quarta-feira, 16 de maio de 2012

O MARTÍRIO SILENCIOSO DAS VÍTIMAS DO COMUNISMO

Ao término da Segunda Guerra Mundial, enquanto três governantes das nações vitoriosas (Estados Unidos, Inglaterra e Rússia) faziam um vergonhoso pacto entregando toda a Europa Oriental nas mãos dos comunistas (tratado de Yalta), uma vidente húngara (Maria Natália Magdolna) entrava em êxtase e tinha a seguinte visão:

 A vestimenta da vida eterna

Um dia, enquanto varria o corredor do convento, encontrei-me de repente em êxtase em Nazaré e ouvi uma voz que me disse que devia percorrer o povoado. Eu sempre havia desejado encontrar-me com Jesus de Nazaré e agora teria a oportunidade. Comecei a percorrer a rua de casa em casa. De uma casa saiu um homem que me perguntou:

- A quem procuras?

-  A Jesus de Nazaré – respondi, tão preocupada em encontrá-lo que nem sequer me fixei nele.

- Entra – disse-me – e encontrarás a minha mãe; ela te dirá onde o podes encontrá-lo – e se foi.

Entrei na casa e vi uma mulher sentada. Por seu doce rosto percebi logo que era a Virgem Maria. Corri feliz para Ela dizendo que estava a procura de Jesus.

- Acaba de sair – disse.

Fiquei muito triste porque acreditava que Ele se escondia de mim.

Então a Senhora me disse:

- Meu Filho me disse que tu virias e que te ensinasse alguma coisa.

Então ela tirou uma peça de roupa, tão bonita, tão preciosa que me deu medo até de olhá-la.

- Esta é a vestimenta da vida eterna – explicou – Esta vestimenta é de Sóror Córdula, que chegará hoje a teu convento perto do meio-dia.

Ninguém nada sabia da chegada desta religiosa.

- Tens que rezar muito por ela – acrescentou Nossa Senhora. Logo mostrou-me outra vestimenta ainda mais formosa.

- E esta é para Sóror Marcela – continuou a Virgem – Ela foi tua companheira quando viajaste para a Bélgica. Meu Filho me disse que te dissesse que também reze muito por esta religiosa, porque se não, não poderá receber as graças com as quais Ele deseja presenteá-la.

Então mostrou-me uma terceira vestimenta, dizendo-me:

- E esta é a tua vestimenta da vida eterna.

Por um momento acreditei que morria ante a beleza dessa vestimenta.

Então Nossa Mãe Santíssima com dois dedos levantou um pouquinho da manga de meu hábito de religiosa e acrescentou:

- Meu Filho me disse também que terás que tirar este hábito para que possas pôr esta vestimenta da vida eterna.

De repente saí de meu êxtase e achei-me terrivelmente confundida. No outro dia, depois da missa, contei tudo à madre superiora, a qual escutou-me com compreensão e carinho; perguntei-lhe chorando como e quando me tiraria o santo hábito e por que teria que sair do convento. Ela não soube responder-me. Então rezei diante do sacrário, fazendo a Jesus a mesma pergunta que seguia incomodando-me. Ouvi sua voz:

- Quando tu tenhas que tirar o hábito religioso, todas as demais religiosas com as quais tu vives também tirarão o seu.

Isto foi o que passou depois da Segunda Guerra Mundial quando em meu país foram dispersadas todas as ordens religiosas.

Ao meio-dia, como Nossa Senhora me havia dito, soou a campainha e uma nova religiosa, chamada Córdula, chegou vindo do convento de Pozsony (Bratislava)[1]. Havia fugido de seu convento porque então o convento de Pozsony e todo o território havia passado para a Checoslováquia[2] e agora ela tinha que iniciar seu noviciado conosco.



[1] Pozsony, cidade e condado que pertenciam ao reino húngaro; mudou o nome para Bratislava quando passou a pertencer à Checoslováquia.
[2] A partir de 1945, tropas soviéticas e romenas ocupam a cidade,  passando-a para o domínio checo.

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