A Igreja festeja a 3 de janeiro o Santíssimo Nome de Jesus. Eis a seguir alguns comentários sobre esta festividade:
O Anjo
disse-lhe: "Não temas Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis
que conceberás e darás a luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será
grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de
seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó [1]
e o seu reino não terá fim." (Lc 1, 30-34). Ao Nome de Jesus todo joelho
se dobre no céu, na terra e nos abismos; e toda língua proclame, para glória de
Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor!
(São Paulo, Fil 2,10)
A devoção ao
Nome Santo de Jesus espalhou-se pela Europa cristã com rapidez surpreendente.
Em 1432, o Papa Eugénio IV emitiu uma Bula promovendo a devoção ao símbolo IHS
escrito. A devoção popular levou à composição de um Ofício do Nome Santo, e ao
estabelecimento de um dia comemorativo. Em Camaiore di Luca, na Itália,
começou-se a celebrar a festa, depois de aprovada para a Ordem dos Franciscanos
(1530) e sob o pontificado de Inocêncio XIII (1721), estendida a toda a Igreja.
O dia da festa
variou através dos séculos, mas muitos o lembram como o domingo depois do
Natal, até 1969, quando foi suprimido. O Santo Padre João Paulo II, na mais
recente edição do Missal Romano, restabeleceu a Festa do Santíssimo Nome de
Jesus no dia 3 de Janeiro.
Esta devoção
obteve maior crescimento com a pregação de São Bernardino de Sena (falecido em
1444), o apóstolo do nome de Jesus.
SANTO AFONSO
MARIA DE LIGÓRIO COMENTA SOBRE O SANTO NOME DE JESUS
“Vocatum est
nomen ejus Jesus” – Deram-lhe o nome de Jesus
O grande nome de Jesus não é de invenção humana [2]:
foi o Padre eterno que o deu a seu Filho, diz São Bernardino de Sena. “É um
nome novo e saído dos lábios do Senhor”, segundo o profeta, um nome que só Deus
podia dar Àquele que destinara para Salvador do mundo. É um nome a um tempo
novo e eterno porque, como a redenção foi declarada desde a eternidade, assim o
nome do Redentor lhe foi assinalado desde a eternidade. Entretanto na terra o
nome de Jesus só foi imposto a Nosso Senhor no dia da circuncisão . “Depois que
se completaram os oito dias para ser circundado o Menino foi-lhe dado o nome de
JESUS”, diz Lucas. Deus quis então recompensar a humildade de seu Filho,
dando-lhe esse nome glorioso. Sim, enquanto Jesus se humilha sujeitando-se com
a circuncisão a receber a marca dos pecadores, é justo que seu Pai o glorifique
dando-lhe um nome que, como se exprime São Paulo, sobrepuja em dignidade e
grandeza todos os outros nomes. E manda que esse nome seja adorado pelos anjos,
pelos homens e pelos demônios, ou, para nos servirmos das expressões do mesmo
Apóstolo, Deus quer que “ao nome de Jesus se curve todo o joelho no céu, na
terra e no inferno”.[3]
O DOCE E
SANTÍSSIMO NOME DE JESUS SEGUNDO SÃO BERNARDINO DE SENA
Sobre o nome
de Jesus assim falou São Bernardino de Sena:
“Deram-lhe o nome de Jesus” (Lc 2, 21)
“Ainda que
seja inefável o nome santíssimo de Jesus que foi imposto na Circuncisão a
Cristo Senhor, Redentor do gênero humano, todavia para não nos calarmos
completamente em tão grande solenidade, alguma coisa apresentaremos em louvor e
glória de tão grande nome, diante do qual “todo o joelho se dobra nos Céus, na
Terra e nos Infernos” (Fil. 2, 10). Porque tão grande é a consolação da alma
que se alegra em Cristo, que a pobreza se torna como riquezas, a aspereza como
delícias e a vileza como honras, e pelo Seu nome todos os suplícios se fazem
para ela doces.
