Pelo que se divulga na mídia nunca o Brasil foi tão mal
quanto neste último ano. No entanto, é
bom ponderarmos alguns aspectos que nos fazem ver a coisa de forma diferente.
No plano político, a nação que deveria ser o exemplo de paz
social é o EUA. Como modelo desta paz apresentam a política eleitoral de lá
como exemplar. E dizem que a democracia
moderna, para assegurar representatividade autêntica, deve ser baseada na
maioria simples. Nesta última eleição
ficou demonstrado que a representatividade americana não está na maioria
simples, mas na de representantes indiretos que são os delegados. Não se
considera lá os votos da maioria simples da população, mas de um grupo de elite
representado pelos delegados. Foi isso que deu a Trump a vitória nas últimas
eleições. Quer dizer, de nada adiantou o
voto popular. Embora aqui se acuse de haver impunemente fraude com as urnas
eletrônicas, ainda se respeita o princípio de maioria simples. O que, aliás,
não ocorre em alguns outros países da Europa.
Quanto à violência e seu combate jurídico e policial, demos
show de eficiência. Terrorista aqui não tem vez e a polícia conseguiu desfazer
as tramas para um atentado nas olimpíadas do Rio, coisa que as melhores
polícias européias não conseguiram evitar por lá. Inclusive uma das mais
rigorosas delas, a alemã, não foi mais competente do que a nossa. Mas não ficamos só nisso. Dois crimes
elucidados numa semana mostram nossa maior eficiência. Primeiro, o crime dos arruaceiros que mataram
a pontapés o ambulante no metrô, elucidado em dois dias. Segundo, o crime do
embaixador grego, também elucidado por nossa polícia em dois dias. Quando o
embaixador sumiu e encontraram o corpo carbonizado
as agências de noticias se apressaram em divulgar o fato como fruto do clima de
violência no Rio. Todos sabem que não é só no Brasil, não é só no Rio, mas em
toda parte do mundo. E nossa policia trabalhou rápido e eficiente no caso: Já ouviram falar em maior eficiência? Alguma
polícia européia ou oriental já fez trabalho mais eficiente e eficaz do que a
nossa polícia? O crime do embaixador russo na Turquia não entra em questão, pois
foi bem flagrantemente visto por câmaras, ao vivo. Mas, por lá, restam algumas
dúvidas, como certas suspeitas de que o terrorista matou o cara errado: e se ele pretendia matar uma autoridade
governamental e errou o alvo? Se houve isso, tudo vai ficar obscuro. Para sempre.
Mas, nossa eficiência policial e jurídica tem sua
explicação: o constante exercício perante a grande quantidade e diversidade de
crimes. Talvez. Mas, vejo a coisa por
outro lado. Há uma tendência no continente europeu de ver o homem como remido
do pecado original e puro em suas intenções, como na Holanda, onde se suprime
as cadeias alegando falta de criminosos. Constatou-se que não é falta de quem
cometa delitos, mas ausência de leis.
Uma infinidade de delitos muito comuns, por exemplo, no Brasil, lá não é
mais crime, como tráfico de drogas, aborto, eutanásia, etc. Quer dizer, as pessoas continuam praticando
crimes, mas a lei do país os considera como coisas normais. Lá o STF está disseminado por toda a
legislação do país.
E a corrupção só existe no Brasil? São santos os políticos
ingleses, alemães, franceses ou americanos? Aqui temos um judiciário e uma
polícia federal causando assombro de tanta eficiência, prendendo até políticos
influentes. E lá nos países do primeiro
mundo não existem políticos corruptos, tanto ou mais corruptos do que os
nossos? Será que não existem ou a
justiça e polícia de lá são manobrados e
nada revelam, exatamente para dar ao mundo uma idéia errada sobre a sociedade
deles? Querem transmitir ao mundo uma
idéia de que lá tudo ocorre às mil maravilhas, e que a paz social, fruto do
progresso econômico e financeiro, é completa.
E para não deixar que o mundo saiba a podridão que cheira mal no submundo
do crime, a única saída é esconder tudo debaixo do tapete. Por isso estamos
sendo mais eficientes do que eles.
Antigamente éramos os campeões somente no futebol e no
carnaval. Agora, não. Chegou a vez do Brasil mostrar ao mundo que as coisas de
um país devem ser vistas com clareza, sem subterfúgios e sutilezas, para que
haja uma renovação mundial nos dirigentes dos povos.
E nossa situação econômica e financeira, com tanto
desemprego? Estamos pagando caro pelos
pecados de governos anteriores. Dilapidaram nossos recursos. Mas, tudo está às
claras, nada se esconde por aqui. Será que somente o Brasil passa por
isso? Não se fala mais na situação
calamitosa de países europeus, como Portugal, Espanha e Grécia, dilapidados por
governos socialistas durante décadas. Fala-se nos países nórdicos,
especialmente a Suécia e Dinamarca, modelos de paz social e riqueza. Mas,
modelos também de suicídios e de gente frustrada, onde a riqueza e prazer não
lhes deram nenhuma paz de espírito. Hoje,
os idosos fogem da Suécia e da Holanda para não morrerem em seus asilos,
vítimas da eutanásia. Aqueles mesmos idosos que são modelo de previdência
social, com vantajosas aposentadorias.
Condenados à morte. Também não se fala na crise por que passa a China,
tida como uma potência a concorrer com os EUA, mas cheia de fracassos
econômicos e crises de toda ordem, também escondidas pelo regime comunista que
controla tudo. Abafaram a guerra da
Rússia com a Ucrânia e ninguém sabe o que o colosso russo fez com o infeliz
vizinho, esmagado e sem defesa. Sim, e
cadê a riqueza e poder do antigo império soviético? Não diziam que era a
segunda potência do mundo? Onde foi parar tanto poder?
E qual a situação dos EUA e do resto da Europa? Não há uma
só capital européia que não esteja hoje, véspera do Ano novo, cheia de
policiais armados. O terror toma conta de todos. No meio de certa tranqüilidade
e gozo das festas, perdura um clima de insegurança. Alguns poderão até mesmo ter inveja da
situação do Brasil neste aspecto, por aqui o terror é dos bandidos, mas há mais
possibilidade das pessoas se protegerem do que o terrorismo internacional, mais
violento e astuto.
Viva o Brasil! Ainda
o melhor país para se viver. O brasileiro, mesmo desempregado, é feliz. Quando
o Papa João XXIII viu pela primeira vez o que dizia todo o segredo de Fátima,
exclamou: “Feliz do Brasil!” Até hoje
ninguém explicou o motivo desta exclamação: então o segredo de Fátima faz
menção do Brasil? E isso é motivo para sermos felizes?
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