segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

PELO CARÁTER ALUCINÓGENO, QUAL A DIFERENÇA DA MÚSICA PARA AS DROGAS?



Há muitos anos presenciei numa pequena cidade do interior baiano uma apresentação espetacular de um trio elétrico. Nunca tinha visto em toda a minha vida algo tão espetacular, com uma riqueza de tecnologia e brilho, visando exclusivamente causar alucinação, pela música, nas multidões.  Tal era o estado de euforia das multidões perante aquele espetáculo de cores, brilho e som, que pareciam a meus olhos um amontoado de possessos vindos dos infernos. Para mim aquele estado de euforia é diabólico, não pode ser normal. As pessoas ficam fora de si, dão a impressão de estar suspensas no ar, durante o pula-pula infernal e diabólico.
A propósito, veio-me a interrogação: que papel tem a música em provocar alucinação nas massas? A música pode também ter caráter alucinógeno, a semelhança das drogas?
E a resposta quem vai dá é um especialista, o guru indiano Maharishi Nahesh Yogi, morto em 2008, o inspirador de várias músicas dos Beatles quando era mestre deles.  Certo dia lhe perguntaram porque ele não aderia ao uso de drogas, tipo LSD, como o fazia seus amigos Beatles, com o objetivo de ficar “fora de si”, em êxtase, em estado de completa alucinação. Respondeu ele, não sei se querendo esconder o fato de também usar drogas, que sua música substitui a droga perfeitamente em trazer alucinação e extasiamento às pessoas. Portanto, aquele tipo de música podia muito bem substituir a droga. Aí está a explicação porque as mocinhas que ouviam os Beatles ficavam tão alucinadas quando os viam nos palcos cantando suas canções.
É verdade. A música pode não causar problemas de saúde tão graves como as drogas alucinógenas, mas causa sérios transtornos psíquicos ao estimular os baixos instintos. Quem ouve um trio elétrico e se extasia com aquelas músicas, imediatamente passa a se comportar animalescamente, perdendo completamente o auto-controle sobre si mesmo.
Existem músicas que podem fazer a pessoa relaxar, nos causar bons efeitos se forem acompanhadas de ordem, de harmonia, de sentido cultural, etc., Existem músicas que convidam o homem á contemplação das coisas mais altas, elevando o espírito humano, como o canto gregoriano, por exemplo. Estas não possuem caráter alucinógeno, como as de carnaval, demasiadamente excitantes e provocantes dos baixos instintos humanos. Esta última é uma música que gera impulsos irrefletidos: pular sofregamente, dar murros, gritar, enfim, entrar em êxtase.
Daí se conclui que ela tem o mesmo efeito alucinógena do que uma droga tipo cocaína, crack ou LSD.  Com a diferença que é aceita pacificamente por toda a sociedade. Sem nenhuma censura.





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