Os antigos filósofos gregos já diziam que a alma do homem está dentro do coração, tese desfeita por São Tomás de Aquino ao afirmar que a alma está em todo o corpo. No entanto, diziam que a alma estava no coração porque este tem primordial importância na vida do homem.
A palavra coração
aparece na Sagrada Escritura muitas vezes (calculam em mais de mil), mas
nem sempre no sentido do órgão fisiológico (como nesses casos: II Sam 18,14; IV
Rs 9,24; Tob 5,6; Sl 44,6 etc), quer dizer, é usada, na maioria das vezes, como
uma metáfora. Porque controla a circulação do sangue, que pensavam os antigos hebreus
era a vida “porque a vida da carne está no sangue” (Lev 17,11) consideravam o
coração como sede da vida; e assim, este órgão era às vezes empregado pelo
todo, isto é, pelo indivíduo, como nessa passagem: “...e o vinho que alegra o
coração do homem... o azeite para que ele espalhe a alegria sobre o seu rosto e
o pão para que fortifique o coração”(Sl 103,15).“...e o néscio não conhece que
é arrastado para uma prisão, até que uma seta lhe trespasse o coração, como a
ave que, apressada, corre para o laço, sem saber que se trata do perigo da sua
vida” (Prov 7, 22-23). Indicando, por
exemplo, que Deus possui poder sobre o interior das pessoas, até mesmo dos
reis: “O coração do rei está na mão do Senhor como a água corrente; ele o
inclinará para onde quiser” (Prov 21.1). Pelo fato do “coração de Acaz” ficar
agitado por causa da coligação de dois reis contra Jerusalém, foi-lhe
transmitida a seguinte mensagem divina através de Isaías“Não temas, nem desanime
o teu coração, à vista destes dois troços de tições fumegantes...” (Is 7.4)
Na maioria das vezes, no Antigo Testamento,o
coração é citado como sede dos sentimentos mais profundos da alma humana, principalmente
o amor (Deut 6,5) determinando que se deve amar a Deus “de todo o teu coração”,
ocorrendo o mesmo no Novo Testamento (Mt 22, 37);“e dando alegria aos vossos
coração” (At 14,16); “Vivestes em delícias sobre a terra, e em luxúrias
cevastes os vossos corações...” (Tg 5,5); São Lucas parece repetir o mesmo
pensamento anterior ao afirmar: “Velai, pois, sobre vós, para que não suceda
que os vossos corações se tornem pesados com as demasias do comer e do beber”
(Lc 21, 34); “Porque, do interior do coração do homem é que procedem os maus
pensamentos” (Marcos 7, 21), “Porém, a (semente) que caiu em boa terra,
representa aqueles que, ouvindo a palavra com coração bom e perfeito, a retém e
dão fruto pela perseverança” (Lc 8, 15).Finalmente,
“as coisas que saem da boca vêem do coração” (Mt 15.18). Quando rezou antes de
Sua Paixão, Nosso Senhor falou que sua alma estava triste, “numa tristeza
mortal” (Mt 26.38), nesse caso não se referia ao coração, mas a algo mais
profundo ainda que era a própria alma, a essência de seu ser.
No Evangelho, o coração é considerado o que
há mais valioso no interior do homem, como se fosse um tesouro “,,,onde está o
teu tesouro, aí está também o teu coração”
(Mt 6.21), ou “o homem bom tira boas coisas do bom tesouro (do seu
coração); e o homem mau tira más coisas do mau tesouro” (Mt 12.35). É por causa
do mau coração que “tendo ouvidos, não ouvem; tendo olhos, não vêem”: “Porque o
coração deste povo tornou-se insensível, os seus ouvidos tornaram-se duros, e
fecharam os olhos, para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos,
entendam com o coração, se convertam e eu os sare”(Mt 13.15-17).
Nosso Senhor disse que os puros de coração
serão bem-aventurados porque “verão a Deus” (Mt 5.8), indicando, nessa
bem-aventurança dois órgãos: o coração e olhos, porque se vê e admira com os
olhos, mas se ama com o coração.
Mais frequentemente era apresentado como a
sede da vida intelectual e emotiva, como se do coração partissem os
pensamentos: “Deus vendo que era grande a malícia dos homens sobre a terra, e
que todos os pensamentos do seu coração estavam continuamente aplicados
ao mal...” (Gen 6,5); No entanto, depois do dilúvio falou diferente para Noé,
após o mesmo oferecer sacrifícios:“...Não amaldiçoarei mais a terra por causa
dos homens, porque os sentidos e os pensamentos do coração são
inclinados para o mal desde a sua mocidade (Gen 8, 21) ...Esaú odiava sempre Jacó por causa da
bênção com que o pai o abençoara, e disse no seu coração: “virão os dias de
luto por meu pai, e eu matarei Jacó, meu irmão” (Gen27,41).
