbrunn e Erding, todos na Alemanha, o roubo deu-se porque os fiéis (uma senhora e dois camponeses), por uma piedade ignorante ou falsa, queriam ter o Santíssimo dentro de casa e, como não era permitido, resolveram roubá-Lo.
E no caso de uma comunhão indigna, estando a pessoa em estado de pecado mortal? Temos então o milagre ocorrido em Mogoro, no ano 1604, quando dois homens tiveram suas línguas queimadas logo após comungarem indignamente: cuspiram as Hóstias na mesma hora e em seguida explicaram ao sacerdote que elas estavam como carvões em brasa na boca.
Em Patierno (Nápoles) as Sagradas Espécies foram roubadas por duas vezes: na primeira, em 1772, ocorreu o fenômeno da recuperação milagrosa, mas na segunda, ocorrida já no século XX, em 1978, nada ocorreu e, lamentavelmente, as partículas estão desaparecidas até hoje.

2. Natureza dos milagres


a) Hóstias transformam-se em carne e vinho em sangue:

Muitos foram os milagres em que as Sagradas Espécies se transformaram em carne e sangue. O principal e mais antigo deles é o de Lanciano, visto até os dias atuais. O mesmo ocorreu em Middleburg, na Bélgica, em Augsburg, na Alemanha, em Alatri e em Bagno di Romagna, na Itália. Em um outro, na Espanha, o sacerdote não conseguiu engolir a Hóstia, transformada em carne. Em “O Cebreiro”, também na Espanha, ambas as espécies, Hóstia e Vinho, transformaram-se em carne e sangue ao mesmo tempo na hora da Missa.
No entanto, o caso mais espantoso foi o narrado no Apoftegma dos Monges do Deserto, num lugar do Egito chamado Scete. Como um monge duvidasse da real presença de Cristo na Eucaristia, na hora da consagração foi visto próximo ao altar o Menino Jesus ao lado de um Anjo armado de uma espada (que logo O imolou), de cuja carne foi oferecida como Hóstia aos monges para que comungassem.
Em Daroca, na Espanha, Bolsena e Offida, na Itália, as Hóstias transformaram-se em Sangue e em Bagno di Romagna, na Itália, e Alkmaar, Boxmeer e Box-tel , na Holanda, foi o vinho que se transformou.

b) Hóstias que sangram:

Neste casos, as sagradas espécies, especialmente as Hóstias, não transformaram-se em carne, mas sangraram. Hóstias sangraram em Santarém, Hasselt, em Corcum (as Hóstias que estão no “El Escorial”), Guadalupe, Macerata, Fiecht, Bois-Seigneur-Isaac, Bruxelas, Herkeronde, Ludbreg, Blanot, Dijon, Bernningen, Wilsnack, Asti, Roma, Trani, etc. Algumas chegam até a esguichar sangue.

c) Hóstias que flutuam e/ou brilham:

Após algum sacrilégio, o milagre se iniciava geralmente com o sangramento das hóstias, mas logo depois, no lugar onde o profanador as escondia, elas começavam a brilhar para que os fiéis as encontrassem. Isto deu-se especialmente nos milagres de Santarém e Herentals.
Em outros milagres, porém, as Sagradas Espécies ficavam flutuando, sozinhas ou juntamente com o ostensório, para escapar de algum incêndio, como o ocorrido em Faverney, ou de profanadores, como o de Paris (ano de 1290), Volterra (Itália), ou então sem motivo aparente, como os de Douai e Erding.

d) Manifestações ou Imagens de Cristo na Hóstia:

Em outros milagres a manifestação sobrenatural consistiu numa ação explícita de Nosso Senhor, através da impressão de imagens na Hóstia, como em Waldurn que teve Suas imagens impressas no Corporal, ou até mesmo de Sua intervenção, como no milagre de Regensburg em que o Crucifixo pega o cálice da mão do celebrante incrédulo.

e) Animais que veneram as Sagradas Espécies:

Em Daroca, a mula que carregava as Espécies milagrosas, após caminhar 200 milhas em doze dias, finalmente ajoelha-se e cai morta perante o local escolhido pela Providência. Em Sousa, no Brasil, o pastor encontra as ovelhas ajoelhadas venerando a Sagrada Eucaristia no meio do mato e o milagre repete-se dias depois, com as ovelhas ajoelhando-se ao ouvir o toque do sino para a Missa. Em Glotowo, na Polônia, os bois estancam respeitosamente perante as Sagradas Espécies, que não estavam visíveis, mas enterradas. O mais estupendo, porém, foi o milagre realizado por Santo Antonio em Rímini, na Itália: uma mula, embora faminta a vários dias, recusa o alimento oferecido e ajoelha-se perante o Ostensório com a Hóstia Consagrada.

f) castigos:

Alguns milagres eucarísticos realizaram-se com castigos a homens maus e incrédulos. Em Seefeld, o chão se abriu aos pés de um profanador, em Wilsnack um incrédulo cavaleiro ficou cego e em Santa Maria do Monte saiu uma língua de fogo do Tabernáculo e queimou um soldado que o profanava.

g) pessoas curadas ou miraculadas:

Em grande parte dos milagres eucarísticos houve muitas curas, algumas na hora, outras depois do milagre eucarístico. Em La Rochelle tivemos a cura instantânea de um menino de 7 anos de idade. Em Marselle, destacam-se as curas de um sacerdote, paralítico e mudo, e de um cego. Milagre mais estupendo foi o ocorrido em Miguel-Juan Pellicer, na Espanha: um aleijado teve sua perna, amputada, completamente restabelecida ao tronco do seu corpo. Muitos outros milagres de curas ocorreram, alguns não mencionados nas crônicas, outros aqui omitidos para não alongar demais o presente relato.

h) vencendo as forças da Natureza:

Grande parte dos milagres eucarísticos deu-se vencendo as próprias forças da natureza. Em Avignon as águas de uma enchente afastam-se como as do Mar Vermelho no tempo de Moisés, permitindo que o Santíssimo seja retirado são e salvo do Sacrário. Em Tumaco, na Colômbia, o Santíssimo acalma um maremoto salvando toda uma população católica. No Egito, uma santa anacoreta caminha sobre o rio Jordão para receber a Comunhão. Na Martinica, o Santíssimo salva o lugarejo chamado Morne-Rouge da fúria de um vulcão. Em Canosio, fez parar uma enchente. Em Cava del Tirreni, na Itália, faz cessar uma peste. Em Dronero, também na Itália, faz apagar um incêndio que ameaçava a cidade. Já em Pibrac, na França, as águas de um rio afastam-se para que Santa Germana Cousin passe a pé enxuto para assistir a Santa Missa e comungar.

i) Eucaristia como único alimento:

A devoção à Eucaristia levou inclusive muitos santos a alimentar-se unicamente dela, comprovando assim também o seu valor como alimento meramente natural. A Beata Ana Catarina Emerich, também estigmatizada, passou vários anos tendo como único alimento a Hóstia Consagrada; quando muito se acrescentava uma ameixa e copo d’água. Outros santos nem sequer tinham qualquer complemento ao da Eucarista, como a Serva de Deus Teresa Newman de Konnersreuth, alemã, que viveu assim durante 36 anos. A Beata Alexandrina de Balasar, portuguesa, passou 13 anos alimentando-se unicamente da Eucaristia. São Nicolau Flueli, Patrono da Suíça, 20 anos; a Serva de Deus Anne-Louise Lateau, 12 anos. O caso mais fantástico é da vidente e estigmatizada francesa Martha Robin que passou 53 anos alimentando-se unicamente da Hóstia Consagrada! Nem sequer água ela podia ingerir...

j) Perpetuação das Sagradas Espécies sem se decompor por muitos anos:

O fenômeno mais impressionante foi o de Lanciano, cujas Espécies mantêm-se intactas e incorruptas por mais de 13 séculos! Em Alcalá, o milagre foi oficialmente reconhecido após as Espécies se manterem intactas por onze anos. Já em Onil, também na Espanha, duraram 119 anos. Em San Juan de las Abadesas há uma Hóstia colocada numa estátua em 1251 e que permanece incorrupta até os dias atuais. E assim, vários foram os milagres cujas espécies sacramentais permaneceram incorruptas por anos a fio, muitos deles vistos até os dias atuais.

3. Milagres vistos até hoje


Até os dias atuais podem ser vistos os milagres de Lanciano (13 séculos), Santarém (sete séculos e meio), Seefeld (seis séculos), Hasselt (sete séculos), Faverney (quatro séculos), “El Escorial” (quatro séculos), Fiecht (sete séculos), Middleburg (sete séculos), Douai (mais de sete séculos), Neuvy Saint Sépulcre (quase oito séculos), Erding (seis séculos), Bagno di Romagna (seis séculos), Mauro La Bruca (277 anos), os dois milagres de Florença (um com quase 8 sécu-los e o outro com quatro centenários), Offida (sete séculos), Boxmeer (seis sécu-los), Alcalá (quatro séculos), Siena (277 anos), com uma particularidade: em Siena continuam intactas mais de 200 hóstias!

4. Relíquias indiretas conservadas


Em alguns milagres as Sagradas Espécies já não existem, mas ainda se conservam relíquias indiretas, como em Faverney (um ostensório), em Guagalupe (os corporais e a pala), em Bruxelas (os relicários), em Blanot (uma toalha), em Mogoro (pedras) e em Boxtel (o corporal).

5. Milagres conhecidos e aprovados pelo Papa


Vários milagres eucarísticos foram oficialmente conhecidos e aprovados por papas ao longo dos séculos. O Papa Leão X estabelece sede episcopal em Lanciano no século XVI, e, alguns anos depois, Pio IV eleva-a ao arquiepiscopado.
Eugênio IV concedeu ano de jubileu para Daroca a cada 10 anos e reconheceu como autênticos os milagres de Waldürn, na Alemanha, e de Ferrara, na Itália. O Papa Sérgio IV toma conhecimento oficial, através de São Pedro Armengol, do milagre de Ivorra e o aprova através de uma bula. Bonifácio IX concede a Cássia indulgência equivalente à da Porciúncula. Gregório IX reconhece o milagre de Alatri através de uma bula, Paulo III o de Asti e Ubano IV o de Bolsena. O Papa Pio IV reconhece o de Morrovalle e Inocêncio VIII o de “O Cebreiro”. A maior parte destes reconhecimentos foi através da concessão de indulgências especiais.

6. Extinção das espécies miraculadas


Muitas das Sagradas Espécies miraculadas já não existem. No entanto, duraram vários anos atestando a grandeza do milagre. As do milagre de Dijon duraram 364 anos, de Les Ulmes 130 anos, de Marselle e de Paris sete séculos, de Bettbrunn 105 anos, de Wilsnack 139 anos, de Patierno 204 anos, de Turim cerca de dois séculos, de Veroli apenas 12 anos, de Gerona quase sete séculos e de Silla 29 anos (destruídas pelos comunistas em 36).