“Na verdade,
diz-se por causa desse nome: “Saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria por
terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do nome de Jesus”
(At 5, 41). Portanto, se mergulha na tua mente o negrume da tristeza, se está
iminente uma grave e violenta tempestade, se as costas do mar ribombam com
terrível e horroroso mugido, se são batidas as praias do oceano, e se também a
nau está invadida pelas ondas, invoca Jesus, que se julga estar a dormir nos
navios, mas é um Jesus que nem dorme nem dormita; e com toda a Fé diz-lhe:
“Levanta-te, Senhor Jesus!” (Sl 3, 7).
“Oh nome de Jesus exaltado acima de todo o nome, oh gozo dos Anjos, oh alegria
dos justos, oh pavor dos condenados: em Vós está a esperança de qualquer
perdão, em Vós toda a esperança da indulgência, em Vós toda a expectativa de
glória. Oh nome dulcíssimo, Vós dais perdão aos pecadores, renovais os
costumes, encheis os corações de doçura divina. Oh nome desejável, nome
admirável, nome venerável, Vós, nome do Rei Jesus, assim levantais ao mais alto
dos céus os espíritos, que todos os que principiam a ter devoção a este nome,
graças a Ele encontram a glória e a salvação, por Jesus Cristo Nosso Senhor.[4]
O NOME DE JESUS
O grande nome de Jesus
não é de invenção humana; foi o Padre eterno que o deu a seu divino Filho, diz
São Bernardino de Sena. É um nome novo e saído dos lábios
do Senhor, segundo o profeta, um nome que só Deus podia dar
Àquele que destinara para Salvador do mundo. É um nome a um tempo novo e eterno
porque, como a redenção foi decretada desde a eternidade, assim o nome do
Redentor lhe foi assinalado desde a eternidade. Entretanto na terra o nome de
Jesus só foi imposto a Nosso Senhor no dia da circuncisão: Depois
que se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, foi-lhe dado o
nome de JESUS, diz Lucas. Deus quis então recompensar
a humildade de seu Filho, dando-lhe esse nome glorioso. Sim, enquanto Jesus se
humilha sujeitando-se com a circuncisão a receber a marca dos pecadores, é
justo que seu Pai o glorifique dando-lhe um nome que, como se exprime São
Paulo, sobrepuja em
dignidade e grandeza todos os outros nomes. E manda que esse nome seja adorado
pelos anjos, pelos homens e pelos demônios, ou, para nos servirmos das
expressões do mesmo Apóstolo, Deus quer que ao nome de
Jesus se curve todo o joelho no céu, na terra e no inferno. Se
todas as criaturas adoram esse grande nome, nós, pecadores, muito mais do que
os outros, somos obrigados a adorá-lo, porque por nosso amor é que o Filho de
Deus leva esse nome
de Jesus, que significa Salvador; é para salvar os pecadores, como canta a
Igreja, que Ele desceu do céu e se fez homem. Devemos adorá-lo, e ao mesmo
tempo render graças a Deus por haver dado a Nosso Senhor, para o nosso bem,
esse nome que nos consola, nos defende,
e nos inflama; três pontos
que vamos tratar neste discurso, depois de pedir a Jesus e Maria as luzes de
que temos necessidade.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – págs. 107/108)
O NOME DE JESUS NOS
CONSOLA
Em primeiro lugar, o nome de Jesus nos consola; em
todas as penas basta-nos dizer: Jesus! para nos sentirmos aliviados. Quando
recorremos a Jesus, Ele não pode deixar de consolar-nos: Ele quer consolar-nos
porque nos ama, e Ele o pode, porque não é só homem mas também Deus
todo-poderoso; do contrário, esse grande
nome de SALVADOR não lhe convidaria em toda verdade. O nome de Jesus supõe um
poder infinito e ao mesmo tempo uma sabedoria e um amor infinitos; se essas perfeições
não se achassem reunidos em Jesus Cristo, Ele não poderia salvar-nos, como o
disse São Bernardo. Esse Santo diz ainda, falando da circuncisão: “Ele foi
circuncidado como filho de Abraão; foi chamado Jesus como Filho de Deus”. Nosso
Senhor está marcado, como homem, com o sinal dos pecadores, porque Ele se
encarregou de satisfazer pelos pecadores, e desde o seu nascimento quer começar
a expiar os pecados deles por seus sofrimentos e pela efusão de seu sangue; mas
