sábado, 12 de março de 2016

OS DIREITOS HUMANOS NA EX URSS



Os comunistas sempre tiveram a idéia de se apresentar com certa simpatia à opinião publica e, desta forma, dirigi-la com mais facilidade. No entanto, nem sempre o conseguiam.  Houve reações muito fortes em todos os povos que dominaram.  A partir de certo momento começaram a agir com força a fim de sufocar as vozes discordantes. A partir daí perdiam toda a autenticidade de seu regime. Como conseqüência, ao longo dos anos, perderam também a popularidade. Para mascarar certa popularidade afirmavam cinicamente os próceres comunistas (especialmente em países não comunistas do Ocidente) serem a favor dos “direitos humanos”.
Com o regime comunista nada disto (direitos humanos) existe, conforme podemos constatar nas observações feitas pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, em obra publicada em novembro de 1987:
“Tanto esta quanto aquela constituem condições indispensáveis da sanidade de qualquer sistema social ou econômico. E, a quem contestasse a presente afirmação, bastaria lembrar, simplesmente, a trágica experiência comunista das nações detrás da cortina de ferro.
“Ora, diversificam-se estas, como que ao infinito, na imensa área de 22.400.00 km2 da chamada “União das Repúblicas Socialistas Soviéticas” (URSS), a qual abrange condições geográficas e climatéricas que vão de um frio implacável até um calor difícil de suportar. Ademais, nessas vastidões se radicam povos com raças, religiões, hábitos e idiomas dos mais diversos. E, como se sabe, tal diversidade de circunstâncias é fator propício a todas as experiências. Pois o que não der resultado favorável aqui ou lá, bem pode dá-lo acolá.
“Acresce que a autoridades comunistas dispuseram constantemente, para a execução dessa experiência ideal, de todos os meios de mando... excetuada a força moral. Tiveram eles ao seu alcance todos os recursos de uma burocracia onipotente, da força persuasiva da totalidade dos estabelecimentos de ensino primários, secundários e universitários, de todas as formas de propaganda escrita e falada, e, “horresco referens”, de todos os meios de intimidação policialesca. Nesta matéria, nada lhes faltou. As câmaras de tortura das repartições policiais, a residência com trabalhos forçados nas geleiras infindas da Sibéria, a detenção em prisões com sevícias, maus tratos, subnutrição e tudo mais que possa danificar física e mentalmente o homem, tudo tem sido utilizado pela tirania soviética contra um número incontável de desgraçados. Ao que cumpre acrescentar, como ápice da crueldade, o internamento compulsório em “hospitais psiquiátricos”, nos quais se leva a crueldade a ponto de destroçar a saúde mental dos seus “enfermos”, sem lhes danificar diretamente a saúde física: modo atroz de prolongar pobres existências humanas, em circunstâncias nas quais a vida não é senão um intérmino sofrer.
“Reunidas durante sete décadas, isto é, quase um século, todas essas condições de mando, de persuasão, de compressão e de terror, tudo puderam os autocratas vermelhos. Tudo, sim, exceto obter a adesão da maioria da população, bem como produzir prosperidade em qualquer região ou grupo étnico postos sob sua férula.
“Implantado na Rússia o regime comunista, a desolação, o desestímulo, a miséria se estenderam como um manto sobre essa nação-cárcere – a maior de toda a História – cujos habitantes são condenados a uma reclusão inflexível por detrás da cortina de ferro, tornada peculiarmente efetiva pelas rajadas de metralhadora contra os que tentassem fugir. E pela aplicação de penalidades sinistras aos familiares dos trânsfugas, que estes tivessem sido forçados a deixar atrás de si, quando da despedida pungente e apressada, rumo à aventura e à liberdade.
“E, por isto, em documento da Congregação para a Doutrina da Fé, assinado pelo Cardeal Ratzinger, Prefeito daquele Dicastério romano, e aprovado explicitamente por João Paulo II, lê-se:  “Milhões de nossos contemporâneos aspiram legitimamente a reencontrar as liberdades fundamentais de que estão privados por regimes totalitários e ateus, que tomaram o poder por caminhos revolucionários e violentos, exatamente em nome da libertação do povo. Não se pode desconhecer esta vergonha de nosso tempo: pretendendo proporcionar-lhes liberdade, mantêm-se nações inteiras em condições de escravidão indignas do homem. Aqueles que, talvez por inconsciência, se tornam cúmplices de semelhantes escravidões, traem os pobres que eles quereriam servir”  (Instrução sobre alguns aspectos da “Teologia da Libertação”, 6-8-84, XI, 10 – Coleção Documentos Pontifícios, Vozes, Petrópolis, 1984, 2ª ed., vol. 203, p. 39)  

(“Projeto de Constituição Angustia o País” – Plínio Corrêa de Oliveira - Ed. Vera Cruz Ltda – p. 9)








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