7. A Eucaristia e a ciência


Os estudos mais documentados são os do milagre de Lanciano, com várias pesquisas feitas ao longo dos séculos. Finalmente, no século XX foram feitos estudos científicos mais completos, onde se constatou a autenticidade do milagre. Também foram feitos estudos nas relíquias de Ivorra no ano 2000 e se constatou o mesmo. Também no século XX, em 1958, foram analisadas as manchas do Corporal do milagre de Bagno di Romagna, onde se confirmou que eram de natureza hematológica. Também foram feitos estudos de natureza científica em Patierno. Um cientista, pelo menos, converteu-se e tornou-se santo: trata-se de Nicola Stenon, beatificado pela Igreja.

8. Milagres feitos por intercessão de Santos


Alguns milagres foram feitos por intercessão de santos, dentre eles, os grandes milagres de Santa Clara de Assis e de Santo Antonio. Mas pode-se acrescentar também os de São João Bosco, Santa Maria, a Egípcia, São Sátiro, Santa Lúcia Filippini, Beata Imelda Lambertini, Santa Juliana Falcinieri, Beata Ângela de Foligno, e tantos outros que é impossível aqui relatar.

9. Milagres eucarísticos e as três revoluções:


A maior parte dos milagres eucarísticos deram-se no período que vai desde a Renascença até o Protestantismo, decorrentes, principalmente, das heresias que negavam a presença real na Eucaristia. Um fato que se chama a atenção: em 1593, um monge pregava citando o milagre de Fiecht, na Áustria, e fez uma multidão de protestantes recuar sem argumentos. O milagre exposto em “El Escorial” foi realizado em decorrência da ação de hereges protestantes da Holanda, um dos quais converteu-se.
No entanto, o ódio contra a Eucaristia foi mais violento na Revolução Francesa, ocasião em que se destruíram, inclusive, várias relíquias provenientes de milagres existentes ainda na França. Em 1794, destruíram as relíquias do milagre de Dijon; nesta mesma época sumiram-se as relíquias do milagre de Douai; as sagradas espécies de Les Ulmes tiveram que ser consumidas pelo sacerdote para se evitar uma profanação pelos revolucionários. Finalmente, as hóstias milagro-samente conservadas pelo milagre de Paris desde 1290 foram destruídas pelos revolucionários cinco séculos depois!
Com relação ao comunismo, tivemos maior quantidade de relíquias destruídas durante a revolução comunista de 36, na Espanha. Em Ludbreg, na Croácia, só foi possível restabelecer o culto às sagradas relíquias após a queda do regime comunista.

10. Santos Eucarísticos


Não se pode dizer que um santo não seja eucarístico, pois a Eucaristia é o centro de toda santidade. No entanto, alguns deles se caracterizaram por ter sido especialmente devotos da Eucaristia, como São Tomás de Aquino, São Bernardo, São Pedro Julião Eymard, São João Bosco, etc. Merece destaque o Beato Ivan Merz, croata, que, apesar de ter vivido num mundo materialista e conturbado (séculos XIX e XX), conseguia comungar diariamente.

11. A Eucaristia e as aparições marianas:


O Santíssimo Sacramento esteve presente em quase todas as últimas aparições marianas. As aparições à Santa Catarina Labouré geralmente se davam quando ela fazia a adoração da Eucaristia. A devoção à Eucaristia em Lourdes teve incrível incremento quando um sacerdote propôs realizar uma procissão com o Santíssimo Sacramento e ocorreu uma cura prodigiosa. A partir de então, todos os doentes que vão a Lourdes são abençoados com o Santíssimo Sacramento.
Em Fátima, as aparições foram precedidas por uma aparição do Anjo com um Cálice apresentando uma Hóstia, gotejando sangue, logo dada em comunhão às crianças. Tudo indica que Francisco e Jacinta ainda não tinham feito a Primeira Comunhão até aquele momento.

Aqui estão relatados em detalhes mais de 150 milagres eucarísticos. Veja abaixo vídeos da TV da Madre Angélica sobre os milagres eucarísticos.






sábado, 18 de junho de 2011

Isamitas formavam seita herética em Sucumbios


Que lhes parece: é uma missa? Está sendo revelado um dos maiores escândalos heréticos dentro da Igreja - a "revolução ismita" dos padres carmelitas adeptos da TL que agiam na província de Sucumbios, no Equador. No vídeo abaixo, alguns detalhes da atuação daquele grupo, que, a bom tempo, foram expulsos de lá após a chegada dos Arautos do Evangelho.

Mais uma vítima da Revolução Francesa vai ser beatificada

O desfile de vítimas da Revolução Francesa, com seus séquitos de horrores e crimes, tem mais um nome a ser inscrito entre os Bem-Aventurados. O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, presidirá neste domingo, 19 de junho, na localidade de Dax (França) a Missa de beatificação da religiosa vicentina Margarida Rutan, mártir decapitada pela Revolução Francesa no dia 7 de abril de 1794.

Margarida nasceu no dia 23 de abril de 1736 em Metz em uma família numerosa. Aos 18 anos e graças também à educação na fé de seus pais, expressou seu desejo de ingressar na congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, que logo pôde realizar aos 21 anos a pedido de seu pai já que era ela quem o ajudava em seu trabalho de arquiteto com o qual mantinha os seus 17 filhos.

