quarta-feira, 2 de abril de 2008

Meu tributo a João Paulo II



Há três anos falecia João Paulo II. Naquela ocasião foi realizada no Vaticano talvez a maior concentração humana em toda a história da humanidade, cujo objetivo era assistir aos funerais do Papa. Aquela demonstração fazia ver ao resto do mundo quão grande é o enlevo, a admiração, o entusiasmo e a benquerença que os católicos ainda mantêm pelo Papa.

Faço minhas as palavras escritas há trinta e sete anos por Dr. Plínio sobre a importância do papado para os católicos, elas refletem o sentimento de todos nós:


"Lembro-me ainda das aulas de catecismo em que me explicaram o Papado, sua instituição divina, seus poderes, sua missão. Meu coração de menino (eu tinha então 9 anos) se encheu de admiração, de enlevo, de entusiasmo: eu encontrara o ideal a que me dedicaria por toda a vida. De lá para cá, o amor a esse ideal não tem senão crescido. E peço aqui a Nossa Senhora que o faça crescer mais e mais em mim, até o meu último alento. Quero que o derradeiro ato de meu intelecto seja um ato de Fé no Papado. Que meu último ato de amor seja um ato de amor ao Papado. Pois assim morrerei na paz dos eleitos, bem unido a Maria minha Mãe, e por Ela a Jesus, meu Deus, meu Rei e meu Redentor boníssimo.
E este amor ao Papado, sr. Jeroboão, não é em mim um amor abstrato. Ele inclui um amor especial à pessoa sacrossanta do Papa, seja ele o de ontem, como o de hoje ou o de amanhã. Amor de veneração. Amor de obediência.
Sim, insisto: de obediência. Quero dar a cada ensinamento deste Papa, como de seus antecessores e sucessores toda aquela medida de adesão que a doutrina da Igreja me prescreve, tendo por infalível o que ele manda ter por infalível, e por falível o que ele ensina que é falível. Quero obedecer às ordens deste ou de qualquer outro Papa em toda a medida em que a Igreja manda que sejam obedecidos. Isto é, não lhes sobrepondo jamais minha vontade pessoal, nem a força de qualquer poder terreno, e só, absolutamente só recusando obediência à ordem do Papa que importasse eventualmente em pecado. Pois neste caso extremo, como ensinam – repetindo o Apóstolo São Paulo – todos os moralistas católicos, é preciso colocar acima de tudo a vontade de Deus.
Foi o que me ensinaram nas aulas de catecismo. Foi o que li nos tratados que estudei. Assim penso, assim sinto, assim sou. E de coração inteiro".


(Artigo "A Perfeita Alegria", Plínio Corrêa de Oliveira, FSP, 12.07.70).

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