sexta-feira, 10 de maio de 2019

O PLANETA NIBIRU, O ÍDOLO PAGÃO MARDUK E A CREDIBILIDADE NAS MITOLOGIAS ANTIGAS







Quando o homem moderno se vê  perante fatos narrados pelas Sagradas Escrituras, logo lhe vem à mente várias dificuldades apresentadas para fundamentar sua crença naqueles fatos. E, de modo geral, os argumentos contrários aos mesmos são quase sempre repetidos: não são confiáveis documentos tão antigos, a maioria deles baseados apenas na crença, na fé das testemunhas dos fatos e não em comprovações sérias (segundo essa visão), ou até mesmo científicas, hoje mais fáceis de serem encontradas em tais documentos.
Para que possamos acreditar num fato de qualquer natureza temos que ter credibilidade na fonte que o divulga. Assim, uma notícia de hoje veiculada por qualquer órgão da mídia merece nossa aprovação e aceitação porque quem os divulga tem credibilidade. Se não tiver credibilidade, ninguém acredita no que tal órgão divulga. Da mesma forma, um aluno acredita naquilo que o professor ensina, por exemplo, sobre fatos históricos, porque o mestre tem credibilidade perante o aluno, não só o seu mestre mas os livros que ele manda ler.
As fontes em que se baseiam os historiadores para se dar credibilidade aos fatos do passado são várias.  De modo geral, as fontes mais fidedignas são aquelas passadas para documentos escritos, em geral feitos por cronistas da época, alguns testemunhas dos fatos e outros porque ouviram de quem os testemunhou.  Depois disso, aqueles fatos precisam ser confirmados por outras fontes e, se houver alguma que deles discorde, que sejam levadas em conta para análise. É assim que se faz história e se verifica a veracidade de fatos do passado.
A escrita começou entre os homens já na primeira civilização da humanidade, surgida na Mesopotâmia, com os Sumérios, Acádios, Caldeus, etc., Mas, tais escritas não eram feitas  com fins de crônicas ou de narrar fatos que ocorriam naquele tempo. Os povos antigos davam mais importância à transmissão oral, feita de geração em geração, para relatar fatos históricos do passado. De início, o objetivo de tais escritas (muito rudimentar e de uso restrito) era mais para guardar segredos dos bruxos, de suas fórmulas cabalísticas ou de feitiçarias, ou também de algum patriarca ou chefete local que mandava registrar alguma coisa para sua vanglória. No mais, haviam “documentos” apenas, em sua maioria, para registrar negócios, compras ou vendas de algo, ou para deixar cifrado segredos entre eles.  Quer dizer, o povo em geral desconhecia que existiam tais escritas. Tão rudimentares que às vezes nem reis e sacerdotes sabiam decifrá-las.
Agora, vem o homem deste século e começa a dar um enorme valor a tais documentos. Talvez o único de tais documentos que mereça alguma credibilidade seja o código de Hamurabi, pois nele há a intenção de um governante de divulgar um código de leis. Mas escrito pra quê se ninguém sabia lê-lo?  De maneira geral tais documentos são apenas pedaços de pedras com hieróglifos quase ininteligíveis, muitos deles quase destruídos, onde o pesquisador às vezes adivinha mais do que lê o que está ali representado.
Vamos ver um exemplo no que narram de Marduk, que dizem ter sido uma divindade do mundo antigo, lá pelos anos 2 mil antes de Cristo.  Primeira afirmação tendenciosa: tal divindade teria surgido na primeira “dinastia” babilônica. Dinastia é uma sucessão de reis de uma mesma família, coisa que não havia naqueles tempos. Sequer haviam reis. O que os historiadores chamam de reis,  na verdade eram os patriarcas, os chefes das clãs, das tribos e das numerosas famílias, que se destacavam e dominavam regiões inteiras. Por analogias o chamam de rei. Mesmo que tal título possa lhes ser atribuído, não há condições de se comprovar que haviam famílias de reis, de descendentes uns dos outros, porque naqueles tempos quem mandava era o que tinha mais força no momento. Até mesmo no começo do império romano ainda era assim, se sucediam no trono os que conseguiam comandar mais soldados e impor seu poderio sobre os demais.
A partir da insinuação de que o deus era adorado num período em que havia uma dinastia, como se fosse um tempo de progresso social, começam as afirmações simplórias e sem nexo sobre o personagem.  Dizem, por exemplo, que Marduk era a principal divindade babilônica naquele período. Ora, quando se fala naquelas civilizações babilônicas os períodos são longos, de séculos e até de milênios, onde as culturas e civilizações surgem e desaparecem sem deixar vestígio. Em seguida os mentores modernos da importância dessa divindade começam a enfeitar sua história, dizendo que era “filho do senhor da água, Lia” (outra divindade), tendo sido ele que criou o universo, etc. Fantasia pura. Os fautores de tal lenda vão mais longe e imaginam que houve uma luta com outra divindade, chamada Tiamat, cuja “história” foi encontrada depois de vários séculos nas ruínas, sabem de quê? – de uma biblioteca, imaginem! Uma biblioteca tantos séculos antes de Cristo! E onde se encontra, nas ruínas dela, uma história bem completa sobre um deus antigo de mil anos atrás. Não, não havia essa preocupação de se contar histórias naqueles tempos, não haviam anais e registros de fatos históricos. Pois as escritas não tinham essa finalidade, aliás inútil porque ninguém as lia. E depois, vem outra divagação: alguns fragmentos de textos (textos ou pedras?) “sugerem” que o fim dessa história é baseado na crença de que os deuses criaram os homens para ser seus escravos. Quer dizer, o sujeito viu algo parecido numa pedra qualquer e logo imagina que ali está sugerido algo muito importante e revelador sobre tais deuses.
E porque tais pesquisadores acreditam na veracidade tão fugaz de tais “documentos”, e os propagam como coisa importante, e não acreditam nos documentos da Sagrada Escritura?  Porque tais elementos não agem por lógica racional, mas, antes de tudo, imbuídos por crenças modernas de filósofos céticos e ateus.
Faz alguns anos que surgiu na internet notícias sobre um imaginário planeta, chamado Nibiru,  que poderia ocasionar grandes catástrofes na terra. Sua passagem pelas proximidades de nosso planeta se daria nos próximos anos, exatos 3.600 anos após a última visita, exatamente nos tempos da civilização caldaica. Por isso, associam tal planeta às lendas do deus marduk, que datam aqueles tempos.
Então, o homem do século XXI, que pouco ou nada acredita nos textos bíblicos do Antigo Testamento que falam daquela época, começa a crer numa lenda, fútil e sem lógica, dando a ela valor incalculável.
Há vários vídeos sobre o assunto no You Tube, como este







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