Em 1757 iniciou sua formação em Paris, passou logo a Pau, Brest, Fontainebleau, Blangy-sur-Bresle, Troyes e finalmente a Dax aonde chegou aos 44 anos de idade em 1780. Ali como superiora se encarregou do hospital local o qual conseguiu converter em um modelo para seu tempo por sua inteira dedicação aos pacientes a quem tratava contemplando neles o Cristo sofredor.

Com a Revolução Francesa, em 1792 foi proibido o uso do hábito religioso. Em 1793 se constituiu em Dax um "comitê de vigilância" desta e outras disposições políticas. Em 1794 foi capturada e encarcerada em total isolamento, acusada de "aristocracia, fanatismo e superstição".

O postulador da causa da irmã Margarida Rutan, Luigi Mezzadri, escreve na edição para este domingo do jornal vaticano L’Osservatore Romano que "o processo foi uma farsa, a sentença foi de morte. Junto a ela foi condenado o sacerdote Giovanni Eutropio Lannelongue, de 60 anos", inocente assim como ela.

Mezzadri relata que no dia de sua morte, Margarida estava atada de costas ao Pe. Lannelongue. "Na praça se fez silêncio. Também os soldados estavam comovidos diante de sua atitude serena para enfrentar a morte. A um deixou um relógio, a outro um lenço bordado. Não baixou os olhos quando guilhotinaram o sacerdote. Aos que sugeriam que ela olhasse em outra direção dizia-lhes: ‘Como acham que vou ter medo de ver morrer um inocente?’"

"Só reagiu quando o carrasco quis descobrir o seu pescoço. ‘Detenha-se, um hombre nunca me tocou!’, disse-lhe. Para muitos condenados os últimos passos foram os mais difíceis de dar (…) Ela caminhou firme, colocou-se no patíbulo e rezou".

"Quando a guilhotina desceu –conclui Mezzadri– pareceu que um gemido sacudia a terra. Era um gemido de oração. A atualidade de sua mensagem está em ter antecipado com sua vida as palavras de João Paulo II: ‘Não tenhais medo!’".




quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lição para o STF: a França laicista recusa o “matrimônio” gay


Assembléia Nacional francesa recusou nesta quarta feira uma proposta de lei pretendida pelo PS francês para aprovar o “matrimônio” homossexual, prevalecendo na votação a maioria dos deputados de centro-direita.
Os favoráveis à medida obtiveram ainda 222 votos, mas foram derrotados por 293 deputados que se lhe opunham.
Lá como cá, os argumentos são os mesmos: tratava-se, segundo o autor do texto em votação, de fazer cair uma discriminação odiosa contra os homossexuais. Referia-se explicitamente, ainda, a uma suposta “igualdade de direitos” no que diz respeito à família.
Um dos que votaram contra a medida, o deputado Michel Diefenbacher, afirmou que é contra a homofobia mas não concorda em mudar a imagem da função do matrimônio, definido como “uma instituição encarregada de proteção aos mais fracos encabeçada por uma mulher...”
Para lição de nossos juristas do STF, cujas medidas, ultimamente, têm envergonhado o nosso povo, como a soltura de um bandido (o caso do terrorista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil e solto por ordem da Suprema Corte) e a liberação das passeatas favoráveis à maconha. Após aprovar o “matrimônio” homossexual, que faltaria para jogar mais na lama a reputação daqueles vetustos senhores de nossa suprema corte?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Ex-clérigos anglicanos são ordenados curas católicos

A crise de fé e de vocação que perdura entre os Anglicanos tem favorecido o crescimento do Catolicismo, especialmente na Inglaterra. Após a saída em massa de fiéis pertencentes àquela religião e o conseqüente ingresso na Igreja Católica, agora é a vez de seus clérigos, que pedem para serem ordenados sacerdotes católicos a exemplo do Beato Newman. Segundo o site Forum Libertas é “uma chuva de novos sacerdotes”: No último dia 4 de junho, o arcebispo Peter Smith de Southwark ordenou sacerdotes católicos a sete homens que a um ano atrás eram pastores paroquiais anglicanos. Já em Birmingham foi o arcebispo Bernard Longley que ordenou oito ex-clérigos anglicanos no Domingo de Pentecostes. Monsenhor Keith Newton, ordinário dos anglocatólicos na Inglaterra, informava que o Ordinariato já conta com 35 sacerdotes egressos do anglicanismo e em torno de 20 serão ordenados nos próximos dias. Os novos sacerdotes estarão subordinados ao Ordinariato, mas colaborarão com suas dioceses locais e em outras funções que os bispos o solicitem.
O Anglicanismo tem raízes tradicionais nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, mas não seguem uma só orientação partida de sua sede em Londres. Nos Estados Unidos, o cardeal Donald Wuerl, de Washington, é o responsável pelo Ordinariato anglocatólico daquele país, mas lá a situação é diferente da Inglaterra, pois enquanto os britânicos são todos ex-anglicanos, os americanos se compõem de uma grande diversidade de grupos religiosos: paróquias católicas de rito anglicano (dispensa especial concedida por João Paulo II), duas paróquias episcopalianas (uma em Baltimore e outra em Maryland), várias paróquias de um grupo chamado “Igreja Católica Angloluterana”, comunidades da “American Anglican Church” e alguns outros.
Com relação ao Canadá, quase todos os membros do futuro ordinariato virão das comunidades ligadas à “Traditional Anglican Church”. Já na Austrália haverá pelo menos dois ordinariatos. Recentemente optou por entrar no Ordinariato a “Igreja do Estreito de Torres”, um grupo de 20 paróquias em ilhas pobres e isoladas, situadas entre a Austrália e Papua Nova Guiné. No restante do país grupos pertencentes à “Traditional Anglican Church” formariam outro ordinariato.

