terça-feira, 14 de junho de 2011

Ex-clérigos anglicanos são ordenados curas católicos

A crise de fé e de vocação que perdura entre os Anglicanos tem favorecido o crescimento do Catolicismo, especialmente na Inglaterra. Após a saída em massa de fiéis pertencentes àquela religião e o conseqüente ingresso na Igreja Católica, agora é a vez de seus clérigos, que pedem para serem ordenados sacerdotes católicos a exemplo do Beato Newman. Segundo o site Forum Libertas é “uma chuva de novos sacerdotes”: No último dia 4 de junho, o arcebispo Peter Smith de Southwark ordenou sacerdotes católicos a sete homens que a um ano atrás eram pastores paroquiais anglicanos. Já em Birmingham foi o arcebispo Bernard Longley que ordenou oito ex-clérigos anglicanos no Domingo de Pentecostes. Monsenhor Keith Newton, ordinário dos anglocatólicos na Inglaterra, informava que o Ordinariato já conta com 35 sacerdotes egressos do anglicanismo e em torno de 20 serão ordenados nos próximos dias. Os novos sacerdotes estarão subordinados ao Ordinariato, mas colaborarão com suas dioceses locais e em outras funções que os bispos o solicitem.
O Anglicanismo tem raízes tradicionais nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, mas não seguem uma só orientação partida de sua sede em Londres. Nos Estados Unidos, o cardeal Donald Wuerl, de Washington, é o responsável pelo Ordinariato anglocatólico daquele país, mas lá a situação é diferente da Inglaterra, pois enquanto os britânicos são todos ex-anglicanos, os americanos se compõem de uma grande diversidade de grupos religiosos: paróquias católicas de rito anglicano (dispensa especial concedida por João Paulo II), duas paróquias episcopalianas (uma em Baltimore e outra em Maryland), várias paróquias de um grupo chamado “Igreja Católica Angloluterana”, comunidades da “American Anglican Church” e alguns outros.
Com relação ao Canadá, quase todos os membros do futuro ordinariato virão das comunidades ligadas à “Traditional Anglican Church”. Já na Austrália haverá pelo menos dois ordinariatos. Recentemente optou por entrar no Ordinariato a “Igreja do Estreito de Torres”, um grupo de 20 paróquias em ilhas pobres e isoladas, situadas entre a Austrália e Papua Nova Guiné. No restante do país grupos pertencentes à “Traditional Anglican Church” formariam outro ordinariato.

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