Feliz Natal? Geralmente admite-se por feliz o que
desfruta alguma bem-aventurança. São bem-aventurados os que só se alegram com
os prazeres desta vida? Aqueles que se esquecem egoisticamente de seus
semelhantes e só pensam em si?
Não, não vejo nas comemorações dos natais dos últimos
tempos como promotoras da verdadeira felicidade. Talvez alguém julgue muito
dura esta mensagem; pode ser, mas é
verdadeira. Não admito que possa tornar-se feliz aquele que vai ás compras,
enche-se de presentes para distribuir com os parentes e amigos, mas não se
lembra do Menino Jesus, não cumpre a mensagem que Ele trouxe ao nascer. Nem
sequer aquele que distribui comida e presentes para grande quantidade de gente,
em geral pobres, dizendo saciar a fome e alegrá-los naquele dia santo que é o
Natal, mas, no entanto, não faz sequer uma pequena oração antes da lauta
refeição, nem ergue no lugar um pequeno presépio ou uma outra homenagem Àquele
que é motivo dos festejos. Pior ainda é a festa promovida por uma infinidade de
gente, onde só se ouve barulho, gritaria, folguedos, pulos e músicas
estridentes, mas nada de espírito de oração e contemplação nas coisas celestes.
Há ainda os eventos públicos, onde se apresentam corais magníficos, belos
espetáculos de luzes cortando os céus, muito brilho e beleza, e uma multidão
aplaudindo entusiasmada ao contemplar tamanha grandeza de brilho e fulgor, mas,
não se vê, de modo geral, uma alusão, ou mesmo, simples citação, do verdadeiro
espírito natalino.
É preciso frisar que nem tudo é assim. Alguns vão à Missa
do Galo, lá rezam e se lembram do Menino Jesus e de Sua mensagem, mas, chegando
à sua casa logo se esquecem do que presenciaram, ligam a TV, o celular ou o
computador e vão assistir a tudo o que de despudoramento desvirtua algum
propósito, se realmente houve, de mudança de vida. Muitas famílias armam em
suas casas um presépio piedoso, alguns simplistas demais ou até mesmo feitos de
plásticos, chamam parentes e amigos, enchem a mesa dos melhores e apetitosos
alimentos, e comemoram à sua moda familiar aquele Natal, onde se confraternizam
e, às vezes, rezam. Outros nem sequer fazem o sinal da cruz. Terminada a
comilança e a distribuição de presentes entre si, barriga cheia e o
amor-próprio satisfeito com o que ganharam, ninguém se lembra de Quem estavam
comemorando ali, nem da mensagem que Ele veio nos trazer ao nascer; vão dormir,
em geral também com a cabeça inebriada pela cerveja, pelo vinho ou pelo uísque,
a espera de no dia seguinte ir para a praia ou para qualquer outro lugar onde a
vulgaridade tornou-o ocasião próxima de pecado.
E a Mensagem trazida pelo Salvador é a mais simples
possível: os Anjos a ostentaram bem alto para que todos a vissem e ouvissem – GLÓRIA
A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE. Uma coisa é
decorrente da outra. Isso significa que só haverá paz entre os homens se estes
promoverem antes a glória de Deus. E a paz só é concedida aos “homens de boa
vontade”, porque os de má vontade, que não dão glórias a Deus nem seguem sua
vontade, nunca poderão alcançar a verdadeira paz, nem, portanto, a felicidade
natalina.
FELIZ NATAL, HOMENS DE BOA VONTADE.
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