sábado, 11 de junho de 2011

Vaticano lembra doutrina de excomunhão para ordenações de bispos sem permissão do Papa

A agência ACI Prensa está divulgando a notícia abaixo e se refere explicitamente ao caso da China, onde costumeiramente há ordenações de bispos sem permissão do Papa. No entanto, existem outros casos, como do padre Luís Quintanilha, de El Salvador, e o famoso episódio de Lefebvre que até hoje cria confusão entre os fiéis.

O jornal L’Osservatore Romano publicou uma declaração do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos datada em 6 de junho na qual explica a doutrina da Igreja sobre os casos de ordenações de bispos realizadas sem permissão do Papa.

A declaração não faz referência específica a nenhum país, mas revisa possíveis atenuantes presentes em várias ordenações episcopais realizadas na China sem autorização da Santa Sé e sob a pressão das autoridades do governo.

A última das ordenações episcopais sem permissão do Papa na China foi realizada em novembro do ano passado. Além disso o governo, que dirige a chamada Associação Católica Patriótica a China, tinha programado para o dia 9 de junho uma ordenação adicional, mas de última hora decidiu pospô-la a uma data ainda não especificada, ao parecer, pela resistência tanto dos fiéis como do sacerdote eleito para ser ordenado Bispo.

A declaração do Pontifício Conselho se refere à correta aplicação do cânon 1382 do Código de Direito Canônico que estabelece que "o Bispo que confere a alguém a consagração episcopal sem mandato pontifício, assim como o que recebe dele a consagração, incorre em excomunhão latae sententiae (automática) reservada à Sé Apostólica".

O texto do dicastério considera que algumas circunstâncias como "o temor grave, a injusta provocação, a ignorância da pena canônica", entre outras, são "atenuantes que excluem a pena latae sentenciae" no caso de uma ordenação sem permissão do Papa.

O texto refere também que cada um dos participantes em uma ordenação deste tipo "conhece no coração seu grau de envolvimento pessoal e a reta consciência indicará a cada um se incorre em uma pena latae sententiae".

A declaração assinala que uma ordenação ilícita gera nos fiéis "diversas reações, também de escândalo e confusão, que de nenhum modo podem ser menosprezados e que postulam –nos bispos envolvidos– a necessidade de recuperar autoridade mediante sinais de comunhão e penitência, que possam ser apreciados por todos".

Deste modo recorda que todo aquele que incorre nesta excomunhão, está impedido de tomar parte como ministro na celebração da Eucaristia ou de qualquer outra cerimônia pública, celebrar ou receber sacramentos, e de exercitar funções eclesiásticas de governo. Ao fazê-lo "poderia incorrer em um ato moralmente ilícito e portanto em sacrilégio".

Em alguns casos, precisa a declaração, a Santa Sé será a encarregada de declarar a excomunhão automática, caso esta exista, ou de impor "outras sanções ou penitências, se isso for necessário para reparar o escândalo, para dissipar as confusões dos fiéis e para, em geral, proteger a disciplina eclesiástica".

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sacerdote relata situação de Sucumbios após saída dos Arautos


Sucumbios - Equador - Procissões continuam em seu vigésimo dia pedindo a volta dos Arautos para a Província. Um sacerdote da capital, Nueva Loja, divulgou a seguinte carta:

Después que se diera injustamente el mes pasado la salida de los Heraldos del Evangelio, por presión del gobierno, miembros de las organizaciones sociales, y autoridades.
Una pequeña parte que buscaba la salida de los Heraldos, entre ellos los sacerdotes diocesanos, y algunos "lideres" de las comunidades eclesiales de base, han regresado a la tranquilidad, porque según ellos cumplieron el objetivo que era la salida de la Nueva Administracción. Mientras que la otra parte quedo muy dolida por la injusta desición de ver partir hacia Quito a los Heraldos. Estos hermanos han iniciado una serie de procesiones, que han indicado que no dejaran de hacerlas hasta que se restuare la fe y justicia en este pueblo, este domingo en la proseción de la mañana observamos gente de todas las clases, del campo y de la ciudad, todos los días a las siete de la noche y los domingos a las nueve de la mañana a la cual acude una gran multitud de fieles niños, jovenes, y hasta ancianos; ellos realizan una procesión con rezos y cantos recorriendo la mayor parte de las calles de la ciudad; hay gente de toda condición, movimientos y también de comunidades de base que no estan contentas con las desiciones que ha tomado el Delegado Pontificio. Entre sus peticiones esta; que los diocesanos que iniciaron este problema y con engaños, calumnias, mentiras, levantando a la gente a revelarse contra la nueva adminstración, sean sacados de la ciudad y puestos en otros sectores de la provincia; o que se los mande a preparar al seminario para que tengan bien claro las normas de la Iglesia y su desenvolvimiento dentro de la sociedad. Que se sancione a aquellos trabajadores de la Radio Sucumbios, que crearon una conmoción social con transmisión falsa, que atento contra los Heraldos del Evangelio, creando en la gente un odio y desprecio por sus continuas transmisiones con tinte desprestigiador a la nueva adminstración, atentando a su buena fama y reputación y sus derechos de personas libres. Que se cambie el modelo de pastoral de isamis, al modelo pastoral de la Iglesia Universal Catolica y Apostólica. Que los sacerdotes diocesanos que lleguen a ayudar a Sucumbios, no sean de la linea pastoral de los carmelitas, ni de movimientos, sino que sean sacerdotes que no se pongan ni a una ni a la otra posición; sino que vengan a enseñar y a trabajar de acuerdo como lo hace la Iglesia Católica.
No estan de acuerdo con el ayuno de Mon. Gonzalo, ya que tiene mas un tinte de huelga de hambre y lo unico que hace es crear más conmoción social, si tanto quiere sanar heridas que hable y diga a sus seguidores que obedescan a la Autoridad del Papa y que ayune como cristiano en silencio y retirado de todos, eso si puede ayudar a sanar muchas heridas en Sucumbios. Recordaron que Jesús, nos ha dado a los cristianos normas claras acerca del ayuno.

"Cuando ustedes hagan ayuno, no pongan cara triste, como los que dan espectaculo y aparentan palidez, para que todos noten sus ayunos, Yo se los digo: ellos han recibido ya su premio. Cuando tu ayunes, lavate la cara y perfúmate el cabello. No son los hombres los que notaran tu ayuno, sino tu Padre que ve las cosas secretas, y tu Padre que ve en lo secreto te lo premiara".

Esperan y respetaran la desición de la Santa Sede, cualquiera que sea esta. Y rectifican que esta no es una proseción de los carismáticos sino del pueblo que pide reividicación y justicia, para alcanzar tranquilidad y hermandad, ,mientras tanto seguiran luchando hasta cuando se atienda y se cumpla a los pedidos hechos al Delegado Pontificio.

Estas son algunas y otras opiniones de la mayor parte de la gente de sucumbios, quiza hay otras peticiones más pero hemos puesto las más importantes.

Como autor de este blog, quiero darles mi opinión acerca de todo lo que esta pasando:
Me parece, a mi que las procesiones son en si una manifestación de fe y al mismo tiempo de respuesta a algo que no esta bien o a desiciones mal tomadas, que en cuanto no creen violencia y no se digan frases provocativas e ofensivas no hacen daño a nadie.

Pero se debe tener bien claro, que en la Iglesia, ni las huelgas de hambre, ni las protestas, ni el que mas grite u ofenda, ni las autoridades que se hagan a un sector y se olvide del otro lograra ser un medio en donde se confronte el dialogo y desiciones equitativas. Nada de esto lograra traer paz a un pueblo.

Que el mediador de este conflicto que ya no solo tiene que lidiar con repercusiones religiosas, sino también politicas tiene una dura tarea que solo lograra tener una visión clara escuchando con paciencia a las dos partes involucradas; y el sector politico o de gobierno tiene que respetar las desisiciones internas y no meterse, en la parte administrativa de la Iglesia, el hecho de que el gobierno ayude a la Iglesia en algunas obras sociales, no le da ninguna autoridad para presionar en las desisciones que ella tome.
Que el Pastor busque a las ovejas, que estan alejadas y , cure sus heridas, la ponga en sus hombros y las vuelva al redil; que por más recias que esten no las abandone, sino que las busque hasta que las encuentre a traves del dialogo y de posiciones razonables de una solución; hay que recordar que no es la oveja perdida que busca al Pastor sino el Pastor a la oveja y cuando la encuentra no la trata mal, no la abandona, no la desprecia, no le dice me voy con las de aca, ustedes no me importan porque se me han portado rebeldes; y las ovejas deben dejarse curar y sanar, solo el Amor del Pastor puede sanar, hay que recordarle al Pastor que las que se sienten lejos de él, necesitan más y el Amor de Pastor, su bondad y comprensión pueden destruir sus caprichos. Buscar el dialogo escuchar a las dos partes sin menospreciar a ninguna, trabajar con las dos posiciones, corregir los errores y desmanes, tener paciencia de escucha y de espera para que se sanen la heridas, que es un proceso muy largo. Tener humildad para decidir y para hablar y escuchar tanto del pueblo como del Pastor; son posturas que nos pueden llevar por lo menos a poner bases de una pronta reconciliación.

Les invitamos a orar con mucha fe y devoción, para que pronto lleguen las soluciones a este pueblo.

P. Bernardino Castro.

Fonte: blog Discipulo del espiritu santo


segunda-feira, 6 de junho de 2011

População católica de Sucumbios faz procissões pela volta dos Arautos

Enquanto o ancião bispo resignatário de Sucumbios faz "greve de fome" em Quito, acampado em praça pública (que o mesmo chama de jejum eucarístico), a população católica daquela localidade se manifesta da forma mais cristã possível, isto é, rezando e fazendo procissões pedindo a volta dos Arautos do Evngelho. Estas belas e pacíficas manifestações religiosas podem ser vistas nos vídeos que divulgamos abaixo:

Para se entender o que vem ocorrendo naquela localidade vejam estas postagens:

Isamitas ou islamitas?

