quinta-feira, 16 de abril de 2020

SITUAÇÃO MORAL DO MUNDO MODERNO NÃO ATENUA CASTIGO DA PANDEMIA, MAS ATÉ O PIORA





Conforme explicitado na obra “Revolução e Contra-Revolução”, do
Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, o passo seguinte da Revolução, chamada 4ª.
Revolução (as três anteriores foram a Protestante, a Francesa e a Comunista)
se daria pelo processo do socialismo autogestionário rumo ao tribalismo.
Neste caso, a autogestão seria uma transição para um regime ulterior, uma
forma de sociedade inteiramente tribal, onde as pessoas levassem vida
comum e promíscua, sem classes, sem ordem, sem hierarquia, toda
igualitária.
Para se atingir tal objetivo, a sociedade se vê hoje infestada de vícios
morais, como os abaixo:
1º. – A inveja – Estimulando a cobiça pelo bem do próximo, seja pela
invasão de propriedades, desapropriação dos ricos ou pelo simples anseio de
lutar para superar o outro em riqueza e poder; o grande desfrute dos prazeres
modernos, através da tecnologia avançada, das viagens turísticas
paradisíacas, cujo acesso é restrito a uma elite, desperta no geral da
população inveja e cobiça, além, é claro, das riquezas ostentosas; este anseio
provoca nas populações um desrespeito pelos bens e propriedades alheias:
os saques efetuados a cargas de caminhões acidentados, ou a simples
veículos de pequeno porte, não são feitos por bandidos mas pela população
que se diz “ordeira, honesta e pacífica”;
2º. – A preguiça – Fazendo com que o Governo tome conta de todas
as atividades produtivas se consegue inibir o espírito de iniciativa da
população: todos dependendo do Estado ninguém terá incentivo em se
esforçar para produzir e crescer; o maior anseio moderno é gozar de
aposentadoria; Um paradigma disso, tanto no Brasil quanto em vários outros
países, até mesmo europeus, são as chamadas “ações sociais” do Estado,
distribuindo às populações mais carentes diversos auxílios financeiros e com
isso desestimulando o esforço para trabalhar e produzir.
3º. – A Ira, ou então o desejo desordenado de vingança. Esta fase
vem sempre depois, principalmente em alguns países ocidentais, mas tudo
começou com a ênfase dada aos chamados “direitos humanos”, chegando-se
hoje a se incentivar as guerrilhas e revoluções sangrentas ou atentados
terroristas, com visível intuito de se eliminar as classes superiores ou causar
desespero nas multidões; na população ordeira se incutiu de tal forma um
desejo de se cumprir “justiça” que, em muitos casos, revela simplesmente o
desejo de vingança por algum mal sofrido por outrem: não se fala em perdão,
o que se fala é em “justiça”, essa justiça humana tão ruim e injusta;
4º. – Outras paixões desordenadas do homem são estimuladas, como
por exemplo o orgulho e o apetite desordenado pelo próprio louvor; a gula ou
o apetite desordenado pelo comer e pelo beber, através de folias, bacanais,
farras, orgias,. etc. A luxúria, ou o apetite desordenado pelo prazer sexual é
excitado através do cinema e da TV, assim como das revistas e das modas
sensuais; a avareza ou o apetite desordenado pelo dinheiro é estimulado
através de regras econômicas e financeiras impostas a todos, conseguindo-se
também inveja pelo progresso do próximo, estímulo à cobiça pelo lucro fácil,
enfim, a mera luta pelo dinheiro que se tornou uma espécie de deus. Tudo
isso estimulado, é claro, sob o disfarce da procura da felicidade na terra.
Como resultado, predomina o orgulho pelos vícios correlatos da
jactância, do afã pelas novidades, da hipocrisia, da pertinácia, das discórdias,
e das disputas e desobediências às leis. Imperando a gula vemos o seu
corolário, que é a torpeza ou estupidez do entendimento, a alegria
desordenada tendendo para o êxtase da droga, a loquacidade excessiva, a
baixeza nas palavras com uso de palavrões, gestos indecentes, luxúria e
imundície. Pela luxúria o homem moderno adquiriu a predominância da
cegueira de espírito, precipitação, inconsideração, inconstância na prática do
bem, amor desordenado a si mesmo, ódio a Deus, principalmente através da
indiferença para com as coisas da Religião, apego a esta vida e horror pela
vida futura.
Dentre os avarentos (quantos são eles hoje!), predomina uma completa
dureza de coração para com os pobres e necessitados, a solicitude
desordenada pelos bens terrenos, a violência, o engodo, a fraude, o perjúrio e
a traição. Dentre os preguiçosos impera a malícia, o rancor, a pusilanimidade,
a desesperação, a torpeza, a indolência na guarda da Lei e divagação da
mente para coisas ilícitas. Dentre os invejosos predomina o ódio, a
murmuração, a difamação, o prazer pela adversidade do próximo. Um meio
de estimular isso tudo é promover a tomada dos bens dos que os possuem,
isto através das chamadas reformas agrária e urbana.
Finalmente, uma nota comum: em todos predomina a ira, a indignação
por qualquer mal que sofra, o rancor, a blasfêmia, o insulto, a rixa e a sede
constante de vingança a qualquer custo. Tudo isso pode gerar, ao final, o
canibalismo, como já se observa em casos esporádicos.
Quatro vícios e crimes predominam hoje em toda a sociedade
humana, em todo o orbe terrestre: o homicídio, a sodomia, a opressão
dos pobres e viúvas e a defraudação do salário do trabalhador. Com
estas quatro espécie de vícios e torpes crimes todos os outros advirão
na sociedade
.

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