Ele é chamado Jesus, é chamado Salvador, como Filho de Deus, porque só a Deus
compete salvar.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – págs. 108)
SE UMA ALMA ESTÁ AFLITA OU ATRIBULADA, PRONUNCIE O
NOME DE JESUS
O nome de Jesus é chamado pelo Espírito Santo óleo
derramado. E não sem razão, observa S. Bernardo: o óleo
aclara, nutre e cura; assim o nome de
Jesus. Em primeiro lugar é luz: aclara quando anunciado. Com efeito,
pergunta o Santo, donde veio essa luz que a fé difundiu com tanta rapidez sobre
a terra
ao
ponto de levar em pouco tempo grande número de gentios ao conhecimento e ao
serviço do verdadeiro Deus? foi da pregação do nome de Jesus. É a esse nome que
devemos a felicidade de sermos feitos filhos da verdadeira luz, isto é, filhos
da Santa Igreja, tendo nascido no grêmio da Igreja Romana, em países cristãos e
católicos: graça e sorte não concedidas à maior parte dos homens, que nascem
entre os idólatras, maometanos ou hereges. — Além disso o nome de Jesus é um
nutrimento que fortifica nossas almas, cada vez que nele pensamos. Enche de paz
e consolação os fiéis, mesmo no meio das misérias e das perseguições que têm de
sofrer sobre a terra. Sustentados pela virtude do nome de Jesus, os apóstolos
exultavam de alegria no meio dos maus tratos e dos opróbrios: Eles
saiam da presença do conselho, contentes por terem sido achados dignos de
sofrer afrontas pelo nome de Jesus. — É, pois, uma luz e um
nutrimento, e é também um remédio para os que o invocam. Demos a palavra a São
Bernardo: “Se uma alma está aflita ou atribulada, pronuncie o nome de Jesus; e
logo a tempestade fugirá e voltará a paz”. Se alguém tem a desgraça de cair no
pecado e desespera do perdão, invoque esse nome de vida que logo sentirá a
confiança do perdão; esse nome de Jesus o Pai eterno lho deu como Salvador
precisamente para obter o perdão aos pecadores. Se Judas, tentado de desespero,
tivesse invocado o nome de Jesus, não teria sucumbido, afirma Eutímio. Ele
acrescenta que um pecador, seja ele qual for, não cairá jamais no abismo do
desespero, contanto que invoque esse santo nome que é
nome
de esperança e salvação. Infelizmente os pecadores deixam de recorrer a esse
remédio salutar, porque não querem sarar de suas enfermidades.
Jesus
Cristo está pronto a curar todas as nossas chagas; mas se alguém gosta de suas
chagas e não deseja a cura, como poderá Jesus curá-lo? — A venerável Irmã Maria
Crucifixa viu um dia Nosso Senhor como num hospital; as mãos cheias de
remédios, ia dum doente a outro; mas em vez de lhe testemunharem reconhecimento e de
chamarem-no, esses infelizes o repeliam. Assim fazem muitos pecadores: depois
de se envenenarem voluntariamente pelo pecado, recusam a saúde, isto é, a graça
que Jesus lhe oferece; ficam pois na sua miséria e se perdem.
Ao
contrário, que temor pode ter um pecador que recorre a Jesus, pois que Jesus
mesmo se oferece para obter de seu Pai o perdão aos culpados havendo já com a
sua morte pago a pena que eles mereceram? “O ofendido fez-se nosso intercessor,
diz S. Lourenço Justiniano; e Ele mesmo pagou o que lhe devíamos”. Alhures ele
acrescenta: “Quando pois vos sentirdes
acabrunhados
pela enfermidade, atormentados pela dor, agitados pelo temor, chamai Jesus em
vosso auxílio, e Ele vos consolará”. Aliás basta que peçamos a seu Pai em seu
nome, para obtermos tudo quanto lhe pedirmos: essa promessa, repetida muitas
vezes pelo próprio Jesus Cristo, não pode deixar de ser cumprida: Tudo
o que pedirdes a meu Pai em meu nome, Ele vo-lo dará. — Tudo o que pedirdes ao
Pai em meu nome, eu o farei.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – págs. 109/111)
O NOME DE JESUS É UMA
TORRE FORTÍSSIMA
Dissemos, em segundo lugar, que o nome de Jesus nos
defende. Sim, nos protege contra as emboscadas e ataques de nossos inimigos. O
Messias foi por Isaías chamado o Forte: Fortis;
e o Sábio disse que o seu nome é uma torre fortíssima. Com isso nos dá a
entender que quem se põe sob a proteção desse
nome poderoso nada tem a temer dos assaltos do inferno.
