sábado, 16 de março de 2019

O QUE HÁ DE COMUM ENTRE SUZANO E NOVA ZELÂNDIA







A violência urbana cresce assustadoramente em todo o mundo, tornando-se mais intensa nas Américas, especialmente no México e Brasil, por causa de fatores locais. Em alguns países ela se apresenta mais com a face do terrorismo, como o dos islâmicos, enquanto que por aqui o fator mais marcante é o “mata-mata” da criminalidade comum. Por causa disso, damos mais destaque ao Brasil nesse aspecto. Tudo indica que a coisa chegou a tal ponto que não é inverossímil imaginar o próprio demônio dirigindo grupos com tais intenções. Os casos de Suzano, no Brasil, e o da Nova Zelândia ocorridos nesta semana são muito ilustrativos sobre isso. E espera-se que ocorram novos casos brevemente, haja vista que a sociedade não demonstra estar querendo voltar-se novamente para Deus.
No início da década de 60 o jornal “O Globo” do Rio de Janeiro estampou uma notícia que causou sensação: um ladrão assalta uma pessoa no centro da cidade, em plena luz do dia e de arma na mão. Até aí a notícia não parece causar qualquer estremecimento nas pessoas, mas logo em seguida o jornal chama a atenção para um detalhe: o bandido estava sem máscara e fizera o assalto em plena luz do dia. Em todo o Brasil os comentários eram os mesmos: “mas que ousadia, assaltar em plena luz do dia, no centro da cidade, e ainda por cima de tudo sem qualquer máscara, mostrando a cara?”.  Ao longo dos anos foi este o ponto comum entre os bandidos: a ousadia, o inesperado, que choca e amedronta as pessoas. No início, a ousadia consistia em assaltar sem máscara e em plena luz do dia. Depois, passou a ser o seqüestro de pessoas, a exigência de resgates, etc. Cada lance ousado que ocorria causava certo clamor na opinião pública, porém quando passaram a ocorrer outros semelhantes todos se acostumavam paulatinamente. E tendo a TV como veículo para banalizar a violência em seus filmes e noticiários, o público ficou mais indiferente ainda e se acostumando com crimes, tiros, seqüestros, mortes, etc.

“Serial Killer” faz escola
O termo “serial killer”, quer dizer, matança em série, surgiu em meados do século passado, tendo sido mais difuso pela divulgação do filme “Jack o Estripador” (que já circulava em forma de quadrinhos) em que narra a história de um assassino maníaco agindo na Londres do final do século XIX. Feito o lançamento do termo pelo cinema e pela mídia, logo apareceram “atores” vivos para agir segundo a fórmula criada. E até hoje se contariam talvez às centenas os casos de criminosos em série, indivíduos maníacos que saem matando a esmo, e depois de tudo, geralmente se suicidam.
Em geral, tais crimes ficaram mais comuns a partir da década de 70. Um dos primeiros assassinos da série foi Theodore Robert Bundy, que cometeu entre 20 a 30 assassinatos e foi executado na cadeira elétrica. No mesmo período, tivemos o russo Andrei Aomanovich Chikatilo, cognominado o “Estripador de Rostov”, que chegou a matar cerca de 55 pessoas! Um dos mais sádicos “serial killer” foi Jeffrey Lionel Dahmer, o qual criou em sua mente a idéia de criar zumbis que seriam seus brinquedos sexuais vivos, fazia buracos nas cabeças das vítimas e pingava soda cáustica nas feridas, chegando até a praticar canibalismo. Em geral este tipo de maníaco é mais comum nos Estados Unidos da América, como John Wayne Gacy Júnior que chegou a matar 33 pessoas e Edward Theodore Gein, que matou 54. Mas, até a década de 80 ainda não era comum que tais indivíduos se suicidassem após os crimes, o que só veio a ocorrer alguns anos depois. Ocorrido o primeiro caso e causando grande comoção, logo, logo, casos semelhantes passam a ocorrer em várias partes do mundo.
No Brasil, surgiu também uma série de assassinos desta natureza, como o “Bandido da Luz Vermelha”, cruel e frio; Pedro Rodrigues Filho, cognominado de “Pedrinho Matador” por ter executado mais de 100 vítimas; Francisco Costa Rocha, “Chico Picadinho”, assim chamado por esquartejar as vítimas; Francisco Assis Pereira, “O Maníaco do Parque” por agir mais no Parque do Ibirapuera, em São Paulo matando mulheres asfixiadas; Marcelo Costa de Andrade, estuprou e matou onze meninos no Rio e depois bebeu o sangue e chegou a praticar também canibalismo com os corpos das vítimas; muitos outros podem ser citados, mas em geral nesta série também ainda não era comum o suicídio do criminoso após os crimes.
Mais recentemente, no Brasil, antes do caso de Suzano, tivemos o caso de Wellington Menezes de Oliveira, que matou cerca de 12 estudantes numa escola do Rio e depois se suicidou. Em outros países tivemos vários casos e já vai se tornando rotina em escolas, faculdades, praças públicas, shoppings ou em qualquer outro ajuntamento humano de repente surgir um atirador matando as pessoas aleatoriamente e, depois, se suicidando... Talvez os únicos que não se suicidaram após os ataques foram os casos ocorridos, como o da Noruega, em que Anders Behrin Breivik, responsável pela morte de 77 pessoas, entregou-se à policia e fez divulgar uma declaração pela TV, e o do rapaz americano que entrou num templo protestante atirando e matando, mas também entregou-se vivo à polícia..
Note-se que a cada modalidade nova de crime ou violência, logo ela vai se espalhando e sendo imitada. No início era tido como um caso terrível o assassinato seguido de suicídio, assim como a matança tresloucada e indiscriminada de várias pessoas por um atirador louco. Hoje tornou-se comum não só nas grandes cidades mas até mesmo na região rural, onde estes crimes também ocorrem.

Qual a causa disso tudo?

Há muita discussão sobre o tema. Em geral, psicólogos e educadores colocam a culpa nos pais e na internet, um veículo de comunicação mal utilizado especialmente pelos jovens. A rapidez e proliferação indiscriminada de informações nas comunicações em geral, como TV, cinema e internet, realmente vêm trazendo grande concurso para a disseminação de tais atos violentos. Há também culpa da mídia que os divulga de forma imoderada e escandalosa, causando comoção social e banalizando a violência.
No entanto, é toda a sociedade que paga um preço muito alto por ter abandonado os caminhos da vida cristã e da boa moral. Sem Deus, o homem moderno fica à mercê direta da influência diabólica, que aumenta cada vez mais que as pessoas levam uma vida cheia de deleites e sem a prática das virtudes cristãs. Sem orações, sem vida recatada, isto é, sem Deus, tudo o que é de ruim deve se esperar que ocorra no mundo de hoje. E como castigo por tal vida desregrada, vemos o auge da violência contra a vida repetindo-se nestes crimes chamados de “serial killer”, mortes em série


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