Também havia referência à Sabedoria como nascida
no coração: “falarás a todos os sábios de coração...”(Ex 28,3); “para
que reconheças no teu coração, que do mesmo modo que um homem instrui
seu filho, assim o Senhor teu Deus te instrui a ti...(Dt 8,5); “o que é sábio
de coração, será chamado prudente... (Prov 16, 21); Salomão foi galardoado
por Deus não somente em sabedoria, mas também em inteligência:“...eis que te
fiz o que me pediste, e te dei um coração tão cheio de sabedoria e de
inteligência...” (I Rs 3, 12).
Um outro sentido é o do desejo: “Põe a tuas
delícias no Senhor, e te concederá o que teu coração deseja” (Sl 36,4);
e o de abatimento moral e desalento: “Estou aflito e grandemente abatido; o gemido
do meu coração arranca-me rugidos,(Sl 37.9); “Quando, pois, todos os reis
dos amorreus, que habitavam no outro lado do Jordão... ouviram dizer que o
Senhor tinha secado a corrente do Jordão diante dos filhos de Israel, até que
passassem, enfraqueceu-se-lhes o coração, e não ficou neles alento...
(Jos 5,1).
Importante ressaltar a diferença entre o
conceito semita antigo e o nosso moderno: os antigos costumavam considerar o
coração não só como símbolo do amor ou outras emoções, mas relacionavam-no
também com a atividade intelectual, vista nos dias atuais somente com o cérebro.
O Coração
Divino
E Deus, tem coração?
Vejamos algumas citações bíblicas que falam
do coração divino. Mesmo sentindo grande dor por ter que mudar seus planos com
a criação do homem, Deus exarou sua sentença, seu juízo: “E, tocado de íntima dor de coração, disse: Exterminarei da face da
terra o homem que criei...” (Gên 6, 6).
“Por isto o meu coração estremece acerca de
Moab como uma harpa, e as minhas entranhas (gemem) acerca da muralha de
ladrilho cozido...” (Is 16.11).
“Porque o dia da vingança está no meu
coração, é chegado o ano da minha redenção...”Is 63.4).
Assim também é manifestado no coração do
homem justo o reflexo do coração divino: “Senhor, meu coração não é
pretensioso, meus olhos não são arrogantes. Não ando a procura de grandezas nem
de maravilhas fora do meu alcance.Pelo contrário, estou sossegado e tranquilo;
como a criança saciada no colo da mãe, como criança saciada, minha alma está em
mim” (Salmo 131, 1-2). “Louvarei o Senhor, que me deu inteligência;
além disto, durante a noite, o meu coração me excitou” (Salmo 15, 7).“Provaste
o meu coração, e o visitaste de noite, no fogo me acrisolaste, e não foi
encontrada em mim a iniquidade”(Salmo 16, 3).“...estás pertos dos seus lábios,
porém longe do seu coração” (Jer 12, 2).“Ora,
o fim do preceito é a caridade nascida de um coração puro, de uma boa
consciência e de uma fé não fingida”(I Tim 1. 5).“Foge das paixões de
juventude, segue a justiça, a fé, a esperança, a caridade e a paz com aqueles
que invocam o Senhor com um coração puro” (II Tim 2, 22).“Purificando as vossas
almas na obediência da caridade, no amor dos irmãos, do íntimo do coração
amai-vos intensamente uns aos outros” (Ped 1, 22).
A devoção ao Sagrado
Coração de Jesus
Dr. Plínio Corrêa de Oliveira assim define essa
devoção:
“...O que é, propriamente, a devoção ao Sagrado
Coração? É a devoção ao órgão de Nosso Senhor, que é o Coração. Mas na
Escritura, o coração não tem o significado sentimental que tomou no fim do
século XVIII, mais ou menos, e certamente no século XIX. Não exprime o
sentimento. Quando diz a Escritura: “A ti disse o meu coração: eu te procurei”,
o coração aí é a vontade humana, é o propósito humano, é propriamente, a
santidade humana. Aí quando Nosso Senhor diz isso, diz: "na minha vontade
santíssima, Eu quero". O Evangelho diz: “Nossa Senhora guardou todas as
coisas em seu coração e as meditava”. Os senhores percebem que não é o coração
sentimental, mas a vontade d’Ela, a alma d’Ela que guardava aquelas coisas e
pensava sobre elas. O coração é a vontade da pessoa, o seu elemento dinâmico
que considera e pondera as coisas. O Sagrado Coração de Jesus é a consideração
disso em Nosso Senhor, simbolizado pelo coração, porque todos os movimentos da
vontade do homem podem ter no coração uma repercussão. Nesse sentido, então, é
o órgão adequado para exprimir isso. E é nesse sentido, então, que se adora o
Santíssimo Coração de Jesus.