Jesus
Cristo, diz S. Paulo, humilhou-se por obediência a seu Pai,
ao ponto de morrer na cruz; eis por que Deus o exaltou. “Com
outras palavras, observa S. Anselmo, Nosso Senhor humilhou-se de tal forma, que
não podia humilhar-se mais; e por isso o seu divino Pai, pelo mérito dessa
humildade e obediência do Filho, o exaltou o mais que pôde”. E de fato, diz o
apóstolo, o Padre eterno deu a seu Filho divino um nome acima de todo outro
nome, um nome tão glorioso e poderoso, que é venerado pelo céu, porque nos pode
obter todas as graças;
nome
poderoso na terra, porque pode salvar a todos os que o invocam devotamente;
nome poderoso no inferno, porque espanta todos os demônios. Esse nome sagrado
faz tremer os anjos rebeldes, porque, ao ouvi-lo, se lembram do Forte por
excelência, que destruiu o império que exerciam violentamente sobre os homens.
“Eles tremem, diz S. Pedro Crisólogo, porque são
forçados a adorar esse nome toda a majestade de Deus”.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – pág. 111)
TODO EXORCISMO SÓ TEM EFEITO SE FOR EM NOME DE JESUS
Aliás nosso Salvador declarou que seus discípulos
expulsariam os demônios em virtude de seu nome. E de fato, a Santa Igreja, em
seus exorcismos, sempre se serve desse nome para expelir esses espíritos
infernais dos possessos. E os sacerdotes que assistem aos moribundos, se servem
do nome de Jesus para libertar os enfermos dos mais terríveis assaltos que o
inferno faz
naqueles momentos da morte. Leia-se a vida de S. Bernardino de Sena, e lá se
verá quantos pecadores ele converteu, quantos abusos fez desaparecer, quantas
cidades santificou, pregando aos povos a devoção ao nome de Jesus. Segundo a
palavra de S. Pedro, o santo nome de Jesus é o único do qual, pela vontade
divina, podemos esperar a salvação. Jesus Cristo não nos salvou apenas uma vez;
Ele nos salva continuamente por seus méritos, livrando-nos do perigo de pecar
todas as vezes que o invocamos com confiança; assim cumpre a promessa: Tudo
o que pedirdes ao Pai em meu nome, eu o farei. Daí a animadora
palavra de S. Paulo que quem invocar o nome do Senhor, será
salvo.
Repito,
pois, com S. Lourenço Justiniano: Em todas as vossas tentações, venham elas dos
demônios ou dos homens que vos excitam ao pecado, chamai a Jesus em vosso
auxílio, e triunfareis; e se as tentações continuarem a perseguir-vos,
continuai a invocar Jesus, e não sucumbireis jamais. É um fato de
experiência: as almas fiéis a essa santa prática permanecem firmes no combate e
conquistam infalivelmente a vitória.