Agitadores provocam saída dos Arautos de Sucumbios







sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mulheres que freqüentam Igreja são mais felizes



A notícia foi veiculada pela Zenit, mas a realidade pode ser constatada em nosso dia a dia: qualquer pessoa, seja homem ou mulher, sentir-se-á mais feliz com a paz de espírito, somente adquirida através da freqüência à Igreja.
ARLINGTON, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - Um estudo recente mostra que as mulheres que freqüentam regularmente a Igreja são mais imunes aos altos e baixos da vida, e geralmente são mais felizes.
Alexander Ross, do Instituto de Ciências Psicológicas, é o autor da pesquisa, que teve como objetivo investigar o grau de felicidade das mulheres americanas nos últimos 36 anos.
Ross descobriu que ir regularmente à igreja é um fator significativo na felicidade das mulheres. Verificou-se, de fato, que uma inflexão desta freqüência no período 1972-2008 teve um impacto direto sobre a felicidade das mulheres que participaram do estudo.
"A queda da freqüência ao longo do tempo, um comportamento associado a uma menor felicidade geral, explica, em parte, o declínio da felicidade das mulheres", sublinhou Ross.
Mudanças sociais
Da mesma forma, as mulheres que afirmam freqüentar regularmente a igreja parecem mais imunes aos elementos que causaram o declínio geral da felicidade.
"Dado que as mudanças que a nossa sociedade tem sofrido nas últimas décadas têm tido um impacto negativo sobre a felicidade das mulheres - disse Ross -, a análise permite concluir que as mulheres que freqüentam a Igreja são menos sensíveis a este impacto."
O estudo, publicado no último volume da Interdisciplinary Journal of Research on Religion
, também mostra uma diminuição na prática religiosa dos homens, no mesmo período, mas que não corresponde a um declínio significativo na felicidade masculina.
Ross explicou que isso poderia ser devido ao fato de que as mulheres mudaram seus hábitos sobre a prática religiosa ao longo dos anos, muito mais drasticamente do que os homens. Essa diminuição na freqüência da participação nas igrejas nas mulheres também é mais consistente do que a os homens.
O especialista também destacou que, "embora as expectativas sobre os papéis entre homens e mulheres tenham mudado nas últimas décadas, pode-se dizer que mudaram mais radicalmente para as mulheres".
"No contexto de uma maior sensação de desintegração social, talvez as mulheres tenham se beneficiado mais do que os homens da influência estabilizadora de uma visita regular à igreja."
"Santo Agostinho não ficaria surpreso com o que descobrimos, porque ele ensinou que o maior bem para a humanidade é Deus", concluiu Ross.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Religiosos rebeldes dividem os católicos do Equador

O Presidente do Equador visita o bispo rebelado Dom López, que "jejua" em praça pública, dando assim conotação política ao problema religioso criado pelo bispo jubilado de Sucumbios. Demonstra assim que a Teologia da Libertação distoa do Evangelho, onde diz:

"Quando jejuardes não ponhas o rosto triste, como fazem os hipócritas,os quais desfiguram seu rosto para que se note que jejuam. Lhes asseguro que com isso já receberam sua recompensa. Vós, em troca, quando jejuardes, perfuma tua cabeça e lava teu rosto para que teu jejum não seja conhecido pelos homens, senão por teu Pai que vê os segredos do coração: e teu Pai que vê no secreto, te recompensará” Mt 6, 16-18)".

Monsenhor Gonzalo López OCD não se tem contentado em dividir seu Vicariato e promove com seu jejum a divisão do pais.

Transcrevemos abaixo um elucidativo artigo divulgado em Sucumbios Equador , onde se analisa as causas mais profundas da crise artificial criada pelos agitadores da TL naquele país. Anteponho, também, comentários feitos por aquele blog.


O pretendido chamado à reconciliação promovido pelo bispo rebelde de Sucumbios durante seu jejum eucarístico no Parque da Alameda de Quito, despertou muitos católicos adormecidos que não queriam ver as feridas causadas pela mal chamada Teologia da Libertação.
Nas fileiras dos frades, dos curas e das monjas da Igreja Católica estão acordando perante o alarido indignado destas minorias transviadas frente à presença da verdadeira Igreja de Cristo. Os grupos de religiosas que acodem em verificar o estado de saúde do ancião bispo emérito do Vicariato de San Miguel de Sucumbios, não se pode dizer que sejam a representação de todas as mulheres de Sucumbios, como se empenha e nos fazer crer a senhora Delia Malvay, presidenta de uma “Federação” que agrupa a elite ativa do ISAMIS Carmelita. Humildemente se considera a redentora e representante de todos, e está disposta a assinar todos os manifestos que lhe apresentem. Este artigo que nos enviaram e que publicamos com gosto, nos pareceu discernir o que está acontecendo no Equador.
O Presidente está dividindo o País em dois grupos irreconciliáveis. E enquanto alguns dormiam, as minorias organizadas tomam o poder.
Porém se a maioria desperta diante de tanta gritaria, todavia se podem eliminar os grandes problemas que se apresentam ao iniciar-se este século XXI.
(segue o artigo)
“Quando o território que compreendia a Real Audiência de Quiito pertencia ao Reino da Espanha, as idéias e costumes das gentes eram monoliticamente de cunho cristão, o fervor e a coerência conviviam em alto grau e não havia questionamentos de nenhuma classe.
Com o advento da República o Equador se formou em concepções filosóficas diversas, a grande maioria da população totalmente católica, e pequenos círculos de pensadores se fizeram eco às idéias nascidas durante a ilustração, consumadas durante a Revolução Francesa e continuadas no século XIX sob o fio devastador da espada de Garibaldi.
Consolidada a Nação, não se fizeram esperar as grandes polêmicas por formas de governo inspirados em um ou outro modelo. Gabriel Garcia Moreno ergueu-se como o paladino na defesa do Direito Cristão e Eloy Alfaro encarnou o mais furioso dos jacobinos.
Morto Garcia Moreno pelo facão assassino financiado pelas lojas, não houve outro personagem que defendesse com o mesmo afinco o pensamento das maiorias, pelo contrário as “montoneras” Alfaristas por meio da violência tomaram o poder.
Durante quase noventa anos esta tendência governou o Equador, sem um respaldo da opinião pública, mas sim mediante as fraudes eleitorais ou golpes de estado.
No Equador contemporâneo a grande divisão de pensamento se manteve, as forças políticas representativas do País se dividiam em dois pólos irreconciliáveis: Conservadores e Liberais.
No primeiro terço do Século XX aparece uma terceira posição com a finalidade de diminuir a grande brecha de idéias, o Populismo, representado por o eloqüente e culto Dr. José Maria Velasco Ibarra, mas também terrivelmente contraditório, posto que em ocasiões esgrimia posições conservadores e em outras posturas liberais mas sempre apoiado por seguidores de um ou outro pólo.
Na atualidade a secularização da sociedade decorrente da influência do hedonismo moderno, fez acreditar que o problema Religioso no Equador estava sepultado. O Socialismo do Século XXI se ufana de suas vitórias e no horizonte político não termina aparecendo algo diferente devido à erodida imagem da democracia fruto da corrupção do sistema.
Sem embargo faz sete meses que o Papa Bento XVI aceita a renúncia do Bispo de Sucumbios por cumprir o limite de idade e nomeia aos Arautos do Evangelho encarregados da Diocese.
Ao longo de quarenta anos o trabalho pastoral do Bispo López Marañon se centrou numa ação social desprendida de religiosidade, de Sacramentos, e baseou seu trabalho nos preceitos da Teologia da Libertação, desenvolveram Isamis dando às costas aos ensinamentos da Igreja Católica.
Em sete meses os Arautos do Evangelho evangelizaram, transmitiram Mensagem de Jesus Cristo, fomentaram a devoção à Virgem Maria, celebraram Missas diariamente, distribuíram os Sacramentos, e com seu exemplo de um tipo humano e atitudes coerentes com o espírito Católico inspirado na máxima evangélica de “Sede santos como meu pai Celestial o é”, começaram a sacralizar a vida da sociedade civil, encantaram a população e encheram um grande vazio e orfandade produzidos pela ausência de autêntico catolicismo.
A reação das cúpulas de Isamis não se fez esperar, se declararam em rebeldia ao mandato Papal e começou uma desleal e desenfreada luta para retomar o controle da Diocese e expulsar os Arautos do Evangelho.
Os agitadores, Carmelitas e alguns seguidores, não encontraram nenhum eco público na Hierarquia Eclesiástica, então recorreram às autoridades da sociedade civil de um governo socialista. Executivo, Assembléia Nacional, Universidade cujo reitor foi deputado socialista, homenagearam e concederam condecorações ao bispo jubilado. Instruíram suas minoritárias bases para tomar violentamente a Catedral de Sucumbios e outras instalações, desde a rádio diocesana manejada pelos rebeldes, as provocações e os ataques contra os Arautos do Evangelho foram incessantes.
Por toda resposta os Arautos continuaram seu trabalho, enquanto todo o Equador tomou posição frente ao problema, praticamente todos os meios de imprensa noticiaram com grande destaque o que sucedia em Sucumbios, imprensa escrita, televisada, rádio, as redes sociais, portais e blogs, descreviam com grande detalhe uma e outra posição, mais de uma vintena de artigos dos mais notáveis homens de opinião do país saíram à luz pública comentando os fatos, o governo tomou partido e pressionou fortemente a Igreja, inclusive ameaçou de alterar as relações diplomáticas com o Vaticano mediante o “Modus Vivendi”. Na Espanha e Alemanha as redes sociais se faziam eco do problema.
O assunto religioso, uma forma de ser Católico de acordo com a orientação do Magistério da Igreja e do Papa ou outra de acordo a uma desfiguração do catolicismo, enfrentaram-se no Equador polarizando a opinião pública. O aparente triunfo da secularização da sociedade caiu por terra, e ninguém ficou alheio ou indiferente perante a questão religiosa, pronunciando-se por uma ou outra parte, inclusive as circunstanciais problemáticas políticas ficaram de lado enquanto transcorria a polêmica. Apesar dos esforços realizados ao longo da vida republicana do Equador para adormecer o profundo espírito religioso Católico dos equatorianos, não logrou tal objetivo, e quando a Igreja Católica exerce seu ministério com todo seu esplendor nosso povo se maravilha, a piedade e a virtude afloram. Hoje por hoje no Equador se tem posicionado um paradigma: Ser Católico é conforme a forma dos Arautos do Evangelho ou aos rebeldes ao Papa.
Apesar das ordens religiosas terem saído de Sucumbios, o dilema continua e o povo cristão de Sucumbios favorável aos Arautos clama por sua volta e está disposto a levar seu pedido a Roma, as cifras de preferência têm diferenças abismais, na marcha a favor dos rebeldes depois de quarenta anos de trabalho se juntaram trezentas pessoas, os Arautos depois de pedir ao povo fiel que não se manifestem, não puderam deter uma marcha de oito mil pessoas. Somos a voz dos que não têm voz dizem os partidários dos Arautos do Evangelho e não deixaremos de trabalhar até que voltem.

Jaime A. Dousdebés Veintimilla

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