Por correlação, por conexão, existe a devoção
imensamente significativa, do Imaculado Coração de Maria. O Imaculado Coração
de Maria é um escrínio dentro do qual encontramos o Sacratíssimo Coração de
Jesus [1].
A essa devoção Nosso Senhor prometeu um caudal de
graças. Comentei o ano passado as promessas do Coração de Jesus a quem fizer as
nove primeiras sextas-feiras. A mais marcante delas, talvez, é que as almas que
fizerem as nove sextas-feiras não morrerão sem terem a graça especial de se
arrependerem antes. Não quer dizer que elas certamente irão para o Céu. Quer
dizer que terão uma grande graça antes de morrer; não quer dizer que vão
perceber que vão morrer, mas no momento relacionado com a morte, elas terão uma
grande graça, tão grande que todas as esperanças se podem ter de sua salvação.
Os senhores compreendem quanto empenho há na Igreja
em que essa devoção seja conhecida, seja apreciada, seja medida com a razão,
porque devoção sentimental não tem sentido. Devoção varonil é a que procura
conhecer a razão de ser da coisa e ama a coisa pela sua razão de ser; assim é
que um homem e uma mulher forte do Evangelho pensam a respeito das coisas de
piedade. Então, pensar nisso, querer isso, dirigirmos nossa alma ao Coração de
Jesus como fonte de graças calculadas para a época de Revolução, calculada para
as épocas difíceis que deveriam vir e pedir que o Coração de Jesus, regenerador
pelo sangue e pela água que d’Ele saiu, nos lave. Isto é propriamente a oração
magnífica que nas sextas-feiras e, sobretudo, na primeira sexta-feira do mês, e
na Sexta-feira da Paixão se deve considerar.
Assim, termino insistindo nesse ponto. Já falei que
aquele centurião que perfurou com uma lança o Coração de Jesus, ao praticar
esse ato de violência contra esse verdadeiro sacrário que era o Coração Sagrado
de Jesus, da água e do sangue que saíram do flanco de Nosso Senhor, uma parte
jorrou em seus olhos, e ele imediatamente se curou e recuperou a vista. Para
nós isto é altamente eloqüente.
Quer dizer que quem tem devoção ao Sagrado Coração
de Jesus pode pedir uma graça igual, não para a vista física, da qual, graças a
Deus, nenhum de nós carece, mas para a vista mental, se queremos ter senso
católico, se queremos ter senso da Revolução e da Contra-Revolução, se queremos
ter a percepção de como a Revolução e a Contra-Revolução trabalham em torno de
nós, se queremos ter senso para distinguir em nós o que é Revolução e
Contra-Revolução, se queremos ter conhecimento de nossos defeitos, se queremos
ter conhecimento das almas dos outros para fazer bem aos outros, se queremos
ter um bom discernimento para os estudos, se queremos ter distâncias psíquicas
para termos equilíbrio mental e nervoso e para nos curarmos — o quanto possível
— de molezas de toda ordem, podemos e devemos recorrer ao Sagrado Coração de
Jesus que, com uma graça jorrada d’Ele — como a água que curou o centurião —
possa eliminar a cegueira de nossas almas, porque somos cheios de cegueiras de
todos os graus e ordens.
Peçamos ao Sagrado Coração de Jesus, por intermédio
do Coração Imaculado de Maria — porque só assim, por intermédio de Nossa
Senhora é que se obtém d’Ele as graças que nos curem dessa múltipla cegueira —,
e teremos feito um esplêndido pedido e estaremos a caminho de conseguir uma
magnífica graça”.[2]
Sagrado
Coração de Jesus, troca de afetos entre Deus e os homens
No decorrer de várias aparições à Santa
Margarida Maria de Alacoque (século XVII), Nosso Senhor instituiu a devoção ao
Seu Sagrado Coração. Uma devoção eminentemente reparadora, buscando no coração
humano uma profunda empatia com Deus para que juntos (Jesus Cristo e o homem)
possam resgatar e reparar os pecados cometidos contra a Santíssima Trindade.
Uma devoção que se espalhou rapidamente a partir do século XVII, mas que teve
seu início quando o Apóstolo São João recostou sua cabeça ao Coração de Jesus
durante a Santa Ceia, véspera da Paixão.
A intenção de Nosso Senhor ao instituir esta
devoção foi de fomentar uma afetividade maior entre Ele e os homens, pois é
através de Seu Sagrado Coração que podemos manifestar todos os nossos afetos
para com Cristo, Senhor Nosso e Salvador de nossas almas.