Ao
nome de Jesus usamos sempre o de MARIA, que é igualmente terrível no inferno, e
nada teremos a temer. “Jesus! Maria!” haverá oração mais curta, mais fácil de
reter? ela não é menos poderosa para repelir todos os ataques dos inimigos da
nossa salvação. Assim fala Tomás a Kempis.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do
Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – págs. 111/112)
SEJA-NOS CARO, Ó
CRISTÃO, O BELO NOME DE JESUS
Assim, quando uma alma fiel pronuncia o nome de Jesus
e se recorda do que o Senhor fez para salvá-la, é impossível que não sinta o
seu coração inflamar-se por Aquele que a amou tanto. “Quando dizemos ‘Jesus’,
afirma S. Bernardo, devemos figurar-nos um homem manso, afável, compassivo,
cheio de todas
as virtudes; devemos ainda pensar que Ele é o nosso Deus e que, para curar-nos
de nossas chagas, quis ser desprezado e maltratado até morrer de pura dor na
cruz”. — “Seja-nos caro, ó cristão, exorta Santo Anselmo, o belo nome de Jesus;
Jesus esteja sempre em vosso coração; seja o único alimento de
vossa alma e a vossa única consolação”. Ah! replica São Bernardo, só quem
experimentou pode compreender a doçura, as celestes delícias que se sentem,
mesmo neste vale de lágrimas, quando se ama ternamente a Jesus.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – págs. 113/114)
GRAVAI, JESUS, O VOSSO
NOME ADORÁVEL EM MEU POBRE CORAÇÃO
Ó Jesus, já que sois o meu Salvador, que destes o
vosso sangue e a vossa via para resgatar-me, gravai, peço-vos, o vosso nome adorável
em meu pobre coração, a fim que, tendo-o sempre impresso no coração pelo amor,
eu o tenha também sempre nos lábios invocando-o em todas as minhas
necessidades. Se o demônio me tentar, o vosso nome me dará força de
resistir-lhe. Se a confiança me abandonar, o vosso nome me reanimará a
esperança. Se estiver aflito, o vosso nome me fortalecerá, recordando-me o
muito que sofrestes por mim. Se estiver frio no vosso amor, o vosso nome me
inflamará, recordando-me o muito que sofrestes por mim. Se estiver frio no
vosso amor, o vosso nome me inflamará, recordando-me o amor que me
testemunhastes. No passado caí muitas vezes no pecado, porque vos não invoquei;
para o futuro o vosso nome será
a minha defesa, o meu refúgio, a minha esperança, o meu único consolo e o meu
único amor. Assim espero viver, assim espero morrer, tendo sempre nos lábios o
vosso santo nome.
Virgem
Santíssima, obtende-me a graça de invocar sempre em minhas necessidades o nome
de vosso divino Filho, Jesus, e o vosso, minha Mãe Maria; mas fazei que os
invoque sempre com confiança e amor, dizendo-vos com o devoto Afonso Rodrigues:
“Ó meu dileto Jesus, ó minha querida Rainha, Maria,
concedei-me a graça de sofrer e de morrer por vosso amor: já não quero ser meu,
mas vosso e todo vosso, vosso na vida e vosso na morte, em que, com o vosso
socorro, espero entregar a minha alma repetindo: Jesus e Maria, ajudai-me;
Jesus e Maria, recomendo-me a vós; Jesus e Maria, eu vos amo,
confio em vós, eu vos dou toda a minha alma.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do
Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – págs. 116/117)
A Santa Igreja fica
como que atônita ao contemplar esse grande mistério: Considerai
as vossas obras, exclama
ela com o profeta, e fiquei estupefata. Se Deus houvesse criado mil outros mundos,
mil vezes maiores e mais belos que este, essa obra seria certamente
infinitamente menor do que a Encarnação do Verbo. Ele
manifestou o poder de seu braço. Na obra da Encarnação foi necessária a onipotência e a sabedoria
infinita dum Deus, para fazer que a natureza humana se unisse a uma pessoa
divina, e que uma pessoa divina se
humilhasse até tomar a natureza humana. Assim, Deus fez-se homem, e o
homem tornou-se Deus; e estando a divindade do Verbo unida à alma e ao corpo de
Jesus Cristo, todas as ações desse Homem-Deus foram divinas; divinas foram suas
preces, divinos os seus sofrimentos, divinos seus vagidos, divinas as suas
lágrimas, divinos os seus passos, divinos os seus membros, divino o seu sangue,
esse sangue do qual queria fazer um banho de salvação para nos purificar de todos os nossos
pecados, e um sacrifício de valor infinito para aplacar a justiça do Pai
irritado com os homens.
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - “Encarnação, Nascimento e Infância do
Menino Jesus” – Edição Pdf Aparecida – 2004 – Fl. Castro – págs. 120/121)
[2] Há outros com este nome no Antigo Testamento: o sumo sacerdote depois do cativeiro da babilônia (Zac 6, 11); e o autor do Eclesiastico, filho de Sirac (Eclo 50, 29). A palavra “justo” vem de “Justus”, termo latino e grego oriundo de Jesus.
[4] Homilia
de São Bernardino de Sena sobre o santíssimo nome de Jesus
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