sábado, 26 de novembro de 2016

MORRE FIDEL, EXCOMUNGADO E PRECURSOR DOS "HIPPIES"


(Acima, capa de livro divulgado contra o ditador pelo grupo chamado "Cubanos Desterrados")

Anunciaram ontem a morte do maior facínora das Américas, Fidel Castro, bajulado por certa elite corrupta por haver se aliado ao comunismo internacional com intuito de afrontar o vizinho país americano. Morreu excomungado, pelo que consta. Sabe-se que Fidel Castro foi excomungado pelo Papa João XXIII em janeiro de 1962, por haver se declarado marxista leninista a 2 de dezembro do ano anterior e ser responsável pela expulsão de 131 padres da ilha e de haver fechado inúmeras escolas católicas.
Vejamos um pequeno relato biográfico do ex ditador cubano:

“Fidel Castro[1] nasceu em 13 de agosto de 1926, filho de um fazendeiro rico. Freqüentou as escolas paroquiais e fez o curso secundário com os Jesuítas, em Havana. Ingressou na Universidade em 1945 e recebeu seu diploma de advogado em 1950.  Casou-se com Mirtha Díaz Bolart em 1948, divorciando-se em 1955.
A passagem de Castro pela Universidade já prenunciava o revolucionário que viria surgir depois no cenário internacional.
Durante o ano de 1947 participou de uma frustrada tentativa de invasão da República Dominicana.
Um especialista cubano em comunismo, Díaz Versón, informa que Castro se empregou como agente soviético desde os últimos anos de sua adolescência. Segundo esse autor, entre os funcionários russos que estiveram em Cuba figurou G. W. Bashirov, o qual já havia atuado na Espanha como recrutador de jovens. Bashirov desempenhou missão especial na ilha, não se alojava na embaixada, mas numa casa particular situada na Calle Segunda, n. 6,  Miramar.
Em meados de 1943, muitos jovens cubanos começaram a visitar a residência de Bashirov. Díaz Versón cita o nome de vários, entre os quais Castro.
Em 1944, Bashirov foi chamado a Moscou para informar e, pouco depois, retornou com novas instruções. Determinou que alguns integrantes do grupo se infiltrassem nos partidos políticos não comunistas. Ordenou que três deles não se comprometessem com as atividades do Partido Comunista, porque estavam reservados para futuras missões: Fidel Castro, Antonio Nuñez e Alicia Alonso.
Fidel era um jovem estranho para os padrões cubanos da época. Embora filho de pai rico, que não lhe negava dinheiro, usava roupa suja e velha,  e não se preocupava em mudar de camisa.
Não acatava normas das mais usuais do trato social.  Por exemplo, tinha o costume de tirar os sapatos onde tivesse vontade de fazê-lo, sem se importar com o ambiente que o cercava. Não perdeu aliás esse costume: há alguns anos a imprensa publicou fotos mostrando-o  com as mãos nos pés descalços, no meio de vários assistentes.
Foi um "hippy" vinte anos antes de surgir o movimento "hippie". Os trajes, as maneiras, as longas barbas e certos hábitos que introduziu na revolução cubana precederam o estilo "hippie", que depois invadiria o mundo.
Durante seus anos acadêmicos, conforme registros da polícia cubana, participou de bandos estudantis que utilizavam até o assassinato como arma política.
Fidel, ainda durante seu período universitário, participou do levante comunista de abril de 1948, em Bogotá, que passou à História com o nome de "Bogotazo".
Há muita documentação sobre esse episódio sangrento. A participação de Fidel Castro tem sido ignorada, atenuada ou mal interpretada pela maioria dos comentadores. Tenta-se explicá-la como sendo uma travessura juvenil, mas não foi nada disso. Naquela época, Castro já era um agente de confiança do Cremlin.
Castro chegou à capital colombiana com credenciais da Federação Mundial da Juventude Democrática, organização marxista sediada em Moscou.
Há um despacho da UPI de 19 de abril de 1948, muito interessante, assinado pelo correspondente de Bogotá, Alcides Orozco:
"Esta mañana, estando sientado en el vestíbulo del Claridge Hotel [...] llegaran dos detectives preguntando por el gerente. Al ser recibidos en la oficina, dijieran que buscaban a dos cubanos, Fidel Castro y Rafael del Pino, quienes paraban en dicho hotel.
Los dos detectives tomaron posesión de la correspondencia de los cubanos, que abrieron en mi presença y dijieron que tenian informes fidedignos de que Castro y Rafael del Pino  habian dirigido o saqueo del 9 de abril com motivo del asesinato del dirigente liberal Jorge Eliécer Gaitán.
La correspondencia demonstró que ambos pertenecían al partido comunista cubano, y las cartas fechadas en la Habana el 9 de abril, mencionan los desórdenes de Bogotá".
Castro e del Pino refugiaram-se na embaixada de seu país para evitar a prisão como agentes comunistas e instigadores da insurreição armada. O Dr. Guilhermo Belt, chefe da delegação cubana à Conferência Panamericana, que se reuniu na época em Bogotá, mandou-os de regresso à Cuba por via aérea.
O governo da Colômbia forneceu na ocasião amplas provas de que os dois jovens eram agentes do Cremlin. O chefe dos serviços de segurança do país aludiu a eles como "conhecidos comunistas".  O Presidente Mariano Ospina Perez, em discurso, denunciou-os como "comunistas e organizadores da insurreição".
Voltando a Havana,  Castro retomou os estudos, abandonou os bandos estudantis homicidas para não comprometer o futuro que lhe reservava o PC e, em 1950, recebeu seu diploma.
Seu irmão mais moço, Raul Castro, entrou na Universidade em 1950 e foi colocado em contato com os comunistas. Pouco tempo depois estes enviaram-no para os países da Europa Oriental. Não se sabe onde passou o tempo em que se esteve aperfeiçoando na ideologia e nos métodos marxistas. Algumas versões afirmam ter ele estado em Moscou; outras, em Praga. O certo é que também Raul, figura de proa do movimento revolucionário que derrubou Batista e hoje o segundo homem em Cuba, foi desde os primeiros anos de sua juventude um comunista ardoroso e agente de confiança da Rússia Soviética.
Fidel dedicou-se às atividades políticas, sempre como homem de esquerda, de 1950 até 1953”.

(Texto extraído de  reportagem publicada em agosto de 1974, edição n. 284 do mensário de cultura "Catolicismo", páginas 2 a 4. – “Uma História de Embuste e Violência” - onde se comprova o caráter de embuste e violência próprios do comunismo internacional, que terminaram por dominar a infeliz ilha caribenha).




[1] Segundo artigo de Sérgio Brotero Lefevre, seu nome era Fidélio Castro,  mudado para facilitar a pronúncia.

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