Após as
festividades de casamento, vejam como Catarina de Emmerich descreve os
propósitos dos noivos no final da festa:
“Ao terminar o banquete de bodas aproximou-se de
Jesus a o noivo a sós, e falou com Ele, cheio de humildade, e declarou como
todas as suas paixões haviam se
apaziguado; e não sentia já desejos, e se propunha a viver em
continência com sua esposa, se ela o consentisse; e chegando a esposa, dizendo
o mesmo com Jesus, os chamou a ambos e lhes falou do matrimônio e da pureza que
tanto agrada a Deus e dos frutos múltiplos da castidade e do espírito. Falou de
muitos profetas e de santos, pessoas que haviam vivido em castidade e haviam
oferecido a Deus Pai sua carne, e que estes adquiriam filhos espirituais,
convertendo a homens perdidos, os quais haviam conduzido para o bem, e que esta
descendência é santa e grande. Tudo isto o explicou com parábolas de semear e
de colher. Eles fizeram então um voto de castidade e de viver como irmãos, pelo
período de três anos. Ajoelharam-se diante do Senhor, que os abençoou.
Na tarde do quarto dia das festas foram
conduzidos ambos esposos a sua casa com uma solene comitiva de convidados.
Levavam uma espécie de candelabro com diversas luzes formando uma letra;
adiante iam meninos levando duas coroas de flores, uma fechada e outra aberta,
e desprendiam delas flores diante da casa dos esposos. Jesus estava já em casa
e os recebeu e os abençoou. Os sacerdotes estavam presentes, mas desde que
viram a maravilha nas bodas, mostraram-se humildes.
No sábado ensinou Jesus na sinagoga de Caná por
duas vezes. Falou referindo-se às festas de bodas, à obediência e aos piedosos
sentimentos dos esposos. Quando saiu da sinagoga se viu rodeado de pessoas que
lhe pediam de joelhos compaixão pelos enfermos. Operou aqui duas curas
milagrosas. Um homem havia caído de uma torre, havia morrido, e tinha todos os
membros despedaçados. Jesus se aproximou e ordenou os membros, tocou as feridas
e lhe mandou levantar-se e ir pra casa; o qual o fez muito alegre, depois de
haver dado graças a seu Salvador. Este homem tinha mulher e filhos. Foi levado
também a um possuído do demônio que, estando furioso, havia sido amarrado a uma
pedra. Jesus o libertou do demônio e de suas ataduras. Curou também vários
gotosos e uma mulher hidrópica, pecadora. Foram sete os que curou. Algumas
pessoas não puderam vir para as festas de bodas e como ouviram dizer que depois
do sábado ia retirar-se dali, já não quiserem deter-se mais. Os sacerdotes,
depois que viram o milagre das bodas lhe deixaram obrar, e estas curas se
fizeram na presença deles. Os discípulos não estavam presentes”.
(Transcrito
da obra inédita “A FELICIDADE ATRAVÉS DA CASTIDADE”, de minha autoria, página
396. Traduzido de “Visiones e Revelaciones de la Ven. Ana Catalina Emmerick”,
de Clemens Brentano, Bernardo E. Overberg y Guilhermo Wesener”, tomo IV – La
primera pascua de Jerusalém – Editorial Surgite - pág. 44)
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