Em alguns
episódios a Igreja mostrou seu o poder através do Papado. Átila invadiu Roma,
mas parou perante a presença do Papa, São Leão. Henrique IV, rei da Alemanha,
desafiou o Papa Gregório VII, mas após ser excomungado perdeu o trono. No
século XX tivemos o episódio que abaixo
mostramos, quando Hitler pretendeu invadir o Vaticano, mas desistiu. Ele havia
invadido a Itália após a morte de Mussolini, mas não teve coragem de invadir o
Vaticano. Vejam o relato:
O jornalista
Mario del Ballo afirma que Adolf Hitler, no verão de 1942, em plena II Guerra
Mundial, projetou «raptar» o Papa Pio XII. Mario
del Ballo apresenta esta tese na obra de investigação «Quando Hitler quis
raptar o Papa. Os segredos revelados do Arquivo Secreto do Vaticano», publicada
pelas Edições Paulinas.
«De facto, ao
que parece, Adolf Hitler tinha projetado invadir o pequeno Estado [do Vaticano]
e até prender e deportar o pontífice [Pio XII]», afirma Ballo. Todavia, como
afirma o autor, o projeto foi suspenso «quando já faltava muito pouco para o
executar».
A ideia de
Hitler era «uma conjura antipapal, um plano como o que tinha acontecido há mais
de um século, com Napoleão contra Pio V e Pio VI», escreve o autor.
Adolf Hitler
dirigia os destinos de uma Alemanha em expansão bélica, que já ocupara a
Áustria, a Checoslováquia e outros países como a França, a Bélgica e a Holanda. O motivo da «irritação» do líder nazi com o pontífice
terá sido a publicação da encíclica «Mit brennender Sorge» («Com profunda
preocupação»), na qual se denuncia «a repressão da liberdade religiosa, [e] o
culto idolátrico da raça». «Dissemos
vigorosamente que nós, os católicos, não podemos banir os sábios ensinamentos
do Antigo Testamento», afirmou Pio XII, citado por Ballo. «"Espiritualmente, somos todos semitas",
dirá o Papa alguns meses depois», remata o autor.
«Mit
brennender Sorge» foi publicada em março de 1937, e é uma das raras encíclicas
publicadas em alemão, tendo sido impressa secretamente na Alemanha e lida em
todos os templos católicos, o que motivou perseguições a vários religiosos e
seguidores da Igreja de Roma. «Tenho de
agir pela paz, mesmo correndo um risco como este [a conjura contra Hitler] para
eliminar a loucura nazi», escreveu Pio XII, citado por Ballo. O Papa reagiu também de forma «fria» e com relutância
à capitulação dos bispos austríacos, que três dias depois da entrada pacífica
de Hitler na Áustria, assinaram uma declaração de apoio ao que se apresentou
como «a integração austríaca no Reich germânico».
O
cardeal-arcebispo de Viena, Teodoro Innitzer, líder da Igreja austríaca,
acrescentou à sua assinatura uma saudação nazi, tendo sido de imediato chamado
ao Vaticano, e motivou uma forte repreensão e repulsa de Pio XII que o acusou
de «ingénuo», e questionou se nunca lera «uma página» da obra «Mein Kampf», na
qual Hitler expõe a sua doutrina nacional-socialista.
Antes de cingir a tiara papal, tinha sido núncio
apostólico em Munique e em Berlim, precisamente no período da I Grande Guerra
(1914-1918), altura em que Adolfo Hitler, austríaco, recusado pelo Exército do
seu país, se alistou no alemão e ganhou fama de «invulnerável», depois de se
ter esquivado a vários ataques do inimigo, tendo até sido condecorado com a
Cruz de Ferro.
Com a subida a chancelar do ex-soldado do 16.º
Regimento de Infantaria da reserva do reino da Baviera (Alemanha), «o Papa cria
que Hitler estava possesso pelo demónio; por isso fazia exorcismos à distância
na sua capela, como contavam o sobrinho Carlo Pacelli e outras testemunhas; um
episódio foi verificado pelo jesuíta Peter Gumpel, relator da causa de
beatificação» de Pio XII.
(Fonte: https://tvi.iol.pt/noticias/internacional/vaticano/hitler-tinha-plano-para-sequestrar-o-papa-pio-xii )
Ainda sobre a atuação de Pio XII contra o Nazismo, ver as postagens:
- PIO XII SALVOU 11.000 JUDEUS
https://quodlibeta.blogspot.com/2011/08/pio-xii-salvou-11000-judeus-romanos.html
PIO XII TERIA EXORCIZADO HITLER
https://quodlibeta.blogspot.com/2009/08/pio-xii-teria-exorcizado-hitler.html
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