1. José do Egito
Um dos doze Patriarcas, filho de Jacob, era José.
Foi vendido pelos irmãos como escravo, indo parar na casa de Putifar, eunuco do
Faraó e general do exército egípcio. Para os puros a formosura e gentileza
devem servir de maravilhamento e encanto, mas para os impuros pode ser um
atrativo para o ultraje da castidade. Como José era “de rosto formoso e aspecto
gentil”, a mulher de seu senhor se viu, pois, tentada a pecar com ele.
"Passado muito tempo, lançou sua ama os olhos
sobre ele, e disse-lhe: Dorme comigo. Mas José tendo horror de cometer uma tão
abominável ação lhe disse: Tu vês que meu amo me tem confiado tudo; que ele nem
ainda sabe o que tem em sua casa; que nela não há nada que não esteja em meu
poder; e que ele tendo entregado tudo nas minhas mãos, só reservou para si a ti, que és sua mulher. Como logo
poderei eu cometer um tão grande crime, e pecar contra o meu Deus? Continuou a
mulher muitos dias a solicitar José com palavras semelhantes, e ele a resistir
ao seu infame desejo. Ora sucedeu um dia, que tendo José entrado em casa, e
estando fazendo certa coisa, sem ninguém se achar ali presente, sua ama lhe
pegou pela capa, e lhe disse: Dorme comigo. Então José largando-lhe a capa nas
mãos, fugiu, e saiu para fora" (Gên 39, 7-12).
Por haver recusado pecar, o Patriarca José foi
caluniado injustamente e condenado à prisão. Mesmo sabendo que poderia sofrer
tal pena, no entanto ele se recusou obstinadamente aos apetites carnais da
mulher de Putifar. Deus o premiou por sua fidelidade, concedendo-lhe o dom de
profetizar e desvendar os sonhos do Faraó, com o que não só conseguiu
libertar-se, mas conquistar o cargo de confiança do rei, tornando-se o seu
superintendente:
“Tu governarás a minha casa, e ao mando de tua voz
obedecerá todo o povo; eu não terei sobre ti outra precedência além do trono. O
Faraó disse mais a José: Eis que te dou autoridade sobre toda a terra do Egito.
Tirou o anel da sua mão e colocou-o na mão dele; vestiu-lhe um vestido de linho
fino e pôs-lhe ao pescoço um colar de ouro. E fê-lo subir para o seu segundo
coche, clamando o pregoeiro que todos ajoelhassem diante dele, e soubessem que
era o superintendente de toda a terra do Egito”. (Gên 41, 40-43).
(Extraído de “A
FELICIDADE ATRAVÉS DA CASTIDADE”, págs. 160/161. Desejando o texto integral
dessa obra, ainda inédita, enviar mensagem por e.mail para juracuca@gmail.com )
Nenhum comentário:
Postar um comentário