sexta-feira, 14 de outubro de 2011
É lícito ironizar os inimigos da Igreja de Deus
Charles Dwkins é um ateu que a mídia chama de “militante”, quer dizer, está em luta contra Deus. Uma luta muito desigual, levando-se em consideração que Deus, com sua onipotência, vence sempre; mas um tanto equilibrada se levarmos em consideração aqueles que estão do lado do Bem, ultimamente em desvantagem. Levando até às últimas conseqüências sua militância, o desarrazoado ateu resolveu processar o Papa em sua recente visita à Inglaterra.
Ele e o jornalista britânico Christopher Hitchens contrataram os advogados Geoffrey Robertson e Mark Stephens para buscar meios de abrir um processo legal contra o Papa. Emm comunicado, Stephens disse que há três possíveis abordagens: uma queixa à Corte Penal Internacional, na Holanda; uma ação popular por "crimes contra a humanidade" ou uma ação civil. Eles argumentarão que o Papa não tem imunidade diplomática, pois o Vaticano não é um membro com direito a voto nas Nações Unidas.
Quando Bento XVI esteve na Alemanha, o mês passado, o assunto voltou a ser ventilado, mas desta vez com menos ênfase do que na primeira. É que os mentores da ação ficaram tão desmoralizados que somente teimaram em voltar a falar do assunto com muita prudência e pouco alarde.
A propósito, nos últimos dias está circulando um vídeo no Youtube em que o zoólogo é ironizado pelos católicos. Embora o vídeo use um personagem odioso (Hitler), numa cena de filme que reflete alguns dos momentos de cólera do ditador, é bastante significativa a comparação com o ateu, o qual, neste particular (descrença em Deus) não difere muito do ex líder nazista.
Uma pergunta se impõe: é lícito aos católicos ironizar os inimigos da Igreja? Quem responde a essa pergunta é o Padre Félix Sardá y Salvani, autor de um famoso Best-seller que recebeu elogiosa carta do Vaticano, cujo título é “El Liberalismo es Pecado”. Eis como ele aborda a questão:
“Efetivamente não é pouco freqüente a acusação que se faz ao apologista católico de levar sempre o debate para o campo pessoal; e quando se lança a algum dos nossos a increpação de ter feito um ataque pessoal, parece aos liberais, e aos que têm ressaibos de liberalismo, que não é necessário dizer mais nada para o condenar.”.
Em seguida o autor passa a dar argumentos históricos em que famosos polemistas do passado, inclusive o próprio Santo Agostinho, não só escreviam contra os fautores de erros mas até mesmo os ironizavam, concluindo: “De onde tirou, pois, o liberalismo a novidade de que ao combater os erros se deve prescindir das pessoas e acariciá-la? Atenha-se ao que lhe ensina sobre isso a tradição cristã, e deixe os ultramontanos defenderem a fé como sempre foi ela defendida na Igreja de Deus... (cf. “El Liberalismo es Pecado”, Dom Félix Sardá y Salvani, Ed. Ramón Casals, Barcelona, 1965, pp. 60/62).
Vejam o vídeo, com legenda em português.
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