domingo, 20 de abril de 2025

CONCLUSÃO DAS BODAS DE CANÁ: PROPÓSITOS DE CASTIDADE NO INÍCIO DO MATRIMÔNIO

 

 

Após as festividades de casamento, vejam como Catarina de Emmerich descreve os propósitos dos noivos no final da festa:

“Ao terminar o banquete de bodas aproximou-se de Jesus a o noivo a sós, e falou com Ele, cheio de humildade, e declarou como todas as suas paixões haviam se  apaziguado; e não sentia já desejos, e se propunha a viver em continência com sua esposa, se ela o consentisse; e chegando a esposa, dizendo o mesmo com Jesus, os chamou a ambos e lhes falou do matrimônio e da pureza que tanto agrada a Deus e dos frutos múltiplos da castidade e do espírito. Falou de muitos profetas e de santos, pessoas que haviam vivido em castidade e haviam oferecido a Deus Pai sua carne, e que estes adquiriam filhos espirituais, convertendo a homens perdidos, os quais haviam conduzido para o bem, e que esta descendência é santa e grande. Tudo isto o explicou com parábolas de semear e de colher. Eles fizeram então um voto de castidade e de viver como irmãos, pelo período de três anos. Ajoelharam-se diante do Senhor, que os abençoou.

Na tarde do quarto dia das festas foram conduzidos ambos esposos a sua casa com uma solene comitiva de convidados. Levavam uma espécie de candelabro com diversas luzes formando uma letra; adiante iam meninos levando duas coroas de flores, uma fechada e outra aberta, e desprendiam delas flores diante da casa dos esposos. Jesus estava já em casa e os recebeu e os abençoou. Os sacerdotes estavam presentes, mas desde que viram a maravilha nas bodas, mostraram-se humildes.

No sábado ensinou Jesus na sinagoga de Caná por duas vezes. Falou referindo-se às festas de bodas, à obediência e aos piedosos sentimentos dos esposos. Quando saiu da sinagoga se viu rodeado de pessoas que lhe pediam de joelhos compaixão pelos enfermos. Operou aqui duas curas milagrosas. Um homem havia caído de uma torre, havia morrido, e tinha todos os membros despedaçados. Jesus se aproximou e ordenou os membros, tocou as feridas e lhe mandou levantar-se e ir pra casa; o qual o fez muito alegre, depois de haver dado graças a seu Salvador. Este homem tinha mulher e filhos. Foi levado também a um possuído do demônio que, estando furioso, havia sido amarrado a uma pedra. Jesus o libertou do demônio e de suas ataduras. Curou também vários gotosos e uma mulher hidrópica, pecadora. Foram sete os que curou. Algumas pessoas não puderam vir para as festas de bodas e como ouviram dizer que depois do sábado ia retirar-se dali, já não quiserem deter-se mais. Os sacerdotes, depois que viram o milagre das bodas lhe deixaram obrar, e estas curas se fizeram na presença deles. Os discípulos não estavam presentes”.   

 

(Transcrito da obra inédita “A FELICIDADE ATRAVÉS DA CASTIDADE”, de minha autoria, página 396. Traduzido de “Visiones e Revelaciones de la Ven. Ana Catalina Emmerick”, de Clemens Brentano, Bernardo E. Overberg y Guilhermo Wesener”, tomo IV – La primera pascua de Jerusalém – Editorial Surgite - pág. 44)

 

Nenhum comentário: