Fala-se
hoje em ciência genética como o conhecimento mais avançado que possuem os
homens, a ponto de se fazer experiências mirabolantes com os órgãos da
vida. A ciência criou na mentalidade do
homem moderno a concepção de que tudo pode fazer, tudo pode resolver com suas
experiências mirabolantes. E a ciência entrou por caminhos cada vez mais
obscuros e maléficos. Começaram a fazer tais experiências com animais, como
sempre, para depois passar para as pessoas humanas. De simples cruzamentos de
espécies se passou para a geração espontânea de novos seres, de novas
"espécies", tudo feito em laboratórios com a manipulação de células e
fórmulas científicas.
A técnica chamada de
"clonagem" de animais progrediu tanto que já se fala em fazer o mesmo
com seres humanos. Muitas experiências genéticas foram condenadas, mas porque
inicialmente eram feitas pelos nazistas (como ocorreu com o médico
Mengele). Hoje, com a assombrosa
liberdade que os governos dão a tais cientistas, referidas experiências
tornaram-se rotineiras. Muitos deles recebem subvenção de governos e da própria
ONU para realizar seu trabalho. Assim,
criam medicamentos abortivos ou contraceptivos; fertilizam mulheres por
processos artificiais (chamado "in vitro"); realizam experiências com
fetos humanos, de onde extraem substâncias que comercializam, etc. No final de
2002 uma seita que se dizia "vinda
de outro planeta" anunciou haver clonado um ser humano. Os cientistas
afirmaram que se tratava de um falso anúncio. Ora, se é falso porque teve tanta
publicidade na mídia? Então uma notícia de tal gravidade e importância é divulgada
aos quatro ventos do mundo sem que se saiba se é verdadeira? Será que ela não
foi propagada exatamente para se testar a opinião pública, para ver que tipo de
reação os homens ainda têm perante tais notícias?
Pode-se conjecturar,
a estas alturas, se não estamos prestes a ver surgir entre nós a entidade
imaginada por Fausto, e celebrizada no famoso romance “Fausto”, de Goethe, o
“Homúnculo”. Trata-se de um “ser” humano que os antigos feiticeiros pretendiam
fazer criar, ou gerar, sem corpo, sem peso e sem sexo, mas dotado de um cérebro
superdotado. Goethe imaginou a criação do “homúnculo” a ser produzido
artificialmente em laboratório pelos personagens Fausto e Wagner. O tal
“homúnculo” teria a capacidade de tudo
ver, inclusive os sonhos e pensamentos mais recônditos dos homens, mas seria
incompleto, porque não teria o poder de amar e nem teria consistência e
plenitude física. Tratar-se-ia de um
homem de proveta, feito em laboratório, exclusivamente constituído por cérebro
e espírito e dotado de grande poder psíquico. Tal seria a capacidade criadora
do homem moderno para conseguir tal feito se não tivesse também a participação
do demônio e a permissão de Deus...
Mas, será que esse
tipo de “ciência” é alguma novidade na humanidade decaída? Na Sagrada Escritura se fala de homens
gigantes, gerados através da cópula entre demônios e as “filhas dos homens”.
Estes gigantes se expandiram pela terra e formaram verdadeiras nações. “Ora,
naquele tempo, havia gigantes sobre a terra. Porque depois que os filhos de
Deus tiveram comércio com as filhas dos homens, e elas geraram filhos, estes
foram homens possantes e desde há muito afamados” (Gen 6, 4). "Filhos
de Deus” é uma expressão bíblica para designar os anjos (no caso, anjos maus) .
“Comércio” quer dizer, nesta linguagem, coito carnal.
Referidos
gigantes se expandiram pela terra. No tempo de Moisés havia uma tribo de
gigantes chamada “emins” e outra chamada “enacins”. Uma delas descendia dos
moabitas, filhos de Lot: “Os emins foram os seus primeiros habitantes, povo
grande e forte de tal estatura que se tinham por gigantes, da linhagem dos
enacins. Enfim os moabitas chamam-nos de emins” (Deut 2, 10). Haviam outras
tribos de gigantes. Em terra de Amon havia uma tribo chamada zomzomin, “povo
grande e numeroso, e de tal estatura, como os enacins, que o Senhor exterminou
diante dos amonitas, e fez habitar estes em lugar daqueles...” (Deut 2, 21). Um
gigante famoso foi o filisteu Golias, com 6 côvados de altura, cerca de 2,80 m . E outro também foi Og, morto por Moisés
juntamente com toda a família.
Em
sua obra Cidade de Deus, Santo Agostinho afirma: "Deixo em aberto a
questão da possibilidade de Vênus ter dado à luz Enéias através do coito com Anquises.
Questão semelhante aparece nas Sagradas Escrituras, onde se pergunta se os
anjos do mal, tendo copulado com as filhas dos homens, teriam assim povoado a
terra de gigantes, ou seja, de homens anormalmente fortes e grandes" (Livro
3, cap. 2). No entanto, em outra parte, Santo Agostinho é mais explícito:
"É crença generalizada, cuja verdade é testemunhada por muitos através da
própria experiência, ou, ao menos, pelo testemunho de terceiros de indubitável
honestidade e que passaram pela experiência, que Sátiros e Faunos têm aparecido
a mulheres devassas, a procurá-las e manter coito com elas. E que certos demônios tentam e conseguem,
assiduamente, essa obscenidade, o que é testemunhado por pessoas absolutamente
dignas de confiança, sendo portanto insolente nega-lo” (Livro 5, cap. 23). De tal forma esta tese foi aceita
pacificamente dentro da Igreja, entre teólogos e santos, que São João Bosco
afirma sem nada opor em sua obra "História Sagrada", que tais
gigantes foram gerados pela cópula diabólica.
Não
é difícil explicar prática e teologicamente como isto ocorreu, ou poderia
ocorrer ainda. Sendo os anjos maus dotados de poderes extraordinários, como
podem com permissão de Deus transportar qualquer corpo material no espaço,
podem também eles transportar o sêmen masculino e inocular numa mulher. Segundo
o próprio São Tomás de Aquino (Summa I, 51, art. 3), o demônio não é o agente
fecundador mas apenas um intermediário. Sendo assim, a criança ali gerada é
filha do homem de onde foi extraído o sêmen.
As
condições em que tal fertilização se deram, e talvez os efeitos causados pelo
contato maligno, ou mesmo de qualquer outro efeito diabólico, fazem com que
aquela criança se torne um ser agigantado e forte. Houve, portanto, alguma
mutação genética que o anjo mau conseguiu colocar no sêmen antes de inoculá-lo
na mulher.
Não se trata, portanto, de uma "ciência" nova e avançada, mas oriunda ainda nos primórdios da humanidade....
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