Podemos afirmar que a devoção ao Sagrado
Coração de Jesus foi eminentemente pliniana. Por diversas vezes Dr. Plínio
Corrêa de Oliveira se referiu a essa Devoção com grande unção e enlevo,
explicitando-a da forma como ele a entendia:
“A
devoção ao Sagrado Coração de Jesus é tão antiga em mim que – como já contei
aos senhores – antes mesmo de eu saber dizer “papai” ou “mamãe”, quando minha mãe me perguntava:
“Onde está o Sagrado Coração de Jesus”?, eu apontava para a imagem d’Ele”.
Após explicar que tudo para ele, inclusive as
devoções, deveria ser analisado sob o aspecto racional, afirmou que o
sentimento deveria acompanhar tudo aquilo que amamos: “Por que fazer a escolha entre o raciocínio e o sentimento? Se Deus fez
o homem capaz de raciocínio e sentimento, tenhamos ambas as coisas, para fazer
a vontade de Deus e para sermos nós mesmos”.
O coração do
católico. O Coração de Jesus.
Mais adiante, assim comenta Dr. Plínio:
“O
coração do católico representa nesse sentido, a mentalidade dele, que inclui a
sua sensibilidade, mas indica sobretudo aquilo que – estando de acordo com a
doutrina católica, apostólica, romana – ele conhece pela Fé como verdadeiro.
Aquilo que ele ama acima de tudo e toma como uma linha “rectrix” de todas as
outras coisas, porque é conforme à verdade verdadeiríssima, à verdade soberana,
à verdade padrão, segundo a qual todas as outras verdades são de fato verdades,
e contra a qual todas as aparências de verdade não são senão erros enganosos.
“Em
todo caso, tendo já como pressuposto que o coração é o símbolo da mentalidade,
nós podemos nos perguntar como era a mentalidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É um tema audacioso, é uma navegação tão alta que o homem tem medo de chegar
até lá. Mas, de outro lado, esse ar atrai. Quanto mais alto se voa nele, mais
se tem vontade de subir, e medo de ser obrigado a descer. É o contrário da
aviação terrena.
“O que
nos é dado entrever daquilo que seria a mentalidade de Nosso Senhor Jesus
Cristo em alguns de seus aspectos?
“Devemos
considerar essa mentalidade muito mais na sua Humanidade Santíssima do que na
sua Divindade. Nesta última, o tema
subiria tanto que não seria fácil, pelo menos a um leigo, tratar da questão.
Mas a Humanidade Santíssima d’Ele está mais perto de nós. Um “perto” cuja distância vai de uma ponta a outra do
universo, porque a perfeição d’Ele não tem comparação com nada e com ninguém,
“A Fé
nos ensina que o Verbo se encontrou e habitou entre nós. A natureza humana
d’Ele está ligada pela união hipostática à natureza divina. A Segunda Pessoa da
Santíssima Trindade encarnou-se e desse acontecimento único resultou Nosso
Senhor Jesus Cristo. Essa dualidade de naturezas numa só pessoa significa que a
sua Humanidade santíssima tinha com a Divindade um contacto mais íntimo que
teria com Deus o Santo mais perfeito”
Oração a fazer ao
Sagrado Coração de Jesus
E termina nos ensinando uma oração:
“Que
oração fazer a esse Divino Coração? Nós podemos repetir, olhando para Nosso
Senhor crucificado, com seu Coração chagado pela lança do centurião, a
jaculatória que está na Ladainha do Sagrado Coração de Jesus e que me encanta:
“Cor
Jesu lancea perforatum, miserere nobis”. – Coração de Jesus perfurado por uma
lança, tende compaixão de nós. Vós que levastes a pena de mim a ponto de
quererdes que, depois de morto, vosso Coração ainda recebesse essa ferida, e
que o resto de água misturado com sangue saísse de vosso lado por meu amor, tende
pena de mim!
“E
rezar também: “Anima Christi, santifica me” – Alma de Cristo,
santificai-me. Nada há de mais santo que
a Alma de Cristo... Que a Alma de
Cristo, por assim dizer, toque em mim e me torne um santo! Eu não quero outra
coisa.
“Corpus
Christi, salva me” – Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me... e levai-me mais ainda! Paixão de Cristo,
dai-me forças. Olhai para minha miséria, minha moleza e minhas insuficiências.
Dai-me força na luta contra os vossos inimigos. Ó Bom Jesus, ouvi-me, pelos
rogos de Maria. Escondei-me nas vossas feridas. Cobri-me, com vossas feridas,
da justa cólera do Padre Eterno. Na hora
de minha morte, chamai-me e mandai-me ir para junto de Vós, para que Vos louve
com os vossos Santos, com a Santa das Santas, por todos os séculos dos séculos.
Amém.” [3]
[1]vide artigo publicado no "Legionário" de 21-7-1940 e intitulado NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO
[2]Plínio Corrêa de Oliveira – “Santo do Dia”. 4 de março de 1965
[3]
in
revista “Dr. Plínio”, junho de 2003, págs. 16/21.
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