domingo, 26 de julho de 2009

Mais um erro de Malthus: o problema não é o excesso de população mas o envelhecimento da mesma

Um estudo americano confirma o que já se previra antes: no ano 2040 a população de idosos com mais de 65 anos será superior a de meninos com menos de cinco. O trabalho foi publicado pelo escritório central do Censo americano (o IBGE de lá) e foi elaborado por dois dos seus “experts” no assunto, Kevin Kinsella e Wan He. A opinião destes estudiosos coincide, inclusive, com a do Papa até mesmo nos aspectos econômicos deste declínio populacional. Quando se dirigia aos participantes do congresso promovido pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia, em março de 2007, Bento XVI disse: "Do ponto de vista demográfico, deve-se constatar que a Europa parece haver empreendido um caminho que poderia levá-la a despedir-se da história. Isso, além de pôr em perigo o crescimento econômico, também pode causar enormes dificuldades à coesão social e, sobretudo, favorecer um perigoso individualismo, desatento para as consequências para o futuro. Quase se poderia pensar que o continente europeu está perdendo a confiança em seu próprio futuro". O atual informe americano adverte que “A redução da percentagem de trabalhadores perante o de pensionistas e o aumento do número de aposentados incrementará os atuais impostos sanitários e os sistemas de pensão”. Quer dizer: menos gente contribuindo e mais gente desfrutando dos benefícios só poderá causar grande déficit nas contas da previdência social.
Destacam, assim, que o problema populacional do mundo moderno não é o excesso de gente mas o envelhecimento das populações sempre crescente.
Outro fator importante: o problema já não se situa apenas nos países desenvolvidos, já se constitui uma questão que toma conta de todos os países do mundo. “O envelhecimento está afetando todos os países de todas as regiões do mundo”, declarou Richard Suzman, do Instituto Nacional do Envelhecimento, órgão que divulgou o esudo.
Cresce o "inverno demográfico"
De outro lado, a economista Jennifer Roback, do Ruth Institute (http://www.ruthinstitute.org/) (uma entidade de educação para o matrimônio) divulgou no ano passado um documento intitulado “Demographic Winter” (http://www.demographicwinter.com/) (inverno demográfico), lamentando a falta de atenção americana sobre o assunto. Aquela economista explica, com argumentos econômicos e demográficos, como a diminuição e envelhecimento da população em todo o mundo será uma fonte de pobreza e de perca de qualidade de vida a nível mundial. Harry Dent, um dos entendidos entrevistados no documento, explica que a idade em que mais se investe e consome é a dos 40 anos. No caso do “inverno demográfico” que se avizinha, esta faixa etária poderá ser superada pelos idosos acima dos 65 anos, que sempre gasta mais do que consome. Segundo o estudo este “inverno demográfico” já atinge 70 países e tende a aumentar.
A quebra demográfica
Recentemente, o jornal britânico “Herald Tribune” cita o catedrático em demografia e economía da “New American Foundation”, Phillipe Longman, ao afirmar que “nunca na história tivemos prosperidade econômica acompanhada por descenso da população”. O periódico britânico recorda que quando Malthus formulou sua tese de que a população cresceria mais do que os alimentos, habitavam na terra 950 milhões de seres humanos, sete vezes menos do que a população atual. E no entanto, a produção de alimentos nunca parou de crescer.
Ver nossas postagens anteriores sobre o tema "Controle da Natalidade".
Há uma questão que a mídia não levanta: por que os times europeus estão carentes de atletas e os buscam em países como o Brasil? É porque lá já quase não existe mais juventude, faltam jovens atletas para preencher os claros deixados pelos veteranos, faltam jovens até mesmo para o serviço militar.
É o inverno demográfico. É a “opção preferencial pelos velhos” abertamente defendida pela ONU e pela Comunidade Econômica Europeia. Reproduzimos abaixo um vídeo que circulou na Alemanha no ano passado em que é exaltada a necessidade de se ter filhos. Seria interessante que tal tipo de campanha se estendesse a toda a Europa e aos Estados